Caroline:
Passaram 2 semanas desde então e fiquei com Klaus, ajudando-o nos seus "trabalhos" fora de New Orleans. Parece que ele realmente estava gostando de mim assim, sem toda aquela paranóia de estar fazendo coisas ruins.

       Klaus:
2 semanas, 2 semanas já é demais. Não ligo que quando Caroline recuperar a humanidade vá me odiar por tê-la ajudado a fazer todo esse mal a essas pessoas, eu só quero que ela volte. Fiz tudo isso achando que uma hora seria demais pra ela, que ela não iria aguentar, mas agora percebo que estou errado. Ela realmente desligou e não liga pra nada.
Lembro do dia em que fui a casa dela, salvá-la da morte pela primeira vez. Logo depois de ter compelido seu namorado Tyler pra morde-la. Ela me disse que não queria morrer, na verdade ela estava morrendo de medo de morrer. Mas e se o sentimento que a trouxer de volta for o medo? O medo de morrer.
— Tudo bem, amor. Você fica aqui observando os alvos. Preciso fazer uma coisa.
Saio do quarto de hotel onde estávamos ficando. Agora estávamos espionando um casal de vampiros que conspirou contra mim e fugiu. Precisava saber mais algumas informações deles e botei ela pra ficar observando. Depois de uma distância segura, pego o celular e faço a ligação.
— Venha me encontrar naquele lugar. Agora.
Depois de uns 10 minutos, ele aparece. Miguel, o hibrido que eu mandava cada vez ao mês dar uma olhada em Caroline.
— Caroline está em perigo e a única forma de salvá-la é você fazendo parecer que vai matá-la. Quero que você a morda e a tranque em uma cela forte o bastante pra conseguir contê-la.
— Sim senhor.
E ele sumiu.
Espero que dessa vez meu plano dê certo, por que se isso der errado, não sei mais o que fazer.

         Caroline:
Pego uma garrafa de Whiski pra passar tempo observando essas pessoas chatas. Sinto falta da diversão, das mortes. Ultimamente só tenho ficado observando as coisas pro Klaus, não faço mais o trabalho sujo que ele sabe que eu gosto. Ouço um barulho na porta e vou olhar. Não vejo nada. Estranho. Vivo em Mystic Falls tempo o suficiente pra entender que quando se ouve alguma coisa e não tem nada, é por que é problema. E mesmo que eu não esteja em Mystic Falls, ainda estou meio em perigo, por causa do Viajante que ainda estava me procurando. Me concentro tentando sentir algo e de repente um vulto vem a minha frente e tem um homem me erguendo pela garganta. Tento me livrar dele, chutando e arranhando mas ele é muito mais forte que eu fisicamente, não tem como o atingir. Sinto uma dor vacilante identificável um pouco antes dele quebrar meu pescoço.
Acordo ainda sentindo dor, mas sei que está curando então não ligo. Olho em volta e estou dentro de uma cela, uma cela tipo da cadeia. Me recordo vagamente da vez em que dois lobos me trancaram numa cela parecida com essa.Tento desesperadamente quebrar a grade com toda a minha força mas não acontece nada. Onde estou?
— Seja lá quem é você, não adianta me prender aqui! Vou conseguir sair. - grito, esperando que tenha soado tão confiante quanto eu acho.
Ouço um barulho de porta e vejo o homem sair do escuro. - Então você é a Caroline? Que está trabalhando com Klaus? Acho que você não vai conseguir sair daqui tão cedo, minha querida.
Ele sabia quem eu era e sabia quem era Klaus.
— Ah, então você conhece Klaus... Deve saber também que ele vai notar minha ausencia e vai me procurar. E devo lhe dizer que ele é muito bom em achar algo quando quer. E quando ele me achar, vai te matar do jeito mais doloroso possivel. - Continuo tentando me manter confiante.
— Novamente, eu acho que não. - Ele dá um sorriso triunfante. E aponta para o meu pescoço. Olho pra ele e percebo que a dor está vindo de lá. Eu fui mordida, e não uma mordida qualquer, uma mordida de um lobo.
— Continuando, acho que você não vai durar muito. Por mais que Klaus seja bom ou rápido em lhe achar, vai acabar chegando tarde demais. - ele sai da sala.
Não, não pode ser. A única coisa que me salvaria agora é o sangue de Klaus, mas ele não está aqui e nem tenho como contatar ele. E agora? A dor já fica maior e eu já não consigo mais ficar em pé. Deito no chão, fazendo muito esforço pra continuar respirando. Quanto tempo fiquei apagada? Não tem como o veneno ser tão rápido assim. Ou tem? Desmaio de novo.
Agora acordo sem conseguir mais movimentar nada, quase sem conseguir abrir os olhos. Estou sozinha, sozinha com meus pensamentos. Uma das certezas que eu mais tenho na vida é que não quero morrer. Não agora, não posso. Uso minhas últimas forças pra chorar, chorar e gritar. Grito o nome de Klaus primeiro. Logo depois Elena, Stefan e até Damon. Choro como uma criança, gritando todos os nomes possiveis. Torcendo pra que alguém me ache. Até que ouço a porta abrir de novo e um vulto vem a minha frente, me pegando no colo e me tirando dali. Mas já estou quase morta, não consigo enxergar direito quem é, minha visão está muito embaçada e começo a ter alucinações.