O Preço De Sua Companhia escrita por Taynara Barbieri


Capítulo 34
Capitulo 33




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Eu ando de volta ao grande salão do restaurante, e agora parece ter o dobrado o numero de pessoas. Dou uma olhada de canto de olho para o bar e Ricardo não voltou. Me sinto um pouco satisfeita com isso, vou indo em direção a porta e sinto alguém me segurar pelo pulso.

Merda, sera que é difícil sair daqui? Eu olho para trás e encontro Nicollas,ele sorri da mesma forma que o irmão a um minutos atras:

―Ia embora sem se despedir?

―E por que eu teria que me despedir de você?-Eu tiro meu pulso de sua mão e me viro para continuar o meu caminho.

Ouço os passos dele atras de mim,paro na calçada do restaurante e ele para ao meu lado:

―Onde vai tão cedo?

―Desculpe, eu te devo satisfação?

―Não, realmente.

Eu me lembro que eu não trouxe bolsa e por isso nem a droga do celular eu tenho.E como eu achei que poderia ligar para Ryan vim me buscar desse inferno?Eu olho para Nicollas, seu terno preto Slim o deixa um pouco mais gato do que ele é,seus cabelos agora estão arrepiados.Eu ainda preferia o topete que ele tinha,no estilo Bruno Mars.

Eu engulo meu orgulho e olho para ele com um olhar simpático.Eu preciso ir para a minha casa temporária contar sobre o Ricardo para o Kaleb:

―Você me empresta o celular?

―O celular?-Ele pergunta sorrindo maliciosamente-E porque? A princesa precisa do que?

―Da minha carruagem-Eu reviro os olhos e ele solta uma risadinha.

―Não precisa, se é de uma carona que você precisa, eu posso resolver.

Eu ergo as sobrancelhas, eu acabei de quase flertar com Pierre...era uma boa ideia aceitar uma carona de Nicollas? Ele era um imbecil que também ferrou com a minha vida, e foi um tipo ainda pior que Pierre. Ele merece algo muito mais pesado que Pierre ou que Ricardo:

―Tudo bem,eu preciso mesmo-Eu dou de ombros enquanto eu falo.

―Vem comigo-Ele pega a minha mão e me leva ate o estacionamento do restaurante.

Estou torcendo para que ele me de carona em um carro,porque é impossível andar com essa roupa em uma moto.Ele abre a porta de um Land Rover Evoque,que eu sei muito bem que é de Pierre.Ele da a sua mão para que eu suba na camionete.Depois que eu me acomodo no banco ele da a volta e senta no banco do motorista.Eu suspiro fundo e me preparo psicologicamente para o que pode vir em seguida.Pode ser a raiva de eu ter machucado as costas de seu amigo, ou ele querendo a mesma coisa que o irmão.

Ele da partida no carro enquanto eu coloco o cinto,explico o endereço da casa de Kaleb e fico em silencio por alguns minutos,ele resolve quebrar o silencio me paquerando:

―Já te disseram que você é muito linda?-Ele pergunta me olhando de canto de olho.

―É o máximo que você consegue?

―Você quer que eu pegue mais pesado?

―Eu quero que você me de uma carona, e só isso.

―E você acha que isso vai sair de graça?-Ele pergunta,e eu o olho-Nada comigo sai de graça, eu sou um mercenário-Ele pisca para mim e eu não consigo segurar o riso.

―Se você acha que vai conseguir alguma coisa comigo por causa de uma porcaria de carona,pode esquecer.

―Para de se fazer de difícil,eu conheço muito bem o seu tipo.

―Você confia muito no seu conhecimento em esterótipos não é?

E ele acha que tudo mundo é igual, sempre foi assim.Quando eu trabalhava na Voulez, ele acha que eu ira igual a toda gorda que ele tinha conhecido, pelo menos era o que ele representava para mim.

―Não entendi o que você quis dizer com isso.

―Talvez não seja a hora de você entender...mas diga...como são pessoas do meu tipo?

―Mulheres gostosas que sem fazem de difícil para conseguir o que quer.

―E o que elas querem?

―Eu

―Caramba, o seu ego me sufocou agora-Ele para o carro no semáforo e me olha de um jeito que me da um frio na espinha.

Aquele mesmo jeito que ele me olhou dentro do banheiro quando estávamos brigando daquela vez:

―Seus olhos me lembram alguém.

―Vai começar também?

―Começar com quem?

―Seu irmão vem com esse mesmo papo furado-Eu reviro olhos tentando fingir irritação.

Mas era bom saber que os olhos da Pandora Fofinha tinha fixado tanto na cabeça dos Le Blacs.Ele tira a mão do cambio da marcha e coloca sobre a minha coxa.Eu tiro sua mão da minha coxa e o repreendo com o olhar:

―Se você acha que sua carona é um ticket gratuito para meu corpo, esta muito enganado.

―É uma carona com benefícios para o motorista-Ele da de ombros colocando sua mão em meu ombro.

Eu pego o seu pulso, o torço e faço com que ele se aproxime o suficiente para que eu sussurre em sua orelha:

―Nunca mais coloque a mão em mim de novo,entendeu?

―Meu toque a incomoda?-Ele diz engasgado, e eu nem estou torcendo tanto assim seu braço.

―Sim,não gosto de ser tocada por porcarias como você,destrava a porta do carro.

Eu solto seu braço e ele me olha,com o sorriso tipico de Nicollas ele discorda com a cabeça:

―E por que eu faria isso?Eu posso te levar para onde eu quiser,esta dentro do meu carro.Minha carona, minhas regras.

Esse cara é totalmente egocêntrico, imbecil e agora achei um novo adjetivo para ele, um tarado.

Se ele acha que vai conseguir algo fácil comigo, ele esta redondamente enganado.O sinal se abre, e ele acelera o carro, virando na rua próxima o que distancia da casa de Kaleb. Esse merda vai mesmo tentar me sacanear:

―Posso saber para onde esta indo?

―Para o paraíso-Ele diz rindo.

Eu olho para ele,e um pouco irritada com a situação,tiro o cinto de segurança e me estico ate o volante,tiro a chave do contato,o carro para com um tranco no meio da rua deserta que ele estava dirigindo:

―Destrave a porta, agora-Eu digo em um tom autoritário com as chaves na mão.

―Me obrigue.

―Você quer que eu soque seu nariz para fazer o que eu estou mandando?

―Eu adoraria te ver tentar.

Eu jogo a chave no chão do carro e me estico novamente para tentar alcançar o botão,acabo ficando em cima de suas pernas para isso:

―É uma bela cena,acredite.

―Rele um dedo em mim e vai se arrepender.

Eu finalmente alcanço o botão e as portas destravam.Tento volta ao banco de passageiro, porem ele segura a minha cintura me forçando a ficar daquele jeito.Confesso que é constrangedor,mas hoje estou ficando varias vezes em situações que para uma pessoa mal informada me constrangeria mesmo:

―Eu poderia te ver assim o tempo todo-Ele diz passando a mão nas minhas costas.

―Me solta agora.

―Claro-Ele tira a mão da minha cintura e eu volto ao meu lugar.

Ele me olha,vejo que pensamentos passam por sua cabeça.Eu me abaixo para pegar a chave que eu acabei de jogar no chão, abro a porta do carro e finalmente desço do carro:

―Então, pretende andar ate a sua casa?-E a resposta que me vem a cabeça é não,eu não quero andar com esses sapatos ate a casa de Kaleb-Ou quer parar de mostrar o quanto você é foda, e vai voltar para esse carro,me da as chaves e seguir o rumo das coisas.

Eu bato a porta do carro com tudo e dou a volta ate a porta do motorista.Eu a abro e ele sorri:

―Me da logo a chave pequena.

―Não,desce do carro.

―O que?

―Você perguntou se eu queria voltar a pé para casa,era a ideia inicial.Mas com esse vestido é uma péssima ideia, e olha esses sapatos, são caríssimos.Então,desça do carro que eu vou dirigindo ate a minha casa e você vai a pé ate o paraíso.

―É engraçado o jeito que você acha que eu tenho medo de suas ameaças.

―Estou pedindo com educação,desce do carro.

Ele desce do carro como eu tinha pedido, e coloca a mão nos bolsos

―Viu,foi difícil?

―Nem um pouco.

Ele me puxa pela cintura para perto de si,segura um mão em um lado dela e com a outra ele segura meu rosto:

―Eu sempre consigo o que eu quero, pode acreditar.

Nicollas fala vitorioso,eu começo a sentir seu halito perto de mais da minha área vital.Então eu dobro um dos meus braços e acerto meu cotovelo em seu nariz.Ele anda alguns passos para trás e segura o nariz que parece jorrar sangue:

―Então temos algo em comum-Eu praticamente pulo para dentro do carro,coloco a chave no contato e acelero com força.

―Sua vadia, você vai me pagar-Ele grita.

―Coloca em seu caderno de dividas, otário.


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