— Acabou o jogo! — falou Marissa, formando uma imensa bola azul nas mãos

— Você me obrigou á isso! — respondeu Gold, e quando ela ia lançar contra ele, acabou sendo interceptada pelo mesmo, que a suspendeu no ar.

— O QUE ESTÁ FAZENDO? PONHA-ME NO CHÃO! — gritou, tentando usar os poderes, mas algo a prendia.

— Temos que parar ela, ou Gold vai matá-la! — Belle falou, ouvindo os gritos da menina

— Ué, mas ela não é mais poderosa que ele? — Emma indagou

— Mas isso não basta, ela não sabe usar os poderes! — Belle continuou, correndo até os fundos da loja, com os outros vindo atrás de si

Chegando lá, viram Marissa jogada no chão.

— Ela me obrigou! — Gold se explicou

— O QUE VOCÊ FEZ? — Regina gritou, se ajoelhando no chão, ao lado da filha

— Eu tô bem! — disse ela, se levantando, ainda tonta — você vai me pagar! — apontou o dedo pra Gold

— Eu não quero brigar, dear... já pedi desculpas. Eu quero te ensinar! — respondeu

— Desculpas não aceitas! — deu um sorriso irônico — eu não quero nada que venha de você, DEAR! — se levantou do chão com a ajuda de Regina

— Só pra te avisar: eu não tenho medo de você. Pode ser mais poderosa, mas não sabe usar seus poderes, e essa é sua fraqueza. Por isso, não aconselharia um duelo comigo! — devolveu o sorriso irônico

— Não se atreva a fazer nada com ela! — David a defendeu

Todos o olharam.

— Não tem problema — falou tranquila — arranjarei um jeito! — caminhou até ele e disse — Não me subestime, senhor Gold. Você não tem ideia do que sou capaz! — lançou um olhar ameaçador. Deu as costas e dirigiu-se até a saída.

— Tenho a impressão de estar vendo a Regina em versão adolescente! — Hook comentou

Regina foi atrás dela e chamou:

— Marissa! — ela virou-se espantada — desculpe, Maddie — corrigiu — tenho que me acostumar...

— Tudo bem — sorriu, e um silêncio permaneceu entre as duas

Regina não conseguiu segurar e perguntou:

— Posso te dar um abraço? — pediu, com os olhos cheios de lágrimas

Ela assentiu com a cabeça. Regina praticamente correu até ela e a abraçou fortemente, como sentia vontade de fazer há muitos anos. Não conseguiu conter e deixou ás lagrimas caírem.

— Minha menina — disse, emocionada — minha princesinha... como eu senti sua falta... como eu te procurei...

— Todos esses anos... pensei que estivesse sozinha... — respondeu ela, bem baixinho

— Eu nunca, nunca deixei de pensar em você! — a olhou nos olhos — nunca mais você vai precisar de nada, ou ficar sozinha... você tem a mim, e eu sempre vou estar aqui pra você! — a beijou na testa

— Maddie! — David chamou atrás delas — eu não sei o que dizer... eu realmente sinto muito... — se aproximou — assim como Emma, eu não pude te acompanhar e estar ao seu lado quando precisou. Mas eu prometo recuperar o tempo perdido, e tentar ser o pai que você nunca teve... — falou — posso te abraçar?

Ela novamente assentiu com a cabeça e ele assim o fez. Ela na verdade não sabia o que dizer... ela nunca teve nada assim. Soltou-se dele, e respirando fundo, disse:

— Eu não quero parecer insensível, ou alguma coisa assim... eu agradeço de verdade... mas eu preciso de um tempo. É tudo muito novo pra mim. Até hoje, eu nunca tive ideia do que é ter um pai, mãe ou uma família. Eu sempre pensei que tivesse sido rejeitada, e estivesse completamente sozinha no mundo. Me acostumei com isso, entendem? Ai, de uma hora pra outra eu descubro que tudo que eu sempre soube estava errado, e... não é fácil. Preciso ficar sozinha, organizar meus pensamentos e me acostumar com a ideia. Não seria justo com vocês e nem comigo se eu já agisse como uma filha e começasse a chama-los de papai, mamãe, e dizer eu te amo... — explicou — não que eu não queira, mas as coisas não são assim... — desabafou

— Eu te entendo! — Emma se aproximou — comigo aconteceu a mesma coisa. Mas acredite, com o tempo será mais fácil do que imagina! — sorriu — acho que somos irmãs agora, então... se precisar de algo, conte comigo! — falou

— Obrigada! — respondeu

— Esta tudo bem, Mari... Maddie! — Regina falou — mas saiba que estou aqui, pra qualquer coisa!

— Eu também! — David a completou

— Arranjou um ótimo inimigo no Rumple! Tem certeza que quer mesmo entrar numa briga com ele? — Hook também se aproximou

— Olha, eu li muito sobre ele naquele livro que o Henry me emprestou, e sinceramente eu não to com medo dele. Ele pode até entender mais de magia do que eu, mas como eu já disse eu vou achar um jeito. Se ele é ruim, eu sei ser pior! — respondeu, novamente semelhante á mãe — agora se não se importam, eu já vou indo — falou e saiu andando, e alguém disse algo em seguida

— Eu também, pra mim já chega! — Snow deu ás costas e saiu andando pela calçada

— Mary Margaret, espere. Precisamos conversar! — David foi atrás dela, que o ignorava

Ele correu até ela, e a segurou pelo braço.

— Não me ignore. Precisamos conversar!

— Sobre o que? O seu amor pela Regina? A sua mais nova filha? — cruzou os braços

— Mary, eu já disse. Eu não amo Regina, eu amo você. Eu me envolvi com ela quando estava amaldiçoado, não lembrava nem dela, nem de você e nem quem eu era. Não foi verdadeiro. Me escute, por favor! — pediu

— A maldição do sono, o anel... David, magia de luz não mente. Para de tentar me enganar!

— Eu te amo, e nenhuma magia pode mudar isso. Por favor, acredite em mim.

— Me dê um bom motivo pra isso!

— Estamos juntos todo esse tempo. Porque isso agora? Regina é a mesma coisa de Kathryn. Eu nunca amei, apenas pensava que amava! Acha que se isso não fosse verdade teríamos tudo que temos hoje?

— E o que nós temos, David? Estamos bem longe de casa, nossa filha cresceu longe de nós e dá pra contar nos dedos o numero de vezes que nos chamou de pai e mãe, e sempre tem algo no nosso caminho. Nunca tivemos nenhuma prova de que devemos ficar juntos e sempre tem algo no caminho. Estou farta de viver na ilusão! Porque não acabamos com isso de uma vez? Corre pros braços da Regina, fica com a sua nova filha e me deixa em paz. Você não vai ser a primeira coisa que ela vai me tirar, mesmo!