Show me Forever escrita por danaandme


Capítulo 9
That voice which calls to me


Notas iniciais do capítulo

Sim, já faz algum tempo... e eu agradeço a todos vocês pela paciência. Muita coisa aconteceu nos últimos tempos e sei que ninguém realmente está interessado na quantidade de drama que literalmente se alastrou pela minha existência, então vou resumir a situação, ok? Estou me esforçando para me ajustar a minha nova rotina, por assim dizer. Essas histórias são bastante especiais para mim e vou termina-las. Isso é um fato. Mas preciso de intervalos maiores. Vou me concentrar em concluir uma por vez. Então, assim que Show me Forever estiver pronta, vou pular para outra história. Tenho que ir com calma, principalmente porque não quero comprometer a história que escrevo com a Chase. Por favor, só um pouco mais de paciência. Prometo que vai valer a pena. Obrigada desde já! Abraços apertadíssimos! Dana.



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SHOW ME FOREVER

Capítulo 09 – That voice which calls to me.

Sangue.

Pingando, pingando, pingando.

Pintando o branco de carmim.

Nada mais fazia sentido na minha mente. Eu só tinha a impressão de que algo muito importante estava desaparecendo, e mesmo sem saber exatamente o que estava sumindo, eu tinha a certeza de que não queria perder isso. Nem mesmo a presença de Jesse punha fim a sensação de abandono, que somente aumentava a cada minuto.

Jesse. Meu Mestre. Ele cuidaria de mim. Ele sempre cuidou de mim. Não lembro exatamente de como nos encontramos, mas Jesse me salvou de uma existência sem sentido, depois da morte de meus pais. Senão fosse por ele, eu estaria morta agora. Não recordo os detalhes daquela noite no metro, minha memória está um pouco confusa ultimamente, mas Jesse estava lá! Ele me salvou daquela pessoa... Aquela pessoa ia me fazer mal... e meu Mestre me salvou. Depois disso, nunca mais nos separamos.

Então, porque sinto esse vazio estranho aqui dentro?

‘Rachel’

Essa voz de novo? É ela que me incomoda tanto! Essa voz chamando meu nome quase initerruptamente, como se estivesse presa na minha cabeça. É essa voz que me perturba, que não permite que eu fique realmente feliz quando Jesse está perto. O que absurdamente insano, porque Jesse é o meu Mestre e eu quero estar feliz ao lado dele, mas essa maldita voz é tão insistente irritante!

‘Rachel’

...e familiar.

Eu lembro de você?

“Meu bichinho, está chorando?”

A voz dele me distraiu. Tento focar minha visão na figura de meu Mestre que se aproxima. Ele está elegantemente limpando os lábios com um lenço tão branco quanto meu vestido fora há algumas horas. “Logo, logo, você não vai sentir mais dor, meu carinho.”

Suas mãos gélidas acariciam minha face. Não tenho forças para falar. Ele bebeu bastante de mim, dessa última vez.

Ainda não entendo porque estou chorando. Talvez seja por causa dessa sensação incomoda de que estou esquecendo algo importante.

Meu nome é Rachel Barbra Berry, nasci em Lima, Ohio, fui a pária do colégio durante toda minha vida estudantil, vim morar em New York quando terminei o colegial, por pura arrogância acabei comprometendo meu maior dom e por causa disso, abandonei meu sonho de cantar nos palcos da Broadway... Perdi meus pais por ser egoísta o bastante para ignorar algo maior que a minha dor...fui salva da morte por Jesse...

Falta algo.

‘Rachel’

Falta algo importante.

Jesse me tomou em seus braços, beijando meus lábios suavemente. Ele sempre me elogia quando sou uma boa menina e satisfaço sua sede. Ainda estou tonta e não consigo me mexer, mas estou orgulhosa por ele estar satisfeito comigo... ou pelo menos...queria estar. Por algum motivo, as lágrimas não param de escapar pelos meus olhos.

“Você precisa dormir um pouco, meu tesouro.” Meu Mestre sussurra próximo ao meu ouvido. “Tudo vai ficar bem melhor quando você acordar.”

Estou tão cansada, que obedecê-lo não exige esforço algum da minha parte.

No momento que meus olhos se fecham, a vejo parada na minha frente.

‘Rachel’

Eu me lembro.

“Quinn...”

E por um breve instante tudo faz sentido. Tento estender a mão na direção dela.

“Eu te amo...” e continuo a repetir até a imagem diante de mim começar a desfocar, desaparecendo completamente após alguns instantes.

“Me perdoe...”

...

“Já se passaram 24 horas, Santana! 24 horas que ela sumiu!” explodi, alcançando o primeiro objeto na minha frente, o atirando contra a parede numa tentativa inútil de aplacar minha ira. Mas obviamente, a resposta para minha frustração não estava nos estilhaços de cerâmica espalhados pelo chão.

Do outro lado da sala, Santana respirou fundo, encarando os restos dos cacos, onde ainda se podiam ver as flores vermelhas dos restos do Ming, que agora adornavam o piso. Ela e Brittany haviam revirado praticamente toda Manhattan a procura de Rachel, enquanto eu me alimentava de todo sangue disponível no meu deposito, tentando recuperar minhas forças.

“Esfarelar uma peça de quase 80 milhões de dólares contra a parede não vai fazê-la aparecer, Q. ” e talvez percebendo o quanto eu ainda estava disposta a continuar ‘esfarelando’ o que estivesse à minha frente, o que podia facilmente inclui-la, Santana acrescentou rapidamente, “Você ainda pode senti-la. Ela ainda está viva. Isso é o que importa.”

Era justamente o ainda que me incomodava. Eu podia senti-la... ele estava camuflando o rastro dela.

“Maldito.” E dessa vez, descontei minha raiva na mesa da sala. Santana suspirou profundamente no momento que o móvel inútil se partiu ao meio. “Eu consigo sentir ele a roubando de mim, Santana! Aquele maldito quer a minha Rachel!”

Graças a minha cópia, aquela que deixei no sangue de Rachel para protege-la, pude ver o momento que Jesse St. James a encontrou. Ele sentiu meu cheiro nela, e percebeu imediatamente o que ela significava para mim. Não importa o que aconteça, ele nunca vai superar o fato do seu criador ter me escolhido para sucede-lo junto ao conselho do clã. Nunca cheguei a assumir a posição. Não era algo do meu interesse. Mas, infelizmente o ego é a parte mais sensível de Jesse St. James, e para ele, minha indicação foi um ultraje a sua posição. ‘Vou tirar aquilo que lhe for mais precioso, Fabray. E vou humilha-la da mesma forma que você me humilhou.’ Como eu disse antes, o ego é a parte mais sensível de Jesse St. James, e durante todo esse tempo, ele esteve esperando que meu lado mais sensível surgisse. Agora, ele era capaz de sentir minha dor, meu desespero e impotência de não poder alcançar Rachel e certamente estava se vangloriando por finalmente ter sua vingança.

“Quinn!”

A voz de Brittany, vinda do hall, acabou salvando outro vaso caríssimo da minha fúria. Num piscar de olhos, eu e Santana estávamos diante dela na porta de entrada.

“Encontrei isso num carro que estava sendo rebocado na 8th com a 44th St.” Ela disse me estendendo um cachecol chiffon dourado. O mesmo cachecol que Rachel estava usando ontem.

“Isso fica a quase quinze quarteirões de onde o rastro dela sumiu.” Santana balbuciou irritada ao meu lado. “Esse filho da mãe está brincando com a nossa cara!”

Mas enquanto Santana tinha um ataque de fúria, externando sua raiva em um milhão de palavrões em sua língua nativa, algo pareceu clicar na minha mente.

“8th com a 44th?” Repeti, buscando o olhar de Brittany.

“Sim. Dentro de um Rolls-Royce preto, abandonado...”

“...na frente do Majestic.” Completei, sentindo meus lábios se curvarem num sorriso e disparei em direção as escadas. Esperar pelo elevador só me atrasaria mais.

Santana interrompeu a sessão de blasfêmias, correndo atrás de mim.

“Majestic? O Teatro onde aquele musical irritante está em cartaz há anos?”

“Ele está encenando o Fantasma da Ópera!” Brittany exclamou logo atrás de mim, obviamente tendo compreendido a situação mais rápido que Santana.

“E Rachel é Christine...” complementei, pulando vários lances de escada, disparando na frente a toda velocidade, movida pela fúria descomunal de arrancar a cabeça do maldito fantasma que havia roubado meu anjo.


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