Unbroken escrita por Angel


Capítulo 33
You've changed




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— Eu? — Marissa fingiu espanto — eu nem falei com eles hoje. Eles sumiram? Como você ficou sabendo? — cruzou os braços — ah, mas eu vou cortar a cara de alguém nesse cidade, se acontecer alguma coisa com eles! — realmente, ela era uma ótima atriz. Mas o dom de Emma ainda era melhor. Ela sabia que a menina estava mentindo.

— Você devia tentar uma carreira no cinema, sabia? Finge muito bem! — Emma rebateu, a encarando — pena que eu sei perfeitamente bem quando estão me enganando! — sorriu, sarcástica — onde estão eles? — indagou

— Emma, para com isso de desconfiança. Porque eu iria prejudicar os meus próprios pais que acabei de ganhar?! — bufou, fingindo indignação — eu vou te ajudar a achar eles, e acabar com quem fez isso! — disse, ligando o rádio, que por sinal, estava passando outra música de sua artista favorita. Ela soltou um grito que fez Emma cair da cadeira — AHHH, É A TAYLOR! — sua feição mudou rapidamente — Now i'm standing alone in a crowded room, and we're not speaking! — sua voz ecoava alto pela delegacia

— O que deu em você, menina? — Emma questionou, assustada — abaixa isso! — colocou a mão sob o rádio, mas Marissa a empurrou rapidamente

— NEM OUSE! — gritou — and the story of us looks a lot like a tragedy now...

— Dá pra me explicar que escândalo é esse? — perguntou, ainda sem entender

— COMO O QUE? É A TAYLOR SWIFT, CARAMBA! É A MINHA RAINHA! — proferiu — THE STORY OF US, FOI COM ESSA MÚSICA QUE CONHECI ELA. DÁ PRA OUVIR MEUS GRITOS? — gritou novamente — i've never heard silence quite this loud — continuava a soar

— Quem é que não ouve? A cidade inteira vai ficar surda! — Emma respondeu, tapando os ouvidos. Nesse instante, o som fraco do telefone da delegacia ecoa de fundo. Emma corre até o mesmo e o atende, tapando um de seus ouvidos para que conseguisse entender o que a outra pessoa dizia. Após alguns minutos, a mesma o desligou — MARISSA! — puxou a menina de volta á realidade — acharam eles. Ou melhor, seus corpos! — falou, fazendo Marissa parar no mesmo instante e voltar-se a ela:

— O que?! — sua mente não havia processado as últimas palavras. Ela disse "corpos"?

— Sim... vamos, venha comigo! — a puxou para fora da delegacia, a mesma ainda em choque

Na caverna...

Regina chegou até o final do buraco, e pulou em direção ao chão. Ele fez o mesmo em seguida.

— Você estava certo! — sua voz soou pela caverna — há mesmo uma saída! — ela olhou para a saída, na qual mostrava uma paisagem de pôr-do-sol.

— Mas creio que não é seguro sair agora... — ele observou, se levantando do chão

— Porque? — questionou

— Tá escurecendo! — falou

— Ah, jura? — ela fingiu surpresa — se você não me falasse eu nunca ia saber! — usou seu tom irônico mais uma vez

— Sem sarcasmo, Regina! — rebateu

— Eu já percebi que está anoitecendo, eu não sou cega e nem burra. — foi direta — O que eu quero saber é o que isso tem a ver com não podermos sair agora? — perguntou

— Agora é a minha vez de dizer: capitão óbvio te mandou lembranças! — foi sarcástico também — acorda, majestade. Estamos na floresta negra. Já é perigoso andar por ai de dia, imagine de noite. Temos que dormir por aqui, e amanhã saímos a achamos um jeito de voltar pra Storybrooke! — esclareceu

— Olha a maneira como fala comigo, príncipe. Que na verdade não é príncipe, não passa de um simples pastor! — o atacou

— Falou a plebeia dos estábulos! — rebateu

— Eu nunca pedi pra ser da realeza! — deu de ombros

— Eu também não... — respondeu

— Não foi isso que eu soube do Gold... ele te ofereceu um acordo pra ser príncipe e você aceitou! — sentou-se em uma rocha, cruzando as pernas

— Pra fingir ser um príncipe pra conseguir matar o dragão. Eu ia receber dinheiro em troca, e cair fora. — explicou, sentando-se em outra rocha, e de frente pra ela

— E porque acabou ficando? Porque o estúpido do George ia te estrangular? Aliás, você ainda não me agradeceu. Se eu não tivesse te prendido pra chantagear Snow naquele dia, você não estava mais vivo! — elucidou

— Eu fiquei porque caso não saiba, ou não lembre, o Rei Midas ofereceu a mão de Abigail em casamento, e o George aceitou. Ou eu me casava com ela, ou a minha mãe morria. Claro que tive que aceitar. Ele queria me matar porque eu quebrei o acordo, e fui atrás da Snow. Eu tentei salvar a minha mãe, mas não pude. Ele acabou me pegando também. E agradecer porque? Você só ia me dar umas horas de vida, se não fosse aquele guarda real eu estava morto de todo jeito! — respondeu

— Claro, George ama uma chantagem e um jogo sujo — Regina deu de ombros — Guarda? Que guarda? — questionou, sem entender. Sabia que ele havia fugido, mas não sabia que alguém de dentro de sua corte que o havia ajudado.

— Um que disse que admirava Snow... — falou, e sem seguida se lembrou — ah, lembrei: foi o Graham. O xefire que deu cargo á Emma! — explicou

— Ah, sim. Graham... — deixou no ar

— O que foi? — ele percebeu a feição de Regina mudar. Não era um rosto de tristeza, ou raiva. Mas de culpa. Só então ele entendeu — pera ai. Ele me disse que não podia fugir porque você o mataria. E em Storybrooke ele se foi de ataque cardíaco. Não me diga que você... — ele não continuou

— Sim, David. Eu o matei. Não me acuse, por favor. Eu me culpo por tudo o que fiz todas as noites! — desabafou, olhando a lua.

— Porque o matou? Quero dizer, ele fazia tudo o que você mandava. — perguntou

— Porque eu tinha o coração dele... só por isso. Quando Emma chegou á cidade, tudo mudou. Ele era o caçador em nosso mundo. Ele salvou Snow da morte. Sua companhia era um lobo, e quando ele apareceu junto com Emma, ele começou a se lembrar do passado. Pra completar, nós tinhamos um caso — David arregalou os olhos — não me olhe assim — o repreendeu — nunca teve sentimentos. Não passava de sexo. Só isso — suspirou — mas o fato é, ele parou de se encontrar comigo por que se apaixonou pela Emma. Se fosse só isso talvez eu não tivesse me importado. Eu juro. O problema é que como a missão dela era acordar todos da maldição e quebra-lá, assim que eles se beijaram ele se lembrou da vida na floresta encantada. Isso me atrapalharia então, eu o matei! — desabafou algo que estava a atormentando todos os dias. Deixou uma lágrima escorrer dos olhos.

— Regina... — ele soou seu nome, e sentou-se ao lado dela, segurando sua mão carinhosamente — não fica assim... já faz muito tempo... você se arrependeu, é o que importa! — a consolou

— Ele foi mais um inocente, dentre tantos no meio desse fogo cruzado entre mim, o desejo de Gold em quebrar a maldição, e Mary. Eu não vou dizer pra você que o amava. Não, nunca o amei... mas era uma vida. Que eu destruí pela minha sede de vingança... — novas lágrimas lhe rolaram á sua face

— Esquece, Regina. Passou. Foi um erro? Foi. Mas você está arrependida, mudou sua maneira de ver as coisas. Já pagou muito por isso, e por tudo o que fez. Uma coisa que Marissa disse, e eu sou obrigado a concordar: você sempre teve bons e tristes motivos pra fazer o que fez. Então esqueça a culpa. O que quer que tenha acontecido, trouxe o Henry, a sua verdadeira pessoa de volta e nossa filha. Ela vale por tudo o que tenhamos passado ou feito. Se nada disso tivesse acontecido, nós não a teríamos ou muito menos ela teria vindo até nós — passou os dedos delicadamente sobre as lágrimas no rosto da morena, as enxugando. Enquanto a outra permanecia segurando firmemente a mão dela — para de chorar, e esquece isso. Está tudo bem! — ele sorriu

Ela sorriu de volta, respirando fundo.

— Obrigada, Charming! — sussurrou, sincera. Olhando fundo naqueles belos iris azuis que a encantava. Ele fez o mesmo. Perdeu-se nos olhos castanhos dela, e ainda com a mão no rosto dela, o segurou e aproximou-o do dele.


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