Unbroken escrita por Angel


Capítulo 47
Secrets




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As bocas se moviam em um ritmo inominável. Regina segurou o pescoço de David com as duas mãos na ânsia de apenas se aproximar, ele alternou uma mão na nuca da morena e a outra em sua cintura. O vestido de noiva que ela usava estava se tornando um problema que ele queria se livrar imediatamente. Os braços do príncipe mudaram de posição e carregaram a prefeita para dentro da casa, quebrando o beijo por alguns segundos para dar um ou outro passo. E não perceberam que já estavam dentro da casa, não perceberam que já estavam no quarto, em nada que não fosse aquele momento.

Com cuidado e devoção, com paixão e pressa. Roupas se perderam, carinhos foram recebidos e dados, olhares, sorrisos, juras de amor... O momento prolongou por muito tempo. Com as mãos entrelaçadas, com suspiros e com um grito abafado num beijo. Com seus nomes sendo chamados em meio a respirações ofegantes, com corações acelerados e com uma explosão mesclando amor e prazer.

Caíram exaustos, abraçados na cama. Os olhos brilhavam acompanhados de largos sorrisos, os corpos satisfeitos por estarem conectados.
— Eu te amo! — David sussurrou baixinho enquanto ela deitava em seu peito nu.

— Eu te amo... – ela respondeu fechando os olhos, ainda descrente em tudo o que havia acabado de acontecer. Finalmente todo aquele pesadelo havia chegado ao fim, restava apenas ela e sua família, agora completa. Ela tinha tudo o que sempre quis... o amor de sua vida, Henry e sua filha ao seu lado. Pra tudo ficar definitivamente perfeito só faltava encontrar seu pai, o que ela esperava que fosse logo.

Na casa de Gold...

— I've been set free, I am hypnotized by your destiny... You are magical, lyrical, beautiful, you are... And I want you to know, baby! — a voz de Marissa ecoava pela sala

— Tá muito lindo, mas acho que tá na hora de ir dormir, mocinha! — Rumple se aproximou

— E eu acho o senhor muito autoritário! — mostrou a língua

Belle só ria.

— Não vai precisar se preocupar com a minha autoridade, amanhã já vai dormir no seu palácio, na sua cama de ouro, e tudo o que lhe pertence, princesa! — rebateu

— Ah, não. Não começa por favor! — bateu o pé — será que vocês só sabem falar sobre princesas, palácios e afins?! Olha, até falem, mas me tirem do meio! — bufou

— Odeia mesmo isso de princesa, não é? — Belle observou

— Não é ódio ou implicância sem razão... — sentou no sofá, no meio deles — é que tudo o que eu vejo sobre isso são sapatos de cristal, vestidos de grife, carruagens cobertas de glamour, coroas e jóias de ouro, bailes e príncipes bonitos e afins... e tudo isso é tão vazio, fútil sabe? — expôs — só quero fazer alguma coisa realmente importante com a minha vida, algo que tenha sentido! — explicou

— Entendo... isso é bom! — Rumple observou — mas você sabe que é uma princesa, não sabe? — voltou

— Para, Rumple. É sério! — bufou — eu não sou uma princesa, passo longe disso. Eu posso até amar saltos, principalmente os da Steve Madden... são meu sonho de consumo — sorriu, sapeca — amo maquiagem, penteados e afins. Mas ao mesmo tempo eu amo minhas calças jeans pretas, meus blazers, minhas jaquetas escuras, minhas luvas de renda preta, minhas blusas de caveira, meus shorts... olha, eu não sou bruta, mas também não sou princesinha, entendem? Eu sou o meio termo! Mas não me chamem de princesa! — reafirmou, rindo

— Entendi, e entendi também que esta na hora de você ir dormir! — Rumple lembrou

— Ele está certo, Marissa! — Belle reafirmou, rindo. Marissa revirou os olhos e decidiu subir.

— Belle, agora que estamos a sós, eu queria te perguntar uma coisa! — Rumple disse, olhando nos olhos dela

— Pode falar, Rumple! — ela sorriu, segurando as mãos dele

— Eu estava pensando em tudo o que aconteceu, e agora que tudo finalmente acabou eu vou ter finalmente um futuro... com você, Regina, Marissa e Henry, ainda que eles não saibam de toda a verdade... mas enfim, eu nunca pensei que fosse ter um, mas acho que está na hora de começar a fazê-lo, e do jeito certo! — olhou nos olhos dela — quer se casar comigo? — propôs

Belle elevou as mãos á boca, ainda surpresa. Deixou alguma lágrimas escorrerem.

— Sim, sim! — o beijou — eu te amo!

— Não precisa ser nada grande, como o da Regina. E a festa pode ser na Granny's! — sugeriu

— Seria maravilhoso! — ela sorriu, radiante.

— E eu pensei em outra coisa também... — ele falou — o aniversário de 16 anos da Marissa foi há alguns dias atrás, pelo que eu sei. E como ela é sua melhor amiga, e também — olhos para os lados, e sussurrou — minha neta. Eu pensei em fazermos a festa juntos. É a primeira festa dela, e bom, acho que seria especial. O que você acha? — ele questionou

— Rumple, essa foi a melhor ideia que você já teve! — exclamou, feliz — é claro que eu aprovo. Seria ótimo! — o abraçou

— Vou falar com a Regina amanhã, e ver se ela concorda! — sorriu

No dia seguinte, na casa de Mary...

Emma pega a xícara em que tomava café e joga com toda a força em cima da pia.

— Emma! — Mary a repreendeu — desse jeito vai quebrar minha louça! — observou a filha cruzar os braços, visivelmente irritada — ainda brava com aquela história do buquê? — questionou, sem obter resposta — Emma, não quer dizer nada. Todo mundo sabe que o Hook gosta de você, talvez por isso a situação foi tão coincidente. Mas isso não quer dizer que vocês vão se casar! — explicou

— Não é só isso... é essa cidade, os problemas daqui que nunca acabam e sempre param na minha mão... eu só quero... — respirou fundo e achou melhor não dizer nada — deixa pra lá! — deu de ombros

— Que problemas, Emma? O que você sabe e não quer me contar? — questionou, cruzando os braços

Emma olhou pela escada, e certificando-se de que Henry não ouvia nada, chegou perto de Mary e sussurrou:

— Você deve saber que a Regina está a procura do pai biológico dela, não sabe? — indagou

— Claro, a cidade inteira já sabe disso. Mas o que tem? — perguntou

— Eu descobri quem é o pai dela, mas prometi não contar pra ninguém e muito menos deixar ela saber sob ameaça. Se eu te contar, promete guardar segredo? — pediu

Ela assentiu, e ouviu atenta.

— Rumplestiltskin é o verdadeiro pai da Regina! — contou, fazendo a mãe arregalar os olhos, e levar as duas mãos a boca

— Então ele sabia? Mas... como? Porque ele não quer que ela saiba? — Mary perguntou

— Ele descobriu agora também, pelo jeito Cora conseguiu mentir muito bem todos esses anos. Ele não quer que ela saiba por medo de rejeição, você sabe... a história deles é muito complicada! — explicou

— Eu entendo... mas mesmo assim, ela tem o direito de saber. Não é justo com ela, depois de tudo... — ela rebateu, ainda perplexa

— Eu também concordo com você, mas por favor, não diga nada. Me promete que não vai contar! — pediu

— Pode ficar tranquila, tá guardado. Eu não vou dizer nada! — assegurou

Mais tarde, na loja de Gold...

— Pela milésima vez eu digo: quando eu comprei a placa de fechado, eu joguei mesmo dinheiro fora! — Rumple falou, ainda de costas, após ouvir o sino da porta.

— Não sou cliente... eu vi a placa, pode se assegurar — Zelena falou — vim pegar meu colar de volta! — afirmou

— Está aqui — pegou uma caixinha de dentro do seu cofre, ainda de cara fechada. Em seguida se virou para ela — antes de tudo, saiba que só estou fazendo isso pelo meu acordo com a Marissa. Por mim, você nunca mais veria isso novamente. E eu aviso: se você nos prejudicar novamente quando tive isso de volta, eu mato você! — ameaçou

— Acabou com o show? — Zelena cruzou os braços — pode ficar tranquilo, eu não vou fazer nada. Só quero o que é meu de volta. Tenho mais com o que me preocupar do que ficar tramando contra qualquer idiota por ai! — rebateu

— Bom Dia! — Marissa adentrou o local — Ah, tia eu queria mesmo falar com você. Falei com o dono do pet shop, você pode começar a trabalhar lá hoje mesmo! — anunciou

— Isso é ótimo, obrigada de verdade! — agradeceu

— T-O-C-A-N-T-E! — Rumple usou sua ironia — agora será que podemos acabar logo com isso e você sumir da minha frente? — chamou a atenção delas, Zelena revirou os olhos e Rumple tirou o colar da caixa, entregando nas mãos dela que virou-se para um espelho e o colocando no pescoço. Sentiu um corrente de força a invadir, e sentiu-se poderosa novamente.

— Estou confiando em você! — Marissa lembrou

— Pode deixar, eu não vou te decepcionar! — sorriu, e dando as costas, saiu.

— Acha mesmo que ela não vai voltar a fazer nada novamente? — Rumple questionou, assim que ela saiu

— Acho que não... ela é como qualquer um de nós, vilões... só quer uma segunda chance! — respondeu

Nesse exato instante, Regina adentra o local.

— Mãe! — a menina corre para abraça-lá

— Marissa! — a abraçou — boas notícias... eu consegui mudar seus documentos. Além de colocar eu e o seu pai como seus genitores, eu consegui colocar seu verdadeiro nome. Bem-vinda ao seu lar, Marissa Mills Nolan! — a morena sorriu, entregando a identidade á menina, que abraçou novamente com um sorriso extenso no rosto. — e tem mais, te matriculei na escola. Amanhã de manhã você começa a estudar! — sorriu

— Ah, não — a garota fez uma careta — escola, mãe? Pra que? — protestou, cruzando os braços

— Como pra que, Marissa? Você está no meio do ensino médio, esqueceu?! — exclamou

— Mas mãe... — ia protestar mais uma vez, mas Regina a interrompeu:

— Nada de mas, mocinha. Já esta tudo certo, amanhã você volta pra escola. O ponto de ônibus é na mesma quadra do ponto do Henry. Vocês saem juntos, você vai deixa-lo lá, e ir pro seu. Na volta a mesma coisa, você desce do ponto e vai esperar ele pra voltar pra casa. Entendido? — indagou

Ela bufou e assentiu.

— Regina, eu preciso falar com você á sós! — Rumple chamou a atenção dela

— Ótimo, eu vou andar por ai. Aproveitar meu último dia de liberdade, até mais! — falou, e saiu

— Sobre o que quer falar? — Regina se aproximou do balcão, ficando de frente pra ele

— Eu e Belle vamos nos casar, não vai ser nada grande. E a festa vai ser na Granny's! — contou

— Tá, que ótimo pra vocês. Mas, onde eu entro nisso? É algum tipo de convite ou algo assim? — questionou, usando seu sarcasmo

— Não, dear. É uma proposta! — respondeu, usando o mesmo tom que ela — pelo que sei, o aniversário da sua filha foi há alguns dias. E imagino que ela nunca tenha tido uma festa... então, eu pensei em fazer a festa dela junto com a nossa festa de casamento. Ela e Belle são melhores amigas, e eu não vejo porque não! — propôs

— O que está querendo, Rumple? Você nunca faz nada sem um interesse! — questionou, desconfiada

— Nada — deu de ombros — apenas uma simples ideia. Podia soar perfeito para uma festa surpresa, inclusive. Já que ela vai saber da nossa festa de casamento, não desconfiaria nada que estariamos preparando a dela também!

Regina pensou e acabou concordando. Combinou algumas coisas com ele, e depois foi embora, mesmo ainda estando desconfiada.

Na hora do almoço, na Granny's...

Todos almoçavam e conversavam paralelamente.

— Ai, olha, eu amo o fato de vocês dois se gostarem. Mas sejam mais discretos, pelo menos na hora do almoço! — Marissa comentou, vendo os pais trocarem carícias

— Alguma pista do seu pai, mãe? — Henry mudou de assunto

Regina negou com a cabeça.

— Eu não sei, não tem nenhum rastro. Nenhuma ligação sobre o passado da minha mãe, nada! — explicou

Mary ouvia tudo calada, tentando ao máximo se segurar.

— Eu queria tanto poder saber quem ele é, saber se ele sabe sobre mim, se ele gosta de mim, se poderiamos tentar uma relação de pai e filha... queria poder tê-lo ao meu lado, acho que é só o que falta pra tudo na minha vida se encaixar. Mas parece que isso não vai acontecer... — suspirou, triste

Ela não aguentou.

"Emma você vai me odiar!" pensou.

— Regina eu posso te ajudar! — falou, e todos na lanchonete se voltaram para ela

— Mary, não! — Emma sussurrou, arregalando os olhos

— Me desculpe, Emma. Mas eu não posso guardar isso sabendo que posso ajuda-la... não depois de tudo o que fiz... — argumentou

— O que você sabe? — Regina questionou, completamente seria

— Regina você é filha do Rumplestiltskin! — Mary disparou


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