Unbroken escrita por Angel


Capítulo 37
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Notas iniciais do capítulo

Primeiramente obrigada pelos comentários. Sério, li e reli cada um. Amei, obrigada de verdade *---*



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— Como assim? — Regina indagou, de olhos arregalados — só um de nós dois? O outro vai ter de ficar aqui... pra sempre?

Melody assentiu com a cabeça.

— Por isso eu digo á vocês de todo o meu coração: boa sorte! — desejou — ah, e leve isso — entregou uma pequena faca á ele — vão precisar por aqui! — sorriu

— Obrigada, Melody! — David agradeceu — por tudo! — completou

— Não foi nada... adeus... — despediu-se, vendo-os sumir na trilha da floresta

Eles andaram uma boa parte do caminho em silêncio, apenas pensando em tudo que lhes fora revelado.

— David... — Regina finalmente quebrou o silêncio

— Oi... — ele respondeu, voltando seu olhar para a morena

— Como faremos? — questionou, apreensiva

— Eu não sei... acho que é algo que vamos ver só quando finalmente conseguirmos! — respondeu, tentando mostrar calma em sua voz

— De qualquer forma, isso tá sendo inútil pra um de nós... quero dizer, só um irá passar... — insistiu

— Regina — parou em sua frente — tudo vai dar certo, não se preocupe — pegou em sua mão, que estava trêmula — tire isso da sua cabeça, você vai sair daqui! — assegurou

Ela sorriu por uns segundos, e logo em seguida soltou um grito e segurou sua perna direita.

— O que foi? — perguntou, assustado e preocupado. Em seguida ouviu um chocalho, e por trás de Regina, viu uma cascavel adentrar a mata escura.

— Ela me picou! — Regina falou, com a voz fraca. Tentava segurar sua perna. A dor era imensa. David passou o braço por volta da cintura da mesma e a segurou, levando-a para baixo de uma árvore.

— Deixe-me ver... — pediu, pegando delicadamente na perna dela, e a esticando vagarosamente, vendo-a soltar outro grito de dor. Ele fez uma careta ao observar o ferimento — eu sei um meio de impedir o veneno de te afetar, mas você vai precisar ser forte e aguentar firme, tudo bem? — falou, vendo-a assentir com a cabeça logo em seguida, já suada.

Ele retirou sua camisa, rasgou um pequeno pedaço e o amarrou um pouco acima da mordida. Sacou a faca que Melody havia lhe dado do bolso, e trocou um olhar com a morena, passando-lhe segurança. A mesma pousou uma das mãos sob o pulso dele, que estava sob a perna dela. Ele sorriu, e com a faca, pôs-se a mexer no ferimento. Ela apertava o pulso dele, e se segurava pra não gritar de dor. Alguns minutos depois, colocou a faca em um canto, e para espanto de Regina, encostou os lábios sob o ferimento, e chupou o veneno que ali havia. Cuspindo em seguida, e voltando a fazer o mesmo varias vezes. Por último, pegou outro pedaço de sua camisa, e amarrou sob o ferimento da morena.

— Pronto! Isso deve resolver! — afirmou, se levantando — deve ter algum rio aqui perto, vou buscar um pouco de água pra gente, tudo bem? — perguntou, e ela assentiu com a cabeça. Ele virou-se, mas ela o chamou:

— David... — ele a olhou — obrigada! — sorriu, mais calma

— Não foi nada! — devolveu o sorriso

— David... — ela o chamou novamente e ele se virou — não demora... não quero ficar sozinha! — sua voz soou sincera, e seus olhos brilhavam

— Não vou demorar, prometo! — afirmou, e pôs se a caminhar

Em Storybrooke...

Zelena estava limpando o balcão da Granny's. Estava tranquilo, o movimento era pouco, e fora um dos poucos momentos que Granny havia a deixado em paz. Gostava quando acontecia isso. Apenas o volume baixo da TV ecoando de fundo, o som das folhas da revista que Ruby estava lendo, e algumas mordidas dos clientes em seus lanches. Mas seus pensamentos estavam longe... Robin era o dono deles. O beijo que tiveram... que beijo! Com certeza nunca havia acontecido nada parecido com ela. Ele a olhava e a tratava de uma maneira especial, era algo novo pra ela. Ele a fazia sentir-se bem... trazia-lhe sentimentos desconhecidos. Bons, e ao mesmo tempo, assustadores. Ela tinha medo daquilo... não medo de amar, e sim, de se machucar. Ela achava que não merecia nada daquilo. Despertou-se de seus pensamentos ao ver Mary Margaret sentada no balcão, e estalando os dedos em sua frente.

— Zelena? Tá tudo bem? — ela questionou, vendo a ruiva despertar-se em seguida

— Sim... — ela assentiu, ainda acordando do transe — desculpe. O que deseja? — indagou, pegando seu bloquinho

— Um chocolate quente com canela, por enquanto! — pediu, a observando

— É pra já! — disse, entregando na cozinha e voltando-se ao balcão novamente

— Tá tudo bem mesmo? Sabe... é que você parecia longe! — continuou

— Não, estou realmente bem. Não se preocupe! — disfarçou

— É que... você tá limpando o balcão com produto pra encerar o chão! — sussurrou, e só então Zelena observou o frasco.

— Ai meu Deus! — pousou as mãos sobre a cabeça — Granny vai me matar!

— Sabe... eu costumava ficar assim quando estava apaixonada — sussurrou novamente, fazendo Zelena arregalar os olhos — ou pelo menos achava que estava apaixonada, não sei — ambas riram — em quem você tá pensando? — questionou

— Não é ninguém, mesmo! — tentou disfarçar

— Não precisa ter medo, pode me contar. É a coisa mais normal e bonita do mundo! — Snow insistiu

— Você está certa — se aproximou dela, sussurrando — eu estou pensando em alguém! — confessou

Snow sorriu, como se dissesse: eu estava certa.

— Ele me beijou e... eu gostei — contou, e Snow sorriu em aprovação — mas eu tenho medo... de me machucar, sabe? Não acho que mereço... — explicou

— Zelena... todos nós merecemos uma chance com o amor — falou, seriamente — você diz que quer realmente deixar o seu passado pra trás, eu não vejo oportunidade melhor. Você deve se dar uma chance. Se você gosta dele, e ele demonstra o mesmo, porque não? Mesmo se você chegar a se machucar, pelo menos saberá que tentou, que teve uma chance. Se você ficar se censurando, nunca saíra do lugar. E pode dar mais certo do que imagina! — aconselhou

Zelena sorriu, e sussurrou um "obrigada". Pouco depois, pegou seu celular e mandou uma mensagem para Robin.

—"Me encontre em frente ao cais daqui á uma hora — Zelena"— Robin leu no visor de seu celular, e um sorriu brotou no canto de seus lábios

Um pouco depois...

Ele se aproximou do local combinado, e pode vê-la de costas, observando o oceano. Se aproximou vagarosamente e sussurrou um Oi, suavemente.

— Oi! — ela voltou-se para ele, sorrindo.

— Então... oque queria me dizer? — indagou, olhando nos olhos dela

— Acho que isso demonstra melhor! — ela se pendurou no pescoço dele, o beijando. Ele ficou sem reação de início, mas em seguida correspondeu. Só separaram-se quando o ar lhes faltava.

— Uou... o que foi isso? — perguntou, ainda ofegante

— Como você mesmo disse: uma segunda chance! — ela sorriu com os olhos brilhando, e ele voltou a beija-la.

No hospital...

— Será que vai demorar pra eles voltarem? — Henry perguntou, observando Regina e David nos leitos, em coma permanente.

— Eu não sei... vai depender do consentimento deles... — Emma respondeu, dando um beijo na testa do filho

— Eu tenho medo... Minha irmã disse que eles não podem morrer, exceto que um volte sem o outro e que isso é quase impossível de se acontecer. Mas, eu não sei... — ele suspirou, triste

— Irmã? Pensei que Marissa fosse sua tia! — Hook observou, confuso

— De sangue, sim. Mas preferimos nos considerarmos irmãos! — ele explicou, sorrindo

— Isso mesmo! — a voz da mesma ecoou, adentrando o local com um café na mão — eu me sinto velha se ele me chamar de tia! — revirou os olhos — fora que, Regina é mãe dele também. Vamos conviver como irmãos, faz mais sentido! — tomou um gole — Emma, acho melhor você ir agora. Eu fico com o Henry. A delegacia já está muito tempo sozinha! — lembrou

Emma assentiu e dando um beijo na testa do seu filho, saiu. Obviamente, com Hook atrás de sí balbuciando algumas de suas cantadas que ela não prestava a miníma atenção.

— O que é isso? — Henry perguntou, vendo um ferimento surgir na perna da mãe

— Parece picada de cobra... — Marissa observou — ela deve ter sido picada... olhe, está melhorando... alguma coisa eles devem ter feito. Fique tranquilo, ela está bem! — abraçou o irmão, e pensou consigo mesma " eu espero"

De volta á floresta negra...

Assim como havia prometido, David não demorou á voltar, trazendo um pouco de água consigo.

— Beba um pouco — entregou o cantil á Regina — você está desidratada, precisa! — falou, e em seguida observou o ferimento — está melhorando. Acho que amanhã você já vai poder andar... de vagar, mas vai conseguir! — sorriu

— Está escurecendo... — ela observou

— É... e isso significa que é hora de armar outra fogueira para afastar o frio e manter os insetos longe! — disse, fazendo o que já estava acostumado a fazer e em seguida, sentou-se ao lado dela

— Como se sente? — perguntou

— Bom, a mordida não tá doendo mais... só está esfriando! — elucidou, encolhendo os braços

Ele se aproximou e envolveu um de seus braços em volta do ombro dela, e percebendo que ela não recuou, a trouxe para mais próximo de sí, a abraçando. Ela afagou a cabeça no peito dele, sentindo segurança.

— Confortável? — ele perguntou, soltando uma risada fraca

Ela assentiu, deixando um sorriso bobo brotar dos lábios.

— David... — chamou baixinho

— Pode falar!

— Boa noite! — sorriu

— Boa noite, Regina! — disse, suavemente

Não demorou muito, e ambos caíram no sono.


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