A Bella e o Monstro escrita por Leprechaun


Capítulo 15
Capítulo 15 não recomentado para menores de 18 anos


Notas iniciais do capítulo

Este capitulo foi classificado pela autora como impróprio para menores de dezoito anos. Se você ofende-se com o tipo de material exposto não prossiga.
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Musica para escutar enquanto lê:
A Thousand Years - Christina Perri
http://www.youtube.com/watch?v=fM3chAiG1x8



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Em Pattinson, Edward entregou as rédeas a um criado e ajudou-me a apear. Eu tinha dado apenas três passos quando ele resmungou e me pegou no colo, levando-me para o quarto e pedindo à criada que me providenciasse um banho quente. Acendeu velas e avivou o fogo da lareira.

Em pouco tempo, duas jovens trouxeram uma banheira de cobre e a encheram de água quente trazida em baldes de madeira. Me aproximei e olhei para a água, sabendo que poderia amenizar a dor na minha perna. As criadas se retiraram e eu esperei que Edward também se retirasse, mas ofeguei ao vê-lo se aproximar de mim.

Nervosa, mordi o lábio, consciente da largura dos ombros dele, de sua altura e da sua força. Ele estava sem casaco, com a camisa sem mangas, cheirando a maresia e seco pelo vento. Os cabelos estavam em desalinho, escurecidos pelo sal e pelo mar. A exaustão não ocultava sua beleza. Ele continuava elegante, os traços esculpidos e o porte soberbo. Era realmente um homem maravilhoso.

— A banheira é enorme — murmurei, desviando o olhar e pensando que deveria ter arrumado outro tópico para conversar.

— Eu a mandei fazer. Recordação do tempo em que eu era afortunado. — riu com sarcasmo.

— Não entendo.

— Houve um tempo em que eu tinha sorte se conseguisse um pouco de água salgada em minha pele. Jurei que, caso amealhasse uma fortuna, mandaria fazer uma banheira do tamanho daquela que eu recordava da minha infância. — Ergueu os ombros. — Logicamente, para uma criança, qualquer banheira parece ter grandes proporções.

Durante um momento, eu nada disse, atordoada pela informação que ele partilhava. Aquelas poucas frases revelavam muito. Uma criança privilegiada. Uma juventude dura. O que realmente o transformara no homem que era Edward Cullen?

O único som que se ouvia eram as batidas do relógio sobre a lareira, contando os segundos. Segurando as bordas da minha capa, ele a desabotoou com movimentos firmes. Eu tremi e prendi a respiração.

— Bella...

— Vá — sussurrei, erguendo os olhos quando a capa caiu no chão. Senti que a atitude dele tinha um significado particular. — Você deve ir e tirar suas roupas molhadas antes que adoeça.

Ele estava bem próximo, e eu pude sentir a energia que emanava dele apesar da aflição e das tribulações da longa noite.

Edward sorriu.

— Eu as tirarei aqui, Bella. Ou você as tirará para mim, se preferir.

Suspirei diante da imagem despertada por aquelas palavras, e aquele jeito que ele pronunciava meu nome... Edward tomou meu rosto entre as mãos e se curvou para me beijar. Prendi a respiração, desejosa de colar meu corpo ao dele e entreabrir os lábios, como aprendi com ele.

— A não ser que você me obrigue a ir. E... saiba que se você mandar eu obedecerei. A escolha é sua.

Escolha. Uma vez, ele tinha dito que eu pude escolher entre acompanhá-lo ou não. Agora, incumbira a mim a decisão de nós tornássemos íntimos. Em uma noite saturada de morte, era a oferta de um momento para celebrar a vida.

— Você apenas precisa ficar perto de mim para que meu sangue ferva — sussurrei. — Que escolha é essa?

As pupilas de Edward se dilataram. Afundando os dedos no meu cabelo, inclinou a minha cabeça e finalmente nossos lábios se encontraram. Não foi um beijo terno, mas intenso, em que nossas línguas se procuravam, clamando por muito mais. Quando ele aprofundou o contato, gemi, sentindo que o mundo estava contido naquele selvagem e incandescente momento.

— Meu Deus. Você faz com que eu deseje provar cada pedacinho do seu corpo — ele falou, parecendo irritado.

Edward tomou-me de novo a boca, antes de acariciar meu corpo com avidez. A cada toque eu me sentia mais fraca, como se as pernas não mais me sustentassem. Quando ele começou a desabotoar meu vestido. Com as mãos nos ombros fortes, encostei-me nele, apoiando o peso do corpo na perna doente. Uma terrível dor me fez gemer, e só não cai porque ele me amparou.

Naquele momento, percebi uma coisa terrível. Não duvidava da sinceridade dos sentimentos de Edward, mas como ele reagiria ao ver minha perna disforme? Lágrimas rolaram por meu rosto quando ele se inclinou, preocupado.

— É a perna, carinho? Deixe-me fazer uma massagem. — Pegou a barra da minha saia e começou a erguê-la.

A ideia de que ele visse minha perna doente era demais para mim. Não sobreviveria à expressão de repugnância que certamente veria no rosto dele. Chorando, empurrei as mãos dele freneticamente, desesperada para impedi-lo de continuar.

— Isabella! — Ele parecia assustado. — Machuquei você?

— Não — sussurrei, afastando-me.

Havia mágoa e perplexidade no olhar dele e fiquei admirada ao perceber que minha rejeição lhe causava dor.

— Muito bem — ele disse, levantando-se. — Prometi ir e irei. Mais uma vez, devo-lhe desculpas pela minha ousadia. — Dirigiu-se à porta.

— Espere! Não tem que se desculpar. A culpa é minha.

Devagar, ele se virou, com um sorriso frio e distante no rosto. A vela iluminava suas feições, destacando-lhe a beleza.

Nunca me considerei uma mulher insegura ou fraca. Porém, agora, diante do desejo ardente daquele homem, me envergonhava do meu defeito, temendo que ele o considerasse repugnante.

Edward deu um passo na minha direção, as mãos fechadas ao lado do corpo.

— Diga-me por que ordena que eu vá quando seus olhos imploram que eu fique.

Me esforcei para não chorar mais. Era melhor terminar com aquela tola fantasia. Deus, ele não tinha percebido que meu problema para andar fora causado por um terrível defeito anatômico?

— Eu não sou perfeita.

— E? — ele piscou.

O olhei durante um momento sem fim enquanto o fogo crepitava na lareira e o vento uivava do lado de fora.

— E você é. Perfeito. — Desviei o olhar. — Sentirá repulsa.

Em um instante, ele venceu a distância que havia entre nós, agachando-se uma vez mais ao meu lado.

— Olhe para mim, Isabella— ordenou, acariciando meu o rosto ao ser obedecido. — Escute-me, doçura. — Com um gesto brusco, rasgou a camisa, expondo o peito forte. — Você me acha perfeito? Eu? Eu a roubei do seu pai, coloquei-a em perigo não uma, mas duas vezes, o que quase custou sua vida. — Impaciente, afastou algumas mechas do meu cabelo do rosto. — Eu não me desculpo pelo que sou, contrabandista, pirata, o nome que quiser dar. E você ousa dizer que sou perfeito?

Eu respirava de maneira ofegante e ainda lia desejo nos olhos dele.

— Acredita que vou achá-la repugnante? — Ele riu. — Nunca. Você é forte, corajosa e bela, a mulher mais linda que eu já pude pôr os olhos, minha Bella.

Meneei a cabeça.

— Ninguém é perfeito. — Ergueu-se e tirou a camisa. — Todos têm cicatrizes, algumas mais visíveis do que outras. — Sorriu de modo estranho e virou-se de costas para mim.

Gritei ao vê-lo. As costas de Edward eram um amontoado de horrendas cicatrizes enrugadas, como se alguém tivesse arrancado sua pele e depois tentado consertar de maneira cruel com mãos incompetentes.

O brilho da vela acentuava as sombras e as cavidades. Fiquei ainda mais horrorizada ao perceber que eram cicatrizes antigas e que ele carregava aquele tormento havia muitos anos. Que ser verdadeiramente demoníaco infligira aquela crueldade a uma criança?

— Quem fez isso com você? — consegui apenas murmurar, tão grande era minha raiva pela pessoa que cometera aquele crime odioso. — Quem fez isso com você? — insisti.

Quando ele se virou, eu pude lê a resposta nos olhos dele.

— Não — gemi, cruzando os braços sobre o peito. Não podia ser meu pai. Não meu pai.

— Foi outra mão que usou o chicote, mas foi seu pai quem pôs as cicatrizes na minha alma. Charlie me condenou ao inferno e desejava que eu ficasse por lá.

Solucei. Se aquilo realmente fosse verdade, então não havia mistério no ódio que Edward nutria por meu pai. O mistério era a gentileza dele para comigo, a filha do inimigo.

— Como consegue olhar para mim? Como suporta ficar perto de mim?

— Você não é ele — Edward respondeu, sem hesitação. — Você é... você. Uma luz na minha escuridão. A promessa do alvorecer na minha noite sem fim.

Continuei a olhar para ele, o coração dilacerado. Edward abriu a boca e percebi que ele ia falar mais. Em vez disso, ele se aproximou e tirou meu vestido molhado, rasgando-o na pressa, fazendo-me protestar.

— Comprarei uma dúzia deles para substituir esse.

Tremendo, vestida apenas com a roupa íntima, eu o observei jogando o vestido de lado.

— A água está esfriando — ele resmungou.

Pegando-me no colo, me colocou na banheira. Ao ser envolvida pela água tépida, gemi de prazer. Quando ele fez menção de se retirar, agarrei seu braço.

Nós fitamos, ele com um olhar frio e distante, e eu certamente revelando toda a emoção que carregava no peito, ainda que confusa e dolorida. Revelando minha empatia. Talvez meu amor.

Oh, Deus, não. Teria me apaixonado por Edward Cullen, o contrabandista, o pirata, o homem que em cada respiração destilava ódio e vingança? Edward Cullen, o homem que tirara o casaco e me envolvera com ele em uma noite fria... Que mergulhara no mar revolto para arrastar uma criança do abraço da morte. Que matou para manter-me em segurança.

Edward me fitava com desejo, sem se importar com meu defeito físico. Mais uma vez, admirei a beleza dele. Agora, conhecia suas cicatrizes físicas e suspeitava das que carregava na alma. Ainda assim, ele era magnífico. Eu apenas via seu esplendor e a afeição e estima que demonstrava por mim. E, pela primeira vez, desde aquela noite em que permaneci fora de casa até tarde, quando um estranho tinha roubado minha juventude e minha ingenuidade, deixando-me manca e sem mãe, eu me senti corajosa e forte.

E era assim que Edward me via, e através dos olhos dele, enxerguei a verdade. Como ele, fui moldada pelo passado, mas não seria definida por ele. E precisava fazer com que ele entendesse a mesma coisa.

— Bella... E melhor que eu vá. — Ele fez menção de dar um passo.

— Não. E melhor que fique. Aqui, comigo.

— Está mesmo certa disso, carinho. Não haverá retorno.

Apoiando-se na borda da banheira, Edward olhou para mim, precariamente coberta pela roupa íntima molhada.

— Não há retorno — sussurrei, segurando o rosto dele entre as mãos. — Apenas progresso, Edward.

Erguendo-me, o beijei nos lábios com todo o sentimento em meu coração e com toda a paixão que tinha sido alimentada por nossos olhares calorosos e toques passageiros. A resposta de Edward foi imediata. Ele começou a erguer-me da banheira, procurando os meus lábios, gemendo de prazer conforme nosssas línguas se tocavam.

— Esta banheira comporta duas pessoas — sussurrei, sem saber de onde veio aquele pensamento, mas certa de que o desejava ali, na água morna.

Me senti viva e desperta, o corpo ansiando por mais intimidade, sem sombra de cansaço.

Edward riu, um som cheio de promessas.

Desviei o olhar quando ele levou as mãos à cintura para tirar as calças. Mas, seduzida pela curiosidade, o fitei, já despido, alto e poderoso, musculoso e belo. Olhei para seu corpo, entre fascinada e cautelosa.

— Dê um lugar para mim, doçura — pediu com voz jovial.

Eu obedeci e fechei os olhos enquanto ele entrava na banheira, atrás de mim. Senti os pelos das pernas roçarem minhas costas, e estremeci. Com o peso dele, a água cobriu meus seios, proporcionando uma sensação agradável, deixando-me consciente do meu próprio corpo e do desejo que ardia dentro de mim. Me recostei no peito dele.

— Essa roupa está atrapalhando — afirmou, começando a despir-me. — Quero você nua em meus braços. — Inseriu os dedos por baixo do tecido e rasgou-o.

Murmurei um protesto, mas Edward envolveu-me com o braço e colocou a mão no vão da minha clavícula. Trilhou com os dedos o caminho até o pescoço e finalmente tocou-me os lábios.

— Comprarei uma dúzia de roupas para você — sussurrou, a respiração aquecendo meu ombro. — Não, duas dúzias. Três. Vestidos, joias. Qualquer coisa e tudo que seu coração desejar.

— Não preciso de nada.

Preciso apenas de você. É você que meu coração deseja.

Beijei a mão dele, percorrendo um dedo com a língua, sugando-o, deixando-me ser levada pelo instinto, movendo-me de encontro à ereção em minhas nádegas. Estava enlouquecendo com o carinho lento dos dedos em meus lábios, com a sensação do corpo dele atrás do meu.

Estremeci quando ele começou a ensaboar-me com gestos firmes. Por um momento, fiquei insegura, perdida, por conta da inexperiência, em meio à escalada do desejo. Senti-o mordiscar meu ombro e pulei, fazendo-o derrubar o sabonete. Nós rimos juntos enquanto ele o recuperava. Ofeguei quando, com as mãos ensaboadas, ele se pôs a acariciar meus seios, no início de leve, depois com um pouco mais de força, pressionando entre os dedos os mamilos túrgidos. Eu gemia, movendo a cabeça de um lado para o outro.

Uma risada escapou do peito de Edward enquanto me acariciava na cintura, nas costas, no pescoço, nos ombros e braços, fazendo-me quase gritar de frustração antes de deslizar as mãos para tocar-me sob a água, no ponto que sentia queimar de desejo, levando-me a um limite que beirava a dor, provocando uma sensação delirante de prazer.

Senti que parava de respirar. Achei que meu coração pararia de bater. Ele afastou as mãos, e eu gemi, movendo os quadris em uma ondulação sinuosa.

— Toque-me lá de novo. — arquei as costas, desejando o toque dele mais uma vez.

Perverso, ele negou-me o que queria. Em vez disso, lavou meus cabelos, a pele e tocou cada parte de meu corpo, exceto as que latejavam em frenético desejo. Cada carícia era um doce tormento, e ele provocava minha sensibilidade com maestria, intensificando o prazer com a lenta sedução até deixar-me tremendo com o anseio do próprio corpo.

Contorcendo-me, virei, e senti uma fisgada de dor na perna.

— Espere — ele sussurrou, agarrando meus quadris e posicionando-me mais confortavelmente, até ficarmos de frente um para o outro, eu com as pernas sobre as dele.

Ele sorriu, ávido e feroz, puxando-me para beijar-me.

Oh, céus, o gosto dele, a sensação da língua procurando a minha, dos dentes mordiscando-me o lábio, querendo levar-me à loucura... Reproduzi os movimentos dele, sendo recompensada com gemidos de prazer. O coração acelerado e a respiração entrecortada mostraram-me que era cada vez mais difícil para Edward controlar o imperioso desejo de possuir-me. E eu tinha feito aquilo, eu o tinha conduzido até o limite.

Pegando o sabonete, comecei a imitá-lo, provocando-o, atormentando-o no peito, na barriga, nas pernas, até acomodar o membro entre os dedos, seguindo o instinto e a imaginação, acariciando e tocando, mudando o ritmo e a pressão, conforme os ruídos de prazer guiavam minhas mãos.

Edward, por fim, abraçou-me e se levantou, levando-me consigo e espalhando água para fora da banheira. Me colocou na cama e deitou-se sobre mim. Eu apenas sussurrava palavras desconexas, sentindo-me ardente e livre, e comecei a beijar e a lamber o pescoço dele, até que Edward me beijasse com ímpeto, na boca, no pescoço, nos seios, e que sugasse um mamilo.

Gritei, arrastada pelo prazer, abandonada às sensações que consumiam meu corpo. Mexia os quadris, querendo senti-lo mais perto, e o ouvi emitir um som sensual.

Posicionando-se entre minhas coxas, preparou-se para possuir-me, tocando-me com cuidado, preparando-me para recebê-lo. Senti a pressão, e subitamente aqueles movimentos já não eram suficientes. Arqueei os quadris, querendo mais, querendo senti-lo dentro de mim.

Com uma investida firme, ele me possuiu, rompendo a última barreira de meu corpo e de meu coração. Surpresa, gritei, mas não de dor, que foi leve e efêmera.

Edward se afastou para fitar-me, movendo-se apenas um pouco, e eu agarrei-lhe as costas conforme era invadida pelo prazer. Ele aprofundou as investidas e intensificou os movimentos, acariciando-me, fazendo-me gemer e gritar. A respiração dele me inflamava. Beijou-me, antes de sugar e mordiscar meus mamilos, acelerando o ritmo.

Senti-o investir profundamente e pulsar dentro de mim, junto comigo, o corpo imóvel, a cabeça inclinada para trás. A onda de sensações roubou-me o fôlego, os pensamentos, a sanidade, cada parte do meu corpo vibrando em sincronia com o dele em um instante perfeito em que tudo se transformou em uma sensação deliciosa e nós dois nós fundimos em um só.

Finalmente, eu pareci descer de uma grande colina, atingindo o chão de novo. Abracei Edward com força, sentindo as cicatrizes dele sob os dedos.

Edward era o que a vida tinha feito dele, forjado em dor e aflição e tragédia, vencidas pela pura força de sua vontade.

E ele pertencia somente a mim, pensei. Agora ele era meu, só meu.


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Notas finais do capítulo

Uau! Alguém aí traz o pacote de Ruffles que acabou meu ar...
Bem, a musica sugerida não é a mais adequada... mas, foi a que eu escutei enquanto escrevi. Não sei se o capitulo ficou muito "caliente", mas prometo melhorar na próxima, sim, vai ter próxima, aguardem...
Ps.: muitas revelações nos próximos capítulos...