Unbroken escrita por Angel


Capítulo 25
Snow's Heart




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Todos se entreolharam.

—Mas, e Zelena? O que ela queria? — Regina mudou de assunto — ela machucou vocês? —questionou

— Não, a mocréia verde não fez nada. Ela sequestrou a gente, com a ajuda do maluco do Jefferson, e prometeu nos torturar e matar depois, mas não fez nada. Aliás, fez sim — Marissa pensou melhor — eles nos torturaram com aqueles discursos ridículos de sempre... nossa, aqueles dois viajam, na boa... —cruzou os braços

— Como vocês escaparam? Pelo que soube, você estava com os poderes bloqueados... — Rumple indagou

— Porque além de malucos, eles são retardados. Deixaram não só a xícara que quebramos e usamos para nos soltar, como vários objetos de vidro por perto. Eles nos prenderam na sala da casa dele, só pra terem uma ideia — contou, com voz impaciente — pra completar, o burro do Jefferson, dormiu e deixou um revolver exposto. Claro que eu pequei, depois foi só usar a filha dele de escudo pra fazê-lo, com muito trabalho, tirar o bracelete do meu pulso e liberar meus poderes! — explicou

— Você não a usou de escudo, atirou nela e quase a machucou. — Belle lembrou, completamente irritada — aliás, o que estava pensando? Ela é só uma criança! — deu uma bronca

— Eu atirei justamente pra pegar de raspão e ela cair. Não queria machuca-la, relaxa — deu de ombros — mas pera ai, como sabem que eu estava com os poderes bloqueados? — perguntou, se lembrando que ela não havia contado nada antes

— Snow ficou sabendo do plano da Zelena e nos contou! — Regina tentou ser breve

— E como ela ficou sabendo? — devolveu a pergunta, desconfiada que estavam lhe escondendo algo — aliás, porque estão todos apreensivos? Porque a cidade toda ta aqui? O que aconteceu aqui? — olhou em volta

— Não aconteceu nada. Eles já estavam de saída! Não é mesmo, gente? — foi a vez de Emma desviar de assunto, e se dirigiu até a multidão — vamos gente, todo mundo pra casa! — ordenou

— Acho que não, Emma — Leroy negou com a cabeça, seguido dos outros — a garota tem que saber! — afirmou, sabia bem que Marissa não ia gostar nenhum pouco

— Saber o que? — Marissa indagou

— Que eu tentei matar a sua mãe — Snow soltou, não aguentando mais. Marissa arregalou os olhos, e em seguida pode-se vê-los escurecendo de ódio — senti ciúmes do David, e tentei coloca-la sob a maldição do sono. Eu pensei que ninguém poderia acorda-la, que pensariam que estava morta e coisas assim. Mas, eu estava errada — suspirou — seu pai a acordou, e todos descobriram e eu fui levada presa. E acredite, eles estão querendo me matar tanto quanto você — apontou para a multidão — mas eu já perdi perdão a Regina, e ela me consentiu. Mesmo não merecendo... e eu peço o mesmo a você. Me perdoe, eu estou arrependida do que fiz! — se aproximou da garota

Marissa ficou parada por uns segundos. Fechou os olhos, e soltou uma risada.

— Vejamos se eu entendi bem — sorriu irônica — a princesinha delicada dos contos de fada, ingênua e perfeitinha, tentou praticamente matar a minha mãe, que acabei de conhecer, por inveja e ciúmes estúpidos de uma pessoa que não te ama de verdade, e vem com a cara mais deslavada do mundo me pedir perdão como se fosse ficar tudo bem? —indagou, com a voz pesada — você não pode estar falando sério. — a olhou ameaçadoramente de cima á baixo

— Marissa, por favor. Eu realmente sinto muito, eu faria de tudo para rever isso! — pediu, vendo a feição da menina tornar-se totalmente sombria

— Oh, eu sei — ela passou delicadamente a mão pelo rosto de Mary, o segurando com força pelo queixo em seguida — mas você não pode. Fez suas ações, agora terá de arcar com as consequências, querida Snow White. Nada do que disser vai mudar! — afirmou, com firmeza na voz, a largando em seguida

— Marissa, filha, por favor... — Regina se aproximou dela, reconhecendo aquelas atitudes perfeitamente

— Não — fez sinal negativo com a mão — você pode tê-la, perdoado mas eu não — falou, com os olhos completamente escuros e tom ameaçador — tudo o que ela sempre fez foi te destruir. De todas as formas. Já está mais do que na hora de receber o troco da maneira justa... — sorriu, e ficou um tempo a observando — sabia, que a Branca de Neve sempre foi a personagem mais desprezível pra mim de todas as histórias existentes dos contos de fada?! — elucidou, vendo Snow começar a derramar algumas lágrimas — além de morta, e completamente sem noção, agora eu descobri que tenho mais motivos para odiá-la — observou, completamente irônica — se eu fosse você, eu teria cuidado, minha queria Mary Margaret. Porque quem atravessa o meu caminho, ou de alguém que amo, costuma sempre se arrepender depois! — sorriu

— O que vai fazer comigo? — indagou, assustada

— Agora? Nada! — negou com a cabeça — mas depois, eu vou querer te dar um presentinho! — continuou com seu sarcasmo

— Não quero nada... — respondeu, segurando a mão de Emma, que a mesma percebeu estar completamente gélida

— Mas eu vou te dar do mesmo jeito — respondeu com tamanha firmeza e frieza ao mesmo tempo, assustando á todos — meu presente pra você, nessa linda noite estrelada, vai ser o mesmo que você deu á minha mãe, e consequentemente a toda essa gente todos esses anos: dor. Farei você colher o fruto da semente que plantou hoje, e todos esses anos desde que apareceu naquele maldito cavalo na fazenda do meu avô. E da sua colheita, virá a paz dela, e a de todos nós — se aproximou novamente dela — eu vou te destruir, Snow White. Nem que seja a última coisa que eu faça nessa vida! — a encarou, completamente sombria. E em seguida, recebeu os aplausos da multidão. Ela virou-se para ir embora, mas Regina e os outros a puxaram de volta.

— Não faça isso, por favor! — era o que todos diziam

— Ops, o que eu estou fazendo? — falou, ainda de costas — até depois! — desapareceu numa fumaça azul

— Magia azul! — Rumple observou, com um sorriso de canto

— O que? — David indagou

— Magia azul, meus caros. Nem tão clara como branca, nem tão escura como roxa. O meio termo. A mistura... — observou

— Tá, agora não é hora pra isso — Emma respondeu — temos que ir atrás dela! — sugeriu

— Pra que? Salvar essa ai? — alguém da multidão apontou para Snow — deixe-a agir. Vamos pegar pipoca e assistir finalmente o desfecho de todo esse inferno! — afirmou

— Olha, ninguém aqui pediu sua opinião. Vocês não tem mais o que fazer, não?! — Regina respondeu — vão, todo mundo pra casa. O espetáculo acabou, anda! — ordenou — Gold, Belle, Hook, Emma, Snow, David, Henry e Tinker, precisamos conversar! — voltou-se para eles

— Eu não tenho nada pra conversar! — Gold devolveu

— Por favor, entre! — apontou, e ele assentiu

Lá dentro...

— Precisamos descobrir o que ela vai fazer... — Regina soou

— Pra defender Mary Margaret? Desculpe, dear. Não é do meu interesse! — Gold respondeu

— Mas, é do meu — Belle voltou-se para ele — por favor, Rumple. Escute o que ela tem a dizer! — pediu

— Acha mesmo que ela vai fazer alguma coisa contra Mary? — Emma questionou — quero dizer, ela é só uma adolescente. Creio que não devemos levar tão á serio o que ela disse! — elucidou

— Sinceramente, Emma? Acho! — respondeu, cruzando os braços — não devemos subestima-la tanto só por conta da sua idade... pelo que viveu, ela se comporta e tem cabeça de adulta. E acredite, eu falo isso porque reconheci cada palavra e cada gesto dela! — explicou

— Porque? Achou-a parecida com você? — Hook perguntou

— Na verdade, eu me vi nela. Na época em que era rainha e estava disposta a destruir a Snow. Eu conheço bem aquele olhar — lembrou-se — ela está disposta a tudo, e dessa vez não vai ser como Gold... ela não tem nenhum bloqueio sobre a Mary. Ela vai agir,e não vai demorar muito. Precisamos estar preparados! — alertou

— Mas, o que podemos fazer? — David perguntou

— Eu prometi não usar magia, então creio que não posso protegê-la dessa forma... — explicou — mas, recordo-me do dia em que tentei arrancar o coração da Mary, mas Gold estava protegendo-a... — lembrou-se, e todos olharam diretamente para ele

— Não, meus amigos. Eu não vou ficar de babá! — negou-se

— Por favor, Rumple. Por mim! — Belle pediu — nós já fomos tão longe com isso, não podemos deixar acabar assim!

Rumple respirou fundo, e assentiu com a cabeça.

— Está bem... — se deu por vencido — mas com certeza ela vai ficar de alerta, e não vai ser boba de atacar assim. Vai esperar um momento em que não estivermos esperando... — expôs — precisamos descobrir exatamente o que ela pretende, e detê-la! — sugeriu

— Com certeza ela vai pegar algum feitiço do livro que tem para usar. Um feitiço que só ela possa fazer. É sempre assim, o que nós menos esperamos, e podemos deter! — Belle sugeriu

— Deve ter algo falando sobre os feitiços desse livro ou algo assim na biblioteca ou na sua loja, Gold! — Tinker lembrou

— Eu acho que sim, minha cara Tinker! — Gold respondeu

— Ok, vamos fazer assim então: Belle, você que tem mais experiência e facilidade com livros vai com a Tinker vasculhar a biblioteca. Emma leve Mary pra casa, e em seguida vá com o Hook garantir que o Leroy e o banco de loucos que o acompanha estão realmente fora de campo, Gold você procura na loja junto com o David se tem algo sobre o livro dela, e eu e o Henry vamos procura-la! — Regina falou, e todos concordaram

— Regina! — Mary a chamou, e ela se virou — porque está me ajudando? — questionou

— Porque eu quero provar que estou mudando, e realmente te perdoei e não quero ver o seu mal — respondeu calmamente — e também, porque eu sei como é entrar no caminho das trevas... é sombrio, solitário, cheio de dor e você só ganha mais ódio, e eu não quero isso pra minha filha. Quero que ela seja rodeada de amor, e siga um caminho tranquilo! — sorriu, e Henry a abraçou, orgulhoso

David lançou-a um olhar fraterno.

— Eu também! — respondeu, satisfeito. E Regina sorriu para ele.

Mais tarde...

Regina e Henry foram até a pensão da Granny's e se dirigiram até o quarto de Marissa, batendo inúmeras vezes na porta. Como ninguém atendia, perceberam que a porta encontrava-se apenas encostada. Ambos então, entraram e encontraram o quarto vazio. Regina olhou por todos os cantos, mas ela não estava. Henry percebeu o livro de Marissa aberto em cima da cama, e se dirigiu até o mesmo, o pegando.

— Mãe, olha só... — entregou para Regina — não vai me dizer que... — não completou o que ia dizer, completamente assustado com a possibilidade de ser o que estava pensando

— Não poder ser... — Regina leu a página, com os olhos arregalados — como eu não imaginei antes... — sacou o celular, e ligou para Gold — Alô, Gold? — ouviu a voz do mesmo do outro lado da linha — eu acho que descobri o que ela quer fazer. Vá até a casa da Snow agora mesmo, antes que seja tarde! — disse, com o livro mãos, correndo até a saída, seguida de Henry.

— E eu posso saber o que ela quer? — Indagou

— O mesmo que eu queria antes de lançar a maldição: o coração de Snow White! — respondeu

Na casa dos Charmings...

Mary se virava de um lado para o outro mas não conseguia pegar no sono, mesmo depois de tomar inúmeros calmantes e remédio para dormir. O medo e o arrependimento lhe pesavam. Despertou de seus inúmeros pensamentos após ouvir passos pela casa, escura pelas luzes apagadas.

— Emma? É você? — peguntou, olhando para os lados. Não obtendo resposta, esticou o braço em direção ao abajur, mas após apertar inúmeras vezes o botão, o mesmo não acendia. Os passos ficavam cada vez mais próximos, e o medo tomava conta de sí.

— BÚ! — a voz de Marissa soou no canto da sala, com uma lanterna iluminando seu sorriso sarcástico

— Marissa? O que quer? — perguntou, completamente amedrontada. Marissa se divertia com a situação, e colocando a lanterna em direção á Snow, foi se aproximando da cama.

— Ora, cara Snow. Eu não sou do tipo que falha com as promessas —mantinha o sorriso. Mary tremia de medo — quero dar a minha mãe o que ela sempre quis de você: seu coração! — fechou a expressão, e a encurralou.


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