Unbroken escrita por Angel


Capítulo 10
O Medalhão




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Eles então, elaboraram um plano para conseguir pegar o tal colar.

— Emma, consegue entrar e sair do quarto dela durante a noite, e pegar o colar sem acorda-lá? — Gold perguntou

— Consigo! — assentiu com a cabeça

— David, você vai espera-lá na porta da pensão. Assim que ela descer, você arranca com o carro e venha até nós! — orientou

— Emma, por via das dúvidas leve isso! — Regina entregou um saquinho pequeno á ela — é um pó do sono. Assim que entrar, jogue no rosto dela. Assim o seu sono ficará mais pesado, e correrá menos risco! — explicou

— Obrigada — sorriu — que horas eu devo ir? — perguntou

— Umas 23:00 acredito que seja o bastante. Esteja preparada! É agora ou nunca! — Gold falou

Mais tarde...

Emma se aproximou da pensão da Granny's, e com ajuda da mesma, pegou a cópia da chave do quarto de Maddie. Subiu as escadas, e andando pelo corredor, parou em frente a porta do quarto da menina. Com muito cuidado, colocou a chave na fechadura e a girou com o máximo de silêncio possível. Entrou no quarto, de fininho, andando na ponta dos pés. Ela se revirou na cama, o que a fez parar por uns segundos, e em seguida, continuou a caminhar até ela. Pegou o pó de Regina do bolso, e jogou sobre o rosto da garota. Esperou mais uns segundos de garantia, e pôs ambas mãos por trás do pescoço dela, que estava virada de barriga pra cima. Com muito cuidado, abriu a abotoadura do colar, e o retirou do pescoço dela e o observou silenciosamente. Era prateado, e tinha um medalhão pequeno com um "M" gravado. O colocou de volta no bolso, e saiu de fininho. Fechou a porta, e entregou a chave á Granny. Saindo de lá, entrou no carro de David e foram em direção á loja de Gold.

— Conseguiu? — David perguntou, enquanto dirigia

— Sim, olhe! — falou, puxando do bolso e mostrando ao pai — porque será que isso é tão especial pra ela? — perguntou

— Não sei, mas vamos descobrir. Espero que ela demore pra acordar! — David desejou

— Não temos muito tempo. O efeito do pó vai passar, e assim que passar ela vai acordar. Assim que perceber, com certeza vai vir até a gente! — Emma respondeu

De fato, pouco tempo depois, Maddie acordou e a primeira coisa que fez foi pousar a mão sobre o pescoço, e percebendo que seu colar não estava mais ali, o procurou pela cama, pelo chão, e nada. Só restava uma única alternativa: estava com eles. Mas ela iria consegui-lo de volta. Trocou de roupa e se dirigiu até a loja do Gold, completamente furiosa.

— Desculpem o atraso! — Regina falou, chegando a loja de Gold — e ai? Conseguiram?

— Sim, minha cara. Agora vamos descobrir toda a verdade! — disse Gold, com o medalhão do colar escondido na mão fechada, sem que Regina o pudesse ver. No mesmo instante, a porta se abriu violentamente.

— ME DEVOLVA O MEU COLAR! — Maddie gritou, indo até Gold que estava no balcão, a olhando com uma expressão tranquila no rosto

— Você quer isso? — ele disse, pendurando-o entre os dedos para que todos pudessem vê-lo. Assim que Regina o mirou, ficou perplexa. Não podia ser.

— Sorry, dear — exclamou — não o terá de volta até descobrirmos o seu passado.

— ISSO É MEU. VOCÊ NÃO TEM ESSE DIREITO. EU NÃO QUERO SABER DOS MEUS PAIS, ME DEVOLVE! — gritou, quase em lágrimas

— Onde... onde... o conseguiu? — Regina perguntou, pausando entre as palavras. Sua cara de espanto era visível.

— Não importa! — cruzou os braços

— Regina, você o reconhece? — Emma perguntou, vendo a expressão da prefeita

— Menina, diga-me, por favor: Onde você conseguiu? — ignorou a pergunta de Emma, e olhou fundo nos olhos de Maddie, segurando as lágrimas. Não podia ser verdade, deveria ser só uma coincidência.

Maddie deixou uma lágrima escorrer dos olhos, e respondeu:

— Estava comigo, quando me acharam dentro daquele saco. Provavelmente, meus pais o colocaram em mim. Não me pergunte o porque, até hoje nem eu mesma entendo. Como tinha essa inicial gravada, concluíram que meu nome deveria começar com M, ai me deram o nome de Maddie ainda no orfanato. Felizes? — falou, já em lágrimas — agora me devolvam e me deixem em paz, eu imploro! — falou, respirando fundo

Regina fechou os olhos, e se apoiou no balcão. Deixou uma lágrima rolar pela sua face. Ela ainda não podia acreditar. Era o mesmo colar que havia pedido pra uma enfermeira colocar na filha, assim que nasceu.

— Quantos... quantos anos você tem mesmo? — perguntou, só para concluir o que já sabia

— Vou fazer 16 daqui a umas três semanas, porque? Porque essas perguntas? — ela devolveu. Estava confusa.

— Regina... ai meu Deus, não pode ser! — Tinker se aproximou da amiga, juntando as peças. A segurou, pois percebeu que estava prestes a desmaiar. Regina não conteve as lágrimas, e chorou.

Todos olhavam a cena, espantados. Estavam começando a perceber a verdade. Gold foi mais direto:

— Regina, dear, não me diga que essa é menina que você teve com "ele"? — usou aspas, se dirigindo a morena

Regina não respondeu. Continuou a derramar lágrimas. Aquilo definitivamente não estava acontecendo.

— Regina, calma. Respira! — Tinker tentava ajuda-la

— Acabou o jogo, Regina. Está na hora de dizer a verdade! — Gold continuou a mira-la

— Que verdade? Será que alguém pode nos explicar o que está acontecendo? — dessa vez foi Snow, falando por todos

— Sobre o passado. Há uma história nessa cidade que ainda não foi contada! — Gold respondeu

— Então, quer dizer que... ai meu Deus! — Emma exclamou

— Regina, acho melhor você nos explicar essa história direitinho! — David falou

— Esperem ela se acalmar! — Tinker a defendeu — Regina, respira. Se acalma! — sussurrou á morena

Regina engoliu ás lágrimas, aquela definitivamente era a hora. Não sabia como, mas precisava contar a verdade.

— Eu estou bem, Tinker — respirou fundo, com os olhos fechados — não dá mais pra esconder! — abriu os olhos.

— Acho melhor você começar! — Gold falou novamente

— Há quase 17 anos atrás, ainda durante a maldição, eu me apaixonei por uma pessoa. E mesmo sabendo que eu não podia, que aquilo era impossível, e euu com certeza sairia machucada, eu me envolvi com ele. Aqueles meses pareciam perfeitos, e eu nunca havia me sentido tão feliz. Mas ai, nós brigamos e ele sofreu um acidente terrível. Eu descobri que estava grávida um pouco depois, e mesmo sozinha, preparei tudo pra essa criança... seria o meu consolo... eu a tive, e a vi uma única vez... pedi a uma enfermeira que colocasse nela um colar com a inicial de seu nome, Marissa. Fui pro quarto e pouco depois, o Dr. Whale me contou que ela havia sumido do hospital. Me desesperei, e procurei ela em todos os lugares, verifiquei tudo e nunca encontrei nada. Sofri muito, haviam me tirado mais duas pessoas que amava... — respirou fundo, deixando outra lágrima rolar pela sua face — e depois de uns anos, adotei o Henry! — desabafou

Todos ficaram chocados... ninguém ousou dizer uma palavra.

— Ainda não contou tudo, dear. Falta uma parte importante: o pai da menina. Ninguém entrava ou saia da cidade, lembra-se? Conte a verdade! — Gold a pressionou

— Não, por favor... — negava com a cabeça

— Já chega de segredos. Essa garota é a sua filha, nós precisamos descobrir o passado dela, e falta uma parte. Não só ela, mas ele tem o direito de saber. Nós precisamos saber! — Gold falou

— Ele esta certo, Regina. Eu te falei, você não podia ter escondido isso. Vamos lá! — Tinker falou pra ela

— Eu não posso... não quero destruir mais as coisas... — deixou escorrer algumas lágrimas

— Você vai destruir mais ainda se esconder. Não percebe? Isso está te corroendo por dentro, e esta escondendo parte do passado deles. Isso não pertence só a você! — Tinker ficou de frente pra ela

— Você sabe a verdade, não é mesmo, Tinker Bell? — Emma perguntou — nos diga. Porque ela está assim? Qual o problema de ela falar quem é?

— Eu sei, Emma. Mas isso deve ser dito por ela, não cabe a mim falar de um passado que eu não fiz parte. É entre ela, e eles! — Tinker falou

— Vamos, Regina. Já chega. Nos diga de uma vez por todas! — David falou, já sem paciência

— Você é o pai dela, David! — Regina despejou de uma só vez, fazendo todos arregalarem os olhos — nós tivemos uma filha juntos!


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