O século XI foi um tempo repleto de ocorrências estranhas e de massacres bizarros, mas, no meio de tudo isso, havia uma garota que era apaixonada por um homem bom e nobre. Essa garota respirava e suspirava seu nome á todo momento: Elijah. Mas o que a pobre garota não sabia era que, apesar de seus pulmões suspirarem o nome de seu amado, o seu coração pedia pelo nome de outro: O irmão mais novo de seu amado, Niklaus.

O que os dois irmãos não sabiam á respeito da jovem era que, naqueles tempos, diante deles, a garota havia passado por momentos difíceis que iam além da imaginação de ambos. O nome dela era Agatha, mas como ela achava este um nome “fora de moda” ela acabou por usar Katia.

Algum tempo depois de se conhecerem melhor, Agatha e os irmãos acabaram se apaixonando ainda mais um pelo outro, até que o inesperado em sua vida ocorre novamente: Devido ao falecimento do irmão caçula causado por um lobisomem cujo povoado também vivia na mesma aldeia faz com que os pais deles tomassem uma medida drástica e impensada: Os cinco irmãos que ela conhecia se tornariam dali por diante, as mesmas criaturas que levaram Silas – seu irmão –há mil anos antes ter lhe abandonado quando ela não tinha mais ninguém para que lhe cuidasse.

Ela se tornou a única pessoa em todo o povoado a conversar com os irmãos depois de estes se tornarem o que provavelmente são até hoje. Até que, em uma tarde da noite, a jovem adormecia em sua casa quando um grito lhe despertou sobressaltada. Katia sabia exatamente o que estava havendo do lado de fora; Ela sabia que os irmãos estavam revoltados por terem sido anteriormente, vítimas de uma tentativa de assassinato vinda dos habitantes do vilarejo. E por mais que ela tentasse ajudá-los a se controlarem diante do povo, nem mesmo seu amigo mais justo, Elijah, foi capaz de se conter, ele apenas a empurrou e a mandou que fugisse dali para não se ferir. Em relutância, ela o obedeceu; Katia estava se sentindo sufocada devido ás casas em chamas que ela encontrava pela trilha até sua casa que, era a única que não estava sendo engolida pelas chamas. Ela entrou rapidamente, fechou a porta e tampou os ouvidos para reprimir os gritos vindos de fora; Ela correu até seu quarto e se escondeu dentro de um baú feito de palha trançada que ganhara de um dos irmãos meses antes de tudo ter acontecido do modo cujo qual ela nunca teria desejado ocorrer novamente. Passaram-se minutos; Que pareceram horas; Que parecia durar a madrugada inteira; Até que ela ouviu um estrondo. Prendeu a respiração e se encolheu ainda mais debaixo da cama; Os passos que se seguiram vieram em direção ao seu quarto, ela agora mergulhava lentamente em lágrimas quando viu um par de botas de couro. E ela as reconheceu instantaneamente: Eram as botas de Klaus, o irmão mais novo de Elijah. Ela se sentiu aliviada e liberou o ar que lutava para sair de seus pulmões. Ela saiu de debaixo da cama e o abraçou, mas estranhou quando notou que Klaus não lhe retribuiria, ela olhou para o rosto dele mas, no lugar do rosto caridoso e amigo que ela conhecia desde que se passara por criança da última vez havia um rosto triste e preocupado cuja as vestes – antes impecáveis – agora estavam enlameadas.

– O que está acontecendo, Nik?

– Por favor, Katia, fuja daqui.

– O que é toda essa lama nas suas roupas? Por que está tão sujo, Nik?

– Não se assuste Katia, mas não é lama. – Katia recuou quando finalmente processou o que um de seus melhores amigos lhe falara.

– Você e o Elij têm toda a razão, Nik. Mas me desculpe por isso, Nik.

– Pelo quê, Katia?

– Por isso. – Katia tentara golpeá-lo com uma adaga de prata, mas Klaus se esquivou de forma ágil.

– Por que você tá fazendo isso comigo? Nós éramos amigos. – Ele a empurrou contra o chão de concreto.

– Me desculpa, Nik. Só não quero que isso se repita de novo. – Nesse momento, a jovem Katia estava aos prantos.

– Isso o quê, Katia?

– Não quero te perder do mesmo modo que perdi meu irmão. – Klaus se acocorou.

– Seu irmão? – Katia assentiu. - Por favor, me explica isso, Katia. –Ele disse com tanta serenidade que ela se acalmou e engoliu as lágrimas.

– Eu tinha um irmão. Ele era apaixonado pela criada da futura esposa dele – que era uma bruxa- ela planejava criar um feitiço que fizesse com que os dois se tornassem imortais, mas meu irmão usou a poção na criada e então ele me abandonou para viver com a criada da bruxa. Então eu e a bruxa ficamos magoadas e o prendemos numa tumba.

– E o que aconteceu depois?

– Eu fugi e fiquei sozinha por mil anos até conhecer você e seus irmãos.

– Ele nunca voltou?- Discordei num aceno com a cabeça. – E por que você não fugiu quando percebeu o que aconteceu comigo?

– Por que vocês não me abandonaram. Eu sei como você me ama Klaus. Você e o Elijah.

– Eu vim até aqui para pedir que fuja. Meus irmãos estão loucos demais hoje, incluindo o Elijah. É melhor que você fuja agora e não olhe para trás, me entendeu, Katia?

– Sim, Nik. – Ela o abraçou, mas desta vez Klaus lhe retribuiu. – Adeus, Nik. Diga ao Elijah, ao Kol e ao Finn que eu amo eles.

– Adeus, Katia.

– Eu preciso de um favor seu antes que eu fuja.

– Rápido, Katia, eu não tenho muito tempo.

Eu estava segurando minha filha nos braços. Elijah não sabia dela, isto é, "elas", por que eu havia tido, não uma filha, mas gêmeas.

– O nome dela é Alexa Katheryn Márie. Cuide dela, Nik, por favor. Eu não posso ficar com ela,mas eu preciso que faça isso por mim. - Eu o beijei na cabeça - Adeus, Nik. Adeus Alexie. Vejo vocês em breve.

– Katia? - Ouvi a voz de Elijah. Ele,junto de Kol e Finn, apareceram diante de mim. - Aonde está indo?

– Tenho de ir embora, mas sinto muitíssimo, meu querido Elijah.

– Que criança é essa nos seus braços, Niklaus?

– Alexa... Katia é a mãe desta menina.

– Filha de quem? - Perguntou Finn.

– Nossa, meu caro Elijah.

– Nossa? Como assim "nossa"? Isso não pode ser verdade.

– Mas acredite, meu querido. Esta pobre garotinha é nossa filha, mas garanto-lhe que não é a única.

– Como assim?

– Essa nas mãos do Nik é a Alexa, mas esta aqui... - gesticulei para a barriga -É a Alissa. - Elijah se aproximou de mim.

– Posso não sentir, mas você deve estar mentindo, Katia.

– Não! Nunca mentiria para você, Elij. Você sabe que não seria capaz de fazer isso, não com você.

– Como posso acreditar em você?

– Por favor, Elijah. Por nós dois. - Sinta nosso sangue correr nas veias de nossa filha mais jovem. - Elijah pôs a mão esquerda sob minha barriga; Passado alguns segundos, de súbito, ele a retirou, parecendo estar sobressaltado.

– Sim, você não está inventando. Estas meninas são realmente nossas filhas.

– Agora acredita em mim ou ainda acha que restam dúvidas?

– Sim, acredito,mas seria interessante sabermos como foi possível um vampiro procriar.

– Por que minha espécie pode fazer isso com os vampiros.

– E qual seria sua espécie, Katia?

– Minha espécie é, digamos, derivada das bruxas. Mas, somos mais poderosas;Absorvemos os poderes dos outros temporariamente,mas tem um porém: Como vocês devem saber, nada no mundo é imortal, quer dizer, algo "conhecido" pelos outros mundo afora. Até onde eu sei, para aqueles que se alimentam de sangue, exitem a madeira e as estacas e, para minha espécie existem as maldições que, para cada família de bruxas como eu, existe uma maldição que leva á morte, mas nós podemos ressuscitar uma única vez e, as que se seguem precisamos da ajuda dos vampiros que, até mil anos atrás, era praticamente uma raça extinta.

– E você é...

– Se quer dizer que já passei pela maldição, isso não.