She's Like The Wind escrita por Bruna Herrera


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Hoje estou postando DOIS CAPÍTULOS por motivos de FELICIDADE DO UNIVERSO. KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/500528/chapter/10

Ela engoliu em seco e tentou balbuciar algo, mas seus olhos adquiriram um fogo que jamais havia visto antes. Nos meus sonhos eles pareciam sim em brasa, mas ali eu vi um incêndio por completo, e aquele olhar consumia meu coração. Ela lambeu os lábios secos e aquele movimento me fez ver que naquela noite, eu faria de tudo para ter o direito de beijá-la para todo o sempre.

– Oliver ... – Eu a faria se deixar levar pelo momento e depois se ver presa em meu amor, era o plano perfeito.

– Um brinde? – Estava tão nervoso quanto ela estava surpresa. Mas mesmo assim, balancei o copo um pouco.

Ela brindou aquela noite comigo, aquela noite que seria para a vida toda. Uma noite onde não existiria errado, o não, o imperfeito. Naquela noite, tudo seria dito e feito, beijado, amado e confidenciado. Ela não sentia vergonha de seu amor por mim, e eu não sentia mais medo de amá-la.

Comemos no mais absoluto silêncio, de tempos em tempos olhava para ela, comendo a minha frente, acuada, sem saída. Mas eu daria uma saída, o nosso amor. Terminamos e então me levantei, indo até o computador dela. Coloquei uma música para convidá-la para dançar (http://goo.gl/2U8Ivm).

– Me concederia o prazer desta dança? – Fui até ela e ofereci minha mão.

– Bom ... – Ela estava extremamente vermelha. – Eu não sei dançar.

– Eu estou disposto a te ensinar alguns passos. – Pisquei para ela.

­– Tudo bem, mas só uma dança.

Ela ficou sem jeito inicialmente, errou alguns passos, por isso a segurei mais forte pela cintura. A princípio seu corpo endureceu, mas depois se deixou levar pelo som calmo e espaçado, ela estava entregue a música, um ponto para mim.

– Como estou? – Ela estava tentando esconder o interesse em saber se ela estava me agradando.

– Você leva muito jeito. – Sorri.

– Está mentindo, quase arranquei seus pés.

– Mas agora está dançando tão bem quanto eu.

– Então eu sou a mulher mais bonita do mundo? – Puxa, ela sabe ir direto ao assunto.

– Claro que sim, sei que não te disse isso antes, mas prometi ser sincero com meus sentimentos.

– Autopreservação?

– Não, honestidade.

– Interessante.

Ficamos minutos dançando, quando nos demos conta de que não havia mais música. Estava tão encantado pelo momento, a proximidade, o cheiro dela, tudo ali me fazia não querer parar. Ela estava aninhada ao meu peito, balançando no ritmo de nossos corações, de olhos fechados, sentindo o que não podia ser visto, vendo o que jamais seria deixado de ser sentido. Eu a queria mais do que as palavras poderiam dizer. Segurei mais forte sua cintura e ela se apertou mais em mim, ela estava tremendo e então ouvi um barulho, ela chorava.

– Felicity? – Levantei seu rosto. – O que houve?

– Como posso te amar menos? – Seus olhos brilhavam de tristeza por me amar? Eu faria aquilo sumir. – Me diz? Não vou poder depois disso.

– Depois de hoje, você não vai precisar se preocupar com isso. – Sorri sentindo uma felicidade imensurável.

– Como assim?

– Você foi a única pessoa que acreditou no que eu fazia, no que nem eu mesmo acreditava mais, nas coisas boas que ser um herói me trouxe, você encontrou meu coração e eu encontrei o seu no meio do caminho. Quando eu achei que me perdi, eu encontrei seu olhar. Você fez cada dia nesse lugar um dia feliz, leve e no fim do dia eu queria te levar pra casa e ser um homem normal. Toda vez que estou com você sinto vontade de mandar flores, te convidar para jantar em algum restaurante, ficar no sofá com você nos domingos chuvosos falando de qualquer coisa, mas é o que eu quero agora e eu sei que você pode me dar.

Ela chorava e sorria ao mesmo tempo sem acreditar em tudo o que ouvia, ela não sabia o que fazer com as mãos, ou o que falar.

– Oh Deus! Essa é a sensação de ter o amor correspondido pelo seu herói? – Ela conseguira parar de chorar pra soltar uma de suas frases doces.

– Se for a mesma sensação de ser correspondido pela minha parceira, sim. – Peguei seu rosto e a beijei com urgência.

O beijo estava confuso, porém apaixonado. Ela estava hesitante e ao mesmo tempo desejosa. Ela queria tanto quanto eu, e meu corpo traidor queria algo mais, era impossível decidir o que fazer, onde minhas mãos deveriam ficar, a forma de beijá-la, tudo para ir devagar, tudo para não deixa-la fugir. Ela devagar, ousou colocar suas mãos por baixo de minha blusa, as mãos tão quentes e confortantes, inocentes que tateavam o perigo, que me faziam perder a cabeça. E eu nem sequer esperei, enquanto a beijava, peguei-a no colo e levei para o andar de cima da cave. Minha cama, que não tinha nada de romântica, ficava a frente de uma imensa janela com vista para a linda e intensa Starling City. Para minha sorte, a Lua estava feliz naquele momento e nos iluminou quando caímos abraçados naquele que seria nosso ninho de amor.

Nós sentamos e ela veio para o meu colo, e com cuidado fui soltando seus cabelos. Paramos apenas para que eu pudesse tirar, com certo pudor, seus óculos e então vi seus olhos de um azul insinuante e febril. Ela sorriu pegando minha mão e a beijando de olhos fechados, silenciosa, dizendo todas as palavras necessárias naquele gesto. O coloquei o mais próximo de nós que pude e fui tirando sua blusa.

­– Oliver ... – ela estava ofegante e tão sedutora com um sutiã vermelho em meu colo. Joguei a blusa longe e comecei em abrir o fecho de seu sutiã.

– Sim amor? – Estava fascinado com o mesmo cheiro de flores dos sonhos.

– Sou virgem. – E a olhei vacilante, certo de não ter ouvido bem. Virgem?

– Felicity, me... – Ela me beijou demoradamente.

– Eu quero, aqui e agora. Eu confio você.

Ela me empurrou e eu me deitei. Pude ver o mesmo céu de estrelas, só que mais vivos, reais, confessando amor. Ela deitou sobre mim e me beijou com um ardor palpável, um prazer indescritível, eu queria saber se era real, se não era um sonho.

– Esse tempo todo estive sonhando com você. Nós fizemos amor e nos entregamos de uma maneira inigualável, eu pensei em você e sei que te desejei antes, desde o momento que te vi. Eu preciso saber se isso é real.

– Quer saber se é real? – Sua voz estava aveludada, sedutora. – Você pode sentir isso? – Ela beijou meu tórax e foi descendo enquanto abria minha calça.

– Sim. – Minha voz saiu rouca, ansiosa e quase sem controle. – Sim Felicity! – Era torturante. Ela tirou minhas calças e cueca com rapidez e voltou para junto de mim.

– E que tal isto? – Ela lambeu a glande do meu pênis e eu prendi a respiração. Ela apesar de tão inexperiente, me fez perder a cabeça e eu já tinha vontade de pegá-la e fazer amor com ela até que se cansasse, porém resolvi esperar, eu realmente queria saber se era verdade, se seria para toda a vida.

– Anrã! – Estava monossilábico, sem ação, eu não podia sequer pensar algo coerente, somente na deusa loira que estava me abrindo a porta do céu com sua boca.

– E isso? – Ela o colocou totalmente na boca, talvez ela quisesse me convencer de que seria comigo, que eu seria seu primeiro, e queria ser seu único.

– Felicity! – Falei entre dentes porque a vontade de explodir diante daqueles lábios tentadores se tornou insuportável.

Eu a puxei antes disso e fiquei por cima, a vez dela havia terminado por enquanto, agora eu iria amá-la como se deve, não podia ficar longe de seu corpo, beijei-a como nunca havia beijado qualquer outra mulher em minha vida, com amor, com vontade de continuar vivendo. Sempre fiquei com mulheres imaginando que aquele seria o último dia de minha vida, mas hoje, encontrei um motivo pelo qual viver, minha Felicity.

Passei beijando seu pescoço e então tirei o sutiã vermelho e joguei-o ao léu, beijei seus seios com carinho, sugando-os logo em seguida com ardor e candura, suavidade e rudez, minha barba arranhava os mamilos entumecidos, deixando-a zonza, perdida, venerável. Enquanto cuidava daquelas preciosidades, fui retirando sua saia, deixando-a pronta para mim, deixando a marca do meu amor em sua pele delicada e alva. A mais bela das mulheres, a minha menina, a minha rainha. Me afastei um pouco de seu corpo, e de joelhos na cama, comtemplei seu corpo coberto somente pela calcinha vermelha pequena, iluminado pela Lua que insistia em estar presente naquele momento, invadindo minha janela para estar no corpo dela, banhando sua pele fresca e macia.

Quero apenas cinco coisas: Primeiro é o amor sem fim... – Fui descendo os beijos enquanto declamava um dos poemas que encontrei entre os papéis dela na empresa. – A segunda é ver o outono...– Beijei sua barriga lisa e esguia. – A terceira é o grave inverno...– Beijei e mordisquei seus quadris enquanto ela sorria ao reconhecer aquelas palavras. – Em quarto lugar o verão... – Ela suspirou quando beijei sua feminilidade por cima da calcinha. – A quinta coisa são teus olhos...– Neste momento a olhei e sorri, ela sorriu com satisfação e arquejou o corpo em antecipação. – Não quero dormir sem teus olhos...– Beijei a parte interior de suas pernas e desamarrei a calcinha, vendo o quanto ela estava molhada. Beijei seu clitóris. – Não quero ser sem que me olhes...– Fiz movimentos circulares com a língua e o suguei enquanto ela se contorcia e gemia baixinho. – Abro mão da primavera para que continues me olhando.”– E então ela se desmanchou em minha boca, doce e deleitosa.

– Pablo Neruda? Foi lindo. – Ela falava ofegante e entregue, ainda anestesiada pelo orgasmo.

– Nenhuma poesia é mais bela que você, meu amor. – Abri suas pernas lentamente e então voltei a beijar seus lábios, para que ela também pudesse sentir seu doce gosto.

Quando nossos corpos se encaixaram perfeitamente, suspiramos e ali, ela sabia que havia chegado o momento.

– Tem certeza, linda?

– Sim. – Ela assentiu e colocou suas mãos em meu rosto com um olhar plácido. – Faça amor comigo, Oliver.

E fui pressionando aos poucos para que ela fosse se acostumando a sensação. O desconforto era evidente em seu rosto. Então peguei sua mão e então entrelaçamos os dedos.

– Relaxe, vai ficar mais confortável, eu prometo. – Fui acalmando-a até ela se entregar as sensações.

Fiquei um pouco parado para que ela se acostumasse e sentisse a transação da dor para o prazer, e assim comecei a me mover lentamente. Um vai e vem calmo e espaçado, e ela me acompanhou, começando a gemer meu nome baixinho. Os movimentos foram ficando cada vez mais fortes e intensos, misturando os meus sorrisos de prazer as lágrimas de satisfação dela. Estávamos num só ritmo, os corações batendo ao mesmo tempo e as minhas emoções se misturando com as dela, os impulsos eram tão repentinos, as sensações continuavam a ser novas, a cada novo beijo, a cada novo suspiro, a cada “eu te amo” que nossos olhares diziam no silêncio, perdendo o ar e o inspirando com toda a força, sentindo arder na pele nua o nosso querer, o nosso cheiro de amor.

Nossos movimentos foram frenéticos, de uma maneira onde se confundiam os sons externos, com os nossos sons, nossos gemidos, nossos nomes quase cantados no meio deste ato de plenitude. Logo chegamos ao ápice do prazer, estávamos ainda insaciáveis, porém a explosão foi abrasadora, calorosa, acolhedora, me senti preenchido, completo, amado. Nos abraçamos e nos cobri para que ficássemos mais aquecidos, porém nossos corpos estavam em chamas pelo o que ocorrera.

Vimos a Lua esplendorosa pela grande janela, nos observando e sendo testemunha da nossa concretização de amor e realização de um sonho real.

– Eu te amo. – Felicity me disse com o sorriso preguiçoso nos lábios, querendo mais de nós, sabendo que esse era só o começo de nossa jornada.

– Eu te amo. – A frase mais simples e libertadora do universo. Felicity era a primeira mulher a ouvir aquilo de verdade. – Você aceita um homem que nas noites mais escuras prefere ser chamado de Arqueiro? – Falei com a voz rouca.

– Só se depois do expediente, ele puder salvar minhas noites de solidão.

– Nós nunca iremos te deixar sozinha. – Aquilo seria uma promessa para toda a vida.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram, o próximo já vem. beijos e COMENTEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEM!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "She's Like The Wind" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.