Unbroken escrita por Angel
Regina e David iam caminhando pela caverna escura, e cada vez mais a passagem ia ficando estreita. Ela ia na frente, e ele atrás. A tocha era a única luz ali presente. O silêncio era predominante, quebrado apenas pelo eco dos passos de ambos.
— Como sabia que para matar o ogro deveria acerta-lhe o olho? — a voz dele finalmente ecoou pelo ambiente
— Nunca fui uma menina mimada, muito menos uma rainha distante da realidade do meu povo, príncipe — seu sarcasmo preencheu o silêncio — eu sempre soube do perigo que os ogros representavam, e o que poderia mata-los sem ser magia! — esclareceu
— Interessante, vossa majestade. Nunca imaginei que vossa alteza se preocupasse tanto com seu povo... — ele não ficava atrás em matéria de sarcasmo
— Poupe-me de suas cordialidades, príncipe — ela parou e o encarou — nós dois sabemos que você nunca utilizou isso comigo, e nem nunca considerou — afirmou — e só pra ressaltar: meu problema sempre foi com Snow White, e consequentemente com aqueles que a protegiam. O povo não tinha nada a ver com isso, muito menos se eu estava sendo rainha contra minha vontade. Eles precisavam de alguém que os mantivessem e pronto. Esse era o meu papel. É simples — deu de ombros e voltou-se ao seu caminho. Ao contrário de David, ela não percebeu o buraco que ali havia.
— Cuidado, Regina! — soltou a tocha, e envolveu ambos braços envolta da cintura da morena, a segurando firmemente. Ela por sua vez, segurou firme os braços do príncipe, completamente assustada com o que quase havia acontecido. Olhou paralisada para baixo.
— Você está bem? — ele sussurrou no ouvido dela, percebendo seu estado de choque
— Estou... — assentiu, voltando a realidade aos poucos — obrigada! — respondeu, trêmula com a proximidade dos dois
Ainda abraçado a ele, ele deu uns passos pra trás, e finalmente a soltou, vagarosamente. Regina respirou fundo, tentando assimilar tudo.
— Obrigada! — agradeceu novamente
— Não há de que, vossa majestade — sorriu, divertido. Regina lançou-lhe um olhar de repreensão, e sorriu também logo em seguida — mas olhe, há luz lá em baixo — agachou-se em frente ao buraco, olhando para o fundo do mesmo — parece luz solar... — observou
— Mas está tão fraca... — ela rebateu, se ajoelhando ao lado dele
— Talvez por estar distante demais... acho que é uma saída! — afirmou
— E como podemos ter certeza disso? — indagou
— Descendo lá em baixo! — ele deu de ombros
— E como vamos fazer isso? — perguntou
— Usaremos as rochas... olhe — apontou para as extremidades do buraco — é só colocar os pés sob cada uma delas e ir descendo. Ele não é tão largo, não é tão fácil de cair. É só ter atenção! — explicou
— Não cabe nós dois ai! — ela falou
— Vamos um na frente e outro atrás! — ele rebateu
— Eu vou na frente! — ela exclamou, rapidamente
— Já fez algo parecido, por acaso? — ele cruzou os braços
— Não, mas eu vou seguir as suas instruções, pode ficar tranquilo! — justificou
— E posso saber o porque dessa insistência? Eu acho que eu sou o homem por aqui, e eu deveria ir na frente! — argumentou
— Não seja machista, David — rebateu — eu não sou boba. Eu vou na frente justamente pelo fato de que eu não quero saber de você olhando por baixo da minha saia! — foi direta, sorrindo ironicamente
— Acha mesmo que eu faria isso?! — falou, fingindo indignação
— Não banque o santo comigo. Isso seria a primeira coisa que você faria! — afirmou — agora acho bom nos apressarmos, temos uma longa jornada pela frente! — disse, seguindo as instruções de David
Enquanto isso, em Storybrooke...
— Mas porque você veio aqui, Hook? — Gold indagou — mesmo com a nossa trégua, digamos que minha loja não é um de seus lugares favoritos! — afirmou
— Ah é mesmo. Marissa eu estava te procurando. Emma está maluca atrás de você! — ele elucidou
— Tá, mas porque ela não me ligou? — Marissa questionou
— Ela ligou, várias vezes. Mas você não atendeu nenhuma delas! — explicou
— Mas como assim, eu estou com o celular... — pegou o mesmo do bolso e o olhou — ... no silencioso! — observou, fazendo uma careta — Caramba, 17 chamadas perdidas? Ela é um pouco insistente! — afirmou, rediscando o número da irmã — Emma, me desculpe. Meu telefone estava no silencioso, o que era e... — foi interrompida por um sermão enorme da mesma.
— ... aconteceu uma coisa, e eu quero você na delegacia agora mesmo, mocinha! — finalizou
— Vem cá, o que eu tenho a ver com os problemas da delegacia? — perguntou
— Eu já disse, aconteceu uma coisa, e eu tenho quase certeza que você tá envolvida! — elucidou
— Por acaso eu sou o bin laden? Pra todo mundo me culpar por tudo o que acontece nessa cidade? — questionou
— Sem drama, Marissa. Vem logo! — pediu
— Tá bom — bufou — eu tô ai em um minuto! — disse e saiu
Chegando lá...
— O que aconteceu dessa vez? Roubei o pirulito de algum pirralho? O tiozinho que vende flores não foi com a minha cara? Bati no carro de algum estressado? — Marissa perguntou, entrando na sala da xerife
— Regina e o pai sumiram! — foi direta — e eu tenho quase certeza que você sabe onde eles estão! — afirmou
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