Que os ventos nos separem escrita por lipehenr


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

HEEEEEY!
Eu sei que fiquei mais de 1 mês sem postar... Sem pedradas, por favor. Desculpem-me.
Entrei de férias, logo será bem mais fácil de escrever.
Por motivos de chantagens, ameaças e força de vontade, está aqui mais um capítulo de QOVNS.
Boa Leitura people :)



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Quando chego à escola todo mundo já tinha chegado. Falo com muitas pessoas, mas hoje eu não estava com vontade de falar muito, logo terminei as conversas rapidamente. Minha cabeça ainda latejava. Entro na sala e encontro o professor de matemática começando a aula. Vejo a Mila na primeira fileira exatamente na primeira carteira; a Soph na mesma fileira, mas na terceira carteira e o Léo bem atrás dela. Todos os presentes olharam para mim. Fiquei envergonhado, não era de chegar cedo à escola, mas também não tão tarde. Peço licença e sento entre a Mila e a Soph – primeira fileira na segunda carteira.

–*-*-

O professor de matemática retomou a aula quando o Edu se sentou. Ele queria ver a atividade que passara na sexta. Claro, eu fiz. Quero dizer, acho. Logo procuro a atividade no meu caderno, mas não encontro.

– Camila Figueiredo, sua atividade, por favor. – Falou o professor para mim.

– Desculpe-me, mas eu não fiz. – Não ache que foi fácil falar isso para ele, pois não foi.

Odiava o fato de que me esquecera de fazer uma atividade. Matemática, uma matéria que amo. O professor sempre achara que eu era a melhor da turma. Isso é tudo culpa do meu final de semana ridículo.

– E qual foi o motivo, Srta. Figueiredo?

– Professor, na verdade eu fiz a atividade, porém eu estava tão empolgada com ela que a organizei em um papel arrancado do meu caderno. Esqueci-me esse papel em casa, desculpe. – Menti.

Depois de alguns segundos em silêncio, ele diz:

– Tudo bem, acredito em você. Quero esse papel amanhã em minhas mãos sem falta. Estamos entendidos?

– Sim, claro. – Falei nervosa.

Agora terei que fazer essa atividade o mais rápido possível. O que está acontecendo comigo?

–*-*-

“Meu Deus!”, pensei. Se a Mila não fez a atividade, muito menos eu. Esse final de semana minha cabeça doía toda hora, e mesmo lembrando-me dessa atividade, eu não a faria. Não consegui me concentrar em nada. Suponho que assim foi com todos, provas disso, também, foi que o Léo esqueceu até de arrumar a mochila e ficou várias aulas sem acompanhar pelo livro.

– Soph, senta do meu lado, esqueci o livro. – Pediu-me ele.

Era aula de história. Coloquei minha carteira ao lado da dele, tirei o livro da minha mochila e abri-o.

– Como foi seu resto de final de semana? – Perguntei.

– Fiquei em casa... Aliás, abri meu whatsapp e não vi nenhuma mensagem de vocês.

Léo parecia cansado apesar de ter dito que ficou em casa esse tempo todo.

– Pois é. Ninguém falou nada no whatsapp... Eu estava morrendo de dor na cabeça, então dormi muito. Está vendo essas olheiras...? Parece que estão impregnadas em mim. – Ele riu um pouquinho.

– Só você para me fazer rir agora. – Léo falou com uma pitada de humor.

– Deveria ser o contrário, não acha?

– Sim. Mas parece que sofri alguma lavagem cerebral e estou me esquecendo de tudo, até de ser legal e engraçado. – Ri um pouco.

– Viu? Fez-me rir. Relaxa, ainda é o Leonardo de sempre.

A professora de história chamou nossa atenção, logo paramos de conversar e tentamos prestar atenção na aula. Tentamos.

–*-*-

Chamei a Soph para sentar do meu lado na aula de história, até que, por fim, a professora interrompeu nossa conversa. Ao sairmos para o pátio, no intervalo, eu, Mila, Edu e Soph fomos nos sentar em uma mesa da cantina.

– Ué... Não vai comer nada, Mila? – Perguntei.

– Não. Estou sem fome...

A Mila parecia exausta, preocupada com alguma coisa.

– Aconteceu alguma coisa? – Edu perguntou à ela.

– Não me pergunte isso como se nada tivesse acontecido nos últimos dias, por favor. Mas, na verdade, estou preocupada com as atividades que deixei de fazer. Quero dizer, as atividades. – Ela falou, tentando, ao máximo, manter sua voz calma.

– Não fica assim Mila. Sei que vai conseguir concluí-las, aliás, você é a Mila.

Soph só estava sendo otimista, pelo que bem sei, ela não gosta muito da tristeza e nem de ficar muito preocupada com as coisas.

– Obrigada. Mas seria bem melhor se o Edu me falasse conselhos... Porque eu sei que você não é muito boa nisso, e se eu concordar, vou me sentir bem pior. – A Mila falou, logo depois olhou para a Soph e riu. Elas riram juntas.

– Não entendi. – Falei.

– Esquecer de colocar o cérebro para funcionar já é muita lerdeza, cara.

Eu e o Edu começamos a rir. Somos melhores amigos, disso eu não esqueci.

–*-*-

Comeram, conversaram e já estava na hora de entrar na sala de aula novamente. Em suas conversas, não tocaram naquele assunto que era uma pulga atrás da orelha de cada um. Acharam, talvez, que era melhor esquecer de fato.

No fim do dia, na hora de irem para casa, decidiram que iriam somente para a casa da Soph, pois ela estava sozinha, já que a empregada doméstica faltara e sua mãe estava viajando como de costume. Ao dobrar a esquina da rua da casa em que deveriam entrar para fazer companhia à Soph, um carro surgiu na estrada em alta velocidade e passou por uma poça d’água que estava bem perto deles, pois chovera mais cedo. O quarteto tentou desviar da água que jorrou, mas era tarde demais, e eles ficaram encharcados. Antes de o Edu xingar o carro, ele já dobrara uma outra esquina e desaparecera.


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Notas finais do capítulo

Quem tiver conta nesse site, por favor, comente sua opnião etc. Quem não tiver conta, está na hora de criar, vocês não acham, seus danados????
Espero que tenham gostado. I S2 U



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