Unbroken escrita por Angel


Capítulo 39
Reflection


Notas iniciais do capítulo

Oii povo, primeiramente obrigada pelos comentários. E eu queria pedir desculpas pela demora, ando sem tempo até para respirar D: enfim, espero que gostem. Beijos :*



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— É, e quem estava certa mais uma vez?! — Marissa chamou a atenção de todos — agora quero ouvir os aplausos e um obrigado! — cruzou os braços

— E está de castigo, mocinha! — David afirmou, vendo a filha fazer uma careta

— Mas estamos orgulhosos de você! — Regina completou, e ao retirar sua mão do pescoço de David, percebeu que o anel havia enganchado na roupa de David, puxou um pouco mais forte, e o mesmo escapou de seu dedo voando nos pés de Marissa.

— O anel! — ela exclamou, vendo que o mesmo havia finalmente saído de seu dedo — ele saiu!

Marissa se agachou e apanhou o mesmo do chão, entregando na mão do pai.

— Vocês admitiram o amor, não há mais razão dele ficar preso! — Gold lembro

David observou o objeto, e em seguida lançou um olhar para Regina. Pensou, e sorrindo, propôs:

— Regina... — respirou fundo — eu sei que isso não é hora e nem local apropriado mas... eu acho que não tem mais o que adiar... quer ficar comigo pra sempre e ser a minha rainha? — indagou, vendo-a olhar confusa — quer se casar comigo? — pediu, segurando a mão dela. A mesma deixou lágrimas escorrerem pela sua face, e com os olhos brilhando, respondeu:

— É tudo o que eu mais quero, sim e sim! — afirmou, sorrindo

Ele então, colocou delicadamente o anel do dedo dela, que novamente brilhou. A mesma o abraçou e o beijou em seguida.

— Tudo acaba bem, quando termina bem! — Marissa pôs-se a andar pelo hospital, e Gold a seguiu

— Ainda não, minha cara. Nós temos mais um acordo pendente, e se bem me lembro, eu tenho que cumprir a próxima etapa. Vou voltar o relógio até você ser uma recém-nascida! — lembrou

— Eu quero mais um tempo! — sussurrou, para que ninguém ouvisse sobre o que estavam conversando

— Como é?! — devolveu, surpreso — ninguém quebra um acordo comigo, dear. Você sabe bem disso! — ameaçou

— Eu não vou quebrar acordo nenhum. Eu só quero mais um tempo antes de você voltar o relógio. Quero ao menos ver meus pais se casarem, não vai demorar tanto! — explicou

— De que isso vai adiantar sendo que você vai começar sua vida novamente sem se lembrar de nada? — argumentou

— Não sei... — deu de ombros — mas eu quero. Eu prometo que assim que a cerimônia acabar, você pode agir! — pediu, e ele assentiu

No dia seguinte, na pensão da Granny's...

— Já vai! — Marissa gritou do banheiro, correndo até a porta e abrindo-a — Regina! — exclamou, ao constatar que era a mãe — entra! — sugeriu

— Não, é rápido — forçou um sorriso, ao ver que a filha havia a chamado pelo nome, e não de mãe — eu sei que pode parecer cansativo essa minha insistência, mas eu realmente ficaria feliz se você viesse morar comigo, de verdade — sugeriu — Henry está o tempo todo com a Emma, estou sozinha até David e eu nos casarmos, e pensei que seria bom se você finalmente viesse. Não precisa mais ficar aqui, sozinha. Você tem uma família, vai poder viver com seus pais! — pediu, esperançosa

Marissa suspirou. Talvez fosse uma boa ideia, já que não seria tanto tempo, e depois... talvez fosse bom que já estivesse em casa quando voltasse a ser um bebê, coisa que só saberiam quando acontecesse.

— Você está certa, eu aceito! — finalmente falou o que ela mais quera ouvir. Regina abriu um imenso sorriso, e um brilho surgiu nos olhos castanhos da prefeita, que encheu seu coração de alegria. Num impulso, abraçou a filha.

— Você não imagina o quanto isso me faz feliz! — disse a soltando e ficando de frente para ela, de mão dadas, continuou — eu prometo que vai ser bom, e que não vai se arrepender — beijou as mãos da menina — mas me diz, como quer que eu arrume o seu quarto? As cores pra parede, os móveis... do que você gosta? — questionou

— Ah, eu não sei. Pode decorar como achar melhor, eu tenho certeza que vou gostar! — fingiu um sorriso — eu só vou poder ir daqui uns dias, se não se importar...

— Sem problemas! Pode vir quando quiser, só me avise pois preciso lhe entregar uma cópia da chave! — falou, e a abraçou novamente — vou indo, nos vemos depois e mais uma vez: obrigada! Eu te amo! — beijou a testa da menina e saiu

Regina correu, e com poucas idéias sobre o que poderia usar no quarto da filha, comprou os materiais necessários e correu para casa. Colocou um shorts jeans, uma regata branca e prendeu o cabelo como rabo de cavalo. Não queria usar magia, queria que aquilo saísse de suas próprias mãos. Escolheu o papel de parede branco, e o no resto no quarto resolveu repetir o mesmo tom, e em alguns lugares variava com preto e azul escuro. Evitou ao máximo usar o rosa, colocar bonequinhas, florzinhas e afins, pois sabia que Marissa odiava aquele tipo de coisa. Junto com o papel de parede, colou alguns adesivos em formato de notas musicais, guitarras e até pendurou um globo falso de discoteca no canto da janela. Acima da cama colocou alguns pisca-pisca em volta do nome da menina pintado na parede, e na mesinha de cabeceira colocou uma foto da garota. No canto do guarda-roupa preto, colocou um pôster da Taylor Swift, sabia que a filha gostava. Na outra ponta do quarto, arrumou a mesinha onde ficaria o computador da garota. Apostou no preto, com alguns detalhes em branco. Estava distraída, que nem percebeu alguém adentrar o quarto.

— Bom dia! — uma voz conhecida sussurrou no ouvido dela, beijando seu pescoço

— Bom dia, príncipe! — respondeu, sorrindo. Virou-se e o encarou, o beijando em seguida — posso saber como entrou aqui? — questionou, entre os beijos

— Chave extra em baixo do tapete — mostrou — Henry me contou! — explicou — posso saber o que está fazendo? — perguntou, com os braços envolta da cintura dela

— Estou arrumando o quarto da Marissa, finalmente ela vem morar aqui! — respondeu, sorrindo

— Está ficando lindo, mas... — observou — um quarto de uma menina sem nenhum detalhe cor-de-rosa? — questionou

— Como se não a conhecesse... ela odeia rosa, bonecas, qualquer coisa princesinha! — respondeu — aliás, é ótimo que esteja aqui! — afirmou, pegando uma caixa cheia de coisas e entregando á ele — vai em ajudar a terminar isso aqui. Coloque todas essas coisas na penteadeira, e o que estiver naquela caixa — apontou — vai para o guarda-roupa! — falou e em seguida, ouviu a campainha tocar. A mesma desceu e foi atender.

— Marissa! — exclamou, dando passagem para a filha — é ótimo que esteja aqui! — sorriu

— Eu não quero incomodar, vim porque queria tocar um pouco! — apontou para o piano na sala

— Não está incomodando. Pelo contrario, venha quando quiser! — sorriu novamente — só vou pedir que não suba. Estou arrumando seu quarto e quero que seja uma surpresa! — pediu, e ela assentiu se dirigindo até o instrumento e começando a tocar uma sequência de notas, as repetindo várias vezes. Havia gostado da melodia formada. Estava perdida em seus pensamentos, quando ouviu Regina dizer:

— Que música bonita! — observou

Ela então, teve uma ideia.

— Você gostou? — questionou

— ADOREI! — ouviu a mãe gritar do andar de cima, e ouviu um "eu também" do pai.

Continuou a deslizar as mãos pelo piano, e fez aparecer uma partitura a ser preenchida em suas mãos, e começou a anotar todos os acordes até a música por inteiro se formar.

— EI, VOCÊS DOIS JÁ TEM ALGUMA SEQUÊNCIA MUSICAL PRO CASAMENTO DE VOCÊS PRONTA? — questionou, e ouviu um não como resposta — POSSO CUIDAR DISSO? — ambos gritaram um sim. Ótimo, era a deixa perfeita. Iria organizar os músicos, e apresentar todas valsas escolhidas aos pais antes de deixar prontas. Bom, quase todas. Não seria uma valsa, e sim uma música especial. Uma surpresa. Terminou de compôr a parte tocada, e decidiu que colocaria a letra só quando ambos não estivessem lá. Avisou que estava indo embora, e foi procurar músicos. Depois de muitas horas, o quarto de Marissa finalmente estava pronto.

— O que acha de colocarmos uma pintura? — David questionou

— Que ideia, David — Regina negou com a cabeça — não iria combinar, e tenho certeza que pinturas não a agradam.

— Nem a ela, e nem a você. Vejo que só tem fotografias pela casa! — David observou

— Engano seu! — Regina rebateu — tenho uma pintura do dia do casamento dos meus pais no corredor! — se aproximou da mesma, com ele atrás de si — veja! Tem até a data! — observou a pequena escrita branca escrita no canto do quadro

— Gold tem razão. Você não se parece nada com a sua mãe! — David observou, porém Regina focou em uma coisa que nunca havia percebido antes — algum problema, meu amor? — questionou, ao ver Regina distante

— Não, é que... observando melhor, a data expressa aqui me deixou intrigada com uma coisa que eu nunca havia notado antes!

— O que? — ele perguntou

— Nesse dia, meus pais se casaram, mas contando desse dia até a minha data de nascimento são só seis meses depois. Minha mãe me teve seis meses depois de casada. E eu não nasci prematura, isso quer dizer que... — observou

— Cora já se casou grávida! — David concluiu

— Mas eu tenho certeza que meus pais não tiveram nada antes de se casar... — ela ligou os pontos — David, Henry não é o meu pai! — afirmou, chocada


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