Andrômeda escrita por Carol


Capítulo 3
Amelia Pond


Notas iniciais do capítulo

Sim, sim, eu estou atualizando super rapidinho. Não posso evitar!
Peço que prestem atenção nas datas no começo do capitulo. Elas são importantes para entender a ordem da historia, já que ela é cheia de flash backs. Capitulo curtinho hoje só para introduzir a Amy ( não, não é uma historia de amor, mas um romance não mata ninguem), mas amanhã já espero postar um novo ( eu sei, eu sei!).



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7 de junho de 2032

Seu coração batia tão forte que Paul tinha certeza que ele pularia para fora do seu peito a qualquer momento. Isso se o barulho ensurdecedor do lançamento não estourasse seus tímpanos antes. Ele nunca ficara mais nervoso na sua vida, nem mesmo em sua primeira entrevista de emprego ou quando reuniu coragem para chamar Patty Pringielsfied para ir ao baile de formatura, o que por falar nisso foi todas as definições possíveis da palavra desastre.

Ele congelou antes mesmo de falar uma palavra sequer e ficou ali de boca aberta olhando para aqueles lindos olhos castanhos. Até hoje nunca entendera, propriamente, o que tinha ocorrido ou mesmo porque ele tinha paralisado. Mas isso era tão ele, simplesmente congelar em situações de vida ou morte. Se ele tivesse pelo menos falado qualquer palavra para ela talvez ele pudesse ter evitado a humilhação e o apelido de cagão que ganhara pelos três anos seguintes. Esperava que o lançamento não fosse um desastre também. Deus, ele estraga todas as coisas que consegue botar a mão. Era capaz da aeronave explodir só porque ele estava dentro, ou a papelada que tivera que assinar antes pegasse fogo apenas pelo fato que tinha seu nome escrito.

Paul não compreendia muito bem porque diabos estava pensando na aeronave explodindo bem na hora da decolagem ou porque ele estava se sentindo nostálgico em relação aos olhos quase-dourados-mas-castanhos de Patty Pringielsfied. Ele só precisava de alguma coisa para pensar por que se não Deus o livre, o seu cérebro ia explodir. Por favor só acabe logo com isso.

Como se uma força sobrenatural com um senso de humor nada agradável estivesse zombando dele, a nave deu um solavanco e quase provocou um ataque cardíaco no próprio. Se eu morrer antes de pisar em Marte, eu vou ser oficialmente a pessoa mais azarada que já pisou na Terr- Ah, Deus.

Se você nunca teve o prazer de ter a visão da terra vista do espaço, bem, eu 100% recomendo.Paul precisou respirar fundo algumas vezes até conseguir parar de tremer. Eles tinham saído da órbita terrestre e aquele estonteante planeta azul o encarava. Claro, ele já estivera na estação espacial antes. Mas isso era completamente diferente, de uma maneira inexplicável. Seus colegas emitiam suspiros de alívio e saíram até alguns aplausos tímidos. Todas as preocupações, medos e incertezas e até suas experiências escolares pareceram diminuir devagarinho e se esconderem no fundo de sua mente, até que elas despareceram por completo. Tudo que importava era aquele momento que Paul gostaria de deixar congelado na sua mente para sempre.

Então sim, mais uma vez Paul Johnson estava congelado, mas dessa vez ele não tinha nenhuma intenção de voltar a realidade.

(...)

1 de novembro de 2018

“Hey, novato!” uma voz feminina gritou no meio da sala “Tire cópia desses documentos para mim. Preciso deles até meio dia, ok? Sem atrasos. Aqui não abrimos espaço para erros. Então vai, mãos a obra.” uma moça baixinha disse entregando uma pilha de papéis de tamanho absurdo nos seus braços. Paul se surpreendera que uma mulher daquele tamanho conseguisse carregar tanto peso sem tombar para trás.

“Hmm eu… Eu não sou um secretário, senhora” ele disse com receio.

A mulher colocou os bracinhos gordinhos na cintura e cerrou os olhos, fazendo uma careta enquanto observava Paul. Bem, lá se vai uma boa primeira impressão. “Novato, eu não me importo o que você seja, só me importa que esses documentos precisam estar na minha mesa até meio dia”

“Ah-”

“Ah por Deus, deixe o garoto em paz. Primeiro dia dele aqui e você vai traumatizá-lo? Você não é tão sem coração assim Edna” disse uma voz atrás dele.

Paul se virou para encarar a sua salvadora. Sabe quando você tem certeza absoluta que vai lembrar daquele momento pro resto da sua vida? Então. Paul tinha certeza de que se lembraria da primeira vez que seus olhos atingiram a beleza celestial dela. Não eram nem os seus olhos azuis claros que pareciam ler a sua mente, ou o cabelo dourado avermelhado que pareciam deslizar sobre seu rosto. Era alguma coisa nela, apenas nela que parecia o puxar para perto. Paul soltou uma risada nervosa, o que não adiantou muito para melhorar o humor da Srta. Edna Rabugenta. Felizmente, ela sorriu.

“Amy. Amy Pond” ela se apresentou estendendo a mão.

“Paul Johnson” ele apertou a mão dela. Era macia. Ahh, mas era claro que era macia.

“Edna, acredito que você consegue encontrar outro novato para infernizar a vida”

Edna deu um longo e irritado suspiro para Amy. Retirando a pilha de papéis dos braços de Paul, ela se retirou deixando um gosto amargo no ar.

“Hm, obrigada por isso. Eu acho”

“Ei, apenas fazendo o meu dever como ser humano. Mas talvez você queria evitar Edna por um tempo. Ela vai ficando mais amigável depois que você conhece ela, mas ela é seriamente assustadora ás vezes”

“Vou fazer questão de não esquecer disso.” Ele sorriu.

Ela retribuiu.


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Notas finais do capítulo

(( sim eu peguei o nome dela de Doctor Who)). Queria agradecer todas as criticas que recebi até agora. Por favor continuem! Amei ler elas.



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