Unbroken escrita por Angel


Capítulo 48
The truth


Notas iniciais do capítulo

Oii povo *--* obrigada pelos comentários, amei todos eles *---* ahh, e eu fiz um vídeo. Não é sobre Evil Charming, foi uma pequena homenagem ao cast de OUAT, https://www.youtube.com/watch?v=p2Ld0lNVPcc sou péssima com edições e acho que já disse isso inúmeras vezes kkk mas mesmo assim, espero que gostem. Beijos.



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Regina arregalou os olhos e ficou estática. Todos presentes na lanchonete voltaram sua atenção para Mary.

— Você não pode estar falando sério! — foi tudo o que escapou de seus lábios

— Infelizmente não... — negou com a cabeça — sinto muito! — falou, ao ver algumas lágrimas rolarem pela face da antiga rival

— Mary, você prometeu que não ia contar. Eu pedi pra não contar! — Emma a repreendeu, com raiva e medo do que Rumple faria assim que descobrisse.

— Emma, me desculpe... eu só quero ajudar e... — ela tentou se desculpar, mas Emma negou com a cabeça.

— Eu confiei em você... — reforçou

— Pera ai, Swan — Regina voltou a realidade, amparada nos braços do marido — você sabia? Você contou pra ela? — questionou, ainda incrédula. Emma assentiu, respirando fundo — VOCÊ DEVERIA TER ME CONTADO! — gritou, irritada

— EU TERIA! — respondeu na mesma altura, assustando a prefeita — eu queria ter te contado... — abaixou o tom — se ele não tivesse me ameaçado, acho que você o conhece bem! — E adivinha? Parece que ele vai cumprir. — olhou para Mary — Graças á você. Obrigada, Mary!

— Então ele sabia esse tempo todo... — Regina concluiu — aquele desgraçado! — sua voz agora continha ódio. Andou pela Granny's e saiu pela porta, indo em direção á loja de Gold.

— Regina, espera! — David e os outros foram atrás dela, mas não adiantou. Ela sumiu em uma fumaça roxa — melhor ir atrás dela, isso pode acabar dando errado. Ela estava muito nervosa! — David disse, entrando em sua caminhonete com a filha. Emma adentrou o seu tão famoso fusca amarelo, e Mary segurou a porta:

— Não se preocupe, Emma. Eu vou contar que fui eu! — falou

— Ótimo, então morreremos as duas! — respondeu, com indiferença.

— Do que está falando? — indagou, sem entender

— Não entendeu ainda? Rumple me ameaçou de morte se eu contasse isso pra alguém, pior ainda se chegasse nos ouvidos da Regina. Ele vai se vingar de mim por ter contado á você, e depois de você por ter contado a pessoa que ele queria manter isso longe. É só uma questão de tempo até Regina falar com ele e ele vir até nós. — respondeu fria, e quando puxou a porta novamente Mary a segurou.

— Belle não vai deixar isso acontecer... ele está tentando mudar por ela, não vai matar duas pessoas! — argumentou

— Eu não contaria com isso! — Emma rebateu, finalmente fechando a porta e saindo com seu fusca

Mary ficou ali parada, com o coração acelerado. Novamente tinha feito tudo aquilo que pediram pra ela não fazer, e estava de novo com a sua vida em risco. Decidiu correr até a loja de Gold, era a única coisa que podia fazer.

Lá...

Regina apareceu em uma fumaça roxa caminhando dentro da loja. Em sua face havia uma mistura de raiva e tristeza ao mesmo tempo.

— Regina! — Rumple constatou — o que faz em minha humilde loja? — questionou, com seu sarcasmo de sempre

— Porque escondeu isso de mim? — foi direta, ficando diante dele. Ele gelou por dentro. Ela não poderia estar se referindo aquilo que estava pensando.

— Isso o que, dearie? — Tentou disfarçar, Belle se aproximou.

— Não adianta fingir, Rumple. Eu já sei de tudo. Porque mentiu pra mim? Porque não me disse que era meu pai? Eu sou um fracasso e um desgosto tão grande assim? — questionou, deixando mais uma lágrima que ela julgava ser idiota rolar pela sua face.

Nesse instante Marissa e David adentram a loja.

— Mãe, está tudo bem? — ela se aproximou, David fez o mesmo. Mas Regina os ignorou. Rumple se mantinha estático.

— De onde você tirou essa história absurda, Regina? — continuou fingindo — eu não sou seu pai. Esta seguindo a pista errada!

— Rumple, já chega de mentiras. Diga a verdade! — Belle o repreendeu, fazendo todos olharem para ela

— Então é verdade? — Regina finalmente caiu em si — você sabia? Sabia esse tempo todo que eu era sua filha? Então é por isso... por isso que você fez questão de entrar comigo na igreja, fez questão de ensinar a Marissa... — tentou respirar, mas parecia impossível naquele instante — e mesmo sabendo de tudo isso, você me deixou nas mãos da minha mãe, me deixou sofrer, me deixou casar obrigada, me entregou magia negra, me fez lançar a maldição, tentou matar a minha filha que por um acaso é sua própria neta, tentou me matar com aquele wraith, e... — parou, sentindo-se tonta. David passou o braço por volta da cintura da esposa, a segurando.

— Regina, não diga isso... — Rumple também deixou as lágrimas rolarem pela sua face — as coisas não foram assim... — tentou argumentar

— E FORAM COMO? — ela gritou, fazendo a loja dele estremecer por inteiro — ESTOU MENTINDO POR UM ACASO? — esbravejou

Nesse instante Emma entra, acompanhada de Hook, Zelena e Henry.

— Foi ela quem te contou, não é? — Rumple apontou para Emma, que gelou por completo.

— Isso não interessa, o que interessa é que você é um covarde, Rumplestiltskin. E como se isso não bastasse é egoísta e frio. Você fala da minha mãe mas é idêntico á ela. Sempre escolhem o poder ao invés do amor. Vocês dois passaram por cima de mim pra terem tudo o que queriam. Você nunca mudou e nem vai mudar, seu lado sombrio sempre vence! — desabafou, sentindo uma facada em seu peito — você não se importa comigo, e não adianta dizer que me ama. Eu não acredito em nada que vier de você! — falou

Nesse instante, Mary adentra a loja. Ainda ofegante, devido á corrida até ali.

— Você vai pagar, Emma. Por tudo isso, pode ter certeza! — Rumple voltou-se para loira

— Não, Rumple. Ela não teve nada a ver com isso! — Mary tomou a frente, decidida

— Você... vocês duas... — ele falou, ainda confuso

— Foi... — Mary ia falar mas foi interrompida por Marissa:

— Foi eu, Rumple. Eu contei pra minha mãe! — mentiu, todos olharam para ela, surpresos.

— Como você descobriu? — ele questionou

— Eu ouvi você e Belle conversando, ontem a noite! — blefou

— Eu nada disse nada sobre Regina... — rebateu

— Mas falou de mim, disse que eu era... — pensou — sua neta! — atirou no escuro novamente. E ao perceber a certeza dele, ficou confiante. — você disse claramente: minha neta. E como minha mãe estava procurando o pai, não demorou muito pra juntar as peças. Agora se quiser fazer algo comigo, vai fundo! — disse ela, deixando uma luz azul escapar de suas mãos.

— Ninguém vai fazer nada contra ninguém aqui! — Regina retomou a voz — quer parar de tentar encontrar alguém pra jogar a culpa e assumir sua covardia de uma vez?!

— Regina, filha... você não me deixou explicar! Não é nada disso que você está pensando... — falou, já desesperado

— Não me chama assim, eu não sou sua filha! — esbravejou

— Eu não sabia de nada... — tentou se explicar

— Ah, não? Tanto que ameaçou a Emma a uns segundos atrás a acusando de ter contado seu segredinho! — rebateu

— Eu descobri no mesmo dia que você veio a minha loja me perguntar se eu sabia do seu verdadeiro pai. Quando você me contou da sua suspeita e o porque dela, eu juntei as peças e as datas. Por isso eu pedi aquele fio de cabelo seu, queria ter certeza se era verdade. Quando minha suspeita se confirmou, você não imagina como eu fiquei feliz. Eu tinha ganhado uma filha, depois de perder o Bae. A mesma menina, que hoje é uma mulher incrível, com a qual eu peguei nos braços e vi crescer, ensinei tudo o que poderia, estive perto e que apesar de todas as diferenças e histórias, eu sempre tive um imenso carinho era a minha filha. Eu nunca sentiria vergonha ou desgosto de você. Pelo contrário, sinto muito orgulho. Porque mesmo tendo andando pelos mesmos caminhos em que eu e sua mãe andamos, você sempre teve luz no seu coração. Você sempre foi diferente. Uma menina... mulher forte, independente, que cai e levanta de cabeça erguida, que conseguiu construir mesmo depois de tanto sofrimento sua tão sonhada família. Uma mulher que não se deixa abater tão fácil, não se dá por vencida, e que evoluí a cada dia. Eu te amo e sinto orgulho de você, por favor, nunca pense o contrário! — desabafou, chorando.

A loja inteira permanecia em pleno silêncio. Ninguém ousou dizer nada.

— Já que é assim, porque quando descobriu, não me contou? Se me ama tanto e me quer tanto como filha porque não me disse a verdade? — Regina questionou, ainda chocada com tudo. Não havia mais nem lágrimas que ela pudesse derramar. Sua cabeça doía e sentia seu coração doer.

— Porque eu não queria que você reagisse como está reagindo agora. Não queria que me rejeitasse por tudo o que te fiz. Eu preferia viver a vida inteira do seu lado mesmo sem você saber da verdade, mas que não me olhasse como está olhando agora do que descobrisse e além da rejeição, se afastasse de mim. Eu já perdi o seu irmão, e não queria te perder também! — justificou

Regina assentiu, pensativa.

— Pois parece que ele estava certo sobre tudo oque dizia de você... Você mentiu pra mim, me fez de idiota, me usou e passou por cima de mim. Assim como fez com ele... você preferiu o poder ao invés de ficar com o Neal, e fez o mesmo comigo. É um covarde, que se esconde atrás da sua adaga e de suas mentiras. E só pra você saber: talvez as coisas seriam mais fáceis se você tivesse me dito a verdade. E parece que aconteceu o que você previa: perdeu seus dois filhos, se é que você foi pai de verdade algum dia! — rebateu, virando as costas e caminhando até a porta

— Regina, por favor... me perdoa... vamos tentar recomeçar. Tudo pode ser diferente! — ele pediu

Ela parou e se virando, respondeu:

— Seria ótimo... mas se eu fosse você, não contaria com isso! — girou a maçaneta e saiu.


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