A criadora de sussurros escrita por Lily


Capítulo 3
O Observador




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Conrad sabia tudo estava acontecendo na Murray, mesmo não tendo conseguido ir a aula ele já sabia tudo o que Beladona Franz tinha dito sobre os transferidos. Para o garoto não saber alguma novidade da escola era como não saber o próprio nome, não importava como ele sempre daria um jeito de descobrir. Os professores só queriam que ele usasse esse empenho todo para pelo menos se manter na media.

Agora ele esperava na entrada do dormitório feminino da casa elite para ver se encontrava a aluna nova, para Conrad às vezes só saber não bastava, ele tinha que ver também e quando era assim não conseguia esperar uma oportunidade, ele tinha que fazer uma oportunidade.

Assim que viu um rosto desconhecido e vagamente perdido foi ao ataque.

–Oi, posso te ajudar? Parece estar precisando. –ele ofereceu.

–Uma fruta vermelha. –ela disse. –Estou procurando um lugar com nome de fruta.

–Bem, você ganhará mais que isso. O que acha de informação? Eu não posso passar daquela porta agora. –ele disse apontando a entrada para os dormitórios femininos. –Mas não tem problema em ficar aqui.

A menina ponderou por um segundo e então decididamente se sentou no chão em pleno corredor, Conrad acho a atitude fantástica e a acompanhou.

–A propósito eu sou Conrad. –ele disse e estendeu a mão.

A menina a pegou.

–Loren. Então, informação seria bem útil. –ela disse.

–Primeiro de tudo uma breve introdução. Essa é a escola Murray para bruxos e afins, a única escola de bruxos e afins que existe. Há o primário que fica em outro prédio e aqui onde estão as crianças de dez a dezoito anos. A escola tem o tamanho de uma cidade pequena e aqui tem todo o tipo de Fey, sem preconceitos ou distinções.

–Tudo bem. Defina Fey, bruxos e afins. –Loren pediu.

–Tudo bem. –respondeu o garoto com um sorriso no rosto.

Conrad gostava tanto de conseguir respostas quanto de ter bons ouvintes para ouvi las, e seu estoque de ouvintes estava em baixa ultimamente.

–Os Fey são os bruxos e afins. Chamamos todos de bruxos mesmo quem não é, nos subdividimos em observadores, mestres de feras, magos, alquimistas, feiticeiros, transformadores e uma lista longa. Também tem o povo das fadas, vampiros, lobisomens e essas coisas a quem não podemos chamar de bruxos então são afins.

–Vampiros e lobisomens? –a menina gaguejou.

–Eles não são canibais, não machucam ninguém, os ratos daqui são mais ferozes que um vampiro faminto. –ele tentou tranquiliza lá.

–Ok... Você sabe me dizer o que acontece comigo? O que eu sou ou o que vão fazer comigo aqui? Para ser sincera eu achei que esse colégio era um reformatório. –Loren disse.

–Oh, não. Aqui você estuda e depois vai para uma faculdade como no mundo mundano dos humanos comuns. O que você é vai se mostrando dependendo das suas habilidades. Como os mestres de feras, eles são bons com animais, de todo o tipo, como encantadores de cobras, alguns, num nível top de habilidade claro, podem ate se transformar em feras. O irmão do meu amigo mestre de feras é jornalista, a irmã é estilista. Para alguns o leque é mais amplo que para outros, como os alquimistas. Eles só conseguem ser professores ou defensores, qualquer outra habilidade é apenas um hobby.

–Isso é triste. –ela disse.

Conrad queria fascina la, mas sentia que a estava deprimindo.

–Alguns tentam mudar de profissão, mas não da certo. Sabe Blake Bloomy é um alquimista que é o melhor goleiro da Murray, mas ele será um ótimo professor. Ele é o cara que grita. –Conrad tentou imitar a careta que Blake fazia, mas Loren não entendeu a piada. –Vamos ao dormitório.

–Fruta vermelha. –a menina repetiu.

–Deve ser o Bloby Holls, e você deve ter ficado com a Massey Felds. Quarto quatorze?

–Quatorze. Isso mesmo. Você sabe bastante hum? –ela disse com um olhar especulatório.

–Eu sou quem mais sabe aqui, mas se quiser alguém para colar nas provas Doctorine Lenger, Blake Bloomy, Sess ou Maphis esses são os gênios. –disse Conrad. –Ah e tem aqueles que podem te por em confusão só por estarem no mesmo cômodo.

–Quem são? Acho que se eu for expulsa daqui não poderei voltar para casa. –disse a menina com seriedade.

–Vladmir Wildheart, Tulilia Belzeck, Moxie Went, Carter Finley, Kendal Malick, Portia Denreet, Max Plump, Pervis Parreli e Conrad Walsh. Cuidado com esses.

–Você é Conrad Walsh? –ela perguntou, mas Conrad sabia que não precisava responder.

–Para que lado fica o fruta vermelha?

–Arabescos vermelhos sobre as portas, se ficar muito tempo no lugar errado a Red Wills vai aparecer e te ajudar, ela é a inspetora.

–Obrigada pela gentileza.

–Não se engane eu não sou tão bom, Observadores nunca são. Eu quero saber sobre como você abriu o Laxus.

–O portão? Eu empurrei e ele abriu. –respondeu a menina.

Conrad ficou desarmado com o quão direta a menina foi, ele mal registrou sua resposta, a atitude que o impactou. Ela foi tão sincera e despretensiosa, sem os joguinhos aos quais Conrad estava acostumado, e diga se de passagem, entediado.

–Acho que posso precisar de mais detalhes. –o garoto murmurou.

Loren não muito longe o ouviu e voltou.

–Eu também. Tipo onde eu arranjo comida. –ela disse.

Conrad sentiu seus lábios esticarem.

–Que cara de bobo é essa?

Conrad olhou para trás e viu Vladmir mordiscado um cokie.

–Descobriu o que de bom?

–Acho que descobri alguém interessante. –Conrad respondeu.

–Coitada. –Vladmir resmungou sem empolgação.

–Hoje a noite vamos para a cripta.

–Fazer o que?

–Mostrar no nosso mundo.


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