Bad Boys escrita por Luah


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Eu demorei, sim. Eu sei.
Me perdoem, è que agora eu levo uma vida de trabalhadora.
~o que nao è nada legal, a nao ser no final do mês que eu recebo meu salario ~ e.e

Gostaria de agradecer por vcs serem tao legais. E hoje quero declarar o meu mais novo projeto solidario: #ComoNaoSerUmFantasma.
Gente, è muito importante para os autores saber o que acham sobre a sua escrita, ate pq temos 110 pessoas acompanhando.
Favoritar e comentar faz um autor feliz.
Essa è a dica do dia.
Mas sem mais delongas....
Boa leitura .



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Se passaram exatamente quatro dias desde que descobri que Jhon atuava no lado negro da força. Nesses dias eu me peguei pensando muito em como as coisas poderiam se desenrolar, e eu nem fiz questão de ver como Bil estava. Depois que eu deixei Lancaster em casa com a ajuda dos meninos, saí de fininho e peguei um táxi para casa me sentindo um lixo. Naquele momento eu só queria minha cama e uma boa noite de sono. E foi assim que eu passei os últimos quatro dias enfiada no escuro do meu quarto. Minha mãe sabia que havia algo errado, mães sempre sabem e eu estava enojada de mim mesma por ainda insistir em fazer parte de um grupo criminal, ainda mais por ter me envolvido com caras como Lockart e Jhon, que pareciam ser mais perigosos do que eu imaginara.
Eu entrei nessa pensando em manter minha família segura e só acabei piorando as coisas. Agora Lockart já sabe quem eu sou e provavelmente já deve estar tentando me localizar , com a ajuda de Jhon, è claro.
Com aquela correria, eu havia me esquecido do pen drive e ele ainda estava no bolso do sobretudo , no qual eu jogara em algum canto do meu quarto. O que me fez lembrar que em qualquer momento Bil irá vir atrás dele.
Não de mim.
Ele deve estar me odiando mais agora.
Ele me avisou sobre Jhon e eu o ignorei. È claro que ele deve estar com insinuações na ponta da língua, pronto para jogar as palavras em mim. Mas eu não tinha culpa. Foi ele quem ficou sob o olhar de um inimigo por longo três anos e não descobriu nada, portanto ele não tem o direito de me julgar por acreditar no cara.
Eu sabia que Lockart não deixaria passar o que eu fizera com ele. Deus, eu meti um tiro na sua perna!
E pelo meu ver, ele gostava de se vingar escrevendo frases no peito das pessoas com uma faca. Lembrei de Henri e imaginei Sean no lugar dele, eu provavelmente surtaria.
Me espreguicei na cama e tentei arquitetar um plano para fazer com que minha família ficasse segura, mesmo que isso signifique que eu tenha que me afastar deles. Se eu falasse pro meu pai que tínhamos que mudar de cidade-mais uma vez- provavelmente ele acharia que eu teria surtado, além do mais,eu não agiria de forma tão egoísta com ele. Ora, ele havia ganhado uma promoção no trabalho, não poderia tirar isso dele.
Saí da cama e fui ao banheiro fazer minha higiene, escovei os dentes e depois fiz uma trança em meus cabelos. Fui ao quarto e procurei algo confortável e limpo para vestir, e acabei optando por um vestido simples amarelo, porque o calor que está fazendo lá fora, nos impede de vestir algo mais cumprido ou de tecido menos leve.
Saí do meu quarto e ouvi risadas vindo da sala, segui até lá e me deparei com os meus pais rindo e Sean dando parabéns a eles.
Franzi a testa.
—Uau, quanta alegria.-sorri me encostando na parede para observar a cena.
Minha mãe se virou para mim e soltou uma risada.
—Oh minha querida, que bom que acordou. Estamos decidindo as primeiras praias que visitaremos, ja que seu pai alcançou o mérito de Funcionário do Mês e com isso
quatro passagens para o Havaí.
—Vamos pro Havaí, vamos pro Havaí...-Sean começou a cantarolar.
Arregalei os olhos.
—Uau, pai. Meus parabéns-Ele me abraçou e beijou minha bochecha.
—Obrigada, querida.-ele agradece- Mas infelizmente, você não vai poder ir.
—Ora, Carlos. Porque ela não iria?-minha mãe indaga caminhando até nós.
—Ela iria se tivesse ido para a aula nesses quatro dias e ter feito os exames de recuperação. -Meu pai me olha com desgosto.-Você pode perder o ano,Ana.
Olhei para Sean que estava me encarando com cara de deboche e me esforcei para não amassar aquele pescocinho, ja que quando havia chegado em casa há quatro dias, o trabalho de história estava impecável em cima da minha cama. Garantindo uma aula salva do ano.
Revirei os olhos mas deixei passar, porque eu havia ganhado a peça final daquele jogo. Agradeci ao destino e tratei de colocar uma máscara de tristeza no rosto.
—Oh, pai. Adoraria ir nessa viagem, mesmo. Mas acho que se implorar aos professores eles talvez consigam me passar os exames.
Lembrei de ter roubado o gabarito de um exame para Bil, mesmo não sendo todos que ele queria, ainda sim deveriam servir.
—Eu já me informei e consegui que lhe dessem mais uma chance, disse-lhes que você estava se curando de uma gripe...
—Não podemos deixa-la sozinha...-minha mãe começara a balançar a cabeça de um lado para o outro e eu sabia que ela largaria tudo pra ficar comigo.
—Ei, mãe- eu a interrompi segurando seus ombros, fazendo com que me encarasse.-não vou deixar que perca as praias e o sol radiante por causa da minha imaturidade. Você, papai e Sean vão fazer as malas enquanto eu vou para o meu quarto estudar para as finais. Okay?
Ela me encara e hesitadamente concorda com a cabeça.
—Estou tão orgulhosa de você-ela murmura e beija minha testa.-apesar de quase repetir o ano.
Deixo um sorriso amarelo brincar nos meus lábios e os deixo ir fazer as malas.
Nem acredito que eles irão ficar em segurança, do outro lado do mundo, mas em segurança.
Subo para o meu quarto ignorando os gritinhos de felicidade de Sean do outro lado do corredor.
Peguei o sobretudo do chão e me certifiquei que o pen drive estava ainda no bolso e o enfiei em uma das minhas bolsas.
Peguei meu celular e o conectei ao carregador porque eu havia esquecido totalmente dele nos últimos dias.
Franzi a testa quando o aparelho finalmente ligara e me avisava sobre mais de trinta mensagens de voz de Jhon.
A primeira começava com um som alto no fundo e a voz que eu jurava estar embriagada de Jhon gritar para mim:
—"Ei Ana, ana...ana...eu sinto muito por...ah você sabe. Eu não queria que descobrisse daquele jeito. Meu irmão è um verdadeiro idiota ... Ele....ah quer saber? Que se dane."
E fim.
A segunda era mais dramática e quase não combinava com Jhon. Dessa vez ele estava num lugar mais tranquilo, e a voz dele estava calma e rouca.
—"Ana, provavelmente você deve estar cuidando do idiota do Bil, mas è importante e quero te ver, pra contar tudo... Você merece a verdade"
Decidi não ouvir as outras , e fiquei magoada ao ver que não havia nenhuma mensagem de Bil.
Meus pais estavam quase prontos pra viagem, e eu me joguei na cama fingindo ler um livro de matematica quando eles vieram se despedir. O vôo deles estavam agendados para daqui 50 minutos, e a viagem atè o aeroporto durava mais trinta.
Minha mãe me obrigou a repassar as regras da casa enquanto eu os acompanhava atè a porta, abracei meus pais e beijei a bochecha de Sean que fez um som parecido com "Argh" e se apressou para limpar a minha baba de sua pele imperial.
Fiquei na calçada encarando o táxi deles se distanciar atè sumir da minha vista.
Subi para meu quarto e peguei a minha bolsa, eu iria devolver o pen drive para Bill e depois me certificar que aquela seria a última vez na qual eu teria que vê-lo como parte de sua equipe de vândalos.
Mas antes, eu iria ver Jhon.
Sim, eu sei.
Eu poderia estar correndo um risco indo até ele, mas eu sabia que não conseguiria sossegar até tirar minhas conclusões com ele. Até porque, eu estou disposta a nunca mais ter contato com qualquer garoto vestido com uma jaqueta de couro novamente.
Palavra de escoteiro.
Quando cheguei ao prédio de Jhon, havia um monte de viaturas por toda a extensão de sua rua.
—Que merda-murmurei. Estava prestes a dar meia volta e sair correndo. A polícia devia estar aqui para prendê-lo e ao seu irmão.
Então provavelmente eles sabiam de mim e que eu era uma criminosa, o próximo par de algemas seriam usadas em mim.
Só que no momento em que eu me virei para sair dali,eu esbarrei num muro constituído por músculos.
De Jhon.
—Ai-reclamei.-O que diabos você está fazendo ai parado,garoto?-grunhi esfregando minha testa que se chocou com o seu ombro.
—Te machuquei?-ele perguntou tirando minha mão para ver o estrago na minha cara.
—Não, so fiquei um pouco tonta-murmurei.
—Eu sei, eu costumo causar esse efeito nas mulheres. -ele diz.
Sorrio e reviro os olhos.
—Continua iludido e ...-então eu lembro de todas as coisas que ele fez. O irmão, a traição, tudo mentira.-Ai meu Deus, o que eu estou fazendo? Você è um idiota e deveria estar indo preso, não me toque...-comecei a gritar.
—Ei , ei, ei-ele me interrompe , segurando meus ombros e me chacoalhando um pouco.-Se controle e fique quieta.
Encarei-o com os olhos arregalados.
—Anda, não podemos falar sobre isso aqui.-ele diz me puxando pelo cotovelo.
—E porque diabos você acha que eu vou com você?-perguntei tentando me desvencilhar.
Ele se vira pra mim e franzi o cenho.
—Porque você veio até aqui. Correndo riscos. E eu estou disposto a te contar tudo e provavelmente isso vai acabar com a minha carreira...então larga de ser chata e anda logo.-ele diz voltando a me dar as costas e caminhando a passos largos.
Mordo minha bochecha e inclino a cabeça pro lado observando ele se afastar.
—Odeio quando ele está certo.-resmungo e volto a segui-lo.
Por fim, a caminhada seguiu ate um café numa esquina, ele abriu a porta para mim e me seguiu atè uma mesa nos fundos.
Estávamos sentados de frente um para o outro e ele estava me encarando há algum tempo, enquanto eu tomava um gole do meu suco franzi a testa e depois me encostei na cadeira.
—Essa è sua deixa pra me contar tudo. Tenho coisas pra fazer, Jhon.-eu disse.
Ele sorriu.
—Aposto que Bill está envolvido nisso.
—De certa forma, sim-rebato.
Ele sorri amarelo e depois esfrega o rosto com as mãos, soltou um suspiro exasperado e voltou a me encarar.
—O que eu quero que você saiba è que eu não tive escolhas, entende? Roubar aquele pen drive e entregar para Lockart foi a prova de que precisava pra acabar com tudo.
—Eu ainda não entendo o porque.- disse , me inclinando pra frente.- você fez isso pra ganhar pontos com o irmãozinho? Porque eu...
—Não, Ana! -ele exclamou. -Eu tive que fazer isso, isso envolve meu trabalho...
—Trabalho? -Eu o cortei de forma irônica.- Que seria o que? Irmão do Ano?
Ele bateu com os punhos na mesa, fazendo todos ao nosso redor nos encarar. Ele se inclinou pra frente também e passou a língua nos lábios.
—Eu trabalho pra polícia, Ana. Assim como o meu irmão. E o que eu fiz durante esses três anos foi proteger aquele maldito do Lancaster e seu grupo de merda. Eu arrisquei tudo por anos, e agora eu sou visto como o diabo vermelho. -ele diz com a voz muito baixa, e seus olhos exóticos ganharam mais verocidade a cada palavra.-Eu sinto muito ter escondido isso de você, mas parece que você ja tem alguèm pra te consolar.
Ele se levanta ainda me encarando atè dar me dar as costas.
Me encosto absorvendo todas as informações que giravam a minha volta.
Jhon era o mocinho, então?
O que me fazia ser a tonta que confiara no cara errado.


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Notas finais do capítulo

Beijos de amendoim e chocolate.