A Garota Que Mudou o Mundo Dos Vampiros escrita por Annabeth Grace da Ilhas do Sul


Capítulo 27
Abrindo os Olhos




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Era 1700, estava num navio. Apesar de ser novo, parecia um navio fantasma; Onde a tripulação estava?Ao me perguntar disso me dei conta de que estaria no porão,ouvi passos vindos do primeiro patamar;Assustada,fui para um canto escuro do porão,mas congelei ao notar que acabara de bater em um objeto pontudo e,ao me virar,o que vi me deixou claramente desconfortável : Um caixão!Havia mais outro ao lado, isso me assustara mais ainda, então, os passos que eu ouvira anteriormente agora se dirigiam para onde eu estava. Era um grupo de uns três homens que estavam descendo até o porão, talvez tenha sido por sorte ou os invasores eram cegos por que não me viram no meio do imenso breu, então, um deles abriu um dos caixões, e, pela expressão em seu rosto, eu sabia que ele esperava que ali houvesse um tesouro,mas não fora isso o que encontrara.Ao invés disso,ele se deparou com o corpo de tio Kol.Foi aí que a situação ficou interessante:Tia Rebekah aparecera por trás,ela limpou o sangue abaixo dos lábios com um lenço e então disse:

– Posso comê-los, irmão? – E, nisso, apareceu papai.

– Rebekah, tenha modos, por favor.

– Ah, duvido muito disso, Elijah. – Disse tio Nik,soltando uma risada,vinda do alto da escada que dava ao porão enquanto largava o corpo de um dos invasores no chão.Arregalei os olhos.Eles atacaram os invasores,prendi a respiração e a soltei lentamente,porém,Rebekah aparentemente me percebeu.

– Tem mais alguém aqui.

– Verdade, eu também consigo ouvir.

Encolhi-me ainda mais, mas foi um problema, pois eles notaram minha presença.Tio Nik saiu de onde estava e foi até mim num piscar de olhos e me puxou,fazendo com que eu ficasse visível sob o luar.

– Vejam só que lindo, mais uma intrusa.

– Espera. – Interrompeu Rebekah – Ela não estava com eles, então, por que ela estaria a bordo?

– Não sei, irmãzinha. – Ele me pegou pelo braço.

– Poderia nos dizer onde estamos? – Pediu papai, acenei com a cabeça. – Solte-a, Niklaus.

– Estão próximos da colônia dos franceses em Nova Orleans.

– E onde estão seus pais? – Perguntou Nik.

– Minha mãe morreu quando eu tinha onze anos e meu pai me abandonou, mas acho que acabei de conhecer não só ele como também três de meus tios.

– Do que está falando?

– Era século XI, vocês ainda eram humanos, mas depois que o irmão caçula morreu, vocês haviam sido obrigados á se tornar o que são por que seus pais não queriam ter mais nada a perder, mas, mesmo depois que toda a aldeia passou a evitar vocês, apenas uma pessoa, minha mãe, era quem falava com vocês.

– Sua mãe era Katia?

– Sim, ela não morreu no incêndio do dia do massacre,tio Nik a salvou.

– Quem é seu pai?

– Elijah Mikaelson.

Depois que mencionei o nome de papai,os três pareceram surpresos com a revelação,foi então que acordei sobressaltada,e papai estava ao meu lado,me esperando acordar.

– Tudo bem,Alissa?Você dormiu por várias horas.

– Há quanto tempo você está aí, parado? – Ele riu.

– Bem, estou com o dia livre, e o que acha de darmos um passeio pela cidade? Só eu e você?

– Tá brincando? – Eu o abracei. – Essa seria uma das melhores coisas que eu e você passamos juntos desde o meu aniversário.

– Já vai se arrumando, teremos um longo dia. – Disse papai, passando pela porta.Escovei os cabelos,escolhi uma blusa branca,peguei meu tênis All Star rosa choque no closet,junto com uma bermuda legging.Ao descer as escadas, pude ouvir Nik e Kol conversando enquanto Rebekah e Hayley estavam tendo uma discussão daquelas sobre os prós e contras de serem mães.Assim que papai desceu,estava com uma camiseta azul clara e uma calça jeans.Uma de suas mãos segurava uma carteira de couro italiano que ganhara de tia Rebekah quando ela havia viajado com Matt.

– Vamos? - Ele perguntou, abrindo a porta logo em seguida, assenti com a cabeça após me certificar de que não havia deixado nada para trás. Tínhamos de andar um bom pedaço até o Quartel Francês, só não fomos de carro por que iríamos ter menos tempo juntos e assim que a Mansão não ficou mais á vista, entrelacei meu braço no braço de papai.

– De onde você tirou essa ideia de que poderíamos passar um tempo juntos?

– Caso você não saiba, Alissa, Niklaus e eu conseguimos fazer um acordo com Marcel e agora não teremos mais tantos problemas como era antes.

– Mas papai, o propósito desse acordo que você e tio Nik fizeram com Marcel não era ficar sem problemas?

– Sim, Alissa, mas ainda temos uns para resol ver, só que esses outros problemas não tem quaisquer ligação com Marcel e sua gangue.

– Isso quer dizer que vocês estão progredindo?

– Sim, mas é claro. Estamos nos esforçando ao máximo para garantir a paz entre as espécies.

– Tomara que vocês consigam logo.

– Quando foi a última vez que você falou com sua mãe?

–Já tem um tempo desde a última aparição dela.

– Ela é uma pessoa incrível, não é mesmo?

– Eu a amo. Amo vocês dois.

– Que filho não ama os pais? – Dei risada.

– Uma vez eu mexi nas coisas da mamãe que ficavam no sótão e vi um desenho de você no século XIX.

– E como eu era?

– Você era lindo! Não me admira que mamãe sempre gostasse mais de você.

– A maioria das pessoas fala isso do Niklaus.

– Papai... Está com inveja? – Ele corou, ri de novo. – Não acredito! O Lorde Original mais lindo tem inveja do irmão mais novo por ele receber mais elogios.

– Vamos falar de algo menos embaraçoso, por favor, Alissa?

– Se você se sentir melhor assim, para mim não importa muito.Você é o melhor pai do mundo.

– Não diga isso perto do Niklaus, você sabe como ele pode ficar enciumado.

– Uma boa caçadora deve conhecer sua presa.

– Sua pequena filosofa.

– Sou mesmo.

– Você é a melhor filha do mundo, e, pra variar, é a cara da sua mãe.

– Você acha mesmo que somos parecidas?

– Você só tem os cabelos um pouco mais escuros. Mas ainda sim é mais inteligente do que ela era.

– Pretende me levar á algum lugar em especial?

– Acho que sim, Alissa.

– Você morou há quanto tempo aqui?

– Foram séculos, se é o que quer mesmo saber.

– Vocês eram felizes aqui, não é mesmo?

– Era um lugar maravilhoso, Alissa.

– Do que sente mais falta?

– Era muito florido. Tinha milhares de floresta antes do Quartel ser construído.

– Mamãe me contou que você tinha namorada.

– Ela era muito bonita. - Papai suspirou.

– Não tanto quanto mamãe, eu espero.

– Não importa o quanto eu fale de pessoas que vieram antes e depois de sua mãe, você sempre irá defendê-la.

– Ela poderia ficar com ciúmes, ou será que você não pensou nisso?

– Acho que não. – Papai sorriu.

– Você deve ter se assustado quando mamãe te contou sobre mim.

– Fiquei chocado, para não dizer o mínimo.

– Papai...

– Ah, Alissa, você não tem jeito, não é mesmo menina?

– E por que eu teria?Hein, papai? – Ele riu. Sorri como forma de retribuição. – É muito legal você assumir a responsabilidade como sendo o meu pai. – Enfatizei o “O meu pai”.

– Sabe por que sou assim? – Neguei com a cabeça. – Por que ser pai não só é uma nova responsabilidade a ser driblada. É mais do que isso, Alissa.

– Se você queria me abandonar por se preocupar comigo, então por que quis me conhecer? Simplesmente por que queria que eu soubesse que sou a mais nova integrante de uma linhagem de Vampiros, Bruxas e outros mil e um demônios?Ou simplesmente por que você iria fazer que nem outros pais, como o pai do Marcel, por exemplo, iria saber da minha existência, passar uma semana comigo e então me mandaria embora para nunca mais olhar para a minha cara?

– Acha mesmo que eu queria isso para você? – Papai agora estava aos berros. – E caso você não saiba, foi por causa da Rebekah que eu quis te conhecer. Pense nisso antes de me questionar, pois ela me fez abrir os olhos para que eu pudesse conhecer você, Alissa.

Meu queixo caiu quando ouvi a menção sobre tia Bekah.

– Ela te ajudou quando você quis me conhecer?

– Sim. Ela me ajudou, e espero poder retribuí-la um dia, entende Alissa? – Assenti e o abracei.

– Me desculpe por essa briga, papai.

Ele afagou meus cabelos e riu.

– Que pai e filhos não brigam, não é mesmo?

– Verdade. Deveria ter sido assim com você e com o Mikael.

– Acho estranho da sua parte não chama-lo de avô.

– Eu o odeio mais do que tudo nesse mundo.

– Você é tão pura...

– Por você, eu faço tudo, papai. Pode me contar uma das suas histórias?

– Que época você quer saber?

– Hum... Quero 1820, talvez.

– Uma história sobre eu e sua mãe?

– Pode ser, talvez também sobre Ela.

– Ela quem?

– Celeste.

– Alissa... – Ele suspirou. – Não quer falar sobre outra coisa?

– Se você ainda estiver se recuperando por causa do que ela fez comigo no Sanatório, não precisava nem ter se preocupado, você sabe que Rebekah e Nik tiveram sortes diferentes.

– Você pode não ter se ferido por causa das bruxas, mas teve sorte quando se tratou da fúria de Niklaus.

– A respeito da fúria de tio Nik, você está certo, mas pelo menos nós duas não saímos feridas.

– Cuidado com o que faz quando se trata de seu tio, você sabe o quanto ele pode ser psicopata.

– Também não precisa falar desse jeito. Sei que tio Nik é o Adolf Hitler dos vampiros, mas ele não é tão do mal assim. Tem algo bom nele, e quando a Hops tinha nascido?Ele fez coisas ruins naquela época?

– Quanto a isso, não. Como se ele fosse machucar a própria filha.

– Você e ele têm isso em comum.

– É verdade. Nós amamos nossas meninas.

– Como se não fosse desse jeito.

– Muita coisa aconteceu nos últimos dias, não acha?

– Verdade. Mamãe vai fazer falta, mas ainda tenho você e os garotos e os meus tios.

– Que família grande, não é?

– E louca, também.

– Você é louca por essa cidade.

– Mas não tanto quanto sou louca por ser filha do melhor pai do mundo.

–Você seria capaz de deixar essa cidade?

– Só nas férias.

– Você só gosta daqui por que tem seu outro lado da família.

– O lado louco e sinistro.

– Isso já é exagero.

–Mas nossa família É sinistra. - Enfatizei o "É".


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