Que os ventos nos separem escrita por lipehenr


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Olá criaturas o/
Eu achei que acrescentar uma nota no começo de cada capítulo seria uma boa ideia, mas não achei que seria tão difícil pensar em uma.
Eu realmente não sei o que colocar a respeito desse capítulo kkkkkkkk digam-me vocês depois.
Boa leitura :)



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Quando chegamos à casa da Soph, ela perguntou se queríamos tomar um banho, mas ninguém concordou em ir. Então para não encharcar a casa também, fomos para o quintal gramado em que costumávamos brincar quando éramos menores, nós quatro.

– Sentem nessas cadeiras. – Pediu Soph.

– Nossa, que fome! – Exclamei.

Deve ser alguma tradição que acabou se juntando ao homem de que toda vez que saímos da escola sentimos fome. Talvez a ciência explique.

– Deve ter alguma coisa na geladeira... Irei ver.

Soph puxou a porta de vidro e logo entrou na cozinha da casa. Demorou um pouco para voltar. Enquanto isso, coloquei minha mochila no gramado e deitei, fazendo dela um travesseiro.

– Por que não se senta? Assim não vai sujar sua farda. – Falou o Edu.

– Caro Eduardo... Passei a manhã e a tarde toda sentado, o que eu mais preciso agora é deitar e relaxar.

– Você está molhado, deitou num gramado... Fique sabendo que está super vulnerável a contrair uma gripe, ou uma bactéria danosa. – Mila falou com um ar profissional.

– Foda-se.

–Galera. Encontrei biscoitos, pipoca de microondas e essas barrinhas de cereal. – Falou a Soph. Não tinha percebido que já voltara.

– Passa para cá! – Exclamei de novo.

– E a comida saudável? Você precisa disso amiga, aliás, é líder de torcida. – Mila falou.

– Terei treino só na sexta e no sábado para o jogo do domingo, relaxa. Ah! Edu vai jogar?

– Sim, provavelmente. – Ele respondeu.

– Ótimo... Já que eu e o Edu vamos está lá por obrigação, vocês dois podem ir nos ver. Que tal?

Eu sempre gostei de ver futebol, mas na TV. Tenho certa antipatia por estádios, pessoas gritando, comidas caras etc. Porém dessa vez acho que vou, porque raramente somos convidados pela Soph.

– Só vou se a Mila for. – Falei por fim.

– Vai ser que dia mesmo? – Ela perguntou.

– No domingo. – Edu falou.

– Então farei meus deveres no sábado? – Perguntou ela como se isso fosse o fim do mundo.

– Sim. – Soph falou.

– Tudo bem, eu vou.

– Então eu vou. – Falei.

Soph começou a falar várias coisas sobre a nova coreografia das líderes de torcida animadamente, enquanto eu e o Edu comia e a Mila ouvia calmamente.

–*-*-

Depois que saí da casa da Soph, fui a pé para casa. Não ficava tão longe assim. No trajeto, tive a leve impressão de que vi o mesmo carro que nos encharcou estacionado em frente a uma casa no mesmo bairro que o nosso. Infelizmente não sou muito chegado em vizinhos, então é bem possível que eu não saiba quem mora ali. Primeiro anotei a placa do carro e depois o endereço tudo por precaução. Continuei andando.

Chegando em casa, banhei, deitei no sofá da sala e entrei no whatsapp, encontrei o Léo, a Soph e a Mila online. Falei em nosso grupo que tinha visto o carro e anotei o que pude.

Não sabíamos se o carro tinha feito aquilo de propósito. Nem sabíamos o que faríamos se isso tiver acontecido de fato.

–*-*-

Na manhã seguinte, eu estava ansiosa para saber a quem pertencia o carro. Talvez eu conhecesse os donos da casa. O Edu não falou por mensagem, pois a Mila explicou que poderia ser perigoso, então tivemos que esperar até hoje para ele mostrar o que tinha anotado.

Depois de várias aulas, finalmente chegou a hora do almoço, e nós quatro fomos para a cantina. Sentamos numa mesa como de costume e comemos.

– Então Edu... – Mila falou dando uma olhada em volta. – Pode mostrar.

Ao redor tinha vários alunos conhecidos e não conhecidos, mas parece que ela ignorou esse fato. Estava ansiosa como todos.

Edu tirou um caderno da mochila, colocou em cima da mesa e começou a folhear.

– Aqui está. – Falou ele após parar em uma folha rabiscada com letras de forma.

Esticamos, ao mesmo tempo, a cabeça para ver melhor.

– Pessoas novas. – O Léo falou.

– O que? – Não entendi.

– Essa casa estava à venda. Ela foi comprada recentemente, meu pai que vendeu. São pessoas novas no bairro. – Explicou ele.

– Perfeito. – A Mila falou.

– O que? – Perguntei de novo.

– O Léo pode descobrir quem comprou a casa através do pai dele. Não foi ele que vendeu a casa? – O Léo assentiu. – Então... Você consegue?

– Espera, por que estamos tão interessados em saber quem são essas pessoas? – Perguntei.

– Soph, não sei se você lembra, mas está na cara que fomos dopados naquela festa no último fim de semana. Não é mera coincidência que isso aconteceu ao mesmo tempo. Querendo esconder isso ou não, parece que temos alguns inimigos.

Edu falou isso? Sim! O Edu falou isso.

– E vocês acham mesmo que esses “inimigos” estão hospedados nessa casa? – Perguntei. – Eles não são tão idiotas.

– Sim. Por que não? – Léo falou – E sim, eu posso tentar achar alguma coisa nos documentos do meu pai. Claro, vou ter que fazer isso escondido, ele não gosta que eu fique perguntando dos negócios.

–*-*-

Ainda estávamos sentados na cantina quando a Soph perguntou (porque era só isso que ela fazia ultimamente):

– Mila, como você foi dopada, você bebeu?

– Sim, mas isso realmente vem ao caso?

– Se você não tivesse bebido talvez salvasse a gente. Por que fez isso logo naquela festa? – Léo perguntou.

– Primeiro: eu não sou babá de ninguém, cansei de ir para festas e ficar sem fazer nada, então quando aquele gordinho me ofereceu a bebida eu aceitei. Segundo: eu não tenho bola de cristal, como eu ia adivinhar?

– Ótimo jeito de começar a beber, viu ... – Comentou a Soph.

– Pois é, não vou mais fazer isso. Nunca mais. Minha experiência foi horrível. Satisfeitos?

Eu estava chateada. Por que eu não posso fazer nada que seja normal para um adolescente normal, mas que, para mim, é uma coisa anormal? Eu definitivamente não era anormal. E não entendia como sempre dava errado.

– Sim, estamos muito satisfeitos. – Respondeu a Soph.

–*-*-

O sinal tocou, e eles precisavam voltar às salas de aula. Aquela pulga finalmente começara a sair de trás da orelha, e um alívio os inundou por terem tocado no assunto. Estavam dispostos a descobrir quem eram seus “inimigos” e por qual motivo tinham feito aquilo.


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Notas finais do capítulo

Vejo vocês no próximo capítulo.
Espero que tenham gostado :)



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