Era uma noite fria,enevoada e chuvosa. Haviam trovoadas e raios ecoando por toda a parte e envolta da floresta. Um barulho em meio ao estardalhaço eram os passos rápidos e frenéticos de um homem que usava uma grande capa preta para não se molhar ou ser visto. Como corria depressa, mau dava para ser notado, mas ele carregava algo envolto numa manta rosa claro... Um bebê. Então, ele foi empurrado, e com a queda ele caiu no chão, no entanto, o bebê que carregava agora estava á alguns palmos de distância dele. O homem esticou o braço na tentativa de pegar a criança; Um pé o chutou e ele afastou o braço, o encapuzado percebeu que era uma mulher.

– O que você está fazendo?! - A mulher berrou, ele se virou e viu uma mulher de cabelos loiros, e só então percebeu quem era: Sua irmã, Rebekah.

– O que está fazendo com a Alexa? - Ela pegou a bebê nos braços e a ajeitou. - Aqui fora, num frio desses? - Ela desapareceu depois disso.

Quando Rebekah voltou para casa com a sobrinha em suas mãos, ela notou que a luz da sala e do quarto de Elijah estavam acesas. Seu irmão mais velho correu até onde sua irmã caçula estava e pegou a filhas dos braços dela e começou a cantarolar uma canção de ninar para a pequena...

Se um dia você cair

Saiba que irei te erguer

Você é minha filha

E eu amo você

Rebekah sorriu. Ela conhecia aquela canção muito bem porque era a mesma canção que Klaus cantava para ela quando eles eram crianças; E era a mesma canção que eles ouviam de sua mãe, Esther.

– Quer que eu a coloque no berço, irmão? - Perguntou Rebekah, sorrindo e com os olhos brilhosos.

– Sim, mas tome cuidado.

– Alexa é uma joia rara. Não a perca,está me entendendo, meu nobre Elijah?

– Sem sombra de dúvidas.

Um estrondo fez com que Rebekah derrubasse a sobrinha no chão, mas a tempo de impedir o impacto.

– Sh... - Ela acolheu a pequena nos braços para que a acalmasse então, ouviu se passos indo em direção ao imenso corredor, era Niklaus, o tio de Alexa cuja mãe lhe confiara a filha da qual ele havia tentado se livrar. Rebekah subiu com a criança nos braços. - Diga boa noite ao seu pai. - Ela sussurrou. Mesmo que ela pudesse ter sussurrado, não haveria como, pois Alexa sabia andar, mas não falar. Ela era muito diferente de sua irmã gêmea: Cabelos e olhos castanhos, estilo meio punk, mas, assim como seu tio Klaus, a gêmea mais velha tinha um charme irresistível e incomparável. Com exceção de Alissa, ela era a mais nova do lado paterno. Mas havia algo sobre ela que poderia resultar em um incrível desastre: Alexa odiava de coração os vampiros; E faria de tudo, qualquer coisa para mata-los, até mesmo se aliar ao seu temido e poderoso avô, a quem ela chamava sarcasticamente de Cronos.

Décadas depois. Alexa Cathryn Marie cresceu e se tornou uma moça estonteante, e que parecia ter a capacidade de enfeitiçar os rapazes á sua volta com apenas um único olhar. Naqueles tempos, já se começava á dizer que a jovem era capaz de parar o trânsito á ponto de causar acidentes (o que se provou ser pura verdade) e ainda havia os que não gostavam da filha do "Poderoso" Elijah Mikaelson. Todavia, estes que não demonstravam o menor afeto por ela estavam certos porque, Alexa vinha arquitetando um plano que não saía de sua cabeça: Iria, com a ajuda de seu temido e tirano avô, matar não só seus tios como também seu pai. Ela os odiava por que ela sabia do passado da mãe: Quando o irmão mais velho dela se transformou em vampiro, ele planejava fugir com a mulher que amava e simplesmente abandonar sua irmã caçula, que na época tinha onze anos; Inconformada com o que Silas lhe planejava, Agatha - Seu verdadeiro nome - se aliou com aquela que iria ser a futura esposa dele, indignadas com a situação, elas o prenderam numa tumba localizada numa isolada ilha, onde ele permaneceu durante séculos. Ela se dirigia para seu quarto com o intuito de descansar quando ouviu lhe chamarem:

– Alexa! Arrume tudo! - Era a voz de seu tio, Kol.

– O que aconteceu? - Ela perguntou.

– Estamos em perigo, é melhor arrumar suas malas,Alexa.

– O que houve,tia Rebekah?Por que esse movimento todo?

– Um homem a quem todos nós tememos conseguiu nos achar. Temos que partir o mais rápido possível, então agora.

Rebekah não sabia, mas sua sobrinha estava por trás de tudo o que andara acontecendo recentemente, inclusive da vinda de seu avô até seu pai e seus tios. Ela odiava os vampiros pelas coisas que eles podiam fazer, mas era sua família. No entanto, nem mesmo isto lhe importava mais. Alexa tinha de ser esperta, pois sabia que seu pai jamais a perdoaria e seu tio (Klaus, lógico) se vingaria se descobrissem o que ela havia feito. Por isso ela tanto os temia,mas seu ódio falava mais alto do que ela poderia gritar para o mundo o quanto tudo aquilo poderia ser repugnante ao ponto de lhe dar nojo. Ela subiu para o quarto "preocupada" - quando na verdade estava radiante mediante as recentes ocorrências - ela arrumou as coisas, então, escreveu num pedaço de papel a seguinte mensagem:

Tentei ajudar, mas não pude

Eles descobriram tudo

Sinto muito,vovô

Ela guardou a mensagem dentro da primeira gaveta de sua penteadeira cinza. Então, desceu; Seus tios e Elijah a aguardavam parados em frente á porta. Três carruagens feitas completamente de madeira maciça. Subiu primeiro, seguida por Kol,Rebekah e Finn. Elijah não fora no mesmo, pois queria ver mais a frente o que poderia os esperar. Quanto á terceira carruagem,nesta por sua vez foram os empregados de mais confiança da família,inclusive uma, cujo Finn cortejava á todo instante. O nome da empregada era Sage, Mary Louise Sage. Ela não gostava de seu nome e, portanto, dava preferência ao sobrenome que foi, afinal, o nome pelo qual ficou sendo chamada durante vários séculos.