Show me Forever escrita por danaandme


Capítulo 5
Raios de sol e mordidas




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Show me Forever

Capítulo 05 – Sunlight and bites.

Tudo o que quero é correr, é fugir de todas essas promessas impossíveis.

Tenho que ir para longe dela.

As lágrimas borram minha visão ao passo que eu corro pelo apartamento em busca de uma saída. Alguns elementos de decoração, um piano de cauda, um lustre de cristal sobre uma elegante e moderna mesa de jantar, paredes brancas adornadas com belas obras de arte, móveis de madeira escura, os ambientes invadiam minhas retinas entrando e saindo de foco, implorando por atenção durante minha corrida sem rumo através dos cômodos. Outrora, eu certamente me perderia no tempo admirando as minúcias de tanto bom gosto e elegância espalhadas por todo apartamento, mas agora tudo aquilo me sufocava. As palavras dela queimavam em meu peito, e ao mesmo tempo que meu cérebro gritava que aquelas promessas eram vazias e impossíveis de serem concretizadas, meu coração pedia por uma chance, por uma esperança.

O pranto desesperado que envolvia meu coração, fazendo meu peito convulsionar de dor acelerando minha respiração, me fez perder a noção do tempo por um momento. Como um flash, num instante eu estava tateando o mármore frio, me apropriando de um chaveiro que jazia brilhante sob a bancada de uma cozinha impecavelmente limpa, e no minuto seguinte, o cheiro das ruas me atingia em cheio, arrebatando meus sentidos e estufando meus pulmões.

O sol ofuscava minha visão ainda turva pelas lágrimas, e eu esbarrava em desconhecidos nas calçadas movimentadas de New York. Era difícil me orientar em meio aquela massa barulhenta de estranhos sem face que seguia adiante, insensíveis a qualquer problema que não lhes fossem diretamente relacionados.

Uma placa na esquina me tirou do topor mental no qual eu me encontrava.

‘East 69th St, com a Madison Ave. O Central Park fica há alguns quarteirões voltando, mas se ela...’, repassei o mapa de New York mentalmente, analisando outras opções de fuga. Eu não queria vê-la. Eu não queria me perder em Quinn novamente.

O problema é que deixar o Upper East Side da cidade a pé, desprovida de qualquer dinheiro, rumo ao meu pequeno e humilde apartamento na minha quase segura vizinhança em Williamsburg, no Brooklyn não seria nada fácil.

Eu já estava sem fôlego, vagando pelas ruas aleatoriamente. A cada passo, meu coração parecia se partir em mais um pedaço. Eu estava ferida, magoada e mais do que qualquer outra coisa, eu estava me sentindo iludida.

‘Não é real.’, eu repetia incessantemente. ‘Não podia ser real. Ela deve ser capaz de me fazer sentir assim.’ Não era possível que em tão pouco tempo algo dessa magnitude acontecesse. Eu não podia ter me apaixonado por ela.

Mas a dor me corroía por dentro, e eu conhecia muito bem essa sensação. Foi assim que me senti quando ele me abandonou naquela estação há alguns anos. Até aquele dia, eu nunca havia pensado que amar alguém fosse resultar em tanta dor. Quer dizer, eu me achava, até certo ponto, imune ao abandono. Anos de bullying e solidão me ensinaram muito bem o que esperar das pessoas, mas naquele dia, eu descobri que o amor podia tornar o abandono ainda pior.

Finn disse que aquele seria seu maior gesto de amor. Ele me prometeu que ao se afastar, ele estaria colocando em minhas mãos a chance de ser tudo aquilo que sempre sonhei ser. Para ele, aquele instante deveria ser lembrado como o momento mais altruísta de sua vida, mas para mim, aquele dia marcou o início do fim. Pouco mais de um ano depois ele me deixaria para sempre, levando com ele um pedaço meu.

Daí então, meu mundo foi desmoronando lentamente.

Eu fiquei doente, muito doente. Kurt, meu único amigo no mundo e companheiro de apartamento, teve que me levar as pressas ao Hospital porque em meio a um surto de febre, comecei a sentir dores fortíssimas na garganta. Não me lembro muito bem do que aconteceu. O médico responsável por meu caso tentou me explicar que um vaso sanguíneo havia se rompido na minha garganta, e que apesar disso não ser grave o bastante para por em risco minha vida, havia sido suficiente para exterminar meu sonho de ser uma estrela na Broadway.

Eu já havia perdido parte de meu coração, e naquele instante perdi minha alma.

Pouco tempo depois, Kurt resolveu retornar à Lima. Seus pais ainda sofriam muito pela morte tão súbita de Finn e Kurt não conseguia seguir em frente dessa maneira. Eu não o culpo, diferente de mim, a egoísta-mor, Kurt sempre colocou sua família em primeiro lugar. Além disso, eu não estava sendo a melhor das companhias depois que meu sonho fora dilacerado. Pelo menos em Lima ele teria o ombro amoroso de seu namorado Blane, para ampará-lo.

Nós nos despedimos num belo fim de tarde, durante o inverno a mais ou menos três anos. Eu nunca mais o vi. A princípio recebi alguns emails, no último deles ele me contou que Blane havia sido aceito numa Universidade na Califórnia, e que eles estavam pensando em morar juntos em San Francisco.

Permaneci em Nova York. Sozinha. Pulando de emprego em emprego, tentando concluir uma faculdade, que claramente eu já não possuía talento suficiente para pertencer. Mas, eu resistia a qualquer ideia de ‘me entregar’.

Embarquei numa rotina de tratamentos, consultas com especialistas e aulas especiais. Eu me apoiei em tudo que pude encontrar, na esperança de que teria minha música de volta. Meus pais eram minhas rochas, meu porto seguro. Eles nunca desistiram de mim.

Eles eram meu mundo.

Depois que eles se foram, eu não tinha mais nada.

Até Quinn aparecer.

Só que isso não podia ser real, porque Quinn conseguira preencher todos os espaços vazios em minutos. Desde a primeira vez que a vi ela ocupou minha mente completamente. E até então, meus planos insanos de cometer suicídio em seus braços faziam absoluto sentido, enquanto eu me convencia de ter encontrado a solução de todos meus problemas na morte.

Sequei o rosto com as mangas do casaco. Um homem alto de terno e gravata desviou de meu caminho franzindo a testa irritado, uma mulher que vinha logo em seguida não foi tão rápida. Trombamos de frente derrubando no chão o celular dela e algumas pasta que ela carregava.

“Qual é a sua, garota? Presta atenção por onde anda!”, ela reclamava ao mesmo tempo em que tentava juntar os papeis espalhados pela calçada. Foi quando enxerguei dois tickets para ‘O Fantasma da Ópera’.

‘Broadway.’

Mais as lágrimas brotaram em meu rosto.

“Eu posso trazê-la de volta, meu amor. Eu posso curá-la. Você vai cantar novamente, e eu vou ouvir sua bela voz por toda a eternidade”, sua doce voz parecia sussurrar novamente em meu ouvido.

‘Não.’

Quarteirões passaram por mim como borrões. Não sei ao certo quantos, só sei que virei várias esquinas e que agora desacelerava sem folego num beco vazio. Eu ainda estava no Upper Side? ‘Não... eu lembro de ter subido a Lexington em algum momento. Quando eu deveria descer a Madison... Aonde você estava indo, Rachel?’

"Ei, docinho. O que você está fazendo em um lugar como este?"

A voz masculina grave e rude me trouxe de volta à realidade.

Viro lentamente, encarando o homem que agora se encontrava em minha frente. E concretizando meus medos, ele é grande, assustador, repugnante... e extremamente ágil. Num piscar de olhos, uma mão áspera e imunda me agarrava pelo pescoço, esmagando meu corpo contra a parede.

"Você parece uma bonequinha, sabia garota?" , ele sussurra junto ao meu rosto, apertando ainda mais seu corpo suado e fétido junto ao meu, para logo depois deslizar a outra mão por minha coxa até meu joelho, me forçando a abrir as pernas.

Luto com todas minhas forças para me livrar, mas é obvio que não tenho chance alguma contra ele. As poucas súplicas que escapam por meus lábios parecem excitá-lo ainda mais. Posso sentir o membro dele enrijecendo junto a mim e a realização de que a morte me encontrará, abandonada num beco qualquer, violentada por um pervertido, não me deixa pensar em mais nada... em nada além dela.

Porque mesmo que todo esse sentimento dentro de mim, não seja mais do que uma ilusão criada por ela, eu ainda desejo de todo coração que seu rosto fosse minha última lembrança deste mundo.

"Quinn, eu sinto muito." , murmurei entre lágrimas.

Mal fechei os olhos e me senti cair no chão. Abri os olhos assustada, só para me deparar com meu anjo negro em toda sua glória. Ela estava segurando o meu agressor firmemente pela garganta com uma mão só, imobilizando seu corpo enorme contra a parede oposta do beco.

"Fique longe dela," pude ouvi-la rosnar.

O homem tentou se livrar, agarrando a mão aparentemente delicada que o subjugava, a forçando para soltá-lo, mas Quinn não parecia fazer esforço algum para mantê-lo preso. O homem suava e suas veias começavam a saltar em sua testa. Suas feições grosseiras se contorciam e seus olhos se esbugalhavam, pequenos pontos vermelhos começaram a surgir nas áreas claras, circulando as íris castanhas de seus olhos espantados e seu rosto estava assumindo lentamente uma tonalidade arroxeada, mesmo assim, ele continuava se agitando tentando se livrar.

"Sua-v-adia... va-i se foder... ", ele balbuciou forçadamente.

"Você primeiro", a voz gélida dela fez com que um arrepio percorresse meu corpo. Ouvi um estalo seco e depois o corpo do homem caiu sem vida junto a parede de tijolos sujos.

Estou congelada em meu lugar, esperando ela se virar, mas ela não se move. De repente me dou conta do sol brilhante no céu. Olho para Quinn novamente.

"Oh meu Deus, o sol! Vampiros não caminham sob a luz do dia!”, não me dei conta de que tinha corrido na direção dela. Quando dei por mim, já estava agarrada a seu braço a empurrando para a sombra mais próxima.

Nossos olhos se encontram e meu coração pareceu despedaçar dentro de mim. Ela parecia tão vulnerável....e debilitada.

"Você está ferida?", ela me perguntou, passando uma das mãos gentilmente por meu rosto. Vê-la me olhar daquele jeito doía tanto quanto saber que nunca mais eu seria capaz de cantar.

"Não se importe comigo, Quinn! Olhe para você. Você precisa sair do sol. "

Ela sorriu docemente colocando algumas mechas do meu cabelo atrás da minha orelha.

"Você é tudo que importa para mim, Rachel... e o sol não me fará mal...", pude ver a dor se desenhar em seus olhos. "...Rach, não fuja de mim de novo...pr favor?"

Não posso vê-la sofrer assim.

A agarrando pelos ombros, eu a empurrei pelo beco margeando as áreas já cobertas pela sombra. Ela não ofereceu resistência, parecia fraca demais para se impor contra a minha vontade. Continuamos caminhando cada vez mais devagar, já que o cansaço de Quinn parecia aumentar a cada passo que dávamos.

Consigo identificar a silhueta de uma grande porta um pouco mais adiante. O formato dela me lembrou as portas de backstage dos teatros da Broadway. Examinei o prédio com mais cuidado, ele aparentava estar em obras, com várias tapadeiras mal postas em algumas janelas. Guiei Quinn em direção a porta e com uma das mãos forcei a maçaneta. Compreendendo o que eu pretendia, Quinn usou o resto de suas forças para arrombar a porta. Consegui cambalear para dentro do prédio com ela praticamente debruçada sobre mim.

"Quinn? O que eu faço? ", perguntei dando voz ao medo que eu sentia. O que eu podia fazer? Eu não era capaz de arrancar de dentro de mim essa angustia de não tê-la em minha vida. Eu sei que fugi, sei que é muito provável que todo esse sentimento que me consome seja uma ilusão criada por ela, mas eu não podia evitar.

Talvez tenha sido a maneira como ela veio ao meu resgate... ou o jeito como ela suplicou para que não a deixasse...

"Está tudo bem. Eu vou ficar bem, não é nada..."

"Você mal consegue ficar em pé, Quinn! Eu não sou idiota! Você até pode caminhar sob a luz do dia, mas isso te machuca, não é?"

Posso notar o quanto ela está se esforçando para se manter lúcida. Quinn balança a cabeça num gesto negativo e um sorriso tímido se esforça abrir caminho em seu rosto, numa tentativa de amenizar suas feições de dor. Posso ouvi-la puxando oxigênio pela boca, ao mesmo instante em que seu peito sobe e desce de maneira urgente, quase como se ela realmente necessitasse de ar. Ela se apoia ainda mais sobre meu corpo tentando firmar suas pernas.

"Não. O sol não me afeta... mas até que achei... romântica... a ideia de ser uma criatura condenada as trevas...”, as pernas dela vacilam mais uma vez e decido que é melhor senta-la no chão. Quinn parece aceitar de bom grato o apoio firme do piso frio e empoeirado, e deita com as costas para o chão, esticando o corpo sobre a superfície rústica e desconfortável de concreto batido.

“Eu... só. Não me alimento há alguns dias...”, ela continuou exausta.

A angústia de vê-la tão fragilizada fazia com que meu coração afundasse dentro de mim. A sensação de culpa imundava minha mente. ‘Se eu não tivesse fugido, ela não estaria desse jeito... ela não sofreria.’

Eu precisava fazer alguma coisa para aliviar a dor que eu sabia que ela estava sentindo.

Mas o quê? O quê alguém tão pateticamente inútil como eu, poderia fazer para ajudar... ‘Oh...’ a realização se chocou em mim, no mesmo minuto em que meus joelhos tocaram o chão.

"Você precisa se alimentar, Quinn."

Suas feições perfeitas se contorcerem imediatamente, absorvendo a urgência contida em minhas palavras. Assisti seus olhos cor de avelã se fecharem e se abrirem brevemente, antes que as belas orbes, agora banhadas de gotas esverdeadas, se escondessem novamente de mim.

"Eu não vou fazer isso" , ela concluiu travando o queixo.

‘Como ela pode ser tão cabeça dura numa hora como essas? E como assim; não vai fazer isso? Eu estou aqui praticamente me oferecendo!’

"Você vai sim. Eu quero que você beba meu sangue, Quinn.", pude sentir a vontade de fincar meu pé direito no chão percorrendo meus tendões já estressados. Se eu estivesse em pé, ela teria percebido o quanto detesto ser contrariada.

"Não fale assim, Rachel. Por favor." , seus olhos se voltaram em minha direção cheios de súplica, mas havia outro sentimento borbulhando junto daquele mar dourado de faíscas verdejantes. Suas pupilas estavam se dilatando. Era notável a maneira como aquelas esferas negras se ampliavam, inundando o olhar dela com... desejo.

Só então, eu notei o jeito como ela fechou as mãos, travando os punhos junto ao corpo. Ela estava ofegante. Ela me desejava, mas eu não acreditava que esse desejo se resumia ao desejo de uma boa refeição. E nesse momento, essa era minha melhor arma contra a teimosia dela.

Com a mão direita puxei meus cabelos para cima de meu ombro, deixando o lado esquerdo de meu pescoço completamente à mostra, em seguida me inclinei sobre ela, aproximando meus lábios de seu ouvido. Pude sentir seu hálito doce em minha face, quando ela soltou um suspiro e fechou os olhos. Séria um golpe baixo, e disso eu tinha absoluta certeza, mas certas situações pedem por medidas drásticas.

"Quinn?”, eu praticamente gemi seu nome, sussurrando junto ao seu ouvido. O corpo dela ficou tenso no mesmo minuto e uma sensação estranha percorreu meu corpo. “Eu quero que você se alimente de mim..."

Os lábios dela se partiram brevemente, deixando escapar algo que mais pareceu um ganido. Aquilo despertou algo primitivo dentro de mim. Senti uma aura de poder se apoderar de meu ser. Eu me senti incrivelmente sexy... e de repente, uma vontade incontrolável de quebrar a resistência dela nublou qualquer outro pensamento de minha mente.

Eu precisava que ela perdesse o controle. Eu precisava que ela deixasse evidente o quanto ela me queria.

Curvando meu corpo sobre o dela, cheguei ainda mais perto, praticamente roçando a pele de nossos rostos, sussurrando em seu ouvido com uma voz, que agora soava rouca e carente.

"Eu quero sentir suas presas se apoderando de meu corpo, Quinn. Quero o meu sangue percorrendo suas veias, marcando você...”

Perdi completamente o controle... mas aparentemente não tinha sido a única. Numa velocidade sobre-humana, Quinn me tomou em seus braços, me segurando junto a si firmemente. Em algum lugar perdido em minha mente, uma vozinha dizia que eu deveria estar apavorada, ‘Corra, corra para as montanhas, Rachel!’, mas essa vozinha estava sendo abafada pelo enorme coral que berrava em uníssono o nome daquele ser divino que me segurava, implorando que Quinn continuasse.

Um gemido involuntário escapou por meus lábios, e o olhar da vampira que me amparava possessivamente em seus braços, se tornou mais faminto... só que essa fome era de longe, algo que se assemelhasse a uma mera necessidade fisiológica.

Era pura luxúria.

Minhas próximas palavras selariam nossos destinos para a eternidade... e provavelmente me levariam a morte.

"Por favor, Quinn... me faça sua..."

Os lábios dela estavam em meu pescoço antes mesmo que eu terminasse meu apelo. Senti sua língua percorrer minha pele, fazendo outra onda de calor se alastrar dentro de mim.

"Minha." Quinn declarou, a voz rouca e urgente junto ao meu ouvido.

"Sua. Quinn...por favor.”

As palavras saiam de minha boca sem que eu controlasse o que estava dizendo. O desejo que agora percorria minhas veias, talvez fosse maior do que aquele que tinha me instigado a usá-lo ao meu favor para salvá-la.

No segundo seguinte, as presas se afundaram em minha pele. Mas, ao contrário de ser consumida por uma dor excruciante, a chama libidinosa que habitava meus pensamentos, voltou a criar jorros de prazer, disparando descargas elétricas por todo meu sistema nervoso.

Não era a morte que invadia meus sentidos e entorpecia meus pensamentos, era a vida. Quinn sugava meu pescoço, meu sangue, minha alma, e esse fulgor voraz irrompia por todo meu corpo, devorando cada milímetro meu, se concentrando na área já pulsante da minha virilha.

Quanto mais ela bebia, mais eu me contorcia de desejo.

Minhas mãos se enterraram em seus cabelos loiros, emaranhado os fios sedosos em meus dedos, a puxando para mais perto. Minhas costas encontraram o chão frio e o corpo, agora quente da vampira que estava fazendo meu mundo virar ao avesso, se aninhou sobre o meu. Eu estava sendo reduzida a um massa orgânica descontrolada, completamente dominada pela excitação.

Quando seus quadris se chocaram aos meus, eu já não tinha mais noção da realidade ao meu redor.

Tudo estava acontecendo muito rápido;

Tudo estava ficando confuso;

E cada vez mais frio;

E escuro...

A última coisa que ouvi foi a voz doce e desesperada de Quinn... meu anjo negro... gritando meu nome.

"Rachel! RACHEL! NÃO!"


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