Astrid e Soluço Vikings & Piratas escrita por Apenas Criativa


Capítulo 33
E tudo acabou...


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiiie gente
Tô triste e feliz
Feliz porque Vikings e Piratas é amada por muita gente 18. 000 pessoas maravilhosas!!!!
Triste.... porque este é o penúltimo capítulo e não sei como vou viver sem vocês meus vikings amados :c
Brigada Jô!



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– Desista Cavery, suas tropas inglesas saíram correndo, você não tem mais saída.

Mesmo que ele estivesse perdendo e machucado Cavery não pararia. Ele estava insano, louco com tanto com tanto poder que tinha, mas agora o perdeu.

O Irmão das Trevas estava preso em uma jaula que lhe tirava seus poderes e o enfraquecia até a morte, os dragões deram um jeito na tropa inglesa, porém os vikings e piratas ainda estavam sob o efeito da canção que a Astrid das Trevas cantara antes de ser salva por Soluço.

– O errado ou o certo? Você escolhe agora. As pessoas cometem erros, Cavery, mas se quiser mudar ainda há uma chance - Propôs Astrid calando todos ao redor, até os vikings e piratas escravos - Ninguém está sozinho, Cavery.

– Você está mentindo! Eu vou destruir você! Acabar com tudo o que ama...

– Por que? - Perguntou Astrid largando as armas - Nunca lhe fiz nenhum mal...

– Você me roubou tudo! Minha mãe morreu por sua causa, este posto de Capitão deveria ser meu!

– Fui eu quem fiz isso? - Perguntou a Hofferson.

Cavery não respondeu, apenas abaixou o olhar por onde uma lágrima rolou. Astrid aproximou-se e tocou em seu ombro, ele ergueu o olhar e, pela primeira vez não havia loucura nele.

– Eu só sei destruir as coisas, fiz você sofrer. Por que me dar uma chance?

– Porque você nunca pôde decidir o que é certo e errado pela sua concepção. Angelica não sabia diferenciar isso e nunca te deu o amor que merecia - Ela tirou se chapéu e o pôs na cabeça de Cavery - Se é isso que quer, pode ficar, desde que minha tripulação seja muito bem cuidada sempre. Eles protegem quem amam e eu também, você pode entender o que é isso?

Cavery a abraçou pedindo perdão em seu ouvido.

– Mas ainda terá de lutar, eu tinha planejado muito para lhe destruir, prove que consegue superar todos os desafios em seu caminho.

– Se me ajudar, poderei superar isso - Respodeu a Hofferson.

Astrid mal fechou a boca e uma risada escarnia manifestou-se no ar. A gargalhada era tão tenebrosa que chegou a fazer um calafrio passar pela espinha de Astrid, mas não só por ser assustadora, mas também por ser uma risada familiar.

Com passos lentos pesarosos, a loira virou-se para trás fitando o ser de capuz um pouco mais a frente. O capuz cobria completamente o rosto, o que deixava impossível visualizar o rosto da, pela silhueta, mulher. Pequenas mãos saíram debaixo da capa que cobria todo o corpo, mãos pálidas e esqueléticas. Em movimentos lentos, começaram a chocar-se uma contra a outra soltando pequenos “clap”.

– Que bonitinho. Se regenerou foi, Cavery? Sinceramente, nunca pensei que faria isso, mas é tão fraco quanto ela! - a voz era arrastada e fria, mas fez Astrid gelar ao ouvi-la.

A pessoa levantou a cabeça e tirou o capuz, deixando a mostra o rosto e os olhos. Com um sorriso torto e maligno nos lábios, Astrid pensou estar olhando-se em um espelho, mas tinha certeza de que não estava usando roupas tão sombrias naquela manhã. Os olhos vermelhos brilhantes demonstravam o quão irada aquele ser era, mas também o quão chateada estava.

– So... sou eu - gaguejou Astrid.

– Oh, não, querida. Eu, definitivamente, não sou você. Thor me livre se fosse...- Era inacreditável. Era uma outra Astrid bem ali na sua frent só que bem mais assustadora, algo parecido com as... Trevas. Essa Astrid de olhos vermelhos era quase que todas as partes ruins da original - Sou você melhorada. Não sou covarde, não tenho medo de agir para matar. Na verdade, sou muito melhor do que você.

– Quem é essa, Cavery?- Astrid fitou o homem ainda de joelhos no chão - Como ela sou eu?

– Bem... é complicado de explicar- o homem encolheu os ombros fitando a garota do outro lado - Você consegue...

– Consegue nada!- interrompeu a outra Astrid - Essa aí, se duvidar, não consegue nem matar uma mosca, que dirá me derrotar - mais uma gargalhada - Como é fraquinha, tão fofa assim...

– Ora, sua...

Astrid desembainhou a espada e apontou na direção da outra. Os olhos azuis estavam conflituosos e completamente raivosos. Ela não sabia o que fazer, estava apreensiva se conseguiria mesmo fazer ou não aquilo, aquela Astrid das Trevas tinha razão, ela não conseguiria, mas tinha de tentar.

– Uia- falou a outra rindo - vai me atacar? - gargalhada ecoou novamente - Nossa, como você é engraçada. Acho que vou até ter problemas com tanta risada que darei em um duelo com você. Mas tudo bem... vejamos - ela puxou uma espada e sorriu - Vamos lá.

As duas correram na direção uma da outra. A Astrid das Trevas sorriu de canto quando se aproximou, pois logo que isso acinteceu, a espada de Astrid atravessou-a sem danos enquanto a espada da Astrid das Trevas causou um pequeno corte no braço da adversária. Já distantes, Astrid soltou a espada e segurou o corte.

Com um sopro na lamina, a loira do mal sorriu vitoriosa.

– Viu? Eu disse que seria engraçado - então começou rir sozinha com um sorriso divertido e cruel nos lábios pálidos - Mas eu gostei. Vamos de novo?

Antes de receber sua resposta, a loira má correu na direção da outra, ainda de joelhos, e lhe deu um chute no rosto. Astrid caiu no chão sentindo sangue invadir sua boca.

– Ah, como você fraquinha. Não aguenta nem um chutinho...- com um biquinho nos lábios, Astrid má ajoelhou-se ao lado de Astrid - Nem tente se levantar. Você é fraca, uma covarde. Quero lhe matar com minhas próprias mãos, assim, eu serei a matéria e você o fantasma.

– Astrid!

As duas loiras olharam para o lado. Soluço esmurrava uma parede invisível desesperado, os olhos verdes marejados enquanto os socos se tornavam cada vez mais frequente. Dava para ver que ele queria entrar e ajuda-la, mas não podia. Algo impedia.

– O que você fez?- os olhos azuis fitaram os vermelhos.

– Não quero ser incomodada. E isso aqui - ela fez um gesto mostrando que era apenas elas duas - não é para mais ninguém.

– Um campo de força...

– Isso! Pelo visto não é tão burra quanto pensei. Vejamos, sabe ao menos quanto é um mais um? - o tom debochado veio seguido mais risadas estridentes.

Astrid levantou em um pulo, rolando para o lado e pegando sua espada. Ao ficar em pé, fitou a outra, que agora segurava a barriga de tanto rir. Ainda estava pálida, mas dava para ver que sua risada era de deboche e estava deixando um tom levemente avermelhado nas maçãs do rosto.

Ela tem razão. Sou fraca, não conseguirei derrota-la. Não consegui matar Cavery, que dirá a mim mesma. Sou uma covarde... uma fraca. Pensava Astrid.

Mesmo sem que a Astrid original percebesse, uma áurea branca saiu dela e voou na direção de loira de olhos vermelhos. Ao inalar aquela fumaça, os olhos se tornaram mais vivos e ela pareceu ainda mais forte.

– Isso! Isso mesmo, lamente o quão fraca você é. Um ovinho, sozinho, abandonado. Quem é você para conseguir me vencer, se nem ao menos pode me tocar?

– Quem sou eu para vencê-la - murmurou Astrid em concordância.

A áurea continuou.

– Uma covarde, fraca. Mentiu para o seu povo, mentiu para si mesma. Fugiu da própria terra por medo. Você é o que? Afinal, Não seria uma viking, não é? Abandonou todos e uma pirata? Menos ainda!

– Abandonei todos...

Astrid das Trevas começou a rodear a outra, que estava de joelhos no chão, fitando as mãos esqueléticas fechadas em punhos deixando os nós dos dedos em contato com o chão. As mãos tremiam enquanto sentia o cérebro trabalhar a mil por segundo, procurando formas de derrota-la, mas sempre que estava perto algo gritava “Você não é capaz”.

– Chega...- sussurrou Astrid mais para si do que para a outra.

– O que disse minha copia mal feita? - debochou a outra levando a mão devagar para afagar os cabelos loiros da outra, mas o pulso foi segurado por uma mão da outra - Ui, ganhou vida. O que foi, fraquinha? Vai querer me enfrentar novamente? Pode vir, estou pronta para acabar com sua...

– Eu disse - Astrid olhou para outra- que já chega!

Mesmo que imperceptivelmente, Astrid das Trevas engoliu em seco.

– Eu sei que lado meu você é - continuou a pirata ficando em pé encarando olho no olho a outra- Sei que você é meu lado ruim, meu lado das trevas. O lado arrogante, ganancioso e prepotente. O lado cruel, maldoso e sanguinário. O lado monstro.

Astrid das Trevas conseguiu se soltar dando um passo para trás, mas a outra começou a se afastar. Cada passo que a Real Astrid avançava era um que a outra dava para trás.

– Não nego que fiz muitas coisas de que não me orgulho, não nego que um dia já fui você e não nego, acima de tudo, que menti para o meu povo, como você bem lembrou. Pois tudo o que eu fiz foi para protege-los, algumas vezes para proteger meus tripulantes, amigos e familiares, e outras para salvar a minha, digo, nossa pele. Então, não, eu não nego que o que eu fiz foi errado, foi o meu lado demônio. Todos temos um lado das trevas dentro de nós...

A garota assustadora não tinha mais para onde fugir, tinha chegado ao limite da barreira. Ela sentia-se fraca, sabia o que aquilo significava... Astrid estava aceitando.

– Você é podre. Por dentro é um monstro e se esconde em um muro que você mesma construiu em volta de si para se proteger - alfinetou a cruel - Covarde!

– Você sou eu - ignorando o que Astrid das Trevas falara antes, Astrid continuou - Somos iguais. Por que quer tanto tomar a matéria? Somos mais fortes como somos, somos mais poderosas. Meu lado bom e meu lado ruim, trabalhando juntos.

– Nunca sou citada assim... como pode estar dizendo isso?

– Porque é a verdade. Somos a mesma pessoa, e eu estou aceitando você. Eu aceito o meu lado das trevas de bom grado. Não quero mais divergir com você.

– Não... não quer mais?- murmurou.

– Não - Astrid, aproveitando que a outra estava distraída, aproximou-se mais da copia - Eu te aceito. Eu me aceito. Aceito meu lado das trevas.

Repentinamente, Astrid das Trevas sentiu braços a envolverem, mas não como ataque, era um abraço. Sem hesitar, passou os braços pela cintura de Astrid e encachou sua cabeça na curva de seu pescoço.

– Ninguem nunca nos aceita - murmurou - Isso é tudo que sempre quis, obrigada.

– Obrigada por me ajudar a me aceitar - murmurou a outra.

– Até breve, Astrid Hofferson.

E transformando-se uma matéria de luz, a outra Astrid sumiu, mas a luz não foi para qualquer lugar, ela colou-se a pele da loira e foi sumindo aos poucos enquanto penetrava no seu coração.

Com um suspiro, Astrid sentiu-se completa. Fechou os olhos para sentir aquilo com mais intensidade. Mesmo sem se virar, ou abrir os olhos, pode sentir uma presença familiar. Reconheceu logo pelo cheiro.

– Acabou, não acabou?- questionou.

– Sim.

Ao abrir os olhos deu de cara com o infinito verde que eram os olhos de Soluço, que sorria orgulhoso.

– Eu tenho algo a dizer- era Brasa, no ombro de Soluço- O Bobão ficou preocupado com a Cabelos do Sol, Brasa também, mas estive mais preocupado com Nevasca. Brasa pode ver a Nevasca, Cabelos do Sol?

Rindo um pouco, Astrid assentiu levantando a manga e deixando a mostra a pequena dragão.

– Nevasca!

– Brasa...

– Você está bem?

– Por que não estaria? Olhos do Céu, aconteceu algo?

– Mais ou menos, Nevasca- riu novamente Astrid - Mas já está tudo bem agora. É que Brasa estava preocupado com você.

– O que? Brasa! Por que Brasa preocupado com Nevssca? Nevasca bem, mas com fome - questionou a dragãozinha.

– Ah, é que... é que... Bobão, como é mesmo aquela coisa que disse para a Cabelos do Sol?- perguntou o dragão um pouco envergonhado.

Soluço riu deixando a dragão e a moça a sua frente confusas. O viking sussurrou para algo para o dragão e então Brasa olhou para Nevasca.

– Brasa ficou preocupado porque Brasa ama Nevasca.

Astrid fez uma cara chocada e olhou para Soluço, que estava prendendo o riso enquanto via os dois dragões conversarem baixinho.

– Você estava ajudando ele a fazer isso, não era?- sussurrou a loira para o viking.

– O que? Que isso, imagina- ele deu de ombros, fazendo sua garota rir - Conto se ganhar um beijo.

– Ah, vejamos...- Astrid fez uma cara de quem estava pensando, então riu e sustentou um sorriso divertido- Dois?

– Fechado!

Então, ali, os dois selaram seus lábios em um beijo calmo enquanto os dois dragões olhavam aquilo completamente a mercê de tudo. Mesmo rindo por entre o beijo, os dois estava felizes. Tinha tudo acabado, não era?


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Notas finais do capítulo

Só mais um capítulo galera, preparando minhas lágrimas para dizer tchau para muita gente
meu coração até dói.