Nosso passado,nosso futuro.. escrita por Gabriella War of Darkness


Capítulo 9
Cap. 9


Notas iniciais do capítulo

Espero que estejam gostando!!



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Parados no meio da escada que subia para o mezanino, Booth e Brennan se miraram, a raiva ainda à flor da pele.

–Um bebê, Bones! Você tinha que ter me contado!

–Está assumindo que é seu?

–E não é?

–E se não fosse?

–Mas é, não é? Era dele que você estava falando!

–E por que você achou que eu estaria com alguém? Só por que você havia me esquecido e estava com outra?

–Eu não...! Bones, eu só falei aquilo por que estava com raiva! Queria estar no mesmo patamar que você!

–Nós estamos no mesmo patamar! – disse ela, olhando para a escada, confusa – E você inventou a mulher, então?

–Eu não inventei! Mas não deu certo, de qualquer forma!

–Bren ...

Os dois se viraram ao mesmo tempo.

–O que é?

Angela se encolheu um pouco.

–Desculpe ter que atrapalhar essa conversa racional e civilizada. Mas não consigo fazer ele parar de chorar de jeito nenhum.

Só então os dois notaram a criança no colo dela, e o escândalo que estava fazendo. O rosto do bebê estava vermelho do esforço do choro.

Booth olhou para o garotinho chorando, a raiva se esvaindo de forma repentina. Ele viu Brennan descer o lance de escadas mais rápido do que seria seguro, e logo estava ao lado de Angela.

–Isso não é choro de fome, nem de fralda molhada. – disse ela, pegando o bebê no colo. - É choro de dor.

Booth havia descido os dois últimos degraus, mas não falara nada. Eram informações demais para assimilar em menos de meia hora. Brennan começou a caminhar até o escritório, e ele a mirou, maravilhado com a naturalidade com que ela carregava o bebê. Parecia tão certo e natural.

Um bebê. Brennan tinha um bebê. O bebê era seu. Ele tinha outro filho. Com Brennan!

Ele esfregou o rosto com as mãos, confuso. Angela pôs uma mão em seu ombro.

–Eu falei, não falei?

Ele a olhou, mas não teve vontade de responder. De repente, dentre tantos sentimentos misturados, um se sobressaiu. Por que Brennan não contara a ele? Seria o filho realmente dele? Assim que começou a seguir pelo mesmo caminho que ela havia tomado, ouviu Angela falar.

–Vá com calma, G-man. Não vá fazer besteira.

Ele se virou, indignado.

–Eu, fazer besteira Angela? A Bones teve um filho meu e não contou!

–Você conhece a peça melhor que eu, Booth. Só não a assuste.

Ele parou na porta do escritório. Brennan tentava guardar fraldas secas e mamadeiras vazias dentro de uma bolsa, usando apenas uma das mãos, uma vez que a outra sustentava o peso da criança.

Ele entrou sem falar nada, se dirigindo até ela. Guardou os objetos que ela tentava enfiar de qualquer forma, fechando a bolsa logo em seguida. Ela o mirou, um olhar apreensivo.

–Vou para casa. – disse ela depois de um tempo. – Desde cedo que ele está assim.

Ele devolveu o olhar.

–Cólicas?

Ela concordou com um meneio. Não perguntou como ele poderia saber, e ele também não esclareceu.

O ar na sala estava denso e pesado. Brennan finalmente moveu-se, pendurando a bolsa de fraldas em um dos ombros.

–Eu levo você para casa. – disse Booth de repente.

–Não precisa. A cadeirinha está no meu carro, de qualquer forma.

–Eu levo seu carro, depois pego um táxi.

Ela parou na porta, olhando para ele. Não fazia sentido ele levá-la para casa no carro dela para depois voltar de táxi. Mas ela entendeu a intenção dele. Não poderiam adiar mais aquela conversa.

Brennan finalmente concordou, com um meneio, e estava para se virar quando ele a impediu, se aproximando dos dois e deixando um beijo na bochecha do menino. Ela se sentiu uma idiota ao ficar esperando por um beijo também. Ele podia parecer ter aceitado bem a história, mas ela sabia que muitas perguntas ainda precisavam ser respondidas antes que os dois voltassem a ficar completamente bem. E a primeira delas seria por que ela não falou antes. Por quê?

Flashback em

Brennan estava sentada no chão da varanda do chalé, o laptop à sua frente. Estava terminando mais um capítulo do novo livro que começara. Não havia falado com seu editor a respeito disso, não pensava em publicá-lo realmente. A história nada tinha a ver com o que normalmente publicava, mas ela sentiu a necessidade de escrevê-la.

Uma garotinha miúda e com grandes olhos negros estava sentada ao seu lado. Marrniyati era neta de Fariza, e adorava observar tudo que Brennan fazia com curiosidade. Brennan não se importava com a companhia. Marniyati era muito esperta e educada, e ela estava aprendendo muito do dialeto local com a menina.

Brennan fez uma pausa, se recostando à parede e perguntando se Marniyati estava com fome. Ela pousou a mão sobre a barriga, um hábito que já era quase inconsciente. Então sentiu algo.

–Está tudo bem? – perguntou Marniyati, preocupada.

Brennan respirou fundo. Aquilo decididamente era uma contração. Não era?

–Você pode chamar sua avó? – perguntou ela, sem tirar os olhos da barriga – Acho que o bebê vai nascer.

A garota soltou um gritinho agudo, Brennan não soube dizer se era de alegria ou de medo, e saiu correndo atrás da avó.

Ela respirou fundo algumas vezes. Era isso. Seu filho ia nascer. Ela não estava assustada.

Ia dar tudo certo.

20 horas depois, às 10 horas e 45 minutos da noite, Nicholas Booth veio ao mundo. Era grande para um recém-nascido, e tinha um cabelo ralo e escuro.

Brennan ainda não havia decidido como seria o sobrenome da criança. Mas queria que ele tivesse o sobrenome do pai. Queria que ele fosse o mais parecido possível com o pai, que tivesse o coração aberto, que se arriscasse, que amasse. Não queria que ele sofresse como ela sofreu.

Quando Brennan o segurou pela primeira vez, perdeu o chão. O garotinho era perfeito. Lindo. Estava vermelho e enrugado, mas era a coisa mais linda que ela já havia visto em toda sua vida. E naquele momento, por alguns ínfimos segundos, ela desejou que Booth estivesse ali.

Flashback off

Continua..


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Notas finais do capítulo

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