Digimon Adventure: Reborn escrita por Phoenix M Marques W MWU 27, BILSS O DESTRUIDOR


Capítulo 2
As sete crianças - parte 2




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James Izumi, mais conhecido como Jimmy, tinha 10 anos e era da mesma turma que Robin e Matt. Era um expert em informática, e tido como o “nerd” da turma. Quase todos os alunos da classe queriam fazer trabalhos em grupo da escola com ele, visto que suas notas eram geralmente acima da média. Jimmy tinha cabelo ruivo e olhos negros.

Ele havia herdado sua “aptidão” para informática de seu avô, Izzy. Ele tinha passado anos prestando trabalho ao serviço de inteligência do governo do Japão. Antes de falecer, Izzy havia entregado a Jimmy um estranho pingente, que afirmou ser um amuleto de sorte da família, e que sempre o ajudou a ter o conhecimento de que tanto precisava. Jimmy sempre guardava aquele pingente longe do alcance de todos, e quase nunca pensava sobre ele. Enquanto arrumava sua bagagem para ir acampar com sua turma, no entanto, um forte pressentimento o fez meter o “amuleto” na bolsa junto com seus pertences.

Enviou então uma mensagem via WhatsApp para seu melhor amigo Johnny para lembrá-lo da viagem.

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Johnny Kido era neto de Joe Kido, um dos mais conceituados médicos japoneses. Johnny lembrava seu avô quando era jovem: alto, cabelos escuros e olhos negros. Sonhava em seguir a carreira do pai e do avô, mas também era aficionado por história, influenciado por seu tio-avô Shu Kido, o que o fazia traçar planos para seguir as duas carreiras se possível fosse. Era o melhor amigo de Jimmy Izumi e o aluno mais velho na turma de Robin e Matt.

Johnny sempre usava o pingente dourado que seu finado avô lhe havia presenteado. Joe havia lhe dito, antes de morrer, que aquele pingente era um símbolo da confiança que estava depositando no neto a partir de então. “Espero que você consiga percorrer seu caminho de maneira apropriada”, haviam sido as últimas palavras de Jou para o neto.

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Thaís Katachi era a prima de Robin e neta de Sora e Matt. Não era muito próxima do primo, mas era muito amiga de Matt Kamiya, o que o fazia tentar aproximar os dois primos. Ela e Matt faziam parte do time misto de futebol da escola, e ambos também jogavam nos times feminino e masculino, respectivamente. Às vezes Thaís imaginava que gostaria de ter um irmão, e que ele fosse igual a Matt.

Thaís tinha olhos castanhos e cabelo ruivo, e era tida como a garota mais bonita da classe. Ela era filha da irmã do pai de Robin, que havia se casado com um canadense, de família japonesa e que estava estudando no Japão. Seu nome era uma homenagem à sua outra avó, por parte de pai. Depois que a seleção japonesa de futebol havia vencido a Copa do Mundo de Futebol Feminino e se tornado uma das potências dessa modalidade, Thaís e várias outras meninas japonesas sonhavam em entrar para a seleção quando crescessem. Era com esse objetivo, mesmo contra a vontade da mãe, que preferia que ela praticasse balé ou tênis, que Thaís ia treinar três vezes por semana com seu time, depois das aulas, na quadra da escola.

Quando suas férias começaram e a excursão para o acampamento de verão foi anunciada, sua mãe havia dado a Thaís um pingente, que, segundo ela, havia pertencido a Sora, e que o último desejo da avó de Thaís tinha sido que o pingente fosse entregue à sua neta no momento certo.

— E como sabe que esse é o momento certo? – indagou Thaís à sua mãe.

— Na verdade, não sei – admitiu ela. – Estou apenas torcendo para que seja.

A mãe deu de ombros, mas Thaís não estava convencida.

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Emily Sampson era a amiga mais próxima de Thaís. Emily havia ido morar nos Estados Unidos logo depois de nascer, mas sua família, seguindo o desejo de sua avó, Mimi Tachikawa, havia retornado ao Japão quando a menina contava com 6 anos. Nessa mesma época, ocorreu um incidente em Hikarigaoka, que a mídia acabou concluindo se tratar de um atentado terrorista que nunca havia sido devidamente explicado pelas autoridades japonesas até o dia de hoje. Esse suposto atentado havia feito a maioria dos amigos atuais de Emily (que era da mesma turma de Robin e Matt na escola) se mudar de Hikarigaoka para Odaiba.

Emily tinha cabelos castanhos e olhos amendoados, e sempre falava com um sotaque americano carregado em sala. Alguns alunos tiravam sarro dela pelos hábitos “americanizados” da garota, como gostar muito de refrigerante e sanduíches. Thaís sempre a defendia dos colegas que tentavam hostilizá-la por não “condizer” com a cultura do país natal. Embora tivesse um apetite voraz, ela dificilmente engordava.

A garota havia crescido assistindo os programas de culinária conduzidos por sua falecida avó Mimi, que havia sido uma chefe de cozinha muito renomada tanto no Ocidente quanto no Oriente. Além dos milhares de DVDs contendo as diversas edições do programa de Mimi, uma herança peculiar que Emily recebera da avó havia sido aquele estranho pingente dourado que, segundo o pai de Emily, revelaria seu propósito no momento certo. Emily não ligava muito para aquele estranho colar, mas sempre o levava consigo, escondido das vistas das pessoas.

Ela pegou uma foto que havia tirado junto de Thaís antes da foto de fim de semestre da turma delas. A amiga era uma das pessoas mais queridas por Emily. Guardou a foto junto com sua bagagem de mão e partiu rumo ao ônibus que a conduziria ao acampamento, esperando se encontrar logo com Thaís.

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T.K. era um leitor voraz. Adorava ler os livros escritos por seu avô e xará, o T.K. original. Ele se perguntava se o avô tinha uma ótima imaginação para poder descrever todas aquelas aventuras que ele e seus amigos haviam tido com criaturas digitais, chamadas de... Como era mesmo que seu avô as chamava...? Digimons.

O garoto TK ficava fascinado ao tocar as páginas das obras do avô. Perguntava-se, em seu íntimo, se conseguiria, um dia, escrever histórias tão cativantes quanto às que seu avô havia produzido. Talvez não histórias que envolvessem os tais Digimons, mas ele ainda buscava algo interessante sobre o que escrever.

Ele também imaginava como seriam os tais Digimon descritos pelo avô. Ele conhecia a série Pokémon que passava há décadas na televisão e que já era conhecida no mundo inteiro, mas talvez o conceito das criaturas do programa de Pokémon e o das criaturas imaginadas por seu avô não fossem o mesmo. Ele admirava os vários desenhos deixados pelo TK original, cada um ilustrando um tipo diferente de Digimon. Será que TK tinha criado todas aquelas criaturas, ou ele tinha apenas copiado algo que já tinha visto? Eram muitos monstros “digitais”, tantos que ele não conseguia compreender como o avô havia feito todos aqueles desenhos com tamanha exatidão.

O desenho que mais se repetia era de um monstrinho alado, de corpo laranja e peito branco com olhos enormes. Talvez fosse o favorito do avô. TK II guardava aquele desenho com cuidado, como se fosse um símbolo da memória de seu avô, assim como o pingente dourado que o avô lhe confiara antes de falecer.

TK era alguns meses mais novo do que seus primos Robin e Thaís. Ele tinha cabelos loiros e olhos azuis, fazendo-o muito parecido com seu avô na juventude. Ele gostava muito de seus primos, tendo Robin como uma figura exemplar, como um irmão mais velho. Também admirava o melhor amigo de Robin, chamado Matt, pela sua bravura e coragem. TK sempre desejava poder ser mais corajoso, como Matt, ou ser um amigo melhor, como Robin. Talvez durante o tempo que passassem juntos no camping, ele pudesse aprender um pouco com os dois.


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