Continuação P.O.V Ally

Já se fazia quase dois meses desde minha briga com Austin. Desde aquele dia, tudo mudou muito. Austin e Kira eram o casal mais adorado do mundo. Viraram a notícia do mês. Eu me lembro de depois de ver em umas quinze capas de revista com fotos dos dois, resolvi procurar sobre o assunto. Mais de vinte links me levaram a uma entrevista onde Austin afirmava que estava namorando Kira Starr. Logo depois ela entrava e abraçava o namorado. Sorriam, mas eu não via amor. Ou talvez só não quisesse admitir que via. Não sei. Só sei que foi meio como um ponto final. Acabou.

Eu, Elliot e Trish nos tornamos grandes amigos. Jake achou muito estranho, mesmo quando mencionei que ele namorava. Lembro-me totalmente quando Elliot foi me buscar em casa e Jake queria falar com ele. Quando meu irmão foi até o carro de Elliot, não falou nada. Elliot não deixou, pois começou a conversar com ele, como se fossem grandes amigos e o convidou também para tomar sorvete com a gente. Jake recusou, pois sua namorada estava em casa, então Elliot a convidou também! Foi engraçado, pois meu irmão não esperava por nada disso. Então Jake a chamou e fomos buscar Trish e também Annie... Sim, a chamamos. Estávamos com saudade dela, mesmo que para isso teríamos que ir à casa de Austin.

Como tenho MARAVILHOSOS AMIGOS E IRMÃO, me fizeram ir chama-la. Toquei a campainha e Rosa a atendeu, surpresa.

Flashback (On)

“-Ally! Quanto tempo! Está sumida” –Ela disse.

“-Sim... Annie está?” – Perguntei tentando ser rápida.

“-Sim... está lá em cima. Suba. Ela está te esperando.” - Falou.

“-Obrigada.” – Respondi, começando a subir.

“-Ah, Ally, é bom te ver de novo! Sentimos sua falta.”- Diz, em tom cumplice.

Sorrio e digo ou mesmo.

Lá em cima, quando vi o quarto de Austin, com os adesivos tão “adolescente revoltado”, sorri. Os admirava, eram uma lembrança de bons tempos.

“-Ally?” – Disse uma voz (tão bem conhecida por mim) surpresa.

“-Austin...” – Disse conformada, me virando.

Segurei o folego quando percebi que ele tinha acabado de sair do banho. Toalha na cintura, levemente molhado. Corei. Mas como corei! Que vergonha!

“-Ally... Está tudo bem?” – Disse sorrindo sapeca.

Me recomponho, e digo:

“-Sim, sim, tudo ótimo. Onde Annie está?”

“-Está bonita...” – Diz me encarando de cima para baixo. –“ Vão sair?”

–“Sim Austin, vamos sim.” – Respondo, tentando descobrir onde ele queria chegar.

–Vão sozinhas? – Fala curioso.

–Não... Trish, meu irmão e sua namorada, além de Elliot vão conosco. – Falo simplesmente.

–Elliot...? – Fala cabisbaixo. – Estão namorando?

Antes que pudesse negar sua pergunta, uma voz de outro quarto diz:

–“Austin, com quem está falando? – Diz uma senhora loira saindo do quarto. – Ah... – Fala quando me nota. –Você é a Ally, certo? – Diz se aproximando.

–“Sim...” – Digo.

A senhora me abraça animada. Austin pede para que ela se acalme.

–Desculpe, mas é uma alegria finalmente te conhecer! Ouvimos muito de você!

Não sabia exatamente o que falar então sorri.

–Não a envergonhe querida! – Diz um homem que se aproximava. – Muito prazer, Ally. – Diz ele.

–Igualmente. – Respondo sorrindo.

–Bem... Vamos deixa-los... – Começa o homem.

–Na verdade...! – Interrompo. - Eu vim ver a Annie. Ela está?

Ele aponta para um quarto. Agradeço e vou até ele. Quando entro apenas digo:

–“Dá próxima vez quem vai vir te buscar aqui dentro vai ser a Trish.”.

Descemos, e nos despedimos rapidamente. Quando abri a porta da entrada, quem eu encontro?

–Ally?! – Diz.

–Kira. – Digo e saio junto com Annie.

Flashback (Off)

É diário, aquele foi um bom dia. Mesmo que as coisas não tenham saído exatamente como planejado.

E assim estão as coisas:

Elliot e eu somos amigos. Austin não é nada para mim (eu acho). Eu o ignoro o máximo, ele também, com as palavras, mas é impressionante! Ele sempre está onde estou, me olha e as vezes sorri. Mas isso quando Kira não está grudada nele. Resumindo, ainda é pouca a nossa interação. Ainda bem, eu acho.

Bom, Diário, é isso.

Beijos, Ally.

Largo meu diário e corro para a entrada de casa. Como de costume, Elliot me esperava. Ensaio para a peça, da qual já estava bem mais adiantada, o que significava várias cenas com Austin. E hoje, para aumentar meu nervosismo, teríamos uma surpresa. Não para a turma inteira, mas para eu e Austin. Apenas nós dois. Nem sei o que esperar.

Ao chegarmos, fui puxada pela professora, que me colocou ao lado de Austin para a nossa conversa.

–Bem meus queridos, vamos logo ao que interessa. Vocês terão uma cena de dança, romântica, claro.

–Ok. – Disse ele.

–Eu não sei dançar! – Digo vendo o desastre passar por meus olhos.

–Ensine-a Austin. – Diz a professora rapidamente. – E a outra surpresa é que a dança terminará com um beijo. Então, ensaiem, curtam o beijo e não contem para ninguém. Já volto. – Diz e sai, antes que eu pudesse contestar.

Viro para Austin que diz meio chateado:

–Não sabe dançar, Ally? Já se esqueceu do seu sonho? Já se esqueceu?

Não respondo. Nem sei o que dizer mais.

–Foi o que pensei. –Disse ao sair.

...

Ao fim do ensaio, eu e Austin tivemos que treinar nossa dança.

I found myself dreaming

In silver and gold

Like a scene from a movie

That every broken heart knows

we were walking on moonlight

And you pulled me close

Split second and you disappeared and then

I was all alone

I woke up in tears

With you by my side

A breath of relief

And I realized

No, we're not promised tomorrow

So I'm gonna love you

Like I'm gonna lose you

I'm gonna hold you

Like I'm saying goodbye wherever we're standing

Me peguei sonhando prata e dourado

Eu posso ver a partir de um filme que todo coração partido sabe

Você entra a luz da lua

E você me puxa para perto

Faz um segundo que você desapareceu

E então eu estava sozinha

Acordei chorando com você ao meu lado

Suspiro de alívio quando percebo

Ah, e eu prometo o amanhã

Então, eu vou te amar como se fosse te perder

Eu vou te abraçar como se estivesse dizendo adeus

Onde quer que estejamos não vou levá-lo para concedido.

Porque nós nunca saberemos quando vamos ficar sem tempo

Então, eu vou te amar como eu te vou perder

Vou te amar como se fosse te perder

A professora tentava passar para nós os passos, mas eu me atrapalhava. Austin me segurava fortemente, por causa disso. Centímetros de distância. Seu perfume era o mesmo. Não Ally. Concentre-se.

Tentamos várias vezes, mas eu me perdia quando olhava para ele. Ele é a minha perdição.

–Por hoje, chega! – Disse a professora mexendo os braços.

Eu não me mexi, nem Austin.

Digo:

–Eu disse que não sabia dançar. Não se ofenda loiro.

–Ah, moreninha. - Sorri. - Você sabe dançar. Perde-se quando olha para mim.

Não respondi. Separei-nos, peguei minha bolsa e caminhei para fora.

–Ally. – Diz ele. Parei, mas não me virei.

–Não é verdade?

Eu sabia que era verdade, ele sabia. Quem olhasse saberia. Digo:

–Não.

–Não minta para mim, Ally.

Viro-me e vou até ele.

–O único que mentiu aqui foi você! – Falo colocando meu dedo em seu peito.

Ele pega meu braço e coloca através de seu pescoço.

–Música! – Pede.

A melodia reinicia, graças à professora.

Começamos a dançar normalmente. Olho no olho.

–Querida Ally... Se fosse mentira, eu admitiria. – Diz.

–Então o que é? Por quê? – Pergunto curiosa.

–Amor. Para te proteger da sua dor.

–Mas que tipo de amor e proteção é esse que mais me dói do que protege? – Ele gira meu corpo, e nos cola de novo.

–Se souber, sofrerá mais. Não me odeie Ally. Eu te machuco para proteger.

–Eu não odeio. Infelizmente, isso está longe de ódio. – Digo, fazendo-o sorrir.

A música vai parando e ele nos cola mais. Fala em meu ouvido:

–Se soubesse quem causou isso, me perdoaria.

–Conte-me.

–Aqui não. Agora não. Precisamos nos encontrar. – Diz e beija minha orelha.

Afasto-me. Recebemos palmas. Saio correndo.

Quem causou isso?