Odd's in your favour escrita por MyG


Capítulo 17
O reencontro com Cato


Notas iniciais do capítulo

Foram 3 FUNCKING meses sem postar!
E não, não é por nao ter criatividade ou capitulos.
Um mes e meio mais ou menos fiquei sem internet, tudo bem, tudo bem... Mas e o outro mes e meio?
Simplesmente acho que nao vale realmente a pena. Quando eu volto com tudo dos 40 leitores que tenho, nem 5 comentam. Sou uma escritora ausente e nao estou cumprindo com o que prometi nas outras temporadas? Sim. Mas morar sozinha, trabalhar o dia inteiro e ainda estudar a noite nao é facil. Espero que entendam.



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Depois de ver Enobaria, está na hora do meu outro encontro no dia: Cato.

Já me avisaram dezenas de vezes que é preciso que alguém esteja comigo, para o caso de Cato estar sobre o efeito de um telessequestro.

Antes disso ainda, passo falar com Katniss. Ela não esta bem, seus olhos muitas vezes se desfocam no meio da conversa, e ela me alerta sobre Cato (como se ninguem tivesse feito isso um milhão de vezes).

Eu saio de lá e então vou ao quarto que Cato esta sendo examinado.

Encontro com Haymitch, Beetee e Gale na porta.

– Como ele esta? – Eu o observo através do vidro. Ele esta sentado e parece confuso.

– Não sabemos ainda, só vamos poder diagnosticar depois que você entrar. Estaremos prontos caso ele a ataque. Se mantenha esperta também. – Eu assinto, respiro fundo e fecho os olhos por cerca de 10 segundos até girar a maçaneta.

Quando Cato me vê, eu espero que ele surte, tente se levantar e me estrangular como Peeta fez com Katniss, mas isso não acontece.

Ele fica vidrado em mim, estreita os olhos varias vezes. Meus olhos se enchem de lágrimas.

Ele perdeu muito peso, está pálido e cheio de hematomas, mas o azul intenso de seus olhos continuam ali, estão curiosos e avaliadores.

– Cato... – Minha voz sai baixa e eu fecho a porta. Me aproximo da cama com cautela, fico ali parada por alguns segundos quando ergo minha mão e toco seu rosto, diante do toque, sinto seu corpo dar uma leve estremecida.

– Clove... É você mesma? – O som da sua voz dispara meu coração de uma maneira que parece que irá sair do peito. Ele não foi telessequestrado!

– Sim, sou eu. – Sento-me na cama e o analiso. – Você esta bem?

– Achei que você fosse uma ilusão. – Ele comenta e depois me encarra. – Estou dolorido, mas acho que vou sobreviver. – Eu respiro e dou uma pequena risada. – Já faz muito tempo desde a ultima vez que te vi sem ser por uma tela. – Fecho meus olhos e engulo seco, tudo o que eu fiz na arena do relógio, ele viu, e isso inclui Ethan. Eu sei que vamos acabar caindo nesse assunto.. E dai? O que eu vou falar?

– Eu te via, mas não tenho mais certeza se eram ilusões ou não. – Respiro fundo. Quantas vezes vi Cato e pensei ser uma ilusão? Aquela noite na entrevista... Será que era ele?

– Deve ter sido difícil para você. – Ele fala e sinto uma irritação crescente em sua voz, respiro fundo e olho para a porta, eu queria muito poder sair correndo daqui. Eu não sabia como seria ficar frente a frente com Cato depois de tanto tempo, e agora quero mais que nunca sair daqui.

– Você estava na capital, tenho certeza que foi muito mais difícil para você do que para mim.

– Apenas algumas torturas Clove, mas nada que meu corpo não aguente. - Reviro os olhos e o encarro.

– Olhe para você Cato, a situação que você se encontra. Quer mesmo que eu não acredite nisso?

– De qualquer modo, eu estava na capital. Snow não iria me matar, eu era valioso demais para ele... Ele precisa de mim, para me usar contra você. Já você Clove, poderia ter morrido na segunda arena. – Como vou discutir contra os argumentos de Cato? Ele esta certo. Eu poderia ter morrido. Snow precisava dele para me torturar, mas por que precisaria de mim? Se eu tivesse morrido, Cato continuaria no anonimato e provavelmente após isso seria morto, não teria mais utilidade. Acho que me perdi em minha linha de pensamento, já que só volto a tona quando sinto Cato dar um leve aperto em meu braço. - Você esta bem?

– Estou, eu apenas saio de sintonia as vezes. – Ele sorri fracamente e me olha, respirando fundo em seguida.

– Eu vi você com ele. – Cato espera pela minha reação, eu fico petrificada. Então chegou a hora de falar sobre isso. Eu temi este momento desde que entrei nesse quarto, e agora ele esta frente a frente comigo, pesando o ar.

– Pensei que você estava morto! – Eu exclamo e minha voz sai mais alterada do que eu gostaria. Eu queria me pronunciar de uma forma calma, uma forma que demonstrasse o meu estado de espirito na época. Eu achava que ele estava morto, estava abalada e carente, impactada com a segunda arena. Ethan apareceu novamente, como um anjo da guarda me ajudando, me fazendo se sentir melhor, fazendo o bem que Cato fazia a mim. No tom que eu falei, parece que estou me esquivando, que sou uma culpada tentando esclarecer um crime.

– Igual eu estou agora? – Quando Cato se pronuncia, eu me sinto travada. Suas palavras saem com dor e seus olhos murcham, os vejo marejar.

– Você não esta morto. – Ok, isso é uma coisa meio estupida de se falar, visto a nossa situação atual, mas eu não consigo formular algo mais interessante e “falável” do que isso.

– Não – Ele me olha e depois desvia abaixando a cabeça - Por fora.

Eu abro a boca varias vezes a fim de falar. Mas as palavras não conseguem ser formuladas. Minha garganta forma um nó e a voz parece ficar atada ali.

Qualquer coisa que eu falasse agora, pareceria estupida e egoísta demais.

Eu poderia dizer que não sabia que ele estava vivo, mesmo assim, será que isso seria o suficiente para explicar o por que de agir como agi?

Subitamente me sinto suja por ter ficado com Ethan na segunda arena. Todos ainda estavam impactados com o que Cato disse na primeira e eu simplesmente fui lá e criei um novo romance? Será que foi isso que influenciou para que Cato não fosse telessequestrado? Qual foi a repercussão disso na capital e nos distritos? E o mais importante.. Por que nunca me preocupei ou pensei nisso antes?

Oh! Droga!

– Eu queria poder dizer algo a você Cato, algo que te fizesse mudar de ideia, me ver apenas como uma louca carente. – Eu suspiro e ele volta a me olhar. – Mas eu estaria mentindo. Eu estava carente, de fato, mas carência não é motivo para fazer algo tão baixo como simplesmente ficar com Ethan, com toda Panem vendo. – Ele faz menção de falar mas eu continuo antes de ele conseguir. – Se serve de explicação, eu via um pouco de você em Ethan e isso me influenciou a levar tudo adiante. Eu estava em uma época de remédios para alucinação e superação pela sua morte. Acordava no meio da noite com pesadelos horríveis e na turnê da vitória ao ver a tal irmã de Glimmer eu surtei mais ainda. O anuncio do massacre quaternário só agilizou isso.

– Você sabe que não precisaria ir para a arena, Enobaria foi sorteada e não você.

– E eu acho que você me conhece o suficiente para saber que eu jamais deixaria Enobaria voltar para uma arena. – Ele me encara, eu sinto dificuldade para respirar e o ar parece pesar ao nosso redor.

– Nunca imaginei um reencontro desse jeito. – Ele suspira. – Acho melhor nos falarmos outra hora Clove. – Meus olhos marejam e sinto uma dor já conhecida em meu peito.

– Tudo bem Cato. Nos falamos outra hora. – Eu levanta e saio, a porta se fecha em um baque baixo.

Eu saio dali o mais rápido que posso. As lagrimas já se fazem presente e eu realmente não quero ser questionada por Haymitch ou Beetee ou Gale nesse momento.

Chego ao meu compartimento e novamente me jogo a cama, como uma criança faria. Aperto o colar de Enobaria em meu peito e sei que de alguma maneira eu procuro respostas.

Se quando Cato estava longe eu já me sentia confusa, imagina agora que ele e Ethan estão tão perto assim? O que eu vou fazer?

E ainda tem Enobaria, ela esta fragilizada e sei que precisa de apoio mais do que nunca. Sem falar em toda essa rebelião, em Katniss e em Peeta.

É tanta coisa para se pensar em uma só vez.

Novamente imagino como seria se eu nunca tivesse sido sorteada? Eu estaria no distrito dois, estaria sabendo de toda essa confusão mas sem duvidas não estaria ligada a ela diretamente.

Eu grito de frustração e aperto as mãos em minha cabeça.

Eu não sei o que fazer, mas sei o que preciso no momento. Levanto e vou em direção ao hospital, eu preciso achar os anestésicos.


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Notas finais do capítulo

Eu nao vou mais fazer promessas. Os capitulos ja estão prontos e apesar da desmotivação vou seguir postando para dar fim a minha segunda historia postada aqui no Nyah.



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