Somos um só escrita por Sadie


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Gente, acho que esse capítulo ficou bem legal............................................ por favor achem isso também rsrrssrrs
Obrigada pelos comentários amorzinhos szsz
boa leitura ^~^
(coloquei imagem nesse capítulo só para vocês verem como é uma rosa negra, que inclusive ela é real sim - são naturais de Halfeti, Turquia. Lindas, não?!?!?)



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Ele estava desesperado – já havia se passado uma semana sem noticias de Elsa. Ele havia resolvido voltar ao castelo e contar a verdade para Elsa – que ele iria atrás do que ameaçara ela -, mas quando chegou lá, o pátio do castelo estava vazio e o habitual barulho do reino agitado não existia. Fora recebido por uma Anna triste e desanimada; ele ficou assustado quando a vira assim, afinal, era raro ela triste. Foi quando soube que Elsa havia desaparecido no dia de seu casamento, que fora cancelado.

O reino estava desolado – a rainha havia sumido sem deixar pistas, e os rumores de que ela havia sido sequestrada e morta aumentavam a cada dia. Era difícil para eles suportarem a ideia de que Elsa estava morta.

– Ela estava tão bem. A segurança do castelo estava reforçada. Como alguém conseguiu levá-la? – A irmã dissera, desolada. É claro que eles haviam procurado ela no castelo de gelo construído no topo da montanha, mas ele estava vazio.

Você é um idiota. Se não estivesse de birra no dia, você poderia tê-la protegido. A culpa corroia seus ossos e envenenava seu sangue; ele não aguentava ficar no castelo, muito menos perto de Anna.

– Frost? O que você está fazendo aqui? Onde esteve, moleque? – A voz de Norte retumbou no salão cheio de brinquedos, porém vazio.

– Isso não importa. Norte, Elsa sumiu. – Ele voou até o bom velhinho apressadamente, e pousou ao seu lado desajeitadamente. Ele encarou o garoto. Bolsas escuras destacavam seus olhos, e seus ombros caídos aparentavam cansaço.

– O quê? – Norte estava surpreso.

– Ela sumiu há uma semana. Não temos ideia de onde ela pode estar agora, muito menos de como ela sumiu. Norte, eu acho que Breu a levou. – Ele estava inquieto, mas ao mesmo tempo cansado.

– Jack, você sumiu e volta sem dar noticias e agora fala que ela sumiu?

– Eu estava cansado, eu só queria sumir – ele andava de um lado para o outro. – você sabe onde Breu está?

– Nós te procuramos para falar isso com você, Jack. Nós achamos a localização de Breu, pelo menos onde ele se “concentra”. Nós íamos atrás dele, mas o globo estragou...

– Como assim estragou? – Jack se exaltou. Ele estava confuso. Os guardiões fizeram aquilo para ele?

Norte deu a volta pela mesa de madeira escura com soldados coloridos e foi até o globo gigante. Jack o seguiu e viu no que o globo se tornara: pontos pretos e dourados se misturaram, os pontos pretos quase tomando conta de um país todo.

– Como isso aconteceu...?

– Nós procuramos durante anos, Jack. Resolvemos não te contar, se no caso de não encontrarmos nada você sofresse menos. Mas nós conseguimos – Norte disse, orgulhoso. Jack ficou emocionado, afinal, os guardiões não o deviam nada, e fizeram mesmo assim esse favor a ele. O garoto abraçou o bom velhinho, que ficara surpreso com o ato. Ele continuou depois que se separaram: - Mas depois de alguns dias funcionando, ele estragou.

O garoto examinou o globo. Os pontos dourados brilhavam levemente, e os pretos pareciam escurecer o lugar. O país, quase dominado pelos pontos pretos – Turquia – não tinha quase nenhum dourado.

– Ele não está estragado – Jack concluiu, sussurrando.

– O quê? Como você sabe? – Norte aproximou-se do globo, o examinando também.

– Eu não sei, eu apenas sei! – o nervosismo na voz do garoto era perceptível. – Norte, me leve até lá. Por favor.

– Sem chances.

– Vou voando então.

– Sem chances também. Você não vai, é muito perigoso.

– Norte. Deixe-me ir.

– Droga, garoto. Não é porque não podemos morrer que devemos sair em missões suicidas por aí!

~~~

O céu azul estava limpo e o sol brilhava forte; era impossível olhar para o céu sem ter os olhos lacrimejando. O clima era quente, porém o mar atenuava um pouco as temperaturas.

– Certo, hum, até mais. – Jack deu as costas para norte e saiu andando pelas ruas movimentadas e cheias de vendedores ambulantes. Ele conseguiu ouvir últimos murmúrios e alguns xingamentos de norte antes de ele abrir um portal para voltar para o polo norte; eles haviam discutido sobre como achariam breu e norte defendia a ideia de ficar com Jack para protegê-lo. Ele negara, é claro, e venceu a discussão o chantageando.

Ele passara por mulheres usando hidjab, homens, comerciantes vendendo bugigangas. Era estranho, mas ele conseguia entender a maioria das coisas que falavam.

Onde você está, onde você está... Ele não sabia o quê exatamente procurar, nem como. Só sabia que devia procurá-lo exatamente naquela cidade.

Sentiu então um puxão no umbigo.

Pegou carona na brisa e deixou se levar, e pousou em frente à uma grande cabana cor de mel. Na entrada da cabana, saía uma fumaça branca e com um cheiro de essência de sândalo. Podia-se escutar uma música e alguns risos femininos. Ele franziu a testa, pensando com certeza estar no lugar errado.

Adentrou mesmo assim na cabana.

O chão era coberto por tapetes vermelhos aleatórios, com decorações e bordados. Nos ferros que mantinham a cabana em pé, haviam tecidos laranja, azul ciano, vermelho e dourado pendurados como enfeite. Em alguns vasos, haviam belíssimas rosas negras.

Algumas mulheres dançavam a dança do ventre, cada uma com um traje de cor diferente. Rosa, preto, verde, roxo. A dança era hipnotizante e, cada segundo a mais que Jack ficava observando a dança, ele se sentia mais enfeitiçado.

Apertou os olhos e se virou para sair.

Ele viu um grupo de mulheres cercando um homem de terno.

Ele descobriu de onde as risadas vinham.

O homem tinha os cabelos pretos como carvão, assim como os olhos. O terno era preto também, e a gravata era azul ciano.

O homem levantou o olhar e viu Jack. Ele sorriu um sorriso ameaçador, e se levantou. As mulheres reclamaram, mas ele as garantiu que ele já voltava.

– Posso ajudá-lo? – era uma voz áspera.

– Como você pode me ver?

– Você é bem direto. – O homem riu, e ele se aproximou de Jack, colocando uma mão em seus ombros. – Meu caro Jack, sente-se em alguma almofada e aproveite essas belíssimas mulheres.

Ele o conduziu e o fez sentar em uma almofada grande laranja com bordado vermelho. As mulheres começaram a dançar em volta deles, cada uma com uma rosa preta enfeitando seus cabelos.

– O que o traz aqui? – O homem disse, bebendo um gole de sua taça de champanhe.

– Não há necessidade de fingir, breu. Onde está Elsa? – Jack recusou uma taça da bebida. Uma mulher tentou pegar seu cajado, mas ele o segurou firmemente.

– Ah, pare. Descanse um pouco. Aproveite a vida. Ela está bem, está segura. Vamos, aceite uma taça! – Breu estava descontraído, sorrindo. Quase bêbado.

– Eu não sabia que você tinha um corpo. – Jack resolveu mudar a sua estratégia.

– Nem eu. Você fala deste aqui? Há. Eu apenas possui o humano. Um cara maneiro, se me permite dizer.

– Então você possui pessoas? – Jack o encarou.

– Quem eu quiser, já que não tenho um corpo fixo e nem matéria. Sinistro, não é? – ele riu, e encheu novamente a sua taça quando uma dançarina ofereceu mais champanhe. – Mesmo que eu tenha fraquezas humanas com esse corpo, mesmo que eu possa ficar bêbado, Jack, isso não quer dizer que sou idiota.

Jack congelou.

– Vamos fazer um acordo, sim? – Breu ofereceu, sorrindo. – Eu te dou uma informação, e você me dá algo em troca.

– O que você quer? – ele segurou mais firme ainda o seu cajado.

– Ora, eu não quero o seu cajado. Eu quero... um pouco de sanidade, um pouco de memórias e felicidade. Me sinto um pouco vazio, se é que me entende.

– Como assim? – ele engoliu em seco.

– Eu vou tocar o seu rosto gelado como o de um morto... e vou roubar algumas coisinhas inúteis. Em troca disso, você pode ter algo de sua querida Elsa.

– Não. – Ele levantou rapidamente, e apontou o cajado para ele. – Fale agora!

– Eu posso te passar informações erradas, você sabe disso. – Ele estava relaxado, confiante.

– Sei, como também sei que você pode me passar informação falsa após eu te dar minhas memórias!

– Não irei. Dou-te minha palavra.

– E sua palavra vale algo, Breu? – a desconfiança tomava conta de Jack. Uma parte sua queria se render e, céus, como ele queria ver Elsa novamente!

O homem olhou para Jack com descaso, e então mexeu as mãos. Areia negra saiu do chão e flutuou, indo para a mão do homem. Quando ele abriu, havia uma rosa negra no lugar da areia.

– A rosa é parte do meu poder. Uma promessa é feita com meus poderes, então, minha rosa vale algo.

O garoto hesitou.

E se rendeu.

Pegou a rosa da mão do homem, e ela se desfez na hora. O homem riu, e tocou a face de Jack antes de ele poder pensar em reagir. Sua visão ficou escura por alguns segundos e, então, voltara ao normal. Ele sentiu-se incompleto, como se algo faltasse, como se estivesse tentando lembrar algo de muito tempo atrás.

– Rápido e indolor, viu? – o homem sentou-se novamente na almofada, e bebeu outro gole de champanhe. Ele estava menos bêbado do que antes, parecia renovado. – Pode ir.

– A informação, Breu. – Ele estava nervoso, quase que com medo.

– Ah, sim. Ouça. – O homem fechou os olhos, como se escutasse uma melodia. Jack hesitou em fazer o mesmo, mas por fim o fez.

Uma mulher parecia cantar longe, muito longe dali, e sob a água. Sua voz ficava cada vez mais clara, como se estivesse emergindo. A voz era deliciosa de ouvir, mas tinha um tom de dor, de lamento.

Venha me encontrar na floresta congelada

Um cemitério assombrado pelo mal

Onde estarei segurando meu ultimo suspiro de sanidade

E esperando o meu sopro da vida.


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Notas finais do capítulo

Eu não sei se naquela época já tinha exatamente o champanhe, mas como diz aquele velho ditado: foda-se,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,
mentira gente, isso não é ditado e eu ligo sim para a ordem das coisas na minha fanfic, mas né.
TO PUTA PQ A IMAGEM NAO QUIS PEGAR, quem quer ver a rosa o link é esse aqui: http://i2.wp.com/www.cosasalucinantes.com/wp-content/uploads/Rosa-Negra-2.jpg?resize=474%2C528