Unbroken escrita por Angel


Capítulo 11
Passado desvendado


Notas iniciais do capítulo

Oiii *---* Fiquei muito feliz com os comentários, obrigada pessoal



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Ás últimas palavras de Regina provocaram um choque e um silêncio imenso no local. Ninguém poderia imaginar.

— Isso não é verdade... eu não me lembro de nada... — foram as únicas palavras que escaparam da boca de David

Snow estava aos prantos, não conseguia falar nada.

— Você bateu com a cabeça, perdeu a memória, eu já disse — Regina repetiu, tentando segurar as lágrimas

— E porque quando Emma quebrou a maldição eu não me lembrei de nada? — questionou

— Porque sua amnésia não foi causada por magia... a quebra da maldição só lhe trouxe as lembranças tiradas pela magia! — Gold explicou — porém, a magia pode lhe trazer as memórias de volta... — falou, retirando uma poção da estante — essa poção nos elucida de qualquer coisa que tenhamos esquecido na vida, beba e se lembrará — entregou á ele

— E como vamos saber se não quer implantar memórias falsas nele? — Emma questionou

— Porque poções só tiram ou fazem recuperar a memória. Memórias falsas são implantadas por feitiços, e não por poções! — respondeu

— Qual o seu preço? — David perguntou

— Digamos que estou interessado que o mistério se resolva, e para isso você precisa se lembrar! — sorriu, e ele pegou a poção, antes virou-se para Snow

— Snow, qualquer coisa que tenha acontecido, eu amo você! — falou

Regina abaixou a cabeça, e tentou não sentir a pontada em seu coração ao ouvir aquilo.

Ele bebeu a poção, e alguns segundos depois, havia se recordado.

— Eu... — fechou os olhos, ainda tonto — me lembro... de tudo... — os abriu novamente e olhou diretamente para Regina

— David, o que você viu? — Emma perguntou, perplexa

— Me vi com Regina, diversas vezes... me lembro de... estar com ela e... — respirou fundo, não querendo entrar em detalhes — deixa pra lá, o que ela disse é verdade... — falou

— E quando se acha que a grade familiar não pode ficar maior... — Hook sussurrou

— Eu não queria que fosse assim... — Regina falou

— Porque? Porque escondeu de mim todo esse tempo? — perguntou, revoltado

— Porque não queria sofrer, e me machucar mais. Não queria ficar como a vilã que roubou o mocinho da mocinha... a Evil Queen desmancha a família da Snow White. Eu já cansei desse capítulo! — explicou

— Seja como for, eu tinha o direito de saber... então agora tudo faz sentido... é por isso que você não se afastou de mim quando quase nos beijamos, é por isso que você me despertou da maldição do sono antes da Mary chegar e.... — ele percebeu que havia soltado demais

— O QUE? COMO ASSIM ELA TE ACORDOU? MAS FOI EU QUEM... — Snow não conseguia terminar de falar

— Mary, me deixa explicar... aliás, você me deve explicações, Regina. Depois daquele dia não nos falamos mais. Como você pode? — David a encarou

— Acho que você também deve explicar. Pra se despertar da maldição, os dois precisam estar sentindo a mesma coisa... logo, se ela acordou você... não é a única a se explicar! — Gold estava amando aquilo

— Será que vocês podem me explicar o que diabos realmente aconteceu quando estávamos na floresta encantada? — Emma já estava entrando em parafuso

— Eu não entendo, eu estava por perto e David ficou dormindo até Mary chegar! — Henry se lembrou

— Isso era o que sua mãe e seu avô queriam que vocês pensassem! — Gold falou

Flashback

David estava sob a maldição, enquanto Henry, Regina e Gold o observavam.

— Vamos, volte! — Henry dizia — ele esta lá há muito tempo? — virou-se para a mãe

— Tenho certeza de que estará bem... devem estar colocando o assunto em dia... — tentou reconfortar o garoto, porém Gold olhou para ela e negou com a cabeça — querido, porque não traz o seu livro? Quem sabe contando as histórias para ele, como fez no hospital, ajude! — sugeriu

O garoto assentiu com a cabeça e foi busca-lo em casa.

— E agora? Será que Mary Margaret chegará á tempo? — Regina perguntou, aflita

— Não está aflita assim só pelo Henry não é mesmo? — perguntou, a encarando

— Ai que pergunta, Gold. É claro que é só pelo Henry. Ele vai ficar desolado se acontecer alguma coisa com o David! — tentou disfarçar

— Sei... — revirou os olhos — porque você não acorda ele então? — sugeriu

— Porque ele só vai despertar com um beijo de amor verdadeiro, e você sabe bem disso!

— Pois então... beije-o, dear!

— Você ficou maluco? — cruzou os braços — desde quando eu amo o David?

— Ah, por favor. Não tente me enganar. Eu acho que te conheço muito bem, e vejo o jeito que você olha para ele... posso não ter amado muito na vida, mas sei reconhecer o amor quando vejo! — falou

— Tá, pode até ser, mas ambas partes precisam sentir o mesmo... e se não sabe, ele sente de tudo por mim, menos amor! — sorriu, sarcástica

— Ué, porque não? Pessoas se enganam com o amor, Regina. Você deveria saber muito bem disso. Beije-o e tire a prova...

— Eu já tenho problemas demais e não preciso de mais um!

— E vai deixa-lo esperar por uma volta de Mary Margaret se é que ela vai voltar? Henry te culparia a vida inteira se soubesse... acho que você mesma vai ser culpar se algo acontecer á ele... é só um beijo, e não um pedido de casamento!

— Tá bom, tá bom. Mas ainda acho que não funcionará! — se aproximou da cama, e sentou-se nela. Mirou-o por uns segundos e sussurrou — por favor, volte! — fechou os olhos, e se aproximou dos lábios dele, depositando um suave beijo. Nesse instante, uma forte luz saiu de ambos, e ele despertou.

— Regina? — perguntou, assustado ao ver que a morena havia o acordado — pensei que fosse Mary Margaret. Como você conseguiu? Só se desperta da maldição com um beijo de amor verdadeiro e... — só então ele percebeu

Ouviu-se o sininho da loja de Gold. Era Henry.

— Não é hora pra perguntas, finja que está dormindo até Snow voltar. Henry não deve saber de nada. Nem ele e nem ninguém! — Regina falou, e David fez o que a morena pediu

— Voltei... alguma novidade? — perguntou o garoto, com o livro nas mãos

Ambos assentiram com a cabeça que não. O menino então, sentou-se na cama e começou a ler o livro. E assim como Regina havia pedido, David só abriu os olhos após receber um beijo de Snow.

Fim do flashback

— E foi isso! — Gold contou — desde então, ninguém contou nada até agora! Regina despertou David da maldição do sono com um beijo. E só se desperta da maldição se ambos compartilharem o amor. O que quer dizer, que o amor não existe só da parte dela...

— Você mentiu pra mim! — Snow ficou de frente para David, ainda sem acreditar no que havia ouvido

— Eu não queria te machucar... eu te amo, Mary. Não sei como isso aconteceu, mas eu não amo a Regina! Eu amo você! — tentou

— Como pode ter tanta certeza se os fatos dizem o contrário? Vamos ver... ela te tirou de uma maldição, tiveram uma filha juntos que por um acaso vem de uma profecia que diz que só nasceria de um amor forte o suficiente pra se tornar tal feiticeira, ainda acha isso pouco? — Gold o respondeu

— Eu também despertei Mary de uma maldição do sono e tivemos Emma, que por um acaso é a salvadora! Acha mesmo que isso não prova que gosto dela?— rebateu

— Ninguém está dizendo que você não gosta dela, meu caro. Você algum dia pode ter se apaixonado por ela. Na vida, nós podemos gostar de muitas. Podemos chegar até o ponto de achar que é a nossa alma gêmea, mas só uma de fato, será. Nos enganamos muito com o amor verdadeiro... e creio que é o que está acontecendo com você. Mas acho que alguém já lhe disse isso... quem foi, mesmo? — ficou pensativo, e em seguida estalou os dedos — ah, a sua mãe... quando lhe deu o anel que você deu á Mary. Mas tem um detalhe que você ignorou... qual é mesmo? Ah sim... é mágico. Ele não para nas mãos de alguém até que essa seja o seu verdadeiro amor... a mulher que está destinada a ser sua... mas ele daria um sinal, estou certo? Porque não nos conta qual é? — Gold foi direto

— Como sabe disso? — perguntou, incrédulo

— A história desse anel é antiga, meu caro. Ele vem da magia de luz, caso sua mãe não tenha lhe contado. O anel do amor, quando alguém o tem, ele ajuda a encontrar a pessoa amada. Ele conhece o seu coração melhor do que você. Porque não nos conta qual o sinal que ele dá quando você acha a pessoa amada?

— Minha mãe me disse que... — ele respirou fundo — ele brilharia quando eu colocasse no dedo daquela que amo... — contou

Só então Mary percebeu, o anel não havia feito isso em nenhuma das vezes que estivera com ela.

— E me diga... ele brilhou quando você o colocou no dedo dela? — apontou para Snow

Ele negou com a cabeça.

— Magia de luz não mente... já que continuam a acreditar nos fatos, eu sugiro que coloque o anel no dedo da Regina, e tire a prova. Já que profecias e maldições não lhe servem, quem sabe um anel que venha da luz dado por sua mãe não abra a sua mente? — sugeriu

— E quem disse que eu quero? — Regina dessa vez se manifestou — Porque toda essa insistência? Eu não quero saber de mais nada! — cruzou os braços

— E nem eu, não posso fazer isso! — David completou

— Querem parar de agirem como crianças e negarem o que é obvio? Parem de fugirem de seus sentimentos! — Tinker falou

— Eles tem razão, pai — Emma falou — eu sei que é difícil, mas é melhor conviver com uma difícil realidade, do que uma ilusão! — aconselhou

— Emma tem razão, não quero continuar vivendo uma mentira — Snow disse, tirando o anel do dedo e entregando á David — coloque no dedo dela. Chega de ilusões, de mentiras, de segredos... — falou, segurando as lágrimas

David respirou fundo, e foi até Regina, que ainda mantinha os braços cruzados.

— Eu não vou fazer isso! — protestou

— Regina, para de frescura. Anda logo. Chega de adiar as coisas! — Tinker a repreendeu

Ela fez uma careta e deu a mão a David. Ele segurou a mão dela com uma de suas mãos, e com a outra colocou delicadamente o anel no dedo da morena. Assim que o colocou até o final, saiu uma forte e imensa luz branca da pedra verde, que iluminou a loja por inteiro. Mary voltou a chorar, estava provado. A mulher destinada á David era Regina, e não ela.

— Ainda vai querer argumentar contra? — Gold falou

— Isso é loucura! — Regina disse, e tentou puxar o anel do dedo, mas para sua surpresa, ele estava de alguma foma grudado e não saia de jeito nenhum — o que aconteceu? — perguntou, sem entender

— É a lei do anel. Ele só para nas mãos do verdadeiro amor daquele que o pertence. Ou seja, ele encontrou o verdadeiro amor do príncipe encantado, não tem mais porque sair do seu dedo! — explicou

— Quer dizer que essa coisa não vai sair nunca mais? Tem que ter um jeito! — bufou

— E tem... ele sai sim, mas só quando ambos admitem o amor. A função dele é essa. Até vocês dois pararem de negar, ele não vai sair! — Gold falou


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