Unbroken escrita por Angel
Nesse instante, o telefone da prefeitura toca, separando ambos rapidamente.
— Marissa?! — Regina constata, ao atender o telefone
— Ei, eu posso ir pra sua casa agora? Queria repassar umas coisas no piano... — pediu
— Claro, fique á vontade. Há uma chave extra em baixo do tapete! — consentiu, ouvindo a filha agradecer em seguida e desligar — pode pedir á Emma que procure todos os registros de moradores que tenham uma faixa etária mais ou menos como a da minha mãe? — pediu, voltando-se para David e vendo o mesmo assentir em seguida
Na loja de Gold...
— Como pode ter tanta certeza? — Belle indagou, ainda paralisada
— A verdadeira data de casamento de Cora com Henry dá seis meses de diferença pro nascimento de Regina... são três meses passando e... — respirou fundo — é exatamente a mesma época que Cora e eu nos conhecemos e nos envolvemos! — desabafou — Faz todo sentido... ela não me contou porque sabia que eu não ia deixar Regina nas mãos dela, e isso também atrapalharia o casamento dela... tudo o que Cora queria era ser rainha, e uma filha de Henry era a tacada perfeita. Ela me deixou justamente porque não poderia oferecer a vida que ela queria... — elucidou
— Mesmo assim, Rumple. Três meses é muita coisa... acha que Henry não poderia ter percebido isso? — Belle voltou a questionar
— Por mais que tenha desconfiado algum dia de alguma coisa, ele sempre foi submisso á Cora... e só a ideia de ser pai, ele não deve nem ter se questionado... eu também faria o mesmo... — falou
— Você contou pra ela?
— Não... ela veio me pedir só pra usar o globo, que mostrou que o pai dela está em Storybrooke — contou — em troca, eu peguei um fio de cabelo dela, que nos dará a certa se ela é mesmo minha filha — mostrou, em seguida levantando-se e indo até o armário. Tirou de lá um frasco que continha um líquido azul, e uma pequena caixa de acrílico.
— O que vai fazer? — Belle perguntou, se aproximando
— Um feitiço — elucidou — eu tenho um fio de cabelo da Regina, e vou juntar com um meu — disse, puxando um fio de sua cabeça e colocando ambos dentro da pequena caixinha — vou jogar essa poção em cima dos fios e se ambos ficarem da mesma cor, significa que minha suspeita se confirma. Porém, se ficarem de cores diferentes, Cora teve outra pessoa além de mim e Henry! — explicou, e Belle assentiu. Mesmo com a mão trêmula, ele abriu o frasco e pingou algumas gotas sobre os tais fios. Passado alguns segundos, ambos se uniram e brilharam. A luz que dali saiu era uma só: roxa. Rumple fechou os olhos, e respirou fundo, tentando absorver as últimas informações.
— Rumple, acalme-se! — Belle o abraçou
— Uma filha, Belle. Eu ganhei uma filha! — afirmou, deixando finalmente as lágrimas escorrerem pelo seu rosto
— Você precisa contar á ela! — Belle sorriu
— Não, eu não posso... ele nunca vai me perdoar, muito menos me aceitar! — elucidou
— Porque? Você também não sabia que era o pai dela. A única culpada nessa história é a Cora, que mentiu todo esse tempo! — argumentou
— Não, a culpa não é só dela — rebateu — não percebe? Toda magica vem com um preço. Eu criei a maldição das trevas, e fiz de tudo para que fosse lançada. Passei por cima de tudo e de todos, inclusive dela. Deixei ela na mão de Cora, que destruiu a vida dela de todas as formas. Aliás, eu a ajudei a destruir a vida dela, inclusive. Dei magia negra á Regina, e a ensinei a usá-la. Tornei seu coração negro, armei pra ela, lhe dei a maldição, a incentivei a matar a única pessoa que tinha lhe sobrado na vida pra virmos pra cá, e ainda... — sentiu uma pontada no peito — tentei mata-la com aquele wraith! — chorou, como nunca Belle havia imaginado que o veria chorar — não percebe, Belle? Esse é o preço por tudo o que fiz... vou ser rejeitado pra sempre pela minha própria filha. Tive dois filhos, e perdi os dois!
Belle sentiu seu coração se despedaçar ao vê-lo naquele estado, mas não podia negar que o que ele dizia era verdade. Por mais que ele sempre estivesse ao lado de Regina, parte da culpa por tudo o que havia acontecido com ela era dele.
— Rumple, não fique assim. Você não sabia de nada, se arrepende e é o que importa. Precisa dizer pra ela a verdade e conversar, tenho certeza que tudo se sairá bem. Ela está procurando o pai, não creio que se decepcionará ao saber que ele sempre esteve ao lado dela. Mesmo com os momentos de briga. Você a pegou no colo quando era recém-nascida, a acompanhou todo o tempo. Foi o único quem ela teve por anos e anos. Ela não vai te perdoar se descobrir que você sabe a verdade e está escondendo dela. Não deixe-a descobrir por outra pessoa que não seja você, Rumple! — aconselhou
— Não — negou com a cabeça — eu não posso. Ela não vai querer nem olhar na minha cara... prefiro que ela não saiba e continue perto de mim, do que descobrir e se afastar! — argumentou
Não muito longe dali, na casa de Regina...
— You won't find — a voz de Marissa ecoava pelo ambiente misturada com o som do piano, até ser interrompida por alguém
— Uau, que linda. Você que compôs? — Henry indagou, assustando a irmã
— Que susto, Henry — pôs a mão sob o peito, se recompondo — há quanto tempo está ai?
— Acabei de chegar. Estava com saudades de casa! — revelou — mas foi você quem compôs mesmo?
— Sim, é uma surpresa. Não posso falar ainda! — respondeu
— O que você tá aprontando? — cruzou os braços
— Por enquanto, é segredo, eu já disse. Mas não vou prejudicar ninguém, se é o que está preocupado! — elucidou
— Se você diz... — deu de ombros — ei, eu tô sozinho agora... vamos ver um filme? Faz tempo que eu não faço nada assim... — convidou
— Mas e os seus amigos? — peguntou
— Eu sou igual á você: não tenho amigos. — respondeu, fingindo não se importar
Marissa entendeu bem o que aquele olhar queria dizer.
— Temos sim: eu sou sua amiga, e você é meu amigo! — sorriu
— Você é minha irmã mais velha, não é bem o seu papel ser minha amiga! — lembrou
— Que se dane o costume, você pode ser pirralho, mas é inteligente. E nós vamos assistir filme tomando sorvete ainda mais! — se levantou, fechando a tampa do teclado do piano.
— Mas, a mamãe não vai ficar brava se souber que tomamos sorvete perto da hora do almoço?! — lembrou
— Ela não precisa saber! — sussurrou, sorrindo travessa. Ele devolveu o sorriso — vai escolhendo algum filme que eu vou buscar o pote de sorvete! — falou, vendo o se dirigir até a estante e após olhar as opções, puxar uma capa azul que continha o nome "Branca de Neve e os Sete Anões" — pra fazer jus de onde viemos, o que acha? — questionou
Marissa negou com a cabeça.
— Nunca, eu odeio o filme da Branca de Neve! — disse, e após fazer um movimento com as mãos, a capa do mesmo ficou vermelha e dessa vez tinha o título "Mulan" — bem melhor! — sorriu
— Sua história preferida é a da Mulan? — perguntou, abrindo a caixa e se dirigindo ao aparelho de DVD
— Com toda certeza! — afirmou — além de me identificar com ela, ela não chora e se esconde do inimigo atrás de sete homenzinhos com picaretas nas mãos. Ou se apaixona por um cara que nem sabe o nome, e só viu uma única vez pela janela do palácio. — argumentou — Tenho certeza que quando a Mary assistir a versão da história dela pra esse mundo, vai realmente ficar irritada! — afirmou, se aproximando e sentando no chão ao lado do irmão com o tal pote de sorvete na mão — pode colocar! — disse, voltando sua atenção agora para o televisor
Na delegacia...
— Olha, esses são os dados das pessoas que batem com a descrição que a Regina pediu! — Emma disse, entregando uma pasta ao pai — acha mesmo que isso vai funcionar? — perguntou
— Eu espero que sim. De qualquer forma, se não der certo, vamos achar outro jeito. Precisamos encontrar esse homem! — David respondeu
— Que loucura. Eu sei de muitas coisas sobre a Cora, mas isso?! Não, definitivamente Regina não teve sorte! — comentou
— Parece que o passado dela inclui muito mais coisas do que a gente sabe. Mas não me surpreende... depois de Zelena, nada mais me surpreende!
— David, não foi o Gold que ensinou magia pra Cora? — Emma lembrou, vendo o pai assentir em seguida — ela não era casada, não é mesmo? — ele assentiu mais uma vez — se eles se conheceram antes dela se casar... Gold pode ser o pai da Regina! — Emma concluiu
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