Unbroken escrita por Angel


Capítulo 20
Presas


Notas iniciais do capítulo

Oieee povo. Queria agradecer os comentários de vocês, muito obrigada. Fiz uma nova capa, espero que tenham gostado haha eu achei esse cap um pouco grande comparado ao que sou acostumada a postar, não sei se é impressão. A partir de agora, as coisas vão realmente tomar uns rumos, digamos que, extremos rs. Espero que gostem *---*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/502609/chapter/20

Antes que ela pudessem ter algum tempo de reação, suas visões escureceram e não viram mais nada.

Na casa dos Charmings...

— Estava com ela? — Snow encarou David, que havia acabado de chegar

— Com a minha filha? Estava. Algum problema? — cruzou os braços. As cobranças e reclamações dela já estavam lhe incomodando.

— Pra ser sincera, sim. Você esqueceu que tem outra familia? Eu, Emma, Henry... acho que esqueceu! — cruzou os braços também

— Mary, quer me dizer o porque da sua irritação? Foi você mesma que disse que eu poderia ir atrás de quem quisesse, que você não se importava. Agora fica com reclamações e cobranças! Emma nunca vai deixar de ser minha filha, e está aceitando a situação melhor que todos. Até o Henry que é quem mais deveria implicar com tudo isso... você é a única que parece que não tá no esquema. E sem nenhuma razão de ser. Marissa é minha filha, e nada vai mudar isso. Eu vou cuidar dela, como não pude fazer até hoje e vou ser o pai dela. Quer você queira ou não! — respondeu

— Me atinge a partir do momento que ela também é filha da Regina, a mulher que tentou me destruir a todo custo e porque eu ache que quer roubar você de mim! — esbravejou

— Roubar? Você acha mesmo que amor de filho se compete á amor de homem e mulher? — ele a encarou, incrédulo — está com ciúmes da Marissa? — ele continuou — e não se esqueça que antes dela destruir sua vida, você destruiu a dela! — soltou algo que estava preso em sua garganta á muito tempo

Snow paralisou.

— Agora defende ela? — deixou escorrer uma lágrima dos olhos — Gold estava certo. Você se apaixonou por ela. Eu não disse que Marissa ia tirar você de mim, a mãe dela vai tirar você de mim. Já está tirando... ela conseguiu... vai realmente me destruir...

— Regina não vai me tirar de você. Você está nos afastando um do outro. Ela não quer destruir ninguém, tá no canto dela, tentando viver a vida dela. Deixe-a em paz e para com esse drama. Ninguém aguenta mais ouvir isso de você. É sempre a mesma coisa. Sempre se faz de vitima e coloca a culpa em alguém. Chega de bancar a princesa que precisa do príncipe e os amigos fiéis da aldeia pra lutar contra a vilã malvada. Segue em frente, Mary Margaret. Vira a página! Todo mundo já fez isso, só você que continua com essa ideia! — esbravejou

— Quer que eu siga em frente? Pois bem... — respirou fundo — eu quero o divórcio! — foi direta

— O que? — ele pareceu não acreditar nas palavras dela

— É isso que você ouviu. Estou seguindo em frente. Não vou ficar com uma pessoa que tudo o que faz é pensar em outra. Eu quero me separar de você! Siga a sua vida com a Marissa, a Regina ou quem quer que seja, e eu vou seguir a minha!

— Ok! — bufou — você terá o divórcio, não se preocupe. Nosso casamento já deu no que tinha que dar mesmo... — suspirou — vou pegar as minhas coisas, e amanhã mesmo já entramos com o processo de separação! — disse, e após recolher todos os seus pertences, saiu em direção á pensão da Granny's, onde ficaria até arranjar uma casa.

Não muito longe dali...

Marissa abriu os olhos, e uma dor de cabeça terrível começou a lhe incomodar. Tentou se mover, mas percebeu que suas mãos estavam amarradas pra trás e que ela estava presa em uma cadeira. Olhou em volta, e percebeu que estava em uma sala de estar. Ao seu lado esquerdo estava um sofá, ao direito uma mesinha de centro e a sua frente uma poltrona, que atrás da mesma havia um acesso pra um corredor. As paredes eram pintadas de branco, haviam imensas pinturas espalhadas pela parede e um piano idêntico ao que sua mãe lhe dera no canto do local. Aquilo não parecia um cativeiro. Virou a cabeça mais um pouco e pode perceber Belle também amarrada em uma cadeira atrás de si.

— Belle! — chamou a amiga, que ainda parecia estar desacordada — Belle! — empurrou costas dela com as mãos com força, fazendo ela acordar.

— Marissa? — perguntou, ainda em transe — ai, minha cabeça... — reclamou — onde estamos? — indagou

— Eu não sei. A mocréia trouxe a gente pra cá, mas isso não parece nem um pouco com um cativeiro! — falou

— Parece uma casa de luxo... — observou, agora mais sóbria

— Mocréia? — Zelena adentrou o local, surpreendendo ambas — que falta de respeito com a sua querida tia. Minha irmãzinha está precisando lhe ensinar bons modos! — ironizou

— O que quer conosco? Porque nos trouxe aqui? — Belle perguntou, assustada

— A princípio, com você eu não queria nada. Mas... pensando melhor, porque não torturar ainda mais o Rumple usando o grande amor da vida dele? — soltou uma risada

— Poupe-nos desses suas risadas ridículas. Com certeza a pior tortura é ter que aguentar um abacate relinchando igual cavalo com mistura de hiena de zoológico. Falo sério! — Marissa bufou — se for nos matar, mate-nos logo. Irá doer menos! — sorriu irônica

— Eu não vou matar vocês, ao menos não agora... quero ouvir as súplicas desesperadas de Regina e David atrás da garotinha deles, assistir Rumplestiltskin derramar lágrimas de sangue pela sua amada Belle, enquanto eu finalmente triunfarei e alterarei o passado. Onde nenhuma das duas existirá, tão pouco a Evil Queen, ou Snow White, ou a pacata Storybrooke. Eu finalmente serei rainha! — sorriu

— Ah, fala sério, você viaja. Meu Deus! — Marrisa observou — ao invés de falar besteiras, será que pode me dizer onde estamos? — indagou

— Sintam-se em casa. Acho que já está na hora do chá! — o mesmo homem que haviam visto na floresta e colocado o bracelete no pulso de Marissa também adentrou o local

— Você... eu conheço você... — Belle observou — é o mesmo homem que me libertou da ala psiquiátrica no dia em que a maldição foi quebrada e mandou eu ir atrás do Rumple denunciar a Regina! — se lembrou — quem é você? Porque está do lado dela? — perguntou

— Pera ai... o olhar psicótico, a voz pesada, a risada esquizofrênica, o chá... e a cartola na cabeça... — Marissa observou — você é o chapeleiro maluco, da história da Alice no País das Maravilhas! — ligou os pontos

— Pelo jeito você é esperta... adivinhou... — deu uma risada — me chamo Jefferson! — falou

— Porque está do lado dela? Não é possível que as histórias sejam tão diferentes á tal ponto de você ser um vilão! — Marissa disse

— E não sou, minha cara princesa... isso se chama justiça!

— Justiça? Mas o que foi que eu e Belle te fizemos? — indagou, indignada

— Vocês não... sua mãe! — elucidou — ela não só nos mandou pra cá, como me separou da minha filha, e mesmo aqui, prometeu que me ajudaria com ela, no entanto, falhou com a promessa. Achei que Gold quando soubesse de Belle faria minha vingança, mas pelo que percebi ele é da mesma laia que ela! — Jefferson disse

— Esquece o passado. Você tá com a sua filha agora, não tá? Pra que isso? — Belle indagou

— Porque quero que ela sinta o mesmo que eu. Quero que ela tenha a sensação de ter sua filha arrancada de seus braços. Sua menininha separada de você sem você poder fazer nada. Eu quero justiça! — afirmou, com frieza no olhar

— Se eu fosse você, não confundiria justiça com vingança. Isso é ridículo! — Marissa repreendeu

— Não me importo com o que pensa, você continua aqui até ela — apontou pra Zelena — quiser! — disse

— Muito bem! — Zelena sorriu — você terá sua vingança, Jefferson. Eu prometo! — afirmou — tenho uns afazeres, volto depois! — disse, e desapareceu numa fumaça verde

— Eu até poderia vigia-las, mas — as encarou por um instante e riu — acho que não vai precisar. Com licença, "majestade"! — se curvou irônicamente pra Marissa e saiu.

— Que ótimo. Já não basta estar presa pela Zelena, ainda somos obrigadas a ouvir as risadas e discursos ridículos dela e desse cara completamente louco, ainda tenho que ouvir que sou da realeza. Definitivamente, as coisas não podem piorar! — Marissa afirmou

— Mas se parar pra pensar, você é uma princesa. Tanto aqui, como na floresta encantada. É filha da Rainha com o príncipe, e aqui é filha da prefeita com um dos xerifes. Isso te torna princesa! — Belle lembrou

— Eu? Uma princesa? Ah, não, definitivamente não — negou — não levo jeito pra isso, e nem quero. Odeio esse papo de sapatos de cristal, vestidos de festa, coroas, um principe pra te salvar e todas aquelas frescuras! — explicou — aliás, eu nunca fui muito fã de princesinhas de contos de fadas. É engraçado pra mim ver que todos os desenhos que eu assisti ou li, eu meio que entrei dentro deles! — comentou

— Ah, é verdade. Nossas histórias... eu ainda não tive tempo de conhecer como elas exatamente são nesse mundo. Sério que você não gostava muito de princesas? — indagou

— Mais ou menos. Tinha umas que eu gostava, como a pequena sereia, a Bela e a Fera... mas princesas no estilo da Branca de Neve, Bela Adormecida e afins, eu odiava. Sério... a Mary é um pouco diferente da história dela. No desenho dá raiva, ela é muito morta. Só sabe correr e cantar, não faz mais nada! — explicou

Belle riu.

— Mary é corajosa, no nosso mundo ela luta, toma a frente das coisas... mas, qual a sua preferida, então?

— Mulan! — Marissa disse — ela nem é uma princesa, mas de onde vim, consideramos ela uma. Ela é corajosa, forte... assim como eu, era sempre criticada e todos diziam que ela nunca seria nada. Mas ela fez mais do que apenas se casar, ela enfrentou uma guerra e salvou a China. Não sei se o filme bate com o que ela é na realidade, mas se for, seria um sonho conhecê-la. Digamos que ela é minha heroína de infância! — explicou

— Se for exatamente como você está me contando, bate sim — sorriu — eu a conheci. Ela é realmente corajosa, e salvou a China. Eu não a vi em Storybrooke, acho que deve ter ficado no nosso mundo. Mas com certeza, ela adoraria te conhecer! — Belle disse — mas me fala, eu apareço realmente em alguma história? — perguntou curiosa

— Sim, a Bela e a Fera. O Rumple também aparece, mas de uma forma diferente da realidade. Na verdade, ele aparece em duas histórias que eu conheço no meu mundo. A Bela e a Fera, e Rumpelstiltskin. De formas diferentes em ambas, mas aparece! — explicou

— Uau... e como eu sou nessa história? Sou parente de algum protagonista, ou coisa assim?

— Você é a protagonista! — Marissa deu de ombros

— Sério? — perguntou, surpresa

Marissa então, começou a contar a história pra ela. Enquanto isso, nas ruas de Storybrooke...

Mary caminhava sem rumo. Precisava esfriar a cabeça. Com certeza, Regina estava destruindo sua vida mais uma vez. Estava roubando seu marido, e com ele sua felicidade mais uma vez. Caminhou por muito tempo até chegar na praia. Chutou a areia com força. Estava com raiva. Raiva de Regina, de Charming, de Marissa, de todos.

— É tão triste ver tudo ser arrancado de você, não é mesmo, querida Snow? — Zelena apareceu em sua frente


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!