Embriagado de Chá escrita por Gabriela Cristina


Capítulo 14
Capítulo 14 - Um novo perigo, uma nova necessidade


Notas iniciais do capítulo

Eu sumi, me desculpem, Não tenho nem desculpas pra dar dessa vez, só irresponsabilidade mesmo. Ás vezes eu faço isso, desculpem.
Mas espero que gostem :D



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Alguns pássaros cantavam na beirada de uma das janelas do quarto. Um deles, pequenino, tinha penas de um azul do tom do mar. Alice acordou com os raios de sol invadindo seu quarto.

Levantou da cama, ajeitou a camisola e caminhou descalça até a sacada do quarto. Observou toda a paisagem que podia ser vista de uma das torres do castelo. O quarto em que ela ficara dava para uma grande e frondosa floresta e da sacada Alice podia ver lindas e verdes árvores. No meio da floresta havia uma árvore diferente, de um dourado forte que se destacava entre as outras árvores. Aparentava ser forte e antiga, dessas árvores com centenas de anos.

Alice voltou para dentro do quarto, lavou o rosto e trocou de roupa. Colocou uma calça azul escura e uma blusa branca de mangas compridas, calçou um sapato qualquer e pegou sua espada guardada em uma caixa ao pé da cama. Começou a analisa-la e praticar golpes no ar.

Enquanto isso, em um quarto na parte mais baixa daquela torre do castelo, o Chapeleiro levanta da cama vestido em seu pijama listrado. Espreguiça-se e estica seus longos braços pra cima. Estrala o pescoço e segue para o banheiro onde lava o rosto e vê seu reflexo no espelho em cima da pia. A moldura do espelho é branca, como quase tudo naquele castelo.

Ele s e troca e veste calças pretas e uma camisa preta, por cima um casaquinho laranja. Põe os sapatos de bico fino e desce as escadas para o salão do café da manhã. Come um pão doce e toma um chá, outro chá e outro chá. Velhos hábitos não se perdem.

Sobe novamente as escadas, ultrapassando o andar de seu quarto, nas mãos uma bandeja de ferro com panquecas, frutas, pudim e café com creme. Chega a um corredor e bate á uma porta branca de maneira, toda talhada em flores e ramos.

*Click* A porta faz um barulhinho ao abrir, Alice põe o rosto no entreaberto da porta. Seu rosto está meio suado e o cabelo gruda um pouco na testa.

– O-oi... – seu rosto cora de vergonha por conta de seu estado atual

– Boom dia! – O Chapeleiro sorri alegre e com uma das mãos empurra um pouco a porta – Posso entrar?

Alice abre a porta inteira. A relação entre os dois ainda era meio estranha e não havia um acordo sobre o que os dois eram. E se havia nenhum dos dois sabia qual era.

– O que é isso? – Alice aponta para a bandeja

– Seu café, querida! – ele descansa a bandeja na escrivaninha do quarto e anda até Alice pegando-lhe a mão. Puxa a garota e dá-lhe um beijo na testa suada – Você estava treinando?

– Ahn, sim, um pouco, pra não esquecer sabe? – ela põe a mão na nuca, abaixando a cabeça – Mas então, você não vai tomar café comigo? Eu só to vendo uma xícara...

– Ah, desculpe, mas não vou. Já comi lá embaixo, mas posso te fazer companhia, pode ser?

– Claro – Alice sorri e pega a bandeja, anda até a cama e põe em cima da cama, se senta cruzando as pernas. – Senta aqui!

Ele senta no lugar que Alice apontou. É bem perto dela e o toque entre os dois é inevitável. Uma onda de energia percorreu o corpo do Chapeleiro, ele estremece levemente. Alice levanta os olhos do garfo com panquecas e olha para ele que sorri sem jeito.

Os olhos dela brilham de um jeito diferente naquele dia e ele encosta a mão em seu rosto, acariciando. Chega até seus cabelos e começa a fazer voltas nele com o dedo. Ela sorri e estende a mão até seu pescoço e vai subindo pela nuca até o cabelo, ela faz cafuné em sua cabeça e vai se aproximando lentamente. Um pode sentir a respiração do outro, eles se olham nos olhos e ás vezes trocam os olhares para as bocas um do outro. Ele se aproxima mais, até seus narizes se tocarem, a respiração dos dois acelera junto com o coração. Ela o beija e é um beijo doce e demorado, eles vão perdendo o ar e o beijo se intensifica, ela segura seu cabelo, hoje ele está sem chapéu. Ele segura a mão dela forte, e com a outra mão apoia sua nuca. Eles se separam e se olham. Sorriem.

Depois de Alice comer, eles descem para praticar no salão. A Rainha não estava no castelo.

Eles entram no salão branco e iluminado, Alice segura sua espada e o Chapeleiro carrega seu arco na mão e o saco de flechas nas costas. Alice começa a treinar com um manequim de pano seus golpes de espada enquanto ele começa a testar a mira em alvos grandes e pequenos. Vez ou outra eles param e se olham, falam um pouco ou apenas sorriem como se dissessem a mesma coisa ao mesmo tempo.

Depois de passar umas duas horas no salão o céu começa a escurecer. Rapidamente está tudo nublado e cheio de nevoa. Alice guarda a adaga com a qual treinava e chama por Chapeleiro, ele se junta a ela.

Um barulho de cascos de cavalo começa ao longe, e vai aumentando rapidamente e cada vez mais. De repente a carruagem da Rainha para na frente do castelo, do salão no jardim da frente os dois a veem descendo apressada do transporte. Eles correm até ela.

– Mirana? O que está acontecendo? – Alice pergunta

– Ah meus queridos! É aquela mulher novamente, ela está vindo cada vez mais rápido. Junto dela há também outro ser, e eu não sei seu nível de poder e maldade... – ela desmaia

Antes dos guardas pegarem-na, Chapeleiro a levanta do chão e sai em direção ao castelo

– Vem Alice, depois pegamos as armas!

A garota pede aos guardas que recolham as armas do salão e levem para o quarto dela no castelo, nunca se sabe quando precisarão usá-las. Ela corre atrás do Chapeleiro e abre as portas do castelo para ele entrar com Mirana. Eles vão até o quarto mais próximo e a deitam na cama. Alice começa á abaná-la e aos poucos a Rainha retoma a consciência.

– Quer conversar ou prefere descansar, Rainha? – Chapeleiro pergunta

Ela se ajeita na cama e arruma o vestido.

– Há um ser de fumaça negra chegando, ele vem rápido como sua mestra, mas é mais poderoso que ela. Ela o invocou e o prendeu, fazendo ele obedecê-la. Vocês precisam treinar mais, e mais rápidos e eu preciso de um exército maior. Mas, além disso, nós precisamos de magia!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, comentem e desculpe novamente! ;3