Broken Team (Hail Hydra) escrita por Carol


Capítulo 8
Skye


Notas iniciais do capítulo

SPOILER DE AGENTS OF SHIELD. Se você não assiste a série, eu repito, vai ficar confuso mas eu posso explicar nos comentários com o maior prazer. Tomara que gostem!!



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Skye estava achando extremamente dificil dormir nesses últimos dias. Ela podia hackear o banco de dados de uma das maiores agências de espionagem do mundo, mas não conseguia realizar o simples ato de fechar os olhos e descansar a sua mente. Isso se devia ao fato que sua mente estava a mil. Queimando de informações que ela se recusava a processar. Ward. Hydra. 0-8-4. Ward. Hydra. 0-8-4.

Ás vezes ela pensava aonde ela estaria se ela nunca tivesse corrido atrás de Mike Peterson naquele dia. Talvez ela não faria parte da Shield. Talvez ela nunca teria descoberto as poucas verdades que consegui coletar sobre seus pais.

Mas de algum modo, tudo isso parecia certo. Hydra. Seu passado. Shield recomeçando do zero. Ela não se imaginava em lugar nenhum jamais. Ela pertencia ali, com aquelas pessoas, e mesmo se ela nunca tivesse conversado com Mike naquele dia, ela mesmo assim pressentia que todas as suas ações apontavam para a Shield. Mais cedo ou mais tarde, ela acabaria ali. Naquele mesmo momento.

Skye desistira de dormir e puxou as cobertas para o lado, se levantando. Eles estavam instalados em um das bases secretas da agencia. Era grande e confortável. Apenas um pouco solitário. Ela abriu a porta de seu quarto, e enrolada em roupão e pantufas, ela caminhou pelos corredores silenciosos. Não tinha um rumo em mente. Apenas queria se ocupar de alguma coisa. Qualquer coisa.

“Indo a algum lugar?” Uma vez que ela já conhecia muito bem falou atrás de si. Ela se virou.

“Nenhum em particular.”

“Bom. Quero que te mostrar uma coisa.” Phil abriu um sorriso fraco. Não precisava perguntar o porquê de Skye estar pelos corredores as três da manhã. Ele entendia. Pior, ele sentia o mesmo.

Eles caminharam em silêncio. Ela então tomou coragem para falar em voz alta a pergunta que gritava em sua mente.

"O que vai acontecer com ele?" Ela perguntou, baixinho. Phil demorou um pouco para responder.

Tinha medo da resposta. Ela dizia que não ligava realmente para o destino dele, mas começava a duvidar se isso era verdade.

Porque ela estava preocupada. Não estava preocupada com ele exatamente, mas com ela mesmo por se importar. Ela estava preocupada com os seus sentimentos por ele. Depois de tudo o que ele fez, ela deveria desejar que ele queimasse no inferno. Então porque ela não tinha esse desejo?

E isso a deixava com raiva. Uma raiva que ardia no peito dela. Tinha raiva de tudo, principalmente dela mesma. De algum modo, ela achava que ela podia ter feito mais. Que talvez se ela tivesse usado as palavras certas, ele pudesse ter mudado. E não os traído.

Mas era tarde demais para pensar nessa possibilidade agora.

"O que a gente quiser que aconteça." Ele respondeu, por fim.

"E o que a gente quer que aconteça?"

Ele suspirou. "May acredita que ele deve pagar por todos os seus erros. E eu acredito nisso também. Apenas temos várias opiniões diferentes quanto ao tipo de punição. Alguns apoiam uma punição mais, hmm,” Ele deu uma pausa. “Severa."

Skye ficou em silêncio por alguns segundos, processando o que aquilo significava. Quando a ficha caiu ela gritou, incapaz de conter a si mesma.

"Não! Ele não merece morrer!" Ela disse, antes que pudesse pensar de raciocinar o peso de suas palavras. Ele suspirou. “Eu sei que ele fez coisas horríveis, tremendamente horríveis, mas quem nos deu o direito de acabar com a vida de uma pessoa?”

“Skye, acalma-se. Me ouça.”

"Phil! Eu não acho-

"Eu entendo que ele pertenceu um dia a equipe" Disse ele, interrompendo-a. "Então," ele ergueu as mãos, pedindo calma. "Eu entendo que você talvez tenha uma certa empatia. Mas ele precisa sofrer, Skye, e se você se opõe a isso, lamento informar que não há nada que você possa fazer.” Ela fechou a cara, ofendida.

"Eu não estou do lado dele-" Ela tentou se defender.

"Skye." Ele mais uma vez a interompeu, dessa vez parando de caminhar. "Ward já foi uma boa pessoa. Um bom agente. Eu consigo enxergar o seu ponto de vista. Mas você precisa aceitar que desde o começo ele apenas nos usou, Skye. Ele nunca esteve do nosso lado."

"E eu sei disso! Acredite. Eu sei disso muito bem. Mas também acredito na possibilidade que existe alguma parte dele que ainda não foi distorcida. E eu tenho fé. Nunca vou perdoá-lo pelo o que ele fez, mas ele é humano. E merece um julgamento justo!" Ela gritava.

"Ele não somente nos traiu, Skye. Ele matou. Fitz pode morrer a qualquer momento por sua causa." Ela parou, atônita. Ele tinha realmente empurrado Fitz e Simmons para a sua morte no fundo do oceano.

Fitz pode morrer a qualquer momento por sua causa. Ela de novo, tinha vontade de chorar. Porque ela estava defendo ele mesmo? Ela não queria, de verdade. Mas ela apenas não podia evitar.

Porque os fatos eram que ela não queria admitir a verdade. Que Grant Ward era um monstro. Ela queria negar e negar e negar, até não poder mais. Porque ela queria muito ser forte, mas não era tão fácil.

Ela estava quebrada por dentro.

Phil se aproximou da mulher chorando e a confortou em seus braços.

“Me desculpe.” Ela falou, com a voz tremula e abafada.

“Você não tem nada que precise se desculpar.” Isso, de alguma maneira, só fez ela chorar mais forte. E os dois ficaram ali em silêncio, até que Skye pudesse esvaziar todas as lágrimas que vieram acumulando por muito tempo.

“Não se preocupe. Ele não vai morrer, Skye. Ele vai ter um julgamento justo, isso eu posso lhe garantir. Ele vai passar o resto de seus anos na prisão. Porque afinal, se começarmos a matar todos aqueles que são uma ameaça, o que nos tornaremos?"

Ela assentiu com a cabeça.

“O que você queria me mostrar mesmo?” Disse ela por fim, enxugando as últimas lágrimas.

(...)

“Ele tem agido estranho. Mais estranho do que normalmente é.”

“Estranho como?

O homem que caminhava ao seu lado deu uma pausa.

“É melhor que vejas com seus próprios olhos.” O deus então o acompanhou até os calabouços, indo até as partes mais antigas, aos prisioneiros que estavam ali fazia séculos. Ele parou em frente a uma jaula de vidro.

O que havia dentro dela não era nada de comum. Thor não podia ver seu rosto, pois a criatura estava nas sombras, seu rosto escondido. Mas ele presentia a sua presença por trás do vidro, uma sensação que provocava um arrepio pela sua espinha.

“Revele-se.” O deus ordenou.

Um grunhido foi emitido de dentro das sombras. Thor envolveu Mjolnir nas mãos, como uma ameaça silenciosa.

“Não pedirei duas vezes.”

Ela está vindo, sim, sim, ela está vindo. Sim. Eu sinto. Ela está vindo.” O alienígena falou das sombras. Sua voz era apenas um sussuro rouco, louco.

“De quem ele se refere?” Thor sussura para seu companheiro.

“Este é o problema. Ninguem sabe.”

“Quem está vindo?” O deus grita.

“Ela. Ah, ela. Sim. Ela se aproxima.” O sussurro começa a se tornar mais alto.

“Ele está aqui por quanto tempo mesmo?” Mais uma vez Thor fala com o guarda ao seu lado.

“Muito, muito tempo.”

“Venhas para a luz, onde eu possa ver seu rosto.” O prisioneiro parece não ouvir no meio de seus sussuros. Muitas palavras não pareciam fazer sentido, mas tinha uma que se repetia. De novo, de novo, e de novo. Ela está vindo.

Ela está vindo.

Thor já se cansara da situação.

“VENHAS PARA A LUZ!” Ele brandiu Mjolnir, emitindo raios azulados que iluminaram a cela.

A luz foi suficiente para Thor ter uma visão de seu rosto. A criatura era azul e possuía características de um humanoide, mas estava claramente deformada. Era alta, mas aparentava ser muito menor por ser corcunda. Seus olhos eram vidrados, vazios. Ele reconheceu o alienígena imediatamente. Um Kree. Normalmente não era uma raça inimiga, mas tinha suas exceções.

Assustado com a explosão de luz, o Kree se aproxima do vidro em uma velocidade sobre-humana.

“Ela está vindo.” Ele diz simplesmente. Thor o encara, olhando fundo em seus olhos. O Kree parecia falar consigo mesmo, e não se referir a eles.

“Ele está louco. Não creio que possa ser uma ameaça. Apenas ignore-o.”

O guarda assentiu, sem argumentar. Os dois viraram para se retirar, quando o alienígena gritou.

“Ela também é de lá. Da casa de sua amada. Sua preciosa Jane Foster.” Ele disse arrastando as palavras, como se esperasse para ver a reação do deus. “Ela está vindo

“O que disseste?” Ele trincou os dentes “Repita.”

O Kree riu. Uma risada feia, escandalosa, parecendo um choro.

“Ela está vindo.” Ele falou simplesmente, e se retirou para as sombras.

"Não!" Ele bateu no vidro. "Explique! Como sabes da existência de Jane Foster?" Mas não importava o que Thor ordenasse, a sua única resposta era silêncio.

“Eu quero um interrogatório.” Thor com raiva, bateu com seu punho no vidro. “Quero saber exatamente como ele sabe disso.”

E na sua jaula de vidro, o Kree continuava a sussurar baixinho.

Ela

está

vindo.

(...)

Ele se movia rapidamente pelas ruas da cidade. Seu coração bombeava sangue freneticamente como se não conseguia parar. Ele tinha um único pensamento em mente. Acha-lo.

Mas Clint não tinha a minima ideia de onde começar. Saiu do apartamento antes que o Capitão acordasse, por isso nem sabia onde fora a luta. Merda.

"Hey! Olha por onde anda, babaca." Ele estava tão apressado que acabara esbarrando em um cara por acidente. O cara tinha dois metros de altura, loiro e bombado. Clint apenas o ignorou e continuou a andar, mas não foi longe porque o cara o puxou pelo braço.

"Eu falei com você." Ele deu um empurrão em Clint.

"Olha cara, você realmente não quer fazer isso." Ele falou, cansado.

"Jura? Talvez eu queria. Vai que próxima vez você aprende a ter um pouco mais de educação."

Ah, ele realmente não estava com saco pra isso.

Clint apenas puxou a sua camisa para cima, revelando a ponta da arma que guardava na cintura. Claro, não tinha nenhuma intenção em usa-lá, mas era isso ou dar um soco no cara. E então dessa vez quando ele saiu andando, não foi puxado de volta.

Ele entrou em um café. Tinha computadores para para os clientes ao fundo, e ele se dirigiu até lá. Os dois estavam ocupados, mas ele deslizou uma nota de 20 na mão de um e o cara vazou.

Sacou um pen drive do bolso e o conectou. Era impossivel achar o atacante do Capitão sozinho. Alguma camera de rua tinha que ter gravado alguma coisa. Tinha que existir uma imagem dele. Ele precisava de ajuda. Mas precisamente, ele previsava de um antigo agente que fosse bom em tecnologia.

A tela do computador ficou preta. Clint digitou o seu código de acesso e uma lista de todos os agentes que a Shield já teve, prencheu a tela. Informações, especializações, estava tudo lá. Mas não era apenas uma lista. Era um programa. Mostrava os agentes de confiança, aqueles que não se revelaram Hydra ou estavam eliminados. Fury tinha lhe dado o pen drive ele mesmo.

Vamos. Especialização em tecnologia. Hacker. Ele precisava achar alguem.

Muitos pareciam incopetentes demais. Ou longe demais. Ou mortos demais. Até que seus olhos se deparam com um nome. Apenas um nome. Sem sobrenome.

Skye.

Ele viu a sua ficha. Não fizera treinamento. Seu passado era um mistério. Era parte da Maré Vermelha. O programa não escondia segredos, e o mais intrigante era que ela fazia parte da equipe de Coulson, antes da queda da Shield. Talvez ela ainda esteja com ele. E Clint sabia exatamente onde ele estava, pois Fury o mantera informado. Ótimo. Ele partiria imediatamente.

E valia a pena viajar até uma das bases secretas de Fury apenas para conseguir algumas imagens? Ah, sim.

Se o atacante fosse quem Clint achava que ele fosse, valia sim.


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Notas finais do capítulo

Yay Thor! Proximo capitulo tem Stasha e Tony. Por favor comentem!!!!!!! Usei até vários pontos de exclamação pra demonstrar a importância. Anyway, amo cês beijo no core