Somos um só escrita por Sadie


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

LEREEEEEEEEEEEEEE LERE fanfic atualizada em tempo recorde, contando com o fato de que eu escrevi esse capítulo ontem (eu ia postar ontem mesmo, mas o plug-in do meu notebook tinha bugado e bugou tudo, mas enfim). EU DISSE QUE IA ATUALIZAR NESSE FERIADO. Aproveitem que é pq eu tô feliz, afinal, vi meu crush (risos). o capítulo ta meio doido e tal, mas tudo vai se acertar.
boa leitura :)



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Ela acordara de supetão – teve sonhos agitados e, ao se movimentar, o barulho de correntes ecoou na cela. Mexeu a cabeça rapidamente e percebeu que havia alguém na cela com ela.

– Olá – a voz rouca disse.

– O que você fez? – Ela mexeu os braços, tentando se livrar das algemas e machucando seus pulsos.

– Eu não fiz nada, Elsa – Jack respondeu. – Você é quem fez isso consigo mesma.

– Você não é o Jack. Quem é você?

– Eu sou o Jack, amor – ele se aproximou, e levantou o rosto de Elsa encostando sua mão em seu queixo. – Eu sou o verdadeiro Jack.

– Certo – ela disse com ironia. Não podia, não conseguia acreditar que era Jack, o seu Jack que tinha feito tudo aquilo. A ideia era ridícula. – Onde estou?

– Considerando que você está presa e sem nenhum recurso para se comunicar, acho que posso responder essa pergunta – ele ponderou por alguns segundos no chão. – Halfeti, Turquia.

Ela arregalou os olhos.

– Como? Céus, quem é você?

– Acalme-se, docinho. É uma das vantagens de ser Jack Frost – ele sentou ao lado de Elsa, e ela se afastou o máximo que conseguiu sem machucar-se com as algemas. – Ou quase. – Ele riu, como se aquilo fosse uma piada velha entre os dois.

– Qual é o seu propósito? – ela se remexeu novamente nas correntes, e a dor em seus pulsos latejava.

– Te enlouquecer, talvez – sua risada ficava cada vez mais alta. – Acorde, Elsa. Elsa, acorde.

– O quê? – ela se assustou.

– Acorde!

Estou acordada! Ela queria gritar, mas parecia que sua voz tinha fugido. Jack se aproximou mais dela e começou a gritar para ela acordar, e ela se encolheu mais ainda no fundo da cela, e sentiu o sangue quente escorrendo de seus pulsos.

Ela acordou, e estava sozinha na cela.

A confusão tomou conta de sua mente. Ela escutava um leve zumbido, como quando há o silêncio total no castelo. Estou acordada? Perguntou-se mentalmente.

– Você é uma idiota.

– Isso é um sonho – Elsa murmurou desesperada. – Tem que ser.

– O que é um sonho? Ser idiota? É a realidade. Você é idiota de achar que poderia ser normal pelo menos uma vez na vida, ser amada.

– Isso é um sonho, e eu vou acordar a qualquer instante... – o som de correntes preencheu seus ouvidos, e a dor era real. Prendeu a respiração e a segurou até o ponto em que conseguia, mas soltou o ar.

– Está tão desesperada a ponto de fazer isso? – Jack saiu das sombras da cela e foi para a luz da tocha. Segurava uma pequena faca nas mãos. – Ora, por favor. Uma rainha deveria ser mais estratégica, não acha?

Ele agachou na frente da rainha e colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha de Elsa. Ela segurou um xingamento – estava desesperada para sair dali, onde quer que fosse e, ainda mais, sair daquele pesadelo.

– Vou te contar um segredo, amor. Escute com atenção, certo? – ele segurou seu queixo, antes com delicadeza enquanto esperava a afirmação de Elsa. Sem resposta, ele segurou com força, a machucando. Seus olhos encheram de lágrimas; estava sem poderes, não sabia com quem estava, não sabia por que a pessoa – ou o que quer que fosse – estava se passando por Jack, não sabia como havia chegado ali e, muito menos, se alguém já havia notado que ela havia sumido. A única coisa que ela sabia era que estava na Turquia – e ela não tinha certeza da informação.

– Certo. – Ela sussurrou, a voz falhando com o aperto e a garganta fechada.

– Você é um monstro, Elsa. Você quase matou a sua irmã, quase destruiu seu reino e a si própria. Você não é a mocinha da história, rainha. Você tem o poder, um reino inteiro em suas mãos e não sabe como administrá-los!

– E como eu deveria fazer isso? – Ela levantou o olhar, um olhar desafiador, para o olhar de agressividade de Jack.

– Você deveria se juntar a alguém que a entendesse.

– Jack me entende. O verdadeiro.

– O quê? – ele riu. – Você realmente é idiota. Ah, por favor, ninguém se importa com você, rainha do drama. Você enche o saco com isso de ‘eu tenho poderes e não sei como usá-los, por favor, não toque em mim!’. Grave uma coisa, Elsa: é melhor ser temido do que amado.

– Cale a boca – ela rebateu. Suas palavras a machucaram como mil facas. Todas as mágoas, antes adormecidas, foram despertas com suas palavras. Ela estava com raiva, triste e, principalmente, com medo. Estava com medo de estar enlouquecendo. Puxou as mãos, como para se soltar das correntes e dar um fim naquilo, naquele pesadelo, naquela cópia de Jack frost, mas tudo o que conseguiu fora mais dor. As lágrimas escorreram pelo seu rosto, deixando para trás um rastro quase limpo em meio à sujeira do rosto de Elsa. Ela vacilou.

– Você sabe que, no fundo, não é aceita. Você vai a eventos e se sente deslocada. Sabe que não pertence ali, sabe que aquelas pessoas são inferiores a você. Você sabe que pode mais, que deve ser respeitada, tratada e temida como uma rainha. As pessoas não te aceitam, Elsa. Elas não te temem. – Jack sussurrou em seu ouvido, e mais lágrimas escorreram. Uma vozinha no fundo de sua mente concordava com tudo que ele lhe dizia.

– Por favor, me diga o que está acontecendo. Deixe-me ir. – A voz estava embargada.

– Ah, não chore Elsa. Isso quebra meu coração – ele limpou as lágrimas com a faca, fazendo com que sua face sangrasse em alguns pontos. – Eu vou deixar você sair, tudo bem?

Ele ergueu um braço de Elsa e colocou a faca entre a algema e o pulso de Elsa. O sangue fresco e quente rolou pelo pulso estendido de Elsa e chegou às mangas de seu vestido. Os gritos de dor preencheram a cela, gritos de lamento e de pedidos para que aquilo acabasse. O gosto salgado das lágrimas preencheu a boca de Elsa.

Ela acordou.

Ou pelo menos pensou que o tinha feito.


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