Bad Boys escrita por Luah


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

GENTEEEEE
O que vcs acharam da nova capa?
Me contem nos comentários, qualquer coisa eu mudo de volta okay?
Eeeeeeee
Temos quase 100 pessoas acompanhando a historia. Queria pedir pras pessoas que ainda nao favoritaram, favoritar.
Por favor?
Muito obrigado e beijo de luz.



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Os nerds conseguiram uma van preta pra nos levar atè a cidade vizinha. O que eu achei bem convencional uma van estacionada perto de um puteiro.
Eu me sentei com Jhon ao meu lado direito e Bil do Esquerdo, Came e Erick estavam na nossa frente com seus notebooks , Ben estava no volante e o restante iriam aguardar no apartamento de Bil cuidando das câmeras e nos mantendo irformados.
Estava um clima pesado ali, estava quente e eu não sabia o que fazer. Estávamos prestes a seguir viagem quando Clara bateu na porta da van.
Jhon abriu a porta e ela jogou uma sacola de uma loja que eu reconheci como uma das mais caras da cidade.
—Ela não vai ser aceita se estiver vestida para matar, literalmente.-Clara disse enquanto fechava a porta.
Franzi a testa e Jhon me passou a sacola, dei uma espiadinha lá dentro.
—Ela só pode estar brincando!-exclamei.
Bil e Jhon se entreolharam e ambos tentaram olhar a sacola mas eu a fechei antes que conseguissem ver o corpete e a cinta liga.
—Olha Ana, você precisa se trocar enquanto vamos atè lá. Vai pro banco de trás e vista essa roupa -Ben disse me olhando pelo retrovisor.-Ninguém vai espiar.
Ele disse isso mas pude ver um sorrisinho displicente naquele rosto.
—Eu não prometo nada-Jhon sussurou.
Fuzilei ele e me joguei nos bancos de trás, ciente que se Ben olhasse mais uma vez pelo retrovisor ele me veria numa posição muito humilhante.
Came e Erick estavam me olhando quando me ajeitei no banco. Eles coraram como dois adolescentes e voltaram a atenção para seus notebooks. Encarei a cabeça de Bil e depois a de Jhon pra ter certeza que elas se mantinham voltadas para frente. Suspirei e abri a sacola, peguei o corpete e o encarei por alguns segundos, ele era todo preto com detalhes em renda branco na parte superior onde ficavam os seios. Havia tambèm a calcinha e a cinta liga igualmente pretos.Grunhi baixinho o que atraiu o olhar de todos.Fechei a cara e eles voltaram para suas posições originais.Tirei um sobretudo bege da socola e quase morri ao ver uma bota daquelas que iam atè os joelhos, de salto.Meu Deus , pensei comigo.Suspirei e comecei a tirar minha camiseta do Jack enquanto Ben dirigia a Van numa velocidade alarmante.Tirei minha calça com certa dificuldade mas tentei não fazer barulhos frustrados pra não atrair olhares para meu corpo quase nú.Estremeci com esse pensamento.Coloquei a calça e minha camiseta na sacola e me preparei pra tirar meu soutien e a calcinha.Tentei fazer isso o mais rápido possível e depois peguei a calcinha preta que ligava a cinta liga, coloquei a meia preta e depois a calcinha, me certificando de ligar as duas. Olhei para frente e vi que ninguém me encarava.Suspirei mais uma vez e peguei o corpete, encaixa-lo no meu corpo foi a parte fácil, a difícil foi tentar puxar o zíper. O que depois de dois minutos exautivos foi uma missão bem sucedida.Suspirei e relaxei os ombros enquanto pegava a bota e a calçava. Assim que terminei eu olhei para meu próprio corpo, e me surpreendi com o fato dele estar... Sexy.
Limpei a garganta e olhei para o pessoal, que tinham todos virados para o banco onde eu estava.
—Então...-eu comecei, mas deixei a frase morrer no caminho.
Olhei para Jhon, ele deslizou os olhos pelo meu corpo lentamente. Passou a língua pelos lábios e abriu a boca, mas pareceu se arrepender e depois a fechou.
Bil me encarava sério, os olhos escurecendo a cada segundo. E como sempre , era difícil adivinhar o que se passava em sua cabeça.
Came e Erick estavam vermelhos e Ben encarava meus seios pelo retrovisor.
—Cara, olha a estrada. Não quero morrer hoje.-Jhon o repreendeu enquanto voltava para frente.
Ben riu e voltou a encarar a rua.
Encolhi os ombros e vesti o sobretudo.
Eu me sentia uma prostituta de luxo.
Então acho que dessa vez a sem sal da Clara acertou.
—Vou colocar esse pequeno microfone em você,de modo que iremos escutar você o tempo todo.-Came disse se endireitando em minha direção com um aparelhinho micro em sua mão, mas Bil o pegou de seus dedos.
—Pode deixar que eu coloco.-ele resmungou.
Came deu de ombros.
Lancaster se virou para mim e afastou o sobretudo da frente do meu seio direito, ele encaixou o pequeno aparelho entre a renda branca de modo que essa o escondesse. Olhei em seus rosto e percebi que ele estava com o maxilar trancado.
Ele me encarou e eu virei o rosto pra porta.
—Vou estacionar, o puteiro fica a uns dez metros daqui, assim ninguèm nos vê caso decidam sair pra tomar um ar-Ben falou enquanto desacelerava a van.
Bil se indireitou e se curvou pra pegar algo embaixo do banco, era uma arma. Jhon fez o mesmo e depois me encarou.
—Vamos estar aqui, okay? Caso esteja correndo perigo nós iremos saber e eu vou atrás de você. Entendeu?
Fiz que sim e suspirei nervosa.
Abri a porta e pulei pra fora do carro. O vento estava forte e o coque que eu tinha feito mais cedo se desmanchara, deixando meus cabelos cairem em volta do rosto.
Não quis olhar pra trás e vê-los , então eu fechei o sobretudo e comecei a caminhar pelo trajeto que eu decorara na noite anterior.
A loja ficava num lugar sem nada por perto, mas mesmo assim havia carros e motos por todo lugar, o que eu achei uma jogada de mestre ter feito um clube noturno no meio do nada, sem rivais e coisas do tipo.
A loja era bem moderna, era visível que eles trabalhavam como se aquilo fosse uma loja de antiguidades e ainda levavam isso a sério. Parei em frente a porta e sussurrei ciente que os garotos me ouviriam lá na van graça ao microfone:
—Vou entrar.
Fechei os olhos e voltei a abri-los assim que adentrei no comércio.
Havia apenas uma garota no caixa, ela tinha cabelos cacheados atè os ombros e a quantidade de maquiagem na cara era o suficiente para rebocar uma parede ali.
Caminhei atè ela e fiz minha melhor pose de "vadia do mal".
A garota estava mascando um chiclete igual a uma vaca quando mastiga o pasto.
—Eu...Han...Eu tenho uma entrevista.-Eu disse tentando soar clara.
A garota desgrudou os olhos da revista de moda e me encarou. Ela me deu um sorrisinho torto e apertou um botãozinho do lado do computador. Havia uma porta atrás dela, e essa por sua vez se destrancou com um som abafado.
Clic.
Ela apontou para a porta com a cabeça.
—Passe pelo corredor e vai chegar num salão, o escritório fica bem nos fundos.-ela disse.
Confirmei com a cabeça e me direcionei atè a porta. Quando eu entrei no corredor, percebi o quão escuro e extenso ele era , mas ao me aproximar do final pude ver luzes e o som de música alta.
O salão era realmente gigante, com luzes coloridas apontando para todas as direções como em baladas. Havia uma passarela reta bem no meio do lugar, com cadeiras em volta onde homens de todas as idades estavam sentados extasiados com as garotas no palco que se exibiam praticamente nuas.
Ninguèm pareceu me notar, e eu caminhei para os fundos passando pelo bar e por pequenos quartos que eram escondidas por cortinas extremamente caras.
O escritório era bem no fundo, e ficava isolado. Mas era um bom lugar para observar todo o salão.
Bati na porta e logo ouvi um "entre".
Inspirei com força e abri a porta me deparando com uma sala espaçosa e bem iluminada, com móveis simples mas com certa elegância.
—Ora, Ora...e quem è você?-uma voz rouca disse.
Me virei para a voz e me deparei com um cara de aproximadamente trinta anos, talvez menos. Os cabelos eram escuros e os olhos de um verde intenso. Os lábios estavam curvados num sorriso e me peguei pensando em como eles pareciam macios.
As mãos estavam apoiadas Atrás da cabeça como se estivesse bem relaxado, ele estava sentado atrás de uma mesa abarrotada de arquivos.
Ele tinha cara de ser durão.
—Han, eu sou...han...-tentei dizer mas minha voz resolveu falhar.
Ele levantou a sobrancelha, aguardando pacientemente.
—Ana-eu disse por fim.-Ana Burton.
Resolvi não dizer meu nome verdadeiro.
Ele sorriu.
—E o que uma mocinha como você veio fazer num lugar como este?- E lá estava aquele tom que eu escutava das minhas tias. Como se eu ainda fosse uma criancinha prestes a ralar o joelho.
Cruzei os braços e o encarei.
—Eu marquei uma entrevista para a vaga de ...-prostituta, pensei.-Dançarina.-disse por fim.
Ele me lançou um olhar furtivo.
—Oh, è mesmo?-perguntou de forma irônica.-Mas para subir naquele palco você tem que ter os quesitos básicos como...
Enquanto ele falava eu tirei o sobretudo. Eu sabia que eu estava sendo petulante. Mas eu precisava ser assim.
Ele não terminou a frase. Seus olhos desceram pelo meu corpo como se me devorasse.
—Quesitos básicos?-perguntei de forma inocente.
Ele me encarou e se levantou bem devagar, veio atè mim e parou na minha frente. Ele era alto de modo que eu tive que levantar o queixo para olhar em seus olhos. O corpo dele estava colado ao meu e ele abaixou o rosto em minha direção. Um arrepio brincou no na minha nuca.
—Você está contratada. Mas como a minha puta particular.
Oh santo Hades...
Se fosse a um dia atrás eu teria dado um chute bem no meio das pernas desse indecente.
Mas no momento eu sou uma jovem que precisa ser contratada.
Mordi o canto da boca pra não mandar ele ir catar grão de arroz no inferno.
Sorri e passei meus braços em volta de seu pescoço. Ele me envolveu pela cintura e sua mão desceu pela minha bunda, ele apertou e grudou os lábios na minha orelha.
—Você è tão gostosa.
Eu estava ciente que o pessoal da van estava escutando tudo isso, e eu tive que me controlar pra nao estremecer de nojo.
—O trabalho vai ser seu se me mostrar do que è capaz.-ele disse ainda com a voz rouca.
Arregalei os olhos.
Deus, se for o que eu estou pensando...
Alguèm bateu na porta e eu me desvincilhei dele. O cara revirou os olhos e beijou minha mão.
—Eu já volto.
Sorri e vi ele indo atender a porta. Não consegui ver quem era e nem ouvir, apenas pedaços cortado da conversa.
—...o Brandon escutou tiros há alguns quilômetros daqui... Não sei mas è melhor averiguar.-a voz do outro lado da porta disse.
O Cara que me entrevistou bateu com o punho na parede ao lado da porta.
—Deve ser aqueles babacas do Leste.-ele rosnou.
Tentei parecer meio disfusa do que estava acontecendo. Ele se virou pra mim e sorriu.
—Eu volto em dois minutos. Fique a vontade.-disse e saiu, fechando a porta com um estrondo.
Esperei alguns segundos aonde eu estava pra ter certeza que ele não decidiria voltar de última hora, então eu comecei a vasculhar.
Comecei pelas gavetas e só encontrei pastas e mais pastas.
Olhei nas prateleiras de livro que ficava na parede de trás e nada.
Bufei e disse no microfone.
—não consigo achar...
Então eu lembrei de algo que meu pai sempre me dizia:" Um bom escritorio sempre tem um lugar secreto, e o meu fica em baixo da mesa", ele dizia isso quando minha mãe o proibiu de comer açúcar por causa da diabetes, e ele escondia barras de chocolate grudadas em baixo da mesa.
—È isso!
Me agachei em frente a mesa e tateei com a mão embaixo. E Voialá!
Senti o objeto pequeno enrolado sob muita fita.
Coloquei o casaco e coloquei o pen drive no bolso, saí do escritório e minha primeira menção era voltar pelo corredor , só que aquela garota poderia por tudo a perder.
Olhei em volta e vi uma porta com uma placa dizendp:"saída"
E corri atè ela, a porta dava atè um galpão aberto, pude ver a van preta estacionada ao longe. Vi Ben sentado ali, e estava prestes a ir atè lá quando percebi que ele estava amordaçado.
—Ora, ora Ana Burton....aposto que esse nem è teu nome verdadeiro.-O cara que havia me entrevistado estava entrando, com uma arma apontada pra minha cara.
Ai meu Deus.
—Achei que seu amiguinho iria gostar de ver o que eu vou fazer com você-ele disse apontando com o queixo pro outro lado.
Virei o rosto na mesma direção e soltei um grito abafado quando vi Bil jogado no chão. O rosto dele estava todo machucado, haviam rasgado a camiseta dele e com uma faca tinham escrito:" Nada será esquecido" no seu peito.
—Bil-gritei e tentei correr atè ele, mas meu entrevistador tinha se aproximado o suficiente pra me agarrar pelos cabelos.
—Ora, Lancaster...Viu o que Você fez ao colocar uma coisinha tão gostosa pra fazer papel de homem? -ele riu e encostou o nariz na minha nuca.
Olhei pra Bil que me encarava sem reação, senti um ódio de vê-lo dessa maneira.
—Ei-alguém gritou atrás de nós.
O entrevistador se virou, e eu pude ver Jhon parado ali. Apontando uma arma pra nós.
O entrevistador riu e me colocou a sua frente.
—Um pouco tarde pra você querer bancar o herói. Se tentar atirar em mim, pode muito bem acertar essa coisinha bonita aqui.-ele deu um beijinho na minha bochecha e voltou a encara-lo.
—Larga ela, vamos tentar resolver isso entre a gente-Jhon gritou ainda apontando a arma.
Lockart riu.
—Oh, maninho. Você sempre foi o mais reclinável de nós. O primeiro a ceder, irmão.
—O que?-deixei escapar.
—Ah, vocês não sabiam?-Lockart fingiu estar chocado.-Como pode esconder isso de seus fièis companheiros por três longos anos, Jhon?
Encarei Jhon sem entender nada.
—Bom, se você não vai dizer... Eu digo: Eu, Lockart sou irmão mais velho de Jhon-ele disse de forma teatral.-Ele me ajudou a roubar o pen drive.
Encarei Jhon e não pude evitar que lágrimas enchessem meus olhos.
—E olha só onde viemos parar...Com uma garotinha indefesa como refém.
Suspirei. Ótimo. Eu estava cansada de agir como uma simples refém.
Essa não era eu.
Forcei minha cabeça com tanta força pra trás e não me surpreendi com o barulho do nariz do Lockart quebrando.
Ele gritou de dor e me soltou, deixando a arma dele cair no chão. Rapidamente eu a catei e apontei pro Lockart.
—O que? Vai me matar agora?-ele disse com sangue entrando em sua boca.
Apontei pra perna direita dele e sem pensar duas vezes, apertei o gatilho. Ele urrou de dor.
—Caso você queira dar uma de engraçadinho e seguir a gente.
Corri atè Bil e o ajudei a levantar, ele passou o braço pelos meus ombros.
—Deixa que eu te ajudo.-Jhon disse fazendo menção de se aproximar.
—NÃO! -eu apontei a arma pra ele.- Não se aproxime de mim, seu babaca.
Eu e Bil saímos do Galpão, e ajudamos os garotos com as amarras.
Em cinco minutos estávamos dando o fora dali.
Mas meus pensamentos ainda estavam em Jhon.


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Notas finais do capítulo

Galera, dessa vez eu acho que caprichei. Kkkkk