Broken Team (Hail Hydra) escrita por Carol


Capítulo 10
I Won't Give Up On Us


Notas iniciais do capítulo

Amores! Desculpinha pelo atraso, mas eu passei muito mal e fiquei doente. Ai coisa chata.
Mas já to melhor, e com capitulo novinho pra vocês. Espero que gostem!



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Ele observava as árvores se transformarem em um borrão verde. A estrada estava vazia. O silêncio no carro só era interrompido por uma música no rádio, a qual nenhum dos dois parecia dar importância.

Eles estavam saindo de Washington. Era uma cidade demasiada grande. O aeroporto era cheio de pessoas, cheio de rostos. Era mais seguro pegar um avião para Europa de outra cidade, menor e invisível. Então eles estavam fazendo uma pequena viagem de carro.

Steve não pode controlar seus pensamentos e eles acabaram o levando á aquele dia. Quando ele e ela estavam em um carro parecido, em uma estrada parecida, com um propósito parecido. Era engraçado pensar em quanta coisa tinha mudado de lá pra cá. Ele de uma forma estranha, sentia falta dela apoiando os pés para cima no carro. Ele tirou os olhos da estrada, por um momento, e olhou para o banco de passageiro. Esperava que ela estivesse ali, mas era apenas Sam. Não importava o quanto ele desejasse, ela estava longe. Muito longe. Permitiu-se ficar triste, sabendo que presença dela aqui agora era impossível.

“Sabe, eu entendo.” Steve estava tão perdido que demorou um pouco para se dar conta que Sam falara.

“O que?”

“O porquê. O porquê de você estar indo atrás de Bucky e não enfrentando Deus sabe quem te atacou.” Steve ficou quieto. “Você está assustado.”

“Assustado.”

“Sim, se eu me atrevo a dizer. Sabe, eu cresci lendo histórias sobre o grande Capitão América. De como ele não temia nada, de como ele era verdadeiramente corajoso. De como ele se sacrificou para salvar a vida de milhões. Você era admirado como um Deus. Mas dai, eu te conheci. E percebi que você é humano.

Claro, você foi geneticamente modificado. Mas isso não muda o fato que você também sente o que todos nós sentimos. Que você sente a falta de Bucky, que você sente culpa pesando nos seus ombros por tudo o que aconteceu com ele. E que você está assustado. Assustado do cara que quase te matou, com habilidades nunca vistas antes.

Quero dizer, aliens, deuses, cientistas que se transformam em gigantes verdes. Era de se esperar que você já tivesse se acostumado com todas essas estranhezas até agora. Mas um cara que se move na velocidade da luz? Que te deixou perplexo? Não tem como se acostumar com isso. E você ainda foi humano o suficiente para deixa-lo viver, enquanto você tinha a oportunidade de matá-lo.

Ou talvez eu esteja errado. Talvez humano não seja a característica certa. Humanos, nós, somos desprezíveis ás vezes. Tão ruins e cegos de maldade como seres como Loki. Talvez você realmente seja melhor que humano, talvez você esteja um passo a frente. O melhor da humanidade. Um herói, como as pessoas o tanto chamam.

Mas eu veramente duvido que você seja incapaz de sentir medo. E é ok. É ok admitir que está assustado do desconhecido, assustado do que pode acontecer com você e aqueles ao seu redor. E não posso imaginar o que você estava sentindo com tudo isso. Toda a sua vida antiga, Peggy, Bucky, parecem cada vez mais distantes e estão sendo substituída por novas situações. Não todas ruins, eu espero. Mas é normal se sentir, confuso, perdido.

Então, eu entendo. E acho que você esta certo. Está certo em se distanciar disso tudo. Você não está fugindo, Steve. Você está seguindo em frente. Se acostumando.

Não se sinta mal por Natasha. Sabe como ela é teimosa. Sabe que não importasse o que você dissesse, ou não dissesse, ela não poderia totalmente entender.” Ele deu um suspiro. “ Tudo o que estou querendo dizer, é, eu sei como é dificil. E eu estou aqui, não importa aonde você estiver indo.”

Steve estava sem palavras. Ele não conseguia tirar os olhos da estrada. Ele sabia que no fundo, Sam estava certo. Estava sensibilizado pelas palavras do amigo. Mas isso não foi o suficiente para acalmar a sua mente inquieta.

Ele limpou a garganta. “Obrigado.” Ele olhou para o amigo sentado ao seu lado. “Por tudo.”

Sam deu um sorriso fraco. “É para isso que são os amigos.”

Ele deixou as palavras afundarem na sua mente. Talvez era isso. Ele estava assustado. Claro, o medo nunca fora um desconhecido. Mas ele não deixava-o dominar. Ele sempre fora corajoso, em qualquer circustancia. Fora isso que o colocou naquela posicão de super soldado em primeiro lugar. Ele nunca desistia porque sabia que tinha pessoas que contavam com o seu apoio. Mas dessa vez era diferente. Ele não estava salvando o mundo. Ele não trabalhava mais para Shield. Se ele nunca mais visse aquele sujeito, não faria diferença na vida de ninguém.

Ele não estava sendo um covarde.

Então porque ele se sentia tão perturbado com a situação?

Ele pisou no freio imediatamente, fazendo com que o carro virasse e ficasse no meio da estrada. Sam teve que se segurar no vidro, para não bater a cabeça.

"QUE MERDA?" Ele falou irritado."Que droga você tá fazendo?!"

Sem resposta.

"STEVE!"

"Estamos voltando." Steve pareceu acordar de seu transe e respondeu, dando a ré e fazendo a volta.

"Cara, você tá maluco."

Ele olhou para Sam.

"Talvez.

"E porque?"

"Vamos atrás daquele cara."

Sam olhava incredulo para o homem ao seu lado, mas não pode evitar o sorriso que surgiu nos seus lábios.

(...)

Ele estava tendo um péssimo, péssimo dia.

Primerio, as noticias que Garret havia não apenas fracassado, mas sim morto por ninguem mais que Philip Coulson, chegaram ao seus ouvidos.

Ele não pode evitar o palavrão que escapara de seus lábios. Nem os outros que vieram depois.

Nem o abajur que tacara na parede.

Foi apenas o calor do momento.

"Senhor, O gêmeo acaba de voltar."

Ele ergue a cabeça para a porta de seu escritório, com uma pontada de esperança nos olhos.

"E?"

O soldado limpa a garganta. "Sem o capitão, senhor."

E lá se vai o outro abajur.

"Eu quero vê-lo. Agora!" O soldado sai apressado da sala.

O comandante se deixa afundar na cadeira vermelha de couro. Um suspiro cansado sai de seus lábios. Minutos depois, Pietro Maximoff entra em sua sala. Ele limpa a garganta, avisando que estava ali.

O olhar de desprezo volta a surgir nos olhos do comandante.

“Diabos! Eu quero saber o que aconteceu!”

“Eu não pude vencê-lo.”

“Eu não pude vencê-lo, senhor.”

Pietro tranca os dentes. “Senhor.”

“Eu quero saber como você não conseguiu. Não faz sentido para mim. O Capitão não é mais rápido que você...

Pietro solta uma risada, como se achasse aquilo tudo muito engraçado. “Não, senhor.” Ele fala com sarcasmo. “Mas ele era mais forte.” Ele deixara a parte que ele quase venceu, de lado. Não iria dar essa satisfação para o homem na sua frente. Deixaria-o com sua indignação.

O comandante endureceu o olhar. “ Parece que esqueceu que temos a sua irmã.” O riso cessou. “ Mas, vai, continue a fazer essas brincadeiras e ser insolente. Sabe que não temos nenhum controle sobre você. Não tem nada te impedindo de fugir daqui. Correr por aquelas portas. Nós certamente não seriamos paréo para a sua habilidade. Mas você pode ter certeza que Wanda sofrera as consequências.”

O garoto fechou a mão em punho. Ele apertou tanto que as juntas de seus dedos ficaram brancas. Um dia ele vai pagar por essas palavras, ele prometeu para si mesmo.

“Mas não pense que isso acabou. Você ainda vai me trazer o capitão. Mas por agora, não podemos deixar esse fracasso passar despercebido, não acha?" Os seus dedos começaram a sangrar de tão forte que ele apertava. Sua unha entrava em contato com a pele e pequenas gotinhas vermelhas brotavam.

"Se você se refere á...

"Sim. É exatamente isso ao que eu me refiro." O comandante se deixou sorrir depois desse dia de noticias ruins. Finalmente um pouco de diversão.

"Não se atreva! Não se atreva a tocar nela." Pietro gritou.

O comandante riu. "E o que você pode fazer para me impedir?"

E então ele queria. Ele queria dizer todos os seus planos de como o faria sofrer. E eram muitos. Ah, você não tem ideia. Mas ele se limitou a ficar quieto. Ainda não era a hora.

“Vá. Ache-o. Se vire sozinho dessa vez e não se atreva a voltar sem ele.”

Pietro com um último olhar de nojo, saiu da sala.

(...)

“TEM UMA COISA QUE EU PRECISAVA TE CONTAR.” Ela grita, tentando ser ouvida por cima do barulho da música de rock que explodia pela sala.

“Hm, segredos. FIQUE A VONTADE. SOU TODO OUVIDOS.” Tony Stark grita de volta. Ele estava em sua oficina, reparando um pequeno amassado na sua querida armadura.

“SE VOCÊ NÃO SE IMPORTAR EM DESLIGAR O SOM.” Com um revirar de olhos quase imperceptível, ele faz um movimento com as mãos e a sala se torna silenciosa. “Ah, obrigada. O que era aquilo, de qualquer jeito? Uma banda realmente ruim dos anos 80?”

“Hey, olha como fala Hill. Era uma banda mais ou menos ruim dos anos 80.” Ele solta as ferramentas. “Então, desembuche.”

“Não acho que seja uma coisa fácil de ser contada.” Ela suspira.

“Nada é ultimamente.”

“Prometa que não vai quebrar alguma coisa.” Ela fala, cautelosa.

“Você está me deixando nervoso.”

“Entenda que isso foi totalmente e puramente necessário.”

“Posso pelo menos saber do que você está falando?”

“Se você prometer não quebrar alguma coisa.”

“Hm, agora que eu não prometo nada.”

Stark.” Ela fez uma expressão irritada.

“Hill.”

“Tony!”

“Maria.” Ele a debochou.

“Prometa.”

“Não.”

“Pelo menos prometa que você vai tentar o máximo compreender.”

“Serei o meu melhor exemplo de ser humano.” Ele pensa por um pouco. “Serei Steve Rogers.”

Ela estalou os lábios.“Não acho que Steve Rogers seja o melhor exemplo a ser seguido. Sua reação foi um tanto quanto ruim.”

“Woops. Agora fiquei curioso.”

“Tony, isso é serio.” Ela começava a ficar irritada.

“Sério na escala Hydra-está-por-toda-parte ou sério tem-um-deus-maluco-de-chifres-invadindo-Nova-Iorque? É fácil de confundir os dois.”

Tony.”

Ele dá de ombros. “Fale logo Hill.”

Ela abriu a boca, mas antes que qualquer palavra saísse, uma voz a interrompeu.

“Acho que seria melhor se ele ouvisse de mim, Maria.” Tony quase pula do chão. A voz veio de suas costas, perto de seu ouvido.

“Puta merda!” Ele se vira. “Como você entrou aqui?”

“Bom te ver também, Stark.” O diretor cumprimenta.

“E merda! O que aconteceu com o seu tapa olho? É só a companhia falir e você decide ter uma mudança no guarda roupa? Sabe, se estiver tendo problemas financeiros, é só pedir.”

“Agradável como sempre.” Ele faz questão de deixar o olho cicatrizado bem na linha de visão de Stark.

“Ugh. Pensei que estava morto.”

“Quem dera. Mas ainda tem trabalho a ser feito.”

Tony suspira. Ele um dia poderia ter um momento de paz? “Está a fim de se explicar?”

“O que, exatamente?”

“Bem, tudo.”

“Tudo ao seu tempo.”

“Quer saber? Estou cansado de segredos.”

“Não há mais segredos para contar, Stark.”

“Estou também extremamente cansado de mentiras.”

“Ótimo. É por isso que estou aqui. Sem mais falsidades.”

“E por que tenho tanta difilcudade em acreditar nisso?” Ele disse, azedo. Começava a sentir uma pontada de irritação. “Se vocês não estão com animo para explicações, os dois vão me dizer que merda vocês tem para me contar ou eu juro por deus, vou expulsar os dois do meu apartamento.” Eles o estava deixando louco.

Maria suspira. “Tony...

“Phil não está morto.” Fury fala de uma vez, sendo duro. Ele queria verdade? Pois ele a teria.

A expressão no rosto de Tony Stark era indecifrável. Ele apenas ficou lá, imóvel no centro da sala. Seus olhos faltavam emoção.

“Hm.” Ele conseguiu murmurar.

“Bem, ele aceitou melhor do que esperava.” Maria sussurrou para o diretor.

“Espere.” Ele a respondeu.

Ela esperou. E por fim, as emoções vieram.

“POR DEUS!” Ele bateu o punho na mesa. Papeis voaram com o impacto. “QUANTOS MAIS SEGREDOS VOCÊS PODERIAM ESCONDER DE BAIXO DESSA EMPRESA SUJA?”

“Ah,” Maria falou. “Ai está.”

“Então o que? Só fingiu a morte dele, para que pudéssemos agir como uma equipe?”

“Precisamente.” Ele respondeu. Tony recuou, parecendo surpreso com a resposta.

“Bem, obrigado pela sinceridade.” Tony falou, sarcasmo em sua voz.

“De nada.” O diretor parecia calmo. Tony não teve outra reação a não ser encará-lo.

“Fora. Eu quero você fora do meu apartamento.” Ele não se moveu. “Preciso repetir ou a Hydra te deixou surdo também?”

“Stark, é bom você se lembra de quem é o verdadeiro inimigo.”

“Seu! Seu verdadeiro inimigo. Eu nunca fiz parte da Shield.”

“Isso é verdade. Mas eu temo que você tem motivos para odiar a organização ainda mais do que eu.”

“Eu adoraria ouvi-los.”

“Stark. Hydra matou seu pai.”

“Meus pais morreram em um acidente de carro.”

“Acidente de carro? Suspeito.”

“O que você está sugerindo?”

“ Hydra foi a responsável pela morte dos seus pais.

Tony bufou. “É? E porque eles arriscariam esse risco tão grande de serem expostos?” Um peso foi se estalando aos poucos no coração de Anthony Stark. Ele sabia que era verdade. Mas ele não queria que fosse.

“Stark, seu pai tinha descoberto. Descoberto tudo. Todos os esquemas da Hydra. Então ele foi eliminado. Do mesmo jeito que tentaram comigo. Mas ao contrário de agora, eles conseguiram. Missão cumprida.”

Tony se sentia como se tivesse levado um soco no estômago. Todo o ar foi puxado para fora dos seus pulmões e por um momento ele se viu incapaz de pensar. Seu pai tinha sido eliminado pela Hydra? Um sentimento inexplicável brotou no seu peito. Era uma raiva ardente. Toda a sua vida ele pensava que seu pai tinha morrido em um acidente, que era apenas isso, um acidente. E agora ele descobria que ele fora eliminado?

Ele tinha descoberto. Ele sabia de algo que não devia. Ele tinha percebido, afinal das contas. E o mataram por isso.

Ah, não. Hydra tinha feito disso uma disputa pessoal.

“Acredita agora?”

Ah, sim. Tony acreditava. Eles acabaram de lhe dar um motivo para lutar. E eles iriam se arrepender amargamente


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Notas finais do capítulo

E ai? Comentem! Beijões no core