Unbroken escrita por Angel


Capítulo 22
A True Love Kiss


Notas iniciais do capítulo

Oieee *---* como sempre, obrigada por tudo. Espero que gostem do cap. Beijos



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— Ai você pega dois ovos e... — Tinker ia lendo o livro ao seu lado, mas se assustou ao perceber Regina entrar na cozinha, os deixando cair no chão

— Posso saber o que está fazendo? — a morena indagou, não gostando nada do que estava vendo

— Cozinhando, ué — deu de ombros — ou melhor, tentando. Dá pra me dizer como funciona isso? — perguntou, apontando pro fogão — quer dizer, onde se coloca a lenha?

— Isso é um fogão elétrico, não um forno á lenha — respondeu, impaciente — é só apertar o botão — disse, o fazendo — sem magia, sem carvão ou lenha, e o melhor: sem sujeira. Trate de limpar essa bagunça! — ordenou, olhando em volta. No mesmo instante, ouviu leves batidas na porta — eu vou atender a porta, limpe tudo isso, só depois volte pra... pro que estava tentando fazer. Eu já volto! — disse, deixando a cozinha e indo em direção á porta. Porém, no caminho fitou uma de suas maçãs na mesa, e resolveu pegar uma. Estava lhe dando fome, e aquela maçã parecia apetitosa. Se dirigiu até a entrada e abriu a porta, se surpreendendo totalmente ao ver quem era.

— Mary Margaret?! — disse, em completo espanto — você por aqui?

— Regina, oi! — sorriu — é que... nós precisamos... você sabe, conversar! — usou seu melhor tom suave — posso entrar? — sugeriu

Regina deu passagem, e ela assim o fez, vendo a prefeita fechar a porta atrás de si, a olhando de cima a baixo, completamente desconfiada.

— Sobre o que quer conversar? — cruzou os braços

Snow ia responder, mas foi interrompida pelo grito de Tinker, vindo da cozinha.

— REGINAAAAAAAAAAAA, TÁ PEGANDO FOGO! — a fadinha gritava em completo desespero

Regina pousou as mãos sobre o rosto, e negou com a cabeça, bufando.

— Um minuto! — pediu, deixando a maçã em cima de uma mesinha de canto, e se dirigiu até a cozinha em seguida. O que não passou despercebido por Mary, que olhando em volta e tendo a completa certeza que estava sozinha, retirou a maçã que trazia da bolsa, a trocou por aquela que Regina havia deixado em cima da mesinha, deixando a maçã amaldiçoada ali e guardando a outra. Pouco tempo depois, Regina apareceu novamente.

— Pronto — se aproximou — sobre o que queria conversar? — indagou

— É que... — pensou em uma desculpa e olhou para o seu relógio de pulso — ai meu Deus, eu não tinha notado que era tão tarde, eu tenho que ir! — praticamente correu até a entrada

— Mas, espera ai. Queria me dizer algo! — se atravessou na porta

— Não era nada, juro. Preciso mesmo ir! — respondeu

— O que você está escondendo? — indagou, em completa desconfiança

— Nada! — respondeu, nervosa — com licença! — girou a maçaneta — tenha uma ótima noite, Regina! — usou seu melhor tom irônico, seguido de um falso sorriso

Regina fechou a porta, com a pulga atrás da orelha. Ela veio fazer ou sondar algo, com certeza. Aquela desculpa de "está tarde" não a convenceu nenhum pouco. Mas o que ela estava tramando? Foi puxada de seus pensamentos com outro grito de Tinker, vindo da cozinha.

Não muito longe dali, na casa de Jefferson...

— Temos um acordo? — Marissa indagou, com firmeza no olhar

— Sim — Jefferson respondeu, se levantando — me dê o braço e eu tiro o bracelete, em seguida você solta minha filha! — disse

Marissa assentiu, e empurrou Grace pro chão, que ficou sentada ao lado dela, com a cabeça sob o revolver que Marissa apontava. Ela então, ergueu seu braço com o bracelete em direção á Jefferson, que se aproximou e pousando suas mãos sobre o mesmo, puxou o pulso de Marissa com força e com o joelho soltou o estômago da mesma, fazendo abaixar a arma.

— CORRE, GRACE! — ele gritou pra filha, a vendo obedecer

— BELLE, A GAROTA! — Marissa gritou pra amiga

— NÃO! — ouviu a resposta rápida da mesma — não vou machucar uma criança! — respondeu

Jefferson tentou puxar o pulso que continha o revolver, porém Marissa o segurou firmemente, ele tentou golpeá-la novamente com a perna, mas ela conseguiu bloqueá-lo com a mão que estava livre, e com a perna direta o golpeou com a perna nas costelas, o fazendo cair no chão. Voltou-se para o final do corredor, e assim que viu que Grace ia descer ás escadas, atirou em direção ao pé da garota, fazendo com que a bala raspasse no sapato que a menina usava, a derrubando no chão. Belle pousou as mãos sobre os lábios, em completo espanto. Marissa havia atirado nela, pensou. Ela porém, corréu até a menina, e a levantando com força do chão, novamente envolveu o pescoço da mesma com um braço e o outro apontava o revolver para a cabeça dela.

— Marissa, você atirou... — Belle ia dizer, mas ela a cortou

— Foi de raspão, cala a boca! — respondeu, completamente fria, e se dirigiu até Jefferson, que se contorcia de dor no chão — já era! — apontou o revolver pro mesmo

— Por favor, não... — ele pediu — pelo menos não na frente dela...

— Acha que vou te matar? — ela soltou uma risada — bem que deveria — atirou contra o piso, o assustando — mas não vou sujar minhas mão com você. Vale muito pouco! — sua voz ecoou pela sala em tom de nojo — por mais ridículo, imundo e inútil que você seja, a garota precisa de um pai. Tá que não é não deve ser nenhum pouco orgulhoso dizer que é sua filha, mas — riu novamente — é melhor do que nada! — deu de ombros — Portanto é simples: TIRA O BRACELETE AGORA, OU MORREM OS DOIS! — falou vagarosamente, em tom amedrontador — e se você pensar em qualquer gracinha novamente, explodo sua cabeça na frente da garota sem nenhuma piedade! — sussurrou — entendeu?

Ele assentiu com a cabeça, completamente apavorado. Ela ergueu o braço novamente, e com a mão trêmula, ele desprendeu o objeto do pulso de Marissa, liberando os poderes da mesma.

— Ótimo! — exclamou, soltando a menina que correu para abraçar o pai — é tão bom ter a família reunida novamente, não é mesmo? — indagou, com o revólver na mão, o transformando em cinzas no mesmo instante — da próxima vez, pense bem nisso antes de tentar fazer qualquer coisa comigo, com a Belle e principalmente: com a minha mãe. Está avisado! — se afastou, puxando Belle pelo braço — passar bem! — disse, sumindo em uma fumaça azul, junto com a amiga.

Na casa dos Charmings...

Emma adentrou o local, dando inúmeras risadas com Henry e Hook.

— Estão entregues! — Hook disse

— Vem cá, desde quando preciso de alguém pra me proteger? — Emma indagou, cruzando os braços

— Desde que é minha namorada, e eu sempre defendo á quem amo! — respondeu, dando uma piscada

— Vem cá, e quem disse que sou sua namorada? — Emma disse

— Olhem isso! — Henry chamou a atenção de ambos para um frasco em cima da pia

— Parece um dos frascos do Gold! — Hook observou

— Mas o que isso tá fazendo aqui? — Emma perguntou

— Parece... — Henry o pegou e cheirou — parece com a maldição do sono que minha mãe estava preparando para o vovô quando vocês estavam na floresta encantada! — elucidou

— A maldição do sono, Mary Margaret... — Emma pensou — Regina deve estar querendo enfeitiçar a Mary novamente! — afirmou

— Mas porque ela deixaria o frasco aqui? — Hook perguntou

— Eu não sei. Mas quem mais usa a maldição do sono por aqui? — Emma continuou

— Eu não posso acreditar. Ela me prometeu que não faria isso novamente! — Henry disse

— Temos que ir procura-la, antes que seja tarde demais! — Emma disse, se dirigindo até a saída

— Onde vai? — Hook questionou

— Até a casa dela, impedi-la! — disse, e saiu, seguida de Henry e Hook.

Pouco depois...

Emma deu fortes batidas na porta branca da casa de número cento e oito, até ver a morena atendê-la, com a mesma cara de surpresa que havia feito com Mary.

— Emma e Hook?! O que vocês vieram fazer aqui? — perguntou, até fitar Henry — Henry! — exclamou, mas quando foi abraça-lo ele se esquivou, entrando na casa, seguido dos outros. Regina fechou a porta e se dirigiu até eles.

— Emma, Hook e Henry? O que vocês estão fazendo aqui? — Tinker perguntou, também espantada

— Onde está Mary Margaret? — Emma perguntou, vendo Regina se dirigir até sua mesinha de canto e pegando uma maçã de cima da mesma

— Como eu vou saber?! — respondeu — ela esteve aqui agora há pouco, mas eu não sei pra onde foi! — deu de ombros

— Chegamos em casa, e vimos um frasco com um resto de líquido que parecia ser a maldição pra dormir que você prepara e... — ela ia dizendo, até que viu Regina morder a maçã, e então ligou os pontos, como todos os presentes — não era você quem queria coloca-la pra dormir, é ela que quer te colocar. Regina, não! — exclamou, mas já era tarde. Regina viu tudo a sua volta escurecer, e caiu desfalecida no chão.

— MÃE! — Henry correu até ela, ajoelhando-se ao seu lado e pondo sua cabeça no colo.

— Parece que o feitiço virou contra o feiticeiro... — Hook comentou, ajoelhando-se também

— Ela está sem pulso e completamente gelada — Emma observou — acho que está morrendo! — disse, em completa aflição, ouvindo um grito seguido de choro do filho

— NÃO, ELA NÃO PODE MORRER! — Henry gritou, com lágrimas rolando de seus olhos

— Henry, lembre-se: a maldição do sono é quebrada com um beijo de amor verdadeiro. Ela quebrou a maldição de Storybrooke te dando um beijo, faça o mesmo! — Tinker lembrou

Henry assim o fez, mas nada aconteceu.

— NÃO TA FUNCIONANDO! — ele gritou

— Se você não consegue acorda-la, não tem mais ninguém que possa, garoto! — Hook disse

— Espere... tem mais alguém que pode! — Emma lembrou-se

— Está pensando o mesmo que eu? — Henry olhou para a mãe, com um sorriso esperançoso

— DAVID! — Emma sorriu — Hook, seja útil e a deite no sofá. Henry, fique com ela até seu avô aparecer. Tinker, olhe ele. Eu vou ligar pro meu pai e vou tentar chegar o mais rápido possível! — Emma ordenou

— Onde vai? — Tinker indagou

— Fazer a coisa mais dolorosa que eu já tive que fazer na vida: prender minha própria mãe! — afirmou, sacando seu celular do bolso e saindo da casa em seguida.

— VOCÊ QUE QUER EU FAÇA O QUE? — David praticamente gritou do outro lado da linha, completamente confuso

— É isso mesmo que você ouviu. Mary Margaret colocou Regina sobre a maldição do sono, não sei como, mas colocou. Henry tentou acorda-la, mas não conseguiu, e a última esperança é você! — Emma repetiu

— Mas Emma, eu não sei se o que sinto por ela é tão forte assim! — argumentou

— Pai, por favor. Suas lembranças não te ajudam em nada? E não se esqueça que mesmo sem lembranças, ela conseguiu te acordar uma vez. Com certeza você pode acorda-la também. Está dentro de você, em algum lugar! — respondeu

— Eu não sei não, Emma... — falou

— Não precisa saber, só tente. Ela pode morrer ou ficar presa pra sempre. Você é a única chance dela. Vá lá e tente! — continuou

— Está bem! — suspirou — estou indo pra lá! — disse, pegando sua jaqueta

— Ótimo, nos encontramos mais tarde! — desligou

David ligou o carro e dirigiu em direção á casa da prefeita. Várias lembranças lhe surgiam á mente... o olhar que trocaram assim que ele acordou da maldição, a vida que tiveram antes de tudo acontecer, o quase beijo que tiveram depois que ele brigou com Mary Margaret... ele não sabia o que, mas havia algo que o prendia a ela. Ele só sabia de uma coisa: havia mais coisas naqueles olhos castanhos do que ela deixava mostrar, e que ele queria os o olhando novamente.


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