Broken Team (Hail Hydra) escrita por Carol


Capítulo 7
Everybody Fights for Someone


Notas iniciais do capítulo

MEU DEUS GENTE QUE SUSTO QUE O NYAH ME DEU NESSES ÚLTIMOS DIAS! Asdfsdhjdkddlff mas que bom que tudo estava de volta ao normal. So let's get to work! Esse capitulo contém spoilers do episodio 22 de Agents of Shield, e se voce não assiste a série e não entender muito bem, eu repito, me pergunta nos comentários que eu explico pra você. Tomara que gostem!



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Ele tinha ordens.

Quando perguntassem a razão de ter feito o que fez, a resposta seria essa. Ele tinha ordens. Ele realmente não tinha uma escolha. Não tinha poder de decisão. Eles tinham a sua irmã como motivação, trancada e presa sobre o seu teto. Wanda.

Pietro tinha até esquecido como era sentir a luz solar queimando em seu rosto. Como era a sensação de se sentir livre, e não sufocando entre quadro paredes. Como era ver as pessoas passando na rua, pessoas que não usavam o uniforme da Hydra. Pessoas a qual ele não obedecia. Passara tantos anos trancado em uma cela, sendo apenas treinado e dirigido como um boneco a ser manipulado, que o simples ato de caminhar na rua se tornara extraordinário.

O pensamento de fugir, de apenas sair andando passou inúmeras vezes pela sua cabeça. Mas nunca moveu um músculo para realizá-lo. E não foi por falta de coragem. Sua irmã era tudo o que ele tinha, e nem ferrando que ele iria abandoná-la. O melhor há se fazer era simplesmente cumprir a missão.

Ele nem mesmo questionou as ordens. Elas eram simples. Incapacitar o Capitão e avisar os seus comandantes para que a Hydra pudesse capturá-lo. Foram lhe dadas 24 horas. Se não voltasse no horário proposto, as consequências cairiam sob sua irmã. Além do mais, ele tinha um rastreador implantado de baixo da pele de seu braço esquerdo. Suas ordens eram simples. Facéis.

Por isso, quanto menos soubesse era melhor. Não queria saber quem era esse tal de capitão. Já ouvira homens falando sobre ele. Alguns os odiavam. Outros admiravam a sua habilidade em combate. Muitos o temiam. Menos ele. Ele não tinha nada a temer.

Mas acontece que estava errado.

Ele acordou no chão duro, cercado por uma poça de seu próprio sangue. Merda. Sua cabeça latejava e ele podia sentir o seu olho inchando. Tinha um pequeno corte no lábio esquerdo. Tentou se levantar. Uma onda de tontura o atingiu, mas ele a ignorou e ficou de pé.

Sua última memória foi do Capitão o imobilizando, socando a sua cara repetidamente, pedindo respostas. Bem, ele que não iria dar elas. Tinha muita coisa em jogo.

Era difícil calcular quantas horas havia se passado, mas a estação subterrânea parecia vazia e silenciosa. Foi quando ele viu a figura de uma pessoa, meio ofuscada pelas sombras.

Um velhinho o olhava com estranha curiosidade. Ele usava óculos fundo de garrafa e um uniforme de zelador. Ao seu lado tinha um balde de limpeza com um esfregão. Antes que Pietro pudesse ter alguma reação, ele falou em uma voz cansada.

"Bem, eu que não vou limpar essa sujeira." Pietro tinha quase certeza que ele não estava realmente compreendendo a situação, mas decidiu deixar quieto. Tinha assuntos mais urgentes a serem lidados.

E antes que ele pudesse falar mais alguma coisa, Pietro já tinha desaparecido, correndo pelas sombras.



(...)

O ano era 1944. O barulho era de armas sendo carregadas, das botas correndo sobre o chão enlameado, de generais discutindo estratégias de batalha. O dia amanhecera depressivo. Nuvens negras enchiam o céu e um vento frio caiara durante a noite.

Buck Barnes se sentava na mesa do campo de treinamento, tomando lentamente uma xícara de chá.

“Se sentindo melhor?” Steve repousou a mão sobre seu ombro. Ele analisava o braço enfaixado do companheiro.

“Bem, isso depende. Algum ataque hoje?”

“ Não. Dia de folga.”

“Então estou péssimo.” Ele pousa a xícara vazia na mesa.

Steve suspira. Ele se senta ao seu lado.

“Você tem pegado muito pesado, Bucky. Talvez devesse tirar um descanso das proximas missões.” Ele revira os olhos. “ Estou falando sério, você está no seu limite.”

“Bobagem. Amanhã já estarei novo em folha.” Steve lhe lança um olhar céptico. “Hey, posso não ser um super soldado, mas ficarei bem.” Ele sorri.




E Steve Rogers acordou de repente, suando frio no sofá de seu apartamento. A primeira coisa que sentiu foi a dor. Ela vinha de todos os lugares. Sua cabeça, sua costelas, sua panturillha. Mas não era nada que ele já não tinha passado. Se ele distraisse os seus pensamentos o suficiente, quase dava para ignorá-la. Mas tinha outro tipo de dor. Ficarei bem. Ele sentiu um aperto no peito ao sonhar com a lembrança. Steve engoliu em seco, esperando que seu coração parasse de bater freneticamente.

Olhou pela janela e se surpreendeu em ver a escuridão a preenchendo. Ainda era noite, mas parecia que ele tinha dormido por horas.

"Ah! E a princesa adormecida acorda." Sam, com uma espátula na mão, diz. A sala inteira cheirava a bacon.

"Hmm." Ele resmunga. "Que horas são?"

"4:39 da manhã." Natasha responde a pergunta. Ela se sentava em uma poltrona ao seu lado. Folheava uma revista, entediada, mas ao ver que Steve acordou ela a jogou de lado. "Do dia seguinte." Ela acrescenta, ao ver a expressão de confusão no rosto do colega.

"Oh," Ele senta. "E você está fazendo bacon ás 4:39 da manhã?"

"Hey, não existe uma hora ruim para comer bacon. Toda hora é uma ótima hora para se comer bacon." Sam se defende. Steve abre um sorriso cansado, tentando ignorar o sonho.

"Não estou reclamando." Ele coloca as mãos para cima, se rendendo. Sua barriga roncava. "Estou morrendo de fome."

Ele se dirige a cozinha.

"Steve." Natasha o chama, fazendo ele se virar, meio caminho andado até a cozinha. Ela demorara um pouco de tempo para reunir a coragem necessária para ter aquela conversa. "Acho que precisamos conversar."

"Hm-hm. Estou fora. Adeus." Sam pega um prato cheio de bacon e desaparece quarto adentro.

Ele suspira. Os vestigios do sonho ainda não tinha desaparecido de sua mente, mas sabia que teria que fazer isso mais cedo ou mais tarde. Era melhor não adiar mais as coisas.

"Me desculpe." Ele ajeita o cabelo com uma das mãos, constrangido. "Quer dizer, por aquela noite. Eu... Eu não devia ter explodido daquele jeito. Você não merecia."

Bem, isso foi uma surpresa. Ela não esperava um pedido de desculpas.

"Não, na verdade, eu merecia." Ela olhou para baixo. "Eu sei que foi errado o que Fury fez, e eu estava metida nessa história."

Ele não sabia mais o que dizer.

"Eu não te culpo." Ela olhou para cima. "O que ele fez... Foi de todas as maneiras doentio." Ele tomou uma pausa. "Mas ele fez o que tinha que ser feito. Banner estava certo. Nós erámos uma bomba relógio, prestes a explodir."

Isso era ainda mais inexperado.

"Oh," Ela estava surpresa.

"Então, eu espero que você possa me perdoar." Ele disse, receoso.

"Sim." Ela respondeu, um pouco rápido demais.

Ele pareceu relaxar.

Os dois foram tomados por um pequeno silêncio. Natasha desviou o olhar de seus olhos, temendo que eles fossem transformados em vermelhos a qualquer momento.

Ela sempre odiara relacionamentos. Relaçoes sociais entre duas pessoas. Conversas desse tipo. Sentimentos? Ela preferia com grande urgência passar longe. Por isso se encaixava tão bem na profissão que já exercera.

Já ele, sempre fora acostumado em lidar com as pessoas, sendo o grande e bravo Capitão América. Ele era habilidoso em conversas. Ele não oprimia os seus sentimentos. Então porque tudo perto de Natasha era tão diferente? Porque tudo perto daquela mulher era tão complicado?

Ele limpou a garganta, constrangido. "Bacon?"



(...)

Ela sonhava com a mesma coisa de novo, de novo de novo.

Ela sonhava que a água estava entrando em seus pulmões. A sufocando do a, inundando seu cérebro. A privando de oxigênio. Ela sonhava que ela lutava para se imergir a superficie, mas a escuridão constantemente a puxava pra baixo. Ela sonhava com a dor gritante na sua mente.

Claro, eles eram apenas sonhos. Ela não estava realmente se afogando. Não mais. Ela sempre acordava no conforto de sua cama, e não na água gelada do oceano. Mas tinha uma coisa que não passava. Que mesmo acordada ela sentia. A dor não ia embora. Pois era que, no final das contas, ela não precisava estar dormindo para estar sonhando.

Só que tudo seria infinitamente mais fácil se fosse realmente apenas um sonho. Um pesadelo. Ela fechava os olhos com força por alguns segundos, esperando que quando os abrisse novamente ela escapasse dessa realidade infernal. Que ela acordasse segura e salva, e Fitz estivesse como sempre estivera. Ao seu lado.

A verdade era que Jemma Simmons sentia uma dor dentro dela, que só passaria quando Leo Fitz acordasse de seu coma.

Ela se sentia culpada, de certo modo. Claro, ela não podia ter evitado o pequeno fato que os dois estavam no fundo do oceano. Mas ela podia ter evitado o sacrifio que ele fez para salvá-la. Por causa da vida que corria nas veias de Jemma, a vida fugia do corpo dele.

Cada vez que ela respirava, era um lembrete gritante que ela não merecia estar viva muito mais do que ele. Ele escolheu, e não deu tempo para ela lutar contra sua decisão.

Lágrimas escorriam, brilhando na sua pele.

Ele a tinha salvado.

"Não se preocupe." Ela sussurrou contra o vidro da sala onde máquinas mantinham o seu coração batendo. " Vou salvá-lo também."


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Notas finais do capítulo

Por favor, comentem! Criticas positivas e construtivas são muito bem vindas. Próximo capitulo tem uma surpresa especial e espero postar já já. Beijão no core amo vocês