"Because I saw the good on Klaus" escrita por Cami


Capítulo 4
Capítulo 4 - Uma nova mulher




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Caroline:

Já faz uns 2 dias que sumi. Não ligo. Afinal acho que estou em um lugar bom o suficiente para que ninguém me encontre. Compeli quase a cidade inteira, inclusive os guardas, policiais e etc. Estou hospedada numa casa cheia de bolsas de sangue ambulante e ninguém nota nada. Estou praticamente no paraíso.
Boto uma música bem alta, pego mais uma garrafa de Whisky e bebo. Já deve ser a 5ª garrafa de hoje, não sei. Estou tentando ver até onde meu metabolismo de vampiro vai, sem me deixar ficar bêbada. Ouço alguém bater na porta e vou atrás da Reyna (a senhora que me atendeu na primeira noite), digo para ela atender e agir normalmente, já sabendo de tudo o que tem que falar caso seja alguém me procurando. Vou pra cozinha e fico ouvindo de lá o que se está falando na porta. Depois que Reyna fala: "Pois não?" Ouço uma voz familiar. Os pelos de minha nuca se arrepiam, fico tão surpresa que por pouco não deixo a garrafa em minha mão cair no chão. Só pode estar de brincadeira, isso é muito bom pra ser verdade. Abro um sorriso de orelha a orelha.

– Gostaria de saber se a senhora viu esta moça. - provavelmente ele deve ter mostrado uma foto minha a ela. Ela diz que não e não consigo ouvir mais nada a não ser silêncio. De repente sem nem entender o que está acontecendo, deixo a garrafa cair no chão. Klaus. Klaus está na minha frente, me botando contra a parede. Com a boca em meus ouvidos, consigo sentir seu hálito, consigo lembrar de seu beijo, e só esse sotaque já me faz derreter. Posso estar com a humanidade desligada, mas as memórias continuam intactas. Ainda lembro como foi bom aquele sexo híbrido selvagem na floresta, escondido de todos.

– Olá, meu amor. Creio que você está muito enganada se acha que é tão fácil assim enganar um vampiro Original. Agora gostaria de saber o que aconteceu com você, por que não está com seus amigos e sim em uma casa cheirando a sangue?

– Bom, aconteceu tudo o que você queria, meu amor. - Sorrio e falo quase grudando meus lábios no dele. - Agora sou uma nova Caroline, uma Caroline tipo você. Aprendendo ainda, mas enfim. E agora eu não tenho mais aquele lance todo de culpa e de negar tudo o que eu queria de você. Agora eu admito que quero aprender mais com você, aprender mais a me divertir com você. Talvez até repetir aquele nosso lance na floresta. - Mudo de posição e boto ele contra a parede. Vou chegando mais perto ainda, passando minhas mãos em sua cintura e dou beijo em seu pescoço. Fico olhando pra ele, atentando-o, esperando ele fazer o resto do jeito que sabe fazer. Mas ao contrário do que eu esperava, ele me afastou.

– Acredito que você não vá ser bem sucedida em seus planos. Devo-lhe dizer que gostava muito mais da Caroline certinha, que se arrependia toda vez que se pegava pensando em mim.

Ai que saco, será que depois de eu não sentir mais nada, até Klaus ficou tão chato assim? Eu mereço. Continuo olhando para ele com meu olhar sedutor.

– Ah, você não está querendo fazer esse joguinho comigo, não é? Vai querer negar agora? Negar a tentação de me agarrar aqui, nesse exato momento e me jogar contra parede? Negar mais uma chance de poder usar isso contra Tyler nas suas inúmeras discussões? Mas olhe só, para melhorar, agora você já pode matá-lo. Já que eu não me importo mais com a existência dele.

Klaus me olha intensamente, nos olhos. E começa a falar:

– Mas que graça teria jogar mais uma noite com você na cara de Tyler, se nem era você mesmo? Se nem é tanto a Caroline que ele é apaixonado, quanto eu? E você já deveria saber que não é um troféu, meu amor. Não ligo se Tyler fica ou não sabendo dos nossos envolvimentos. Eu só preciso que você volte. Volte a ser a doce menina de antes, volte para seus amigos, volte até a me ignorar, mas volte, por favor! - acho que ele estava tentando me compelir mas não deu muito certo. Senti uma tremida de emoções querendo vim à tona mas não deixei. Coloco tudo de volta no baú que estava.

– Acho que você tentar me compelir não vai funcionar. - sorrio.

Klaus:

Certo, se tentar compeli-la não vai funcionar, então tenho que mostrá-la que essa vida de mortes não é pra ela. Ela pode ter desligado a humanidade mas não sinto nenhum cheiro de corpo morto nessa casa, e nem acredito que ela já tenha matado alguém por aqui. Ou ela é muito inteligente e está pensando na atenção que iria chamar se começasse a matar pessoas ou ela só está fingindo que desligou para ter um pouco de "férias" dos seus amigos. Não sei. Mas vou enganá-la e fingir que estou caindo nesse seu jogo.

– Você é uma nova Caroline? Então quero provas. - sorrio.

Caroline:

– Só me diga o que eu tenho que fazer para provar, que farei.
De repente Klaus sai da minha frente e volta com um homem, deveria ter uns 30 anos, bonito até. Lembro vagamente de já ter visto ele por aí.

– O que vai fazer com ele?
Klaus joga o homem no sofá, o mesmo começa a gritar loucamente, ele pega uma fita e tampa a boca do homem, depois pegou correntes e o prendeu ao sofá.

– Agora eu quero que você comece a cortar esse homem, pouco a pouco. Mesmo que ele grite, tente arrebentar as correntes, sinta muita dor. Quero que você me prove que não sente compaixão por mais ninguém, quero que você me prove que é capaz de fazer isso.

Fico olhando de Klaus para o homem deitado se remexendo no sofá, com os olhos arregalados e meio que suplicando por misericórdia pra mim. Ele só queria que eu fizesse isso? Mesmo?
Pego uma faca e começo a retalhar o corpo do homem. Primeiro os dedos das mãos, depois começo a meio que cavar o seu braço, até conseguir sentir o osso. O homem não parava de tentar gritar, até que finalmente desmaiou. Olhei de relançe para Klaus só pra perceber seu sorrisinho de um homem realizado. Estou conseguindo, conseguindo provar pra ele que eu mudei.


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Notas finais do capítulo

Obrigada pra quem está acompanhando e comentando aqui! Vcs não sabem o quanto isso é importante *-*