Unbroken escrita por Angel


Capítulo 34
Underworld




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Ambos fecharam os olhos, e aproximaram-se tanto ao ponto de poderem sentir suas respirações. Seus corações estavam acelerados, e no instante me que iam selar seus lábios, ela recuou.

— Acho que é melhor dormirmos! — se levantou rapidamente, ainda nervosa

Ele suspirou, e recompondo-se, voltou ao lugar em que estava antes. Juntando algumas pedras, e pondo um galho entre elas, tentou fazer uma fogueira.

— O que está fazendo? — ela perguntou, deitando em canto

— Uma fogueira — respondeu, sem olha-la

— E pra que? — continuou a perguntar

— Como pra que? — ele levantou o rosto, e a encarou impaciente — caso não tenha percebido ainda, está escuro e frio! — lembrou

— Eu já percebi, não sou burra igual a você — devolveu no mesmo tempo — eu quero saber qual a utilidade de um "projeto" de fogueira agora?

— Não, não é burra como eu. É mais! — rebateu — isso vai nos esquentar e iluminar esse lugar!

— Ah, claro. Porque um galho pegando fogo vai realmente esquentar essa caverna. E depois, não precisamos de luz. Vamos dormir, senhor inteligente! — bufou — eu não vou perder meu tempo com um cara que mal aprendeu o alfabeto. — virou-se — Tenha uma péssima noite! — falou

David bufou, porém não respondeu. Passou muito tempo tentando acender sua fogueira, até que depois de muitas horas, conseguiu. Se aconchegou perto da mesma, afim de espantar o frio. Alias, ele nunca havia passado uma noite tão fria. Nem mesmo na floresta encantada. Realmente, Marissa e Gold escolheram um lugar completamente sombrio. Fechou os olhos, esperando o sono chegar. Apenas o som das faíscas saídas do fogo, e o vento uivando quebravam o silêncio e faziam eco no local. Até que, ele percebeu um som diferente. Gemidos. Abriu os olhos, e procurando de onde vinham, foi até Regina. Agachou ao seu lado, e percebeu a mesma tremendo de frio. Também pudera, ela não havia dado sorte. Estava com de saia sem meia-calça por baixo, e uma blusa sem mangas. Colocou delicadamente as costas da mão sobre o braço da morena e o sentiu completamente gélido. Apesar das birras que tinha com ela, não podia deixa-la passar a noite daquele jeito. Abriu seu casaco e deitou-se atrás dela. Se aproximou do corpo da mesma vagarosamente para não acorda-la, e após colidir seus corpos, envolveu seus braços por volta do corpo da mesma. Com o casaco aberto, conseguiu dividi-lo com ela, e ajeitou-se. Passado alguns segundos, a prefeita parou de tremer, e ficou mais aquecida. Ela provavelmente o mataria no dia seguinte, mas ele não se importava. Além de protege-la do frio, ele não pode negar que sentiu-se confortável. Não demorou muito, e adormeceu também.

Em Storybrooke...

Emma foi até o hospital com Marissa.

— Dr. Whale, recebi o telefonema. Onde estão? — Emma questionou

— Na ala de internação. Não estão mortos, mas estão em coma estável. — esclareceu — Venham comigo! — chamou, e ambas o acompanharam. Estavam em leitos um do lado do outro. Estavam com inúmeros aparelhos ligados ao corpo, e respirando com o auxílio dos mesmos. Pálidos, estavam longe de aparentar o Prince Charming e a Evil Queen que todos conheciam. Marissa chocou-se. De manhã havia nos visto na floresta negra e conversado com eles, como estavam ali agora? Mas ela sabiam quem poderia lhe responder isso: Gold.

— Alguém me deve respostas! — sussurrou e saiu. Porém, Emma a ouviu e a seguiu.

— Quem, Marissa? Aonde esta indo? — questionou a menina, que a ignorava e continuava seu caminho, dando longos passos.

Não demorou muito, e ela adentrou a loja do Gold. Bateu a porta com tanta força, que o mesmo achou que seu sino iria cair.

— Marissa, dear. Não quebre meu sino. Preciso dele! — falou, vendo a menina vir até ele, seguida de Emma — o que aconteceu? — questionou

— Meus pais. Posso saber o que fez com eles? — perguntou

— Ah, então foi ele? — Emma questionou

— Você sabe muito bem, querida. Nós dois o mandamos para a floresta negra, falou algumas horas atrás com eles. Porque a pergunta? — ignorou Emma

— Então, você tá envolvida? Eu sabia! — Emma continuou

— Pois então algo deu errado. Parece que eles voltaram á Storybrooke a beira da morte! — também ignorou a loira

— Me explique melhor. Ainda não entendi! — Gold respondeu

— Emma recebeu uma ligação de Whale. Fomos até o hospital e ambos em estão em coma. Pode me explicar isso? — questionou

— Então é isso... — deu de ombros — pensei que soubesse... — falou

— Soubesse o que? — indagou

— A floresta negra é um submundo. Não estão lá em corpo, só em espírito. Acho que esqueci de te dizer isso! — Gold elucidou

— Submundo? Ah, que ótimo. Como vão sentir medo das coisas e defenderem um ao outro se nem ao menos vão poder se tocar?!— Marissa debateu

— Me deixe terminar de te explicar: Esse submundo funciona diferente do submundo da maldição do sono. No caso da maldição do sono, a vítima tem o seu corpo como túmulo. E no caso, como está ligada ao corpo, não sente as sensações do quarto em chamas, exceto as queimaduras. Na floresta negra, tudo funciona diferente, é bem mais real. Garanto que se ninguém lhes falar, não vão nem sonhar que estão em um submundo. Eles são mais desconectados do corpo, vivendo mais as sensações do local em que estão. Eles podem se machucar, sentir frio, fome, calor, podem comer, e fazer de tudo que se faz quando se está no corpo. A única coisa que não acontece é a morte, pois um espírito não morre. O resto das sensações, são todas como se estivessem no físico. Quanto ao coma, eles só vão sair quando a profecia se realizar, e voltarem ao seus corpos! — explicou — mais alguma duvida? — questionou

— Só mais uma coisa: eles correm algum risco de romperem de vez seus laços com o corpo e morrer, ou tem algum tempo para estarem de volta sem que aja perigo ou algo assim? — perguntou

— Não — negou com a cabeça — a única maneira de morrerem nessa viagem e ficarem presos lá, é se um voltar sem o outro. Porque se eles foram juntos, devem voltar juntos. Mas isso é praticamente impossível, dear. Eles só voltam se a profecia se realizar, e pra isso acontecer, precisam achar a resposta um no outro, juntos. Fique tranquila! — afirmou

Marissa respirou fundo, aliviada.

— Então deixa eu ver se entendi: vocês dois mandaram eles á um submundo? — Emma indagou

Ambos assentiram com a cabeça.

— Vocês enlouqueceram? Isso é perigoso! — Emma esbravejou

— Emma, eles precisavam tomar um jeito. Brigavam a cada dois segundos. Era o único jeito! — Marissa justificou

— E se acontecer alguma coisa com eles?! — advertiu

— Você ouviu o Gold. Não vai acontecer nada. Eles só podem demorar a voltar porque são teimosos. Nada mais! — respondeu

— E como eles são voltar? — Emma questionou

Ambos então, explicaram desde o início como fizeram tudo, e o que David e Regina deveriam fazer para voltar.

— Só tem um problema! — Emma afirmou, após ouvir tudo

— Qual? — Marissa perguntou

— Henry! — lembrou — você vai ter de explicar direitinho essa história pra ele. Porque eu tenho certeza que ele não vai ficar muito feliz quando ver a mãe e o avô em coma! — falou

De volta á floresta negra...


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