A vila maldita escrita por Kurosaki Ichigo


Capítulo 2
Ataque subito


Notas iniciais do capítulo

Bom gente notei que não teve comentários, mas postei outro capitulo, apreciem a leitura .



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Ao descer as escadas e sair do hotel, fui direção do rapaz que estava com a espingarda na mão, ele estava apontando para dentro de um matagal, então lhe perguntei:

– Ei o que aconteceu?

– Não sei explicar cara, eu estava passando por aqui e vi algo atacando essa moça, quando corri para tentar ajuda-la vi um vulto preto passando em direção a esse matagal tentei atirar mas não acertei.-Dizia ele bem eufórico e apontando para o local de fuga do suposto vulto.

– Mais que estranho...- Eu falei enquanto o Siegh entrava no mato.

– Espere aqui Lupus vou ver se acho alguma pista.

– Ok...- Então eu fui olhar o corpo no chão, não tinha como dizer que ela não estava morta, pois estava mergulhada numa poça de sangue, tinha um ferimento no pescoço, e foi quando reparei no seus olhos, me agachei e olhei de perto, era estranho seus olhos estavam vazios, sem cor, mesmo ela estando morta o estado de seus olhos não era normal, seu rosto estampava uma face de horror, e sua boca estava aberta, então pedi ajuda a um cara que passava por ali com uma caminhonete colocamos o corpo na traseira do veiculo e seguimos em direção a o necrotério.

– Para onde vamos senhor?- Pergunta o dono do carro.

– Para o necrotério por favor amigo.

Quando chegamos lá corri para dentro e avisei ao homem careca que trabalhava lá para me entregar uma maca, ele obedeceu rapidamente, voltei com a maca para colocar o corpo quando fui pega-lo, percebi que não estava do mesmo jeito que antes...ele tinha murchado por completo como se tivessem tirado tudo de dentro, me espantei mas não recuei, coloquei ele na maca e entrei no necrotério, pedi para chamar o legista.

– Rápido, me traga o legista quero acompanhar o que aconteceu aqui.

– Está bem vou chama-lo. -Disse o careca indo em direção a um escritório.

Quando ele voltou veio acompanhado de um rapaz de cabelos laranjas, e olhos verdes, ele usava um jaleco branco e tinha uma cara de quem estava cansado.

– Olá meu nome e Ryan Woodguard sou o legista, o que aconteceu?

– Bom, eu estava no Hotel e ouvi gritos seguidos de disparos de arma de fogo, então fui ver o que tinha acontecido, um rapaz disse ter tentado salvar essa moça- eu disse olhando para o cadáver vazio, e senti um embrulho no estômago, ele disse que ela tinha sido atacada por algo que não pôde identificar.

– Bom...você deveria ter levado ela para o hospital primeiro. -Disse ele com a cara mais limpa do mundo.

– Hospital?-Falei com raiva.

– Sim e se ela ainda estiver viva?

Arrastei a maca até ele e lhe apontei o estado do corpo, quando ele olhou de perto se espantou.

– Meus Deus...o que é isso?- Falou o legista indignado.

– Pois bem ainda acha que devo levar para o hospital?

– Desculpe eu não sabia que estava dessa forma por favor traga a maca para a sala de autopsia.

Levei a maca seguindo o legista, entramos em uma sala bem surrada, azulejos encardidos e chão de cimento avermelhado, a minha direita tinha uma mesa com ferramenta usadas pelo legista então me ocorreu uma ideia.

– Senhor Ryan, poderia me dizer se o ultimo corpo encontrado ainda está aqui no necrotério?

– Sim,está sim porque?

– Posso olha-lo?- Perguntei olhando fixamente para ele.

– Sim pode sim, está na terceira gaveta ali.- Falou apontando para uma series de gavetas.

– Ok...- Segui em frente abri a gaveta, não era uma coisa que eu queria olhar novamente mais era preciso, retirei o plastico que o cobria, e então olhei na direção dos olhos do cadáver, foi então que percebi o vazio de seus olhos, como se ele tivesse perdido a alma ao ser morto, procurei por um ferimento no pescoço e não achei, então virei de lado e achei um ferimento parecido com o da vitima que encontrei agora a pouco, o ferimento era na altura do pulmão e tomava quase o lado direito inteiro então pensei, como eu não pude ter visto isso na primeira vez, talvez eu não tenha olhado com atenção, então voltei para o legista.

– Senhor Ryan... eu gostaria que o senhor olha-se essa ferida ai no pescoço, eu gostaria de saber se poderia ter sido provocada por algum animal ou algo do tipo.

– Bom.. tudo bem então.- Ele foi ate a mesa de ferramentas e pegou dois instrumentos pontiagudos e começou a cutucar o ferimento.

– Olha senhor Lupus, isso aqui contem resquícios de saliva, a quantidade e tanta que eu nem precisaria levar para o laboratório para analisar.

– Saliva?- Repeti a palavra, eu estava confuso não sabia o que pensar então meu celular tocou, olhei o indicificador de chamadas era o Siegh, como eu poderia ter esquecido dele, então antendi.

– Siegh onde você está?

– Lupus parceiro, não achei nada, somente rastros de sangue cara, esse matagal é bem fechado, segui os rastros até eles pararem de aparecer, você está aonde?

– No necrotério, analisando o corpo com o legista, e você não vai acreditar no que descobri.

– Você me conta quando estiver vindo para o hotel, eu vou tomar alguma bebida num bar na cidade, qualquer coisa eu te ligo.

– Tudo bem te ligo quando eu sair daqui. falei e desliguei o celular.

– Lupus , quando você encontrou o corpo ele estava nesse estado avançado de decomposição? - Ele me perguntou com ar de intrigado.

– Não ele apenas tinha um ferimento no pescoço olhos bem abertos e estava numa poça de sangue.

– Estranho por que ele parece está morto a semanas, a carne esta putrefata, e de cor escura, eu nunca vi nada igual.

– Eu também não entendi, quando cheguei aqui ele estava nesse estado.- Respondi colocando a mão no queixo.

– Bom vou terminar de analisar esse cadáver, amanhã você passa aqui e lhe digo alguma novidade.

– Está bem doutor amanhã passo por aqui.- Falei e segui para a saída, fui andando sozinho a rua estava deserta, eu me preparei para o pior, a rua no necrotério era bem estreita pelo menos até chegar na rua principal, ela era cercada por mato, peguei o celular e liguei para o Siegh.

– Siegh, já estou indo para o hotel, você ainda está no bar?

– Sim amigo vou esperar você aqui, o bar e logo em frente ao hotel, não tem errada.

– Tudo bem já já estou ai.-Desliguei o celular e senti como se estivesse sendo observado, olhei para traz e não vi nada, tentei olhar para dentro do mato mais, era impossível enxergar algo la dentro, estava coberto por uma escuridão total. Quando finalmente cheguei na rua principal vi algumas pessoas andando na rua, e pensei o quanto elas estavam despreocupadas, ou não faziam ideia do que vinha acontecendo por aqui, foi então que meu pensamento foi interrompido por uma mão em meu ombro, quando virei era ela, Lin, a bibliotecária.

– Olá caçador de recompensas.- Disse ela em meio a um sorriso maravilhoso.

– Ha olá senhorita, oque faz na rua uma hora dessas?

– Bom vim ver algumas amigas por aqui, e fiquei sabendo do ocorrido, agora estou indo para casa.

–Hum... as noticias correm bem rápido aqui em.- Falei dando o leve sorriso de canto, e pela expressão dela, acho que ela gostou.

–Cidade pequena, sabe como é, bom...acho que vou indo.

– Quer companhia?- Perguntei meio sem jeito.

– Seria ótimo, assim não fico com tanto medo.

Então fomos andando, e começamos a conversa sobre coisas normais , tipo que a cidade era legal e etc...Foi quando ela me contou algo que eu não sabia.

– Sabe as pessoas aqui são bem supersticiosas.

– Como assim?- Perguntei para que ela pude-se seguir em frente com o assunto.

– Existe uma lenda nessa vila, dizem que na época que os portugueses chegaram aqui no Brasil , vinheram desimano varias tribos indígenas. Então quando chegaram nesse local encontraram certa dificuldade para acabar com a tribo, a relatos que os indios que residiam aqui não eram normais, parece que eles se alimentavam de almas, ou algo parecido.

– Interessante... onde você ficou sabendo disso Lin?Quero dizer existe algum documento que relata esse fato histórico?

– Eu sou diretora da biblioteca seu bobinho,esqueceu? E sim existe sim, é um diário de um capitão português que estava na luta contra essa tribo.

Enquanto ela me falava a respeito do estranho assunto, eu não pudia deixar de notar o quanto ela era linda e inteligente.

– Eu gostaria de dar uma olhada nesses documentos depois, se não for incomodo é claro.

– Não e incomodo algum, apareça lá na biblioteca amanha assim lhe mostrarei tudo.

– Está bem vou aparecer sim.

Chegamos a uma rua pequena, acho que se muito tinha eram 10 casas em fileiras duplas uma a frente da outra formando uma rua sem saída , a rua era larga o bastante para por dois carros e dos dois lados da rua tinham casas, no final da rua um muro enorme.

– É aqui que eu moro, naquela casa branca com portas vermelhas.- Dizia ela apontando para a casa.

–É uma casa bem bonita- Eu falei admirando aquela construção.

Após chegarmos na porta da residencia me despedi e disse que nos veríamos amanha.E continuei pelo caminho que tinha vindo agora a pouco, pensei sobre a historia que ela havia contado, será que teria algo haver com essas mortes?Mais porque só começou agora? Acho que eu teria que esperar até amanha para descobrir, Nossa só agora me lembrei do Siegh, peguei o celular e liguei para ele.

– Cara foi mal, acabei encontra a Lin e levei ela para casa você ainda está no bar?

– Sim amigo, você vai passar aqui não vai ?-Perguntou ele

– Sim já estou a caminho.Olhei para o relógio era 1:30 da manha, nossa as horas passaram rápido. Então senti um vulto passar por mim, virei rapidamente para trás, mais não vi nada, então pensei está vendo coisas, mais logo apos me virar para frente, sinto um baque surdo e uma dor crescente vindo da região do estomago,percebi que era um soco, mais o impacto me jogou para longe.Rapidamente puxei minhas pistolas e apontei para o lugar onde tinha sido atacado mas não vi nada, a dor se espalhava, eu ia me levantar, mais ai alguém me me pegou pelos ombros, olhei para trás não dava para ver direito mais vi chifres e olhos violetas, então a coisa me soltou e me deu outro golpe no mesmo lugar, cai de joelhos com a cabeça baixa tentando recuperar o ar, mais só pude ver um pé em minha frente e logo outro baque, agora me acertou o rosto, dei para traz , mesmo tonto levantei a minha pistola e esperei o momento certo, ele apareceu por cima de mim, eu pude ver em câmera lenta, meu dedos no gatilho, e a cabeça dele na minha mira então meu dedos deslizaram no gatilho e disparei, vi a bala atravessar-lhe a face e ele caindo de costas no chão.Eu ainda estava tonto, rolei para a direita e me levantei, quase cai de novo mas consegui me equilibrar, então fui ver o corpo, mais ele não estava lá. Olhei para o chão, tinha marca de sangue e a capsula da bala estava no chão, mas não tinha corpo, coloquei a mão na barriga , o lugar ainda doía, e minha testa estava machucada, então fui correndo de encontro ao Siegh. No caminho peguei o celular e liguei para ele, a ligação não foi completada por falta de rede, Arghhh malditos celulares, eu já podia enxerga a praça, o local de onde eu saia era uma rua de barro sem iluminação, então quando cheguei na rua principal senti algo escorrer pela minha blusa olhei para minhas mãos, estavam sujas de sangue então olhei para minha barriga, era de la que estava vindo o sangue, maldito como um murro poderia causar aquilo....Pensei em quanto entrava no bar, avistei logo o Siegh sentado no balcão conversando com o garçom.O garçom apontou para mim e Siegh virou, para olhar com um sorriso no rosto, mais esse sorriso logo se desfez quando ele me viu, então levantou correndo em minha direção.

– Lupus!!- Gritou ele em quanto vinha até mim.

– Cara...foi mal...demorei não foi.-Falei e cai de joelhos, meu ferimento não parava de sangrar.

– Cala a boca porra! Isso não é hora para brincadeira, ai Zero chama alguém ou um medico alguém para ajuda-lo, Lupuz cara quem fez isso com você?

Eu vi o garçom correr para a saída, agora eu sei o nome dele é Zero um cara de cabelos meio brancos.

– Eu não sei...foi tudo tão rápido eu estava vindo e derrepente...cof...cof.-Eu estava tossindo, isso não era bom sinal, coloquei a mão na boca mais não saiu sangue pelo menos por enquanto então continuei a falar:

– Tava tudo escuro eu apenas sentir o golpe, eu juro que acertei ele na cabeça, mais quando levantei ele não estava lá.

– Hãn? Quem sobrevive com um tiro na cabeça?- Perguntava ele intrigado.

– Eu não conheço ninguém, pelo menos até hoje. -Ouvi o barulho da porta abrindo tentei virar a cabeça para ver mais não consegui pois estava doendo muito, quando chegaram perto o bastante, eu vi um cara de cabelos azul escuros amarrados em um rabo de cavalo, ele tinha um aspecto gentil.

– Aqui Siegh esse e o doutor Ronan.- Dizia Zero o garçom.

– Olá...o que houve?- Perguntou o doutor.

– Não sei, ele disse que foi atacado, mais não sabe dizer o que era.- Siegh falava rápido e atropelando as palavras eu pude perceber que ele estava nervoso, como aquela vez no canada, estávamos cercados por inimigo, um grupo da guerrilha, que estupravam e matavam as pessoas de uma pequena vila, nos tínhamos sidos contratados pelo presidente, que não sabia o que fazer, então estávamos la dentro de um celeiro eu só tinha mais um pente de munição, a espada do Siegh estava quebrada, eu tinha recebi um tiro na perna e o Siegh falava pelos cotovelos para me manter acordado, bom...resumindo, matei todos os guerrilheiros, com 15 balas.

– Você está bem?- Me perguntava o doutor.

– Estou tonto doutor, acho que por causa da hemorragia.- Falei apontando para o ferimento.

–Deixe-me ver isso.- Ele falou em quanto abria minha camisa, quando ele terminou de abrir fez uma cara de espanto.

– O que foi doutor?- Perguntei agoniado.

– Esse ferimento parece ter sido causado por garras afiadas, onde você estava?

– Na estrada de barro ali em frente, fui levar uma garota em casa.- Respondi a ele mais eu não deixava de sentir dor.

– Entendo...vou ter que dar alguns pontos no seu ferimentos, espere um momento.- Ele disse, enquanto pegava os instrumentos na maleta que ele carregava.

– Tudo bem...-Respondi e esperei, depois de um tempo senti uma dor fina era a agulha costurando, após termina o trabalho o doutor me deu alguns analgésicos e disse para eu ter repouso.

– Descanse e não vá fazer nada que possa abrir o ferimento novamente.

– Está tudo bem.- Respondi e me levantei Siegh pôs meus braços sobre seus ombros, e fomos para o hotel.

– Vamos amigo... vá se descansar amanha você me conta o que aconteceu.

– Está bem, faça-me um favor antes Siegh abra minha mala e pegue uma faca que tem lá.

– Está bem.- Ele respondeu enquanto abria a mala e pegava a faca, me entregou e foi tomar banho.Virei de lado e peguei no sono.

Acordei em uma floresta escura, e ao longe ouvia uma garota pedindo socorro, a voz era conhecida, foi então que me dei conta que era a Lin corri em sua direção, de repente os gritos cessaram, quando cheguei no lugar ela estava totalmente estripada e com os olhos vazios, então gritei:

– Não...Lin!!!

Continua...


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Notas finais do capítulo

Bom galera espero que comentem , aceito sugestoes tambem ok?



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