No dia seguinte...

Marissa entrou no Granny's e sentou-se em frente ao balcão.

— Pois não? — Ruby evitou olhar pra ela

— Me vê uma taça de cidra de maçã, por favor! — pediu

— São oito horas da manhã! — observou

— E daí? — deu de ombros

— Me desculpe, mas eu não posso te vender bebidas alcoólicas, você é menor. — explicou

— Grande coisa... — bufou — como se eu já não bebesse mesmo assim... — revirou os olhos

Ruby arregalou os olhos.

— Pelo que soube você ainda vai fazer 16 anos!

— Em NY, LA, Boston e todos os outros lugares que eu já fui nunca deram a miníma pra isso — explicou — ah não ser é claro, que sejam em shoppings, ou lugares extremamente públicos que a fiscalização seja grande. Fora isso, não só eu, mas muitos adolescentes fazem de tudo: Vamos á baladas, fumamos, bebemos e temos acesso ao que quisermos, desde que tenhamos grana pra isso! — falou — Portanto, não precisa de preocupar. Eu não vou desmaiar no primeiro copo, ou pagar migo. Sou acostumada a beber, principalmente cidra de maçã. É minha favorita!

— É impressionante a forma como você se liga á sua mãe, até em bebidas... — observou — mas, infelizmente aqui você não vai poder beber. Sua irmã é a xerife, seu pai assistente dela, e sua mãe a prefeita, e se souberem que eu te vendi bebidas eles me matam. — disse

— Ai, Deus! — bufou — tá bom, vai. Me vê um chá gelado! — convenceu-se

— É pra já! — sorriu e em poucos minutos, trouxe o pedido da menina

— Uau! — exclamou — eu nunca tinha tomado nenhum chá gelado tão bom como esse. — comentou

— Que bom que conseguimos mais uma cliente — brincou — você e a Belle se dariam bem. Ela também ama chá gelado! — comentou

— Belle? — arqueou a sobrancelha — da história da Bela e a Fera? — indagou

— Não sei se no mundo de vocês é da história da Bela e a Fera, mas é a Belle noiva do Sr. Gold! — falou

— Ah, sim. Sei quem é. É da Bela e a Fera mesmo. Mas diferente da Fera, o Gold não tem nada que me agrade. — comentou — e eu não acho que me daria bem com ela. Não sou princesinha, fanática por livros ou muito menos me apaixono por "feras" por ai. Eu sou a fera! — sorriu

Ruby soltou uma risada.

— Quem sabe... — deu de ombros — Belle é gente boa! — afirmou — mas, sobre você e o Gold... todo mundo na cidade já tá sabendo. Ganhou um grande inimigo. — elucidou

— Eu não ligo. Também sou uma grande inimiga! — voltou-se para seu chá, até que sentiu alguém esbarrar em si

— Me perdoe, perdão — pediu o homem — tá tudo bem? Derrubei seu chá? Eu pago outro e esse, se você quiser! — falou

Marissa assustou-se. Não entendia o porque dele estar agindo assim.

— Eu tô bem, calma filho — falou, soltando um risinho de leve — não derrubou nada, não precisa pagar! — exclamou, ainda confusa

— Que bom, qualquer coisa não hesite! Deus lhe pague, obrigado, obrigado! — o homem respondeu, e saiu praticamente correndo dali

— O que deu naquele ali? — dirigiu-se á Ruby, confusa

— Acostume-se... agora todo mundo sabe dos seus poderes, que está enfrentando Rumple, que é filha da prefeita e do príncipe, e irmã da xerife... ah, e do seu temperamento também, então todos vão agir assim com você. Com medo. Acredite, ninguém aqui vai querer te frustar! — explicou

— Ah, que ótimo... — bufou

Mais tarde, na praia...

Marissa dirigiu-se para a areia, procurando um lugar pra sentar. E assim como Ruby havia falado, todos corriam, lhe dirigiam bom-dia e faziam sinal de respeito. De fato, estavam a temendo. Deu de ombros e sentou-se, olhando para o horizonte. Poucos segundos depois, uma fumaça verde formou-se do seu lado e para seu espanto, Zelena apareceu.

— Olá — sorriu, sarcástica — acho que agora posso lhe chamar de "querida sobrinha" — ironizou

— Fala o que você quer, projeto de abacate... antes que eu me irrite e te faça derreter! — a menina pareceu nem se importar com ela

— Olha... tem a mesma língua afiada da minha irmãzinha. Realmente, são muito parecidas! — continuou a ironizar

— Eu te dou um minuto pra você sumir ou eu mesma vou dar conta de fazer isso! — respondeu

— Calma... eu vim em missão de paz — ergueu os braços e viu Marissa soltar uma risada irônica — fiquei sabendo que você está louca parar dar um fim no Rumple! — foi direta

— Olha, tá ai um dos motivos pelos quais eu nunca gostei de cidades pequenas. Todo mundo fica sabendo da sua vida da noite pro dia! — bufou — sim, e daí? Agradeça por ainda não ser você! — afirmou

— Gosto do jeito como você não tem medo de mim, ou de ninguém... — continuou — é exatamente por isso que eu vim até aqui!

— Fala inglês, por favor! — ironizou

— Ora, não vê? Temos os mesmos propósitos!

— Tô achando que meus neurônios tiraram umas férias! — continuou

— Eu vim perguntar se não quer fazer um acordo comigo. Se una á mim, e juntas podemos destruir o Rumple. O que acha? — perguntou, olhando firme nos olhos da menina