— Gold, dê um jeito e tire isso do meu dedo! — Regina afirmou

— Eu não posso, dear. Nenhum feiticeiro pode, nenhuma magia. Os únicos que podem são vocês, ambos. Precisam admitir a verdade, pro bem de vocês e da garota! — apontou pra Maddie, que até então estava calada e resolveu se pronunciar

— Isso é demais pra mim. Tô caindo fora! — falou, mas Gold a impediu

— Onde pensa que vai, mocinha? — a segurou pelo braço — acabou de descobrir quem são seus pais.

— Ah, claro. Em menos de uma hora eu descobri que vim de uma profecia, que minha mãe não me largou, meu pai não se lembrava de nada até beber uma poção, que ambos são a rainha má e o príncipe encantado da história da Branca de Neve e se apaixonaram perdidamente um pelo outro e não querem admitir, fora o fato de eu ter nascido numa cidade de personagens de contos infantis que vieram da floresta encantada por uma maldição. Não é muito pra se pedir que alguém acredite em menos de uma hora? — perguntou

— Você ainda duvida? — perguntou, incrédulo

— Na verdade, sim! — afirmou

Gold respirou fundo e com o pouco de paciência que ainda lhe restava pegou o globo da caixa e o pôs diante dela.

— Então, o use! Ele vai apontar onde estão seus pais! — falou

— Como faço? — perguntou

— Você quer achar duas pessoas, então deseje que ele lhe mostre seu pai e sua mãe, concentre-se e pique o dedo. Assim que começar a sangrar deixe algumas gotas cair sobre ele. Aparecerá dois pontos vermelhos, indicando em que lugar do mapa eles estão! — explicou

Ela assentiu e o fez o que ele havia explicado. Ao abrir os olhos viu dois pontos vermelhos exatamente no mesmo lugar.

— Storybrooke! — Emma observou, ainda incrédula com tudo aquilo

— Quer mais alguma prova, dear? — Gold perguntou, vendo a menina negar com a cabeça — você é filha de Regina e David, e seu nome não é Maddie, é Marissa! — falou

— Ela sempre me lembrou alguém, no jeito de falar, de agir... mas eu jamais pude imaginar... — Emma ainda estava sem palavras

— Pera ai, tem uma coisa que está mal explicada aqui... — Regina se lembrou — eu nunca disse a ninguém sobre o David ou sobre minha filha... só para Tinker, mas isso foi a poucos dias. Como você sabia, Gold? — o encarou

— Eu sempre soube de tudo nessa cidade, minha cara. Ainda me surpreende o fato de você não saber disso! — explicou

— Você previu que eu ia adotar Henry, e que ele seria filho da salvadora. Você planejou isso. Planejou também sobre mim e David? Já que sabe de tudo o que aconteceu naquele dia? Porque minha filha sumiu do hospital? — Regina perguntou — me diga, Gold!

— Porque eu planejaria uma filha biológica sua e um casamento com encantado sendo que eu precisava que você trouxesse Henry para atrair Emma e quebrar a maldição? Isso nunca esteve nos meus planos, e eu nunca previ isso!

— Se ela te atrapalharia, então... — ela juntou tudo, assim como todos presentes — você... você é o único que podia sumir com ela sem deixar rastros. Foi você! — Regina ainda estava aflita, e sua primeira intenção foi avançar em cima dele — DESGRAÇADO! — gritou, mas David a segurou e Tinker ficou na frente dela

— Então a culpa de tudo o que me aconteceu é sua! — Maddie, agora Marissa, deixou lágrimas escorrerem pelos seus olhos — eu podia ter crescido com meus pais e você tirou isso de mim. PORQUE? PORQUE? — ela gritou, visivelmente irritada

— Rumple... você não pode ter sido capaz... — Belle falou, incrédula. Sabia de muitas coisas que ele havia feito, mas nunca nada relacionado a vida de uma criança

— EU PRECISAVA ACHAR O MEU FILHO! — gritou, segurando as lágrimas — Se Regina tivesse ficado com a filha, jamais sentiria solidão e não viria atrás de mim para adotar o Henry. Emma não teria sido atraída pra cá, a maldição não teria sido quebrada e eu não poderia ir atrás do Bae! Eu pensei em mata-lá e enterra-lá, mas se algum dia achassem o corpo seria pior. Eu decidi joga-la na praia. Sabia que um recém-nascido não iria aguentar tanto tempo dentro de um saco na água, e não precisei fazer muita coisa. Mas eu estava errado! — contou — e sinto muito... de verdade... eu só pensei em encontrar meu filho naquele instante. — tentou se desculpar

— Um filho que você perdeu por sua própria culpa! — Hook falou

— Não se meta, pirata! — Gold respondeu

— Não interessa... eu nunca tive nada e sofri a minha vida inteira por culpa sua. Miserável! — Marissa continuou — EU VOU ACABAR COM VOCÊ! — ficou de frente para ele, se preparando para usar os poderes

— Não faça isso, não me obrigue a te machucar! — Gold argumentou

— Ué, você mesmo disse que sou mais poderosa que qualquer um aqui. Eu não tenho porque te medo. Eu vou te destruir, nem que seja a última coisa que eu faça! — falou exatamente como a mãe, deixando-os novamente impressionados com a semelhança de personalidade. Ela fez uma bola de fogo com as mãos e lançou contra Gold, que se abaixou tentando ao máximo não lutar contra ela. Mas a garota repetiu o mesmo gesto. Emma tentou impedir, mas ela prendeu seus pés no chão. Regina tentou fazer o mesmo que a filha, mas David a impediu.

— Não é assim que se resolvem as coisas! — segurou-a pelo punho — abaixa! — a jogou no chão, ao ver que a garota tentava acertar Gold a todo custo

— VENHA ATÉ AQUI E LUTE COMO UM HOMEM, SEU COVARDE! — gritou, lançando mais bola contra ele. Ele se dirigiu até os fundos da loja e ela o seguiu, o encurralando.