Unbroken escrita por Angel


Capítulo 31
Dark Heart


Notas iniciais do capítulo

Oiii gente *---* quero dizer que fiquei super contente com os comentários, de verdade. Foram todos perfeitos, sem exceções. Aqui vai o próximo cap, espero que gostem. Beijos :*



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— Droga! — David protestou

Regina olhou em volta e avistou uma caverna. Acabou tendo uma ideia.

— David, corre pra aquela caverna — apontou — e se esconde lá dentro, deixa que o resto eu faço! — indicou

— O que? — indagou, sem entender — o que vai fazer?

— Você vai ver, anda! — apressou-o

— Eu não vou receber ordens suas! — protestou

— Ótimo, então fique aqui e morremos os dois! — devolveu, irritada

Ele bufou e fez o que a morena mandou. Certificando-se que ele já estava longe, Regina assoviou e acenou com os braços, chamando a atenção do ogro:

— EIIII — gritou — venha me pegar, eu estou aqui! — e com o mostro voltando sua atenção pra ela, correu também em direção á caverna. No caminho, pegou um enorme galho de árvore que havia no chão, e conseguiu chegar ao seu destino. Pulou dentro da caverna, e poucos segundos depois, o ogro enfiou a cabeça na mesma. Porém, assim como ela queria, ele ficou preso.

— Ótimo, mas acho que tá faltando a parte que ele morre! — David ironizou

Regina deu de ombros, e com um imenso sorriso no rosto, pegou o galho que tinha trazido consigo, e espetou no olho dele.

— Pronto! — disse, com as mãos sob a cintura — acho que é assim que se mata um ogro, não é mesmo? — mantinha seu sorriso vitorioso

— É... — ele observou — deve admitir que a rainha sabe ser heroína por uma manhã! — afirmou — o problema é: ele tapou a passagem. Como vamos sair daqui agora, majestade? — indagou, com tom irônico na voz

— Vamos adentrar isso aqui, deve haver uma segunda saída! — deu de ombros, custando a acreditar na possibilidade

— É, acho que só nos sobra isso... — suspirou, e Regina pôs-se a caminhar — espere — chamou, e após se agachar no chão, e riscar duas pedras sob um pedaço de madeira, ele fez uma tocha — precisamos de luz, majestade! — ironizou novamente — agora sim, podemos ir! — falou, caminhando junto com ela

Em Storybrooke, mas precisamente numa loja de penhores...

— Será que eles entenderam o recado? — Marissa indagou, preocupada

— Acredito que sim — Gold respondeu — pelo menos eu espero. Do contrário podem ficar presos pra sempre! — afirmou

Marissa suspirou, concordando com a cabeça. E Gold a observou melhor.

— Você novamente me impressionou... — observou

— O que foi que eu fiz? — questionou, encostando-se no balcão

— É que você com essa pose toda de adulta, durona, intolerante... jamais pensei que tivesse essa coisa de admiração por artistas. Foi a primeira vez que a vi vulnerável... — elucidou

Marissa sorriu.

— Há muito sobre mim que você ainda não sabe... — falou — mas sim, não só admiro. Eu amo a Taylor. Ela sempre foi uma referência pra mim. Nunca tive muitas amizades, tão pouco amor de pai, mãe e derivados. Então, ela foi a única que consegui achar isso. Aliás, ela sempre fui o único ser humano que consegui enxergar algo de bom. As pessoas a minha volta sempre posaram de perfeitas, quando haviam mais podres do que aquelas que todos julgavam ser más! — explicou

— Acho que sei — ele rebateu — como a sua amizade com minha noiva. Belle fala de você como se fosse a melhor amiga — elucidou — é, parece que mesmo com o coração completamente sombrio você sempre teve algum luz do amor dentro de sí. Um lampejo de luz num oceano de trevas! — observou

— Belle é uma boa pessoa, e uma ótima amiga. Ela é sincera, transparece o que pensa e se esforça pra não julgar as pessoas. Sempre tem os melhores conselhos. De fato, acho que posso considera-lá minha melhor amiga — sorriu — luz? Em mim? — riu — acho que não. Principalmente quando estava sozinha! — respondeu

— Bom saber que agora ela tem alguém pra confiar, além de mim. Ela sempre foi muito sozinha, apesar de minha relação com você não ser das melhores, eu gosto da amizade de vocês — falou — sim, luz. Apesar de ser uma artista, isso ainda é amor. Um tipo diferente de amor, mas amor. Uma fraqueza, podemos dizer assim. Você sempre foi durona, sombria e fria. Mas tinha algo que tinha sua afeição. Assim como sua mãe, na época que era a rainha má. Até nisso vocês duas são parecidas. No auge da escuridão, ainda tinham sentimentos por alguém. Sua mãe o pai dela, e você essa menina. Agora vocês duas estão mais tolerantes, e tem mais pessoas ao seu redor, mas antes não. É incrível a semelhança! — observou

— Acredito que não seja tão uma fraqueza, porque eu acho que mesmo a amando nunca conseguirei se quer respirar o mesmo ar que ela, tão pouco abraça-la. E acho que não somos só eu e a mamãe, o senhor das trevas também teve amores no auge de sua escuridão... — lembrou — ... Neal e Belle, pra ser exata! Afinal, ele foi a razão de você ter criado a maldição! — afirmou

— Acho que você está certa... — se rendeu — pelo jeito, todos os seres das trevas tem algo ao que amar, e a capacidade de amar... — concordou

Nesse instante, o sino da loja de Gold toca. Era Hook.

— Olha, Marissa e Rumplestiltskin conversando numa boa. Isso não é algo que se vê todo dia! — observou

— Abrimos uma trégua... — Marissa sorriu — e você na loja dele também não é algo que se vê todo dia! — rebateu

— É, acho que também abrimos uma trégua, não é mesmo parceiro? — ele se dirigiu á Gold

— Sim, pirata — não perdia a irônia de sua voz — mas você não é meu parceiro! — afirmou

— Acho que você pode ver se estamos certos... estávamos conversando sobre seres com o coração negro, e que no auge das trevas ainda tem alguém pra amar. Uma fraqueza. Você também se enquadra nisso, Hook? Afinal, coração puro você não tem! — Marissa disse

— Vocês sabem que sim, e não preciso nem falar quem! — se encostou na mesa, rodando um globo que ali havia

— Emma! — Gold afirmou

— Quem disse que eu amo a Emma? — Hook perguntou

— Ah, fala sério, Hook. Até parece que ninguém percebe seus olhares apaixonados, você corre atrás dela feito um cachorro que caiu da mudança. Acha que Tinker não me contou que quando vocês estavam na casa da minha mãe, quando ela estava sob a maldição do sono, e você deu uma lição de moral pro meu pai dizendo que se fosse a Emma, você teria a acordado rapidinho?! — elucidou

— Está bem, vocês dois tem razão. Eu gosto dela. Mas de que adianta? Ela nem olha pra mim! — argumentou

— Ela gosta de você também, só não assume. Assim como David e Regina. Parece que nessa cidade todos tem problema pra assumir sentimentos! — Gold disse

— Emma apaixonada por mim? — soltou uma risada — não estamos falando de milagres ainda, parceiro! — respondeu

— Por favor, Hook. Estamos falando da minha irmã. Até parece que não conhece ela. É cabeça dura, e incrédula pra tudo. A última coisa que faria é sair por ai dizendo ou deixando que todos saibam o que sente. Ela já foi ferida uma vez, e não vai dizer "eu te amo" assim. Mas nos olhos dela, todos veem isso! — Marissa elucidou

— Não sabe como desejo que você esteja certa! — disse, com um olhar triste

— Mas estamos falando do auge que todos nós estivemos sombrios. Você não está mais nessa fase. Diria até que está ficando com o coração vermelhinho — brincou — pelo que soube, você já esteve bem pior. Quem você amou? — indagou

— Eu prefiro não lembrar! — trocou um olhar com Gold. Eles dois sabiam bem quem havia sido. E que ela havia sido o motivo da briga entre os dois.

— Ah, qual é. Não é feio dizer que amou alguém! — insistiu

— Ficou no passado, Marissa. Esquece, por favor! — Hook respondeu

— Foi a Milah! — Gold respondeu, por ele. Com um tom melancólico na voz.

— Sua esposa! — Marissa entendeu tudo — o motivo do começo de tudo... — concluiu

— Como sabe disso? — Hook indagou

— Ah, me fala uma coisa que tenha tido com a gente dessa cidade que eu já não saiba. Eu só não sabia que ela se chamava Milah! — explicou

— Sim, chamava-se... naquela época eu não acreditava que podia amar ninguém. Até conhecê-la. Foi realmente uma rápida faísca de luz num mar de sombras... — afirmou — vocês podem concordar com isso sim. Parece mesmo que todos nós, "vilões" temos a capacidade de amar alguém, por mais sombrios que estejamos... — falou

— Sim... vilões tem um coração ainda, mesmo sendo assim... — Marissa completou

— E talvez essa seja a nossa fraqueza... — Gold continuou — ... ou talvez nossa força... o nosso caminho pra sermos felizes, talvez...

— Mas de acordo com Henry, nós não temos finais felizes, não temos direito a isso... — Hook respondeu

— Eu realmente espero que a última página da nossa história não acabe ai. — Gold confessou

— Eu também, ou nada terá valido á pena... e tudo que sempre acreditamos, estará errado! — Marissa finalizou

Enquanto isso, na caverna...


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