Somos um só escrita por Sadie


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que eu demorei pra postar um capítulo novo e eu sei que ele ficou curtíssimo e é sacanagem minha demorar e postar um capítulo com 785 palavras (olha 785 quase 666, só que não [bela bosta]), mas vejam bem: tô gripada e tossindo que nem não-sei-o-quê tem 3 semanas e tá difícil, aí vem o jogo do brasil (que eu não perco pq né, inclusive parabéns marcelo arrasou [mentira, tadinho]) e provas e provas. MAAAS graças aos deuses as férias estão chegando e essa semana só tenho 2 dias de aula, então vou ter tempo de sobra para escrever.
Mil desculpas, e boa leitura!



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Ela havia aberto os olhos, mas nada via. Sentia uma forte dor acima da nuca, onde havia levado a pancada. Tentou se levantar e gemeu com o esforço. Vacilou e quase caiu no chão. Apoiou-se na parede que ela tateou e percebeu que ela era feita de pedras. Franziu o cenho. Onde estou?

Encostou-se à parede e juntou as mãos em uma tentativa de criar uma pequena esfera luminosa de gelo, mas não teve resultado. Tentou novamente e percebeu que estava sem poderes.

Ainda zonza e no escuro, ela tateou a parede e andou até tatear barras de metal. Estou em uma cela?

– Olá? – gritou para o nada, na esperança de que alguém a respondesse. Sua voz ecoou na cela vazia e, pelo o que ela presumiu, no corredor que havia à sua frente. Apertou os olhos e respirou fundo. Sua cabeça doía. Deixou-se apoiar na parede pedregosa e escorregar até o chão. Encolheu os joelhos e os abraçou. Lembranças fragmentadas do dia anterior pipocavam em sua mente. O casamento! Ah, droga, eu tenho que sair daqui.

E então ouviu passos. Passos distantes, passos pertos, ela não sabia dizer – eles ecoavam em sua mente. Ela presumiu que talvez fosse seu sequestrador.

– Certo, ãhn, quem for que você seja, nós podemos negociar... – ela sabia o que fazer nesse tipo de situação, afinal, alguns reis eram sequestrados em troca de ouro, ou informação. O som dos passos cessara.

Ela lembrou-se, então, de estar em seu quarto, se arrumando para o casamento de sua irmã. Lembrou-se de ver uma mancha no espelho e, então, um homem sem rosto. O ar fugiu de seus pulmões, e o medo tomou conta.

O som de passos voltou. Dessa vez, ela percebeu, estava mais perto. Céus, eu vou morrer. Estou sem poderes, não consigo enxergar nada, minha cabeça dói...

Ela ouviu um barulho de botas se arrastando, e percebeu que havia alguém ali perto. Suas mãos começaram a tremer – por que estou com tanto medo? – e se levantou com dificuldade. Foi para o fundo da cela e se encolheu no chão, como se pudesse se proteger fazendo isso. Ela não sabia como o seu sequestrador havia tirado todos os seus poderes. Isso só pode ser um sonho.

Mas não era.

Ela sabia que não era.

Os passos pararam perto de sua cela, e ela viu algo se mexendo em meio à escuridão. Seu coração batia tão forte e tão rápido que ela teve medo de que ele explodisse em seu peito. Estreitou os olhos em uma vã tentativa de ver melhor.

Um barulho de algo estalando, uma porta se abrindo e, então, ela conseguiu enxergar algo.

Trazendo com si uma tocha acesa, Jack Frost havia aberto a porta de sua cela – ela não sabia como, não vira chaves em suas mãos (muito menos o seu cajado). Ela arregalou os olhos com surpresa, e sentiu-se tranquila por alguns segundos antes de o medo voltar.

– Jack? – ela disse. – Onde estamos? O que está fazendo aqui?

Ela não conseguiu ler a expressão de seu rosto; estava impassível. A tocha iluminava precariamente a cela, mas ela conseguiu examiná-la. O chão era escuro e sujo – sentiu a poeira em suas mãos ao apoiar-se nelas para levantar do chão – as paredes, de pedras grotescas e escuras.

Jack colocou a tocha em um apoio que havia em uma parede, deixando suas mãos livres.

– Jack? – ela chamou assustada. – Onde estamos? Como cheguei aqui?

– Não se preocupe, Elsa. – Ele chegou perto dela e roçou a sua mão na dela e, então, a segurou. Ela não sentiu o toque. – Tudo vai dar certo, eu estou aqui – ele sorriu um sorriso torto quase robótico.

– Por onde você esteve?

– Por aí, - ele respondeu – mas isso não vem ao caso agora.

– Onde está o seu cajado?

Ele franziu a testa, como se não conseguisse se lembrar.

– Vamos embora, Jack. Por favor – ela não sabia por que, mas algo dizia que ela tinha que sair dali, que ela devia se afastar, correr correr e correr o mais longe possível dali, como no dia em que seus pais morreram e ela sonhou com a fumaça preta. O pressentimento ruim era difícil de ignorar, assim como o medo em sua voz.

– Eu não vou te machucar, amor – ele aproximou-se mais ainda dela, e ela tentou se afastar, mas a mão de Jack apertou mais ainda a sua. Com a outra mão, ele fez um carinho na bochecha de Elsa, e então a repousou ali. – Eu estou aqui, certo?

– Eu sei disso, mas podemos conversar em outro lugar? O casamento de... – as pupilas de Jack se dilataram, e a tontura de Elsa voltou mais forte ainda. Sentiu-se fraca e sucumbiu, caindo no chão duro e sujo da cela.


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