Broken Team (Hail Hydra) escrita por Carol


Capítulo 9
The Storm and The Peaceful


Notas iniciais do capítulo

Oi amores, fiz esse capitulo inteiramente de Stasha, só não deu pra fazer o Tony, masss acho que não vai deixar a desejar! Espero que gostem, pois me arrisquei um pouquinho nesse capitulo. Só digo isso: Natasha e Steve são a calmaria e a tempestade ao mesmo tempo.



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Ele sorria.

“O que foi?” Ela perguntou. Isso só fez o seu sorriso aumentar mais.

“Nada.”

“Vamos. Me conte.”

“Nada.” Mas ele ria. Ela parou o garfo, meio caminho andado até a boca.

“Me conte.” Ela insistiu.

“Contar o que?” Ele deu uma garfada de bacon com ovos. “Não tem nada para contar.” Ele disse, com a boca cheia.

“Porque estava rindo?”

“Eu rindo?” Ele engoliu. “Não estava rindo.” Ele fez uma cara de sério. Era impressionante como apenas alguns momentos antes eles estavam em um silêncio insuportável, e no outro eles agiam feito duas crianças. Ele a mudava. Ela o mudava. E os dois podiam negar, mas os dois adoravam isso.

Ela se inclinou de seu lugar para dar um tapa em seu braço do outro lado da mesa.

“Ouch!” Ele massageou a região atingida. “O que foi isso?”

“Eu pedindo de uma maneira delicada para você me contar o motivo do riso.”

“Se isso é delicadeza, eu mal espero para ver a brutalidade.” Ele começou a rir de novo.

Ela ergueeu o braço.

“Ok! Ok.” Ainda rindo, ele se levantou e se aproximou dela.

Ele se apoiou no balcão, cada vez mais próximo. Seus rostos estavam a centímetros de distância. Ele levantou a mão, e delicadamente a aproximou de seu rosto. Com a ponta do polegar, ele passou a mão pelo canto da boca dela, lentamente. Ela se arrepiou, como se um vento frio tivesse brincado com a sua pele, apesar de seu toque ser quente. Ele alongou o toque um pouco mais, esperando que Natasha não percebesse que foi de propósito. “Você tinha um pouco de suco, aqui.” Ele limpou a garganta.

“Oh,” Ela colocou a mão onde segundos antes ele tocara. “Obrigada.”

Ele se sentou novamente.

“E o que tinha de tão engraçado nisso?” Ele não se conteve e sorriu novamente. Involuntariamente, os lábios dela também se moveram para cima, ainda sentida pelo seu toque.

“Nada.” Ele colocou as mãos para cima em forma de defesa, quando viu o olhar no rosto dela. “Quero dizer, estava hilário.”

“Você achou hilário eu estar suja de suco?”

“Eu achei hilário a temida Viúva Negra estar suja de suco.” Ela revirou os olhos. “Ah, se apenas os seus inimigos pudessem lhe ver agora.” Ele fingiu um olhar aterrorizado.

“Estou me matando de rir, Steve.” Ela disse, apesar de estar contendo o riso.

Ele parou de rir sutilmente. Ela tinha o chamado de Steve. Não Rogers. Não Capitão. Apenas Steve.

“Ah, o que foi agora?” Steve notou que ele estava encarando ela.

“Eu apenas,” Ele se conteve. Não estavam lá ainda. “Estava admirando a sua beleza celestial.” Ela sabia que ele apenas estava tirando com a sua cara, mas um leve rubor subiu pelas suas bochechas.

“O famoso Capitão America encantado com a minha beleza? Oh, esplêndido.” Ela entrou na brincadeira.

“Hm, eu disse admirando, não encantado. Que senhorita convencida.”

Ela sorriu. Parecia fazer isso muito quando estava com ele. Uma porta abriu-se no pequeno apartamento, revelando Sam com cara satisfeita e um prato vazio do outro lado.

“Ouvi risadas. Presumi que estava tudo bem entre vocês novamente.” Ele deu dois tapinhas nas costas do Capitão. “Estou feliz em ver você bem. Nos deu um grande susto, cara.” Steve sorriu.

“É. Levei um susto também. Me dê alguns dias e estarei novinho em folha.” Ele engoliu os últimos pedaços de bacon.

“Por falar nisso, nós precisamos identificar esse cara.” Sam comentou.

“Eu dei uma olhada superficial no antigo banco de dados da Shield para ver se encontrava alguém com as características que você descreveu.” Natasha falou, suspirando. “Não deu em nada. Precisaríamos olhar um pouco mais fundo.”

“Não acho que isso seja necessário.” Ele falou, antes que pudesse se conter.

Sam e Natasha se entreolharam, surpresos com as palavras do Capitão.

“Steve, você sabe quem é esse cara?”

“Não tenho a mínima ideia.”

“Então como você espera identifica-lo?”

“Olha, por mais que eu esteja curiosíssimo para saber a identidade do rapaz, eu ao mesmo tempo nunca mais quero vê-lo.” Ele se arrepiou com as lembranças. “Eu mal escapei de lá com vida. Quem quer ele seja, ou o quê quer ele seja, quero distancia.”

“Mas ele queria te matar.”

“Exato, Natasha.” Ele olhou nos olhos dela. “Ele queria me matar. E se me encontrar de novo, talvez consiga.”

Ela abriu a boca para contestar, mas o olhar dele avisou que era melhor não. Mas homem nenhum avisava Natasha o que ou não falar.

“Steve, ele te achou uma vez. Quem garante que ele não te ache outra vez?”

“Ninguém garante. Na verdade, eu tenho certeza que ele vai me achar outra vez.”

“Então eu não entendo como você pode ficar tão calmo! Ele está lá fora, te esperando, aparentemente sabendo tudo de sua vida e você nem ao menos sabe seu nome.” Ela empurrou o prato, irritada. Tinha perdido o apetite.

“Eu não esperava que você entendesse.”

“Bem, você estava certo. O que você pretende fazer? Colocar tudo em uma mala e fugir?” Ela falou azeda. Steve não respondeu, e olhou para baixo. A cara de irritação de Natasha foi substituída pela de surpresa, quando ela percebeu que isso era exatamente o que ele pretendia fazer. Ela bufou, irritada. “Então é isso? Você está indo em bora. Ao menos ia me contar?

“Obvio que eu ia. Mas as coisas se complicaram.” Ele simplesmente não podia mais ficar naquela cidade. “Natasha, eu não posso lutar contra ele novamente. Eu preciso ir.” Ele falou, baixinho.

“Mas você acha que está sozinho nessa? Pelo amor de Deus, Steve Rogers!” Ela soltou um grunhido de raiva, batendo seu punho na mesa. “Você não esta sozinho. Você não precisa lutar contra ele de novo.

“E o que você pode fazer para me ajudar Natasha? Ele mataria você em um piscar de olhos.” Steve sentia seu tom de voz aumentar. Isso não melhorou o seu humor, ela apenas o olhou mais enfurecida.

“Então você só vai ser um covarde? Fugir?” Ela cutucou a ferida. Steve se contraiu.

“Não estou fugindo! Estou apenas saindo daqui. Seguindo um outro rumo.” Ele abaixou a voz. “Você não estava lá. Você não viu o que eu vi. Ele era,” Steve balança a cabeça, procurando a palavra certa. “Mortal.”

“E? Para onde você planejaria ir?” Ela exclama. Ele demora um pouco para responder.

“Europa. Eu ainda não desisti de Bucky. Estou indo atrás dele.” Ele pensara em retomar a busca depois do funeral de Peggy. De algum modo, a morte dela reacendeu tudo de novo. E o sonho, apenas colocou mais lenha na fogueira. Além do mais, ele não podia mais ficar ali em Washington. Não com tudo aquilo que aconteceu. O momento parecia certo.

Agora? Nossa você realmente tem muita noção de prioridades.”

“Prioridades? Quer dizer que o meu melhor amigo não é uma prioridade?” Ele agora estava com raiva.Eu tenho um compromisso com ele, Natasha. E além do mais, não tem mais nada aqui para mim.”

Ela se retrai. Nada?

“Steve. Esse cara, seja quem for, é uma ameaça.” Ela esconde o seu ressentimento.

“Não, ele não é. A única ameaça que ele representa para o mundo é o atentado contra a minha vida. Outras pessoas não correm perigo. E eu não vou ficar aqui parado esperando ele me encontrar novamente.”

“Por isso você não está entendo! Nós precisamos nos preparar antes que ele possa-

Não existe nós, Natasha.” Ele a interrompeu, consumido pelo calor da discussão. “Essa luta é minha. Não quero que você se envolva.” O coração de Natasha pareceu se apertar. Ela engoliu em seco.

“Bem, isso não é uma escolha sua. Não vou deixar você sozinho.” Ela conseguiu dizer apesar do nó em sua garganta. Não existe nós, Natasha.

“Sim, é a minha escolha sim. Eu não quero a sua ajuda.”

“Bem então, devia ter percebido isso antes de ter me mandando uma mensagem.” Ela podia sentir as lágrimas vindo. Não, por favor, não.

“É, acho que devia.”

As palavras perfuram o coração de Natasha como facas.

“Então é melhor eu ir.” Ela falou, forte. Não iria demonstrar fraqueza. Não admitia sentir fraqueza. Pegou a sua arma em cima da mesa de estar e andou acelerada até a porta, batendo-a com um estrondo atrás de si. Depois que estava segura longe da vista deles, ela deixou que as lágrimas inundassem os seus olhos.

Maldito homem.” Ela sussurrou para si mesma enquanto saia para rua fria.


(...)


Ela saiu com um estrondo. O barulho da porta se fechando foi como se Steve tivesse recebido um tapa. Ele ficou ali, encarando a porta onde ela saira, esperando que a ruiva voltasse. Mas minutos passaram e a porta permaneceu fechada. Sam não se atrevia de dizer uma única palavra.

Ele se levantou rapidamente e sem pensar, controlado pela raiva, socou a parede. O seu soco abriu um buraco e não satisfeito, ele socou outra vez. Sua respiração era rápida e entrecortada, sua mente, uma tempestade de emoções.

Um silêncio constrangedor reinava sobre a cozinha. O único que Steve ouvia era as batidas de seu coração.

Ele finalmente se dera conta de suas palavras. Ele sentiu uma grande vontade de ir atrás dela, pedir desculpas, poder voltar no tempo e retirar o que disse. Mas ele não podia. Falara coisas pesadas, mas necessárias. Ela queria enfrentar o cara, e se ela morresse, se ela ao menos se machucasse, um arranhãozinho se querer, por sua culpa, por que ela estava lutando por ele, ele nunca se perdoaria. Ele nunca poderia conviver consigo mesmo.

Ela estava melhor longe. No fundo, Steve sabia que essa era apenas uma desculpa que ele contava a si mesmo, para poder suportar a situação melhor. Mas ele não queria pensar nisso agora. Ele não queria pensar nela agora. Se ele pensasse, ele não poderia sair dali. E ele estava sério sobre sair dali o mais rápido possível. Outro encontro com aquele cara era a última coisa que ele ansiava.

Ele estava seguindo em frente, colocando a luta com o rapaz misterioso no seu passado. Porque ele precisava. Ela não entendia.

“Vai ficar evitando o assunto por quanto tempo?” Sam falou de repente. Steve levou um susto, como se agora percebesse que o amigo ainda estava ali.

“Que assunto?”

“Bucky.” O som do nome dele fez Steve congelar, fechando a sua garganta. Por um momento ele achava que de algum modo Sam soubesse do sonho.

“O que você quer dizer?” Ele conseguiu responder, com a boca seca.

“Você sabe o que eu quero dizer.” Ele dá uma pausa. “Estávamos na Europa, o procurando. E de repente você cancela a busca e decide voltar para Washington, perturbado. Já passou duas semanas. Pensei que talvez você quisesse um tempo, para botar seus pensamentos em ordem. Ou que talvez a busca fosse emocionalmente exaustiva para você. Só que eu sei que não foi só isso. Mas deixei quieto. E agora você quer de repente voltar? Como se nada tivesse acontecido? Steve, por quê?”

Ele suspirou, um pouco aliviado. Não tinha como ele saber do sonho. Mas ele o estava pressionando. E de um modo, estava certo. Por mais que achar seu antigo amigo fosse a sua preocupação principal, ele escolhera exatamente o momento onde as coisas se apertaram. Mas esse era o único jeito de proteger aqueles ao seu redor. Se afastando.

E ele estava exausto. Shield, Phil, Peggy, o combate, Natasha... Era demais para ele suportar. Estava exausto emocionalmente. Queria apenas fugir daquilo tudo. Shield não existia mais. Ele era um homem livre, e só queria aproveitar a sua liberdade, fugir daquela confusão que estava a sua vida.

Mas Bucky o incomodava. O machucava. Ele só queria encontrá-lo. O mais rápido possível.

"Sam," Ele começou. "Eu não quero ficar mais aqui. Você estava certo, eu cancelei a missão e voltei aos Estados Unidos por um motivo." Ele pensou em Phil. "Mas Bucky sempre será a minha prioridade. E esse cara ainda está lá fora, procurando por mim. E ao contrário do que as pessoas possam pensar, Sam, eu ainda sou humano. Eu tenho meu limite. E aquele cara foi o estopim. Eu estou falando sério quando falo que ele pode me derrotar na próxima vez. Então eu estou indo. Se você quiser vir comigo de novo, eu ficaria contente. Mas caso ao contrário, eu entendo."

Sam ficou em silêncio por longos minutos.

"Partimos agora." Ele falou por fim.


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Notas finais do capítulo

E ai, como me sai? Por favor, comentem! Vocês não sabem como é gratificante ler os comentários de todos vocês. É a melhor coisa do mundo, vocês me derretem toda. Então muito muito obrigada a todo mundo que tá lendo, acompanhando, favoritando e comentando.