Cama de Rosas escrita por Paula Freitas


Capítulo 28
O telefonema da esperança




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Um mês havia passado desde o nascimento de Alexander e Rachel já pensava em voltar para casa. Ela já estava bem e mimava seu filho, pensando se David ainda a estava esperando. Ela e Vick foram dar um passeio com os bebês e colocaram os dois no mesmo carrinho, era o único que tinham. Andavam devagar por uma calçada, já que Rachel ainda não podia fazer muito esforço, quando perceberam que uma parte da calçada e da rua havia quebrado abrindo um buraco enorme no chão. Havia uns cones no chão para impedir que alguém se aproximasse mais e acabasse caindo. Elas tentaram saber quando e como isso havia acontecido com algumas pessoas que também estavam no local. Rachel ficou segurando o carrinho dos bebês e atravessou para a outra calçada, enquanto Vick conversava com uma senhora. De repente, um carro em alta velocidade entrou com tudo naquela rua. As pessoas se afastaram com medo de serem atropeladas, o motorista estava aparentemente bêbado. O carro fazia zig-zag na pista e foi indo em direção ao buraco na rua. Sem ver qualquer coisa a sua frente, ele saiu atropelando os cones na calçada. Rachel tentou correr, mas tropeçou e caiu no chão tendo apenas a reação de empurrar o carrinho com os bebês para o outro lado, em seguida, desmaiou, pois ainda estava fraca.

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Rachel acordou. Logo percebeu que estava num hospital.

– Os bebês! Onde estão os bebês? O que aconteceu? Onde estão os bebês?

Uma enfermeira estava próxima e a acalmou.

– Está falando dos dois bebezinhos que estavam num carrinho, no local do acidente? Não se preocupe, eles estão bem!

– Onde... Onde estão? Meu filho... Cadê?!

– Calma! Eles já foram examinados, estávamos aguardando que alguém os identificasse! São seus filhos?

– Um deles é! O outro é o filho de minha amiga... Minha amiga... O que houve com ela?

– Não sei de quem está falando senhora! Três pessoas chegaram gravemente feridas, inclusive o motorista do carro, que morreu quando o carro caiu no buraco na rua!

– E as outras duas?!

– Eram duas mulheres que conversavam na calçada! Foram atingidas pelo carro e uma delas, infelizmente, morreu quando chegou ao hospital!

Os olhos de Rachel encheram de lágrimas. Vick estava na calçada na hora do acidente. Não podia ser ela, não podia. Rachel se desesperou sem saber o que fazer.

– Q-quero ver o-os bebês!

– Pode vir... Vou buscar uma cadeira de rodas para levá-la!

Rachel foi com a enfermeira empurrando. Passaram por um quarto do hospital onde a porta estava entreaberta e Rachel olhou de relance para dentro do quarto antes que fechassem a porta por dentro.

“Era uma mulher naquele quarto! Vi o cabelo, era da cor do dela! Era ela! Era Vick!”

Pensou, perguntando em seguida para a enfermeira:

– É alguém do acidente que está naquele quarto, não é?!

– Sim! A mulher que faleceu quando chegou ao hospital está lá!

– Não... Não...

Rachel repetia enquanto chorava. Estava desesperada com a ideia de que Vick havia morrido. Era ela naquele quarto, Rachel tinha certeza. Quando Rachel chegou onde os bebês estavam, chorou mais. Voltou ao quarto com a notícia de que ela e os bebês já podiam ir embora, já estavam todos bem. Desesperada, Rachel pensou que só tinha uma coisa a fazer.

_

Na casa em que Rachel morava, o telefone toca. David corre para atender.

– Alô?

Ninguém responde. Apenas uma respiração intensa, seguida por um choro de mulher.

– Alô?! Quem é?! Não vai falar nada?!

Disse David já querendo desligar o telefone. Mas, uma voz do outro lado da linha o fez estremecer.

– D-David!

– Ro-Rosie?!

A voz rouca de Rachel fez seus olhos brilharem. Do outro lado, ela soluçava ao falar.

– David... David... V-Vem... Vem m-me buscar...

– Ro-Rosie! Minha Rosie... Onde você está?! Porque você sumiu assim... Todo esse tempo?!

– David... Não p-posso dizer agora... V-vem, por favor...

– Sim, sim... Mas, me diga onde você está para eu ir te buscar!

– T-tá... Eu-eu vou dizer a cidade e o nome do hospital...

– Você está em um hospital?! O que aconteceu com você?!

– D-David... V-vou te dizer a cidade e o hospital... Vem, por favor, vem...

Ela disse e desligou o telefone com a promessa que David lhe fez de ir buscá-la fosse como fosse.

David arrumou o que precisava para viajar, seus documentos, o carro e algum dinheiro. Pediu para a vizinha ficar cuidando de seu filho e foi atrás de Rachel.

A cidade ficava perto. Logo David chegou e procurou o hospital. Entrou e procurou por Rachel. Lá estava ela. Finalmente, depois de meses, ele a via de novo. Diferente, abatida, pálida, mas ainda bonita como ele lembrava a cada dia.

Ao vê-lo, Rachel encostou a cabeça em seu ombro, chorando descontroladamente, repuxando sua camisa, falando seu nome.

David segurou seu rosto, acalmando-a, até que ela conseguisse falar.

– David, eu tenho muita coisa para te contar!


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Notas finais do capítulo

...Continua...
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