Unbroken escrita por Angel


Capítulo 46
Night




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/502609/chapter/46

— O buquê acha que não! — Hook piscou, com um sorriso malicioso

— Grande coisa — Emma bufou, olhando chocada o mesmo em suas mãos — Regina deve ter feito algum feitiço pra essa coisa vim parar nas minhas mãos!

— E porque eu faria isso?! — Regina se aproximou, cruzando os braços — eu tenho mais com o que me preocupar do que fazer feitiços pra te jogar em cima do deficiente. Você faz isso por si mesma! — rebateu

— Emma! — Mary se aproximou — você pegou o buquê — constatou, sorrindo — sabe o que isso significa? — indagou

— Casamento! — Marissa respondeu antes da irmã, se aproximando — e pelo jeito, já tem o noivo — piscou, se aproximando de Hook — bem-vindo á família, cunhadinho! — abraçou o braço dele

— Vem cá, vocês enlouqueceram?! — Emma chamou a atenção de todos — eu não vou casar porcaria nenhuma, isso não passa de uma lenda ridícula — Emma jogou o buquê com toda força que conhecia em uma lata de lixo próxima — e se fosse mesmo pra me casar, porque não sugerem alguém com quem eu faria isso de verdade?! — olhou com desprezo para Hook, e se afastou em seguida

— Não liga, Hook. Mais cedo ou mais tarde ela vai admitir! — Marissa deu um tapinha leve no ombro dele

Pouco depois...

— Eu já sei o que quero do nosso acordo! — Marissa se aproximou de Rumple

— E eu poderia saber o que é? — Rumple questionou

— Quero que você devolva pra Zelena o colar dela! — respondeu

— VOCÊ ENLOUQUECEU?! — ele praticamente gritou — NUNCA! — rebateu

— Temos um acordo! — argumentou — e pra que eu possa cumprir a minha parte, você deve cumprir a sua. E devo lhe lembrar que você nunca quebra um acordo! — sorriu, ironicamente

— Marissa dear, por favor. Você sabe muito bem o que ela fez conosco, com a sua mãe, e o que ainda pro vir a fazer se tiver todos aqueles poderes de volta. Não pode colocar-nos em risco! — tentou argumentar, em vão

— Eu me responsabilizo, fique tranquilo. Ela está merecendo e sei que não vai fazer nada contra nenhum de nós, agora ela tem mais com o que se preocupar — apontou em direção a tia, que trocava risadas e brincadeiras com Roland em seu colo, enquanto Robin lhe dava um beijo carinhoso na testa — nós podemos detê-la, caso algo venha acontecer. Você sabe disso, não se preocupe. Nada vai acontecer. Está tendo uma segunda chance, dê isso á ela também! — argumentou

— Está bem — se deu por vencido — diga ela que passe amanhã de manhã na minha loja, e eu vou devolver-lhe o colar. — falou — mas saiba que se acontecer alguma coisa comigo, Henry, Belle ou... — ia falar o nome de Regina mas cessou — saiba que será sua culpa, e alguém terá de ser punido! — ameaçou

— Já acabou com o surto e a série de ameaças?! — Marissa fez cara de tédio e revirou os olhos — eu já disse: tudo vai ficar na santa paz. Relaxa, você tá precisando de um chazinho, hein?! — brincou — tá muito alterado! — riu, ao ver a cara de desaprovação de Rumple — ei, por fora assim, posso te pedir um favorzinho pequeninho? — pediu, com cara de gatinho do Sherek

— O que é? — perguntou, sem o mínimo de empolgação

— Posso dormir hoje na sua casa de novo? É que você sabe, hoje meus pais vão estar na noite de núpcias e eu além de não querer atrapalhar, não quero ouvir ou presenciar certas coisas, se é que você me entende! — sussurrou

Ele soltou uma risada.

— Tudo bem, só não se acostume! — falou, se surpreendendo com um enorme abraço da menina em seguida. Escondeu, mas não pode deixar de se emocionar com o abraço espontâneo da neta, ainda que ela não soubesse disso. Ah... o que ele não daria pra mudar tudo e ter sua filha e sua neta perto si sem nenhum rancor. Afastou esses pensamentos de sua mente ao avistar Jefferson adentrando a festa.

— O QUE FAZ AQUI? — gritou indo até ele, completamente irritado

— DEPOIS DE TUDO O QUE FEZ Á MINHA FILHA E AMEAÇAR A MINHA ESPOSA? — David o acompanhou, também no mesmo estado

— Olha, eu sei que temos uma longa história aqui, mas eu quero me desculpar e bom, eu tive meus motivos para fazer o que fiz... — Jefferson tentou argumentar

— E QUANTO Á BELLE? ELA NUNCA TE FEZ NADA E NO ENTANTO A PRENDEU JUNTO COM A MARISSA! — Rumple rebateu, e fazendo um movimento com as mãos, começou a sufoca-lo — E VOCÊ MAIS DO QUE NINGUÉM, DEVERIA SABER QUE NINGUÉM MEXE COM O SENHOR DAS TREVAS!

— Papai! — uma voz infantil chamou atrás dele. Era Grace, filha dele, se aproximando.

— Rumple! O que está fazendo?! — Belle o repreendeu, vendo a cena

— Ele mexeu com você, Belle. E isso não pode passar em branco! — respondeu, forçando-o ainda mais

— Faça o que quiser, resolva as coisas. Mas não na frente dela! — Marissa fez um gesto com as mãos, e parou Rumple fazendo Jefferson tomar folego novamente. Em seguida, foi até Grace e se agachou, sorrindo.

— Oi! — falou suavemente, observando a expressão assustada da menina olhando para ela — eu sei que te causei uma má impressão, e queria me desculpar por aquilo. Eu não fiz por mal... — segurou a mão da menina — as coisas só saíram um pouco de controle. Acha que podemos esquecer isso e comer uns docinhos juntas?! — indagou, vendo a menina assentir. Um pouco mais calma. Ela então, se levantou e segurou a mão dela. Voltou-se para Rumple e o pai, e sussurrou:

— Façam vocês o que acharem melhor. Matem ele, o prendam, castiguem ou qualquer coisa. Mas saiba que por mim, não precisa acontecer nada. Eu quero deixar essas pequenas coisas pra trás, se eu esqueci da Mary e da Zelena, não tem porque guardar mágoa dele. Há muita história aqui pra acontecer o que aconteceu, e vocês sabem. Está na hora de parar. Mas como eu disse, a decisão é de vocês! — falou, se afastando com Grace e indo até uma mesa de doces.

— Ela está certa — David suspirou — há muita história envolvendo todo mundo aqui. E isso já passou da hora de acabar! — concluiu

— É uma pena que eu não pense assim! — Rumple retomou o que estava fazendo — ele vai pagar! — falou friamente

— Rumple, não. Para! — Belle pediu, mas foi lhe negado.

— Não, Belle. Ele não. Ele te usou para uma vingança que nem razão de ser havia. Você quase morreu, se não fosse pela Marissa. Esse projeto de viajante barato deve morrer! — respondeu, lembrando-se também do que ia fazer com a neta para tentar atingir sua filha, e seu ódio só aumentou

— O que está fazendo, Gold? — Regina questionou, se aproximando.

— Colocando um fim no homem que quase matou Belle, sua filha e por um acaso, também queria te destruir! — respondeu, usando seu tom irônico

— Quer deixar de ser ridículo? Vai destruir minha festa de casamento. — rebateu — deixa o Jefferson pra lá. Nunca me importei com nada em relação á ele, e não vai ser agora que vou me importar. Você deveria fazer o mesmo, para de bancar o intocável e deixa ele em paz! — falou, visivelmente impaciente

Rumple suspirou, e decidiu acatar o pedido da filha. Pelo menos uma vez na vida ele iria fazer o que ela pedia.

— Não apareça nunca mais na minha frente, ou eu mato você! — sussurrou para que só ele ouvisse e o largou, dando as costas

— Você está bem? — Regina questionou, o ajudando a se levantar

— Estou, obrigado! — agradeceu, ainda surpreso com a atitude de Regina

— Não foi nada. E não se preocupe com a Grace, está bem entretida comendo doces com o Roland, Marissa está os vigiando. Aliás, onde foram Zelena e Robin? — olhou para os lados

— Não é isso... você o convenceu a não fazer nada comigo, quando tinha motivos para incentiva-lo. É verdade o que dizem... você está mesmo voltando a ser a mesma de antes, igual á quando nos conhecemos! — observou

— Digamos que ainda estou trabalhando nisso! — respondeu — bom, aproveite a festa. Só não se envolva em mais nada, ou vou voltar atrás com a minha palavra — alertou — com licença! — se afastou e foi para perto do marido.

Jefferson respirou fundo e foi pegar algo para beber. Quando ia pegar o copo acabou dando de cara com Ruby.

— Dia complicado? — a ruiva questionou

— Pois é — suspirou, reparando melhor em como ela era ficava ainda mais atraente sem usar aquelas roupas curtas que usava antes — e você?

— Bom, não tenho do que reclamar... é primeira vez que venho em uma festa sem ser na toca do coelho em que não sou a garçonete! — ambos riram

— Olha lá, parece que agora vai ser a valsa do Rei e da Rainha... — ele observou

— E porque todos estão indo dançar? Não deveriam ser apenas a Regina e o David? — indagou

— Essa é a valsa dos noivos, eles devem ter dançado logo no início da festa. A valsa do rei e da rainha é onde todos dançam com seus respectivos pares! — explicou, observando-a assistir com a cabeça — você tem algum par? — questionou

— Não — negou com a cabeça, tristemente

— Gostaria de dançar comigo? — pediu, e sorriu ao vê-la assentir que sim e abrir um largo sorriso. Ela tinha um sorriso lindo, pensou. Segurou a mão dela, e se dirigiu á pista de dança.

Não muito longe dali...

— Qual é, Swan? É só uma dança, e não um pedido de casamento. Todos dançando e nós aqui, parecendo dois postes? — insistia

— Hook, não. Eu nem sei dançar assim! — rebateu

— Não é difícil, eu te explico. Em que outra chance você vai poder fazer isso, se vai mesmo voltar pra Nova York?! — lembrou, e em seguida viu a loira bufar, e estender a mão para ele, convencida. Ele abriu um extenso sorriso, e a conduziu até a pista.

E de fato, todos estavam dançando. Até quem não tinha um par amoroso, havia conseguido alguém com quem se identificasse. Mary e Whale, Jefferson e Ruby, Robin e Zelena, Rumple e Belle, Hook e Emma, e claro, no centro David e Regina, que trocavam selinhos o tempo todo.

— Pelo jeito somos os únicos que estamos parados. Tô me sentindo um poste! — Marissa comentou, ao lado de Henry

— Bom, a Grace e o Roland também não! — rebateu

— Eles estão se matando em cima da mesa de doces, Henry. Não tão nem ai! — revirou os olhos

— Ei, e se nós dois dançarmos? — propôs

— Tá brincado? Eu sou uns três metros maior que você, não fica nenhum pouco legal! — respondeu

— E daí? Você é minha irmã. Poderia me ensinar a dançar assim, se algum dia eu for um príncipe igual ao vovô, eu tenho que saber dançar! Aliás, você sabe dançar valsa?

— Sei, apesar de nunca ter precisado, graças a Deus. Aprendi na minha escola, tinha aulas de dança. Ai como cada aula ensinava um tipo de dança diferente, eu aprendi tudo! — explicou

—Então vamos lá, por favor. Me ensina, não vai custar nada! — pediu, vendo a irmã assentir em seguida e ambos se dirigirem á pista também.

Depois da festa, David e Regina se digiram á casa de ambos.

— Enfim, a sós! — ele abraçou ela por trás, enquanto abria a porta. Ela sorriu e se virou, ficando de frente pra ele.

— Finalmente sua... — pousou os braços em volta do pescoço dele — não sabe como esperei por esse dia... — olhou fundo nos olhos dele — Te amo!

— Também te amo! — respondeu, a beijando.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!