Eu me lembrei, como um flash daquela noite. Todos a minha volta morrendo, sangue por toda parte, e no fim a pessoa mais querida para mim gritou um “sua assassina!” para mim antes de morrer. Eu prometi aos meus pais e a mim mesma que eu jamais me lembraria disso de novo, pois não havia sido minha culpa, ou foi disso que eu tentei me convencer, e durou...até agora.

Eu me movi rapidamente até a grade da minha sacada, meu rosto estava baixo, não dava para ver minha expressão, então eu com muita facilidade estiquei meu braço e deixei uma marca da minha mão no rosto do Sasuke, seu rosto virou e logo ficou vermelho, e eu apenas tive a reação de levantar a cabeça e gritar:

– Nunca mais fale assim comigo! – e tenho certeza que ele teve um vislumbre do meu rosto vermelho e encharcado de lágrimas, então eu desapareci para dentro do meu quarto e fechei tudo a minha volta. Eu me deitei na cama e enfiei a cabeça no travesseiro, a minha paciência estava em zero % graças ao Uchiha, aquela lembrança nao saia mais da minha mente. Odiava tudo aquilo do fundo do coração.

Tudo aconteceu quando eu tinha uns 8 pra 9 anos. Eu tinha amigos, vários, mas não consigo lembrar o nome deles, o trauma me fez esquecer muita coisa daquele tempo, mas uma coisa eu lembro, os meus amigos eram fieis e confiáveis como verdadeiros servos, mas eles eram amigos de verdade, estavam sempre por perto, inclusive "ele" que sempre estava por perto para me ajudar em tudo e sempre me dizer para ser mais eu mesma e mais alegre, afinal o meu cabelo emanava alegria, ele sempre disse isso. Ele veio a minha mente, tão fofo e lindo com seus olhos escuros e cabelos rebeldes da cor da noite, isso mesmo, o Uchiha 1 lembrava ele perfeitamente, mas ao mesmo tempo eles eram diferentes, pois o meu amigo não me irritava, ele apenas me fazia sorrir nao importa quando. Mas naquela noite tudo mudou. Nós saímos da escola e fomos ao parquinho, todos nós, mas logo que chegamos la fomos todos sequestrados, eu era o alvo, mas por estarem comigo eles foram levados juntos. Aquilo me assustou, foi meu primeiro sequestro e eu era nova de mais, ainda assim eu parti pra cima dos sequestradores e eles não puderam contra mim, então como ultimo recurso eles usaram meus amigos de escudo. E eu como já tinha perdido a sanidade, nao percebi que já estava matando ate mesmo "ele" e então recobrei a consciência quando já havia enfiado uma faca no peito dele, e pude ver sua boca se mexer e ouvi "assassina"...lembrando agora, nao sei se foi ele quem disse isso, apenas associei que foi ele por que sua boca se mexeu e eu ouvi isso, mas enfim, depois eu terminei de matar os sequestradores e então olhei ao meu redor, meus amigos tinham sido mortos por mim mesma, depois disso eu comecei a chorar como nunca (Luffy quando Ace morre) e depois desmaiei. O que veio depois nao vale a pena lembrar, foi normal de mais. Apenas meus pais me levando ao hospital, e toda aquela coisa sobre a cidade toda ficar contra mim, tudo isso aconteceu em um mês que eu estava desacordada, quando acordei já estava em outra cidade e outra casa, mas dei um jeito dos meus pais me contarem tudo o que aconteceu. Eu lembrei de tudo, e meus pais me falaram mil e uma vezes, não foi culpa sua filha e mais blá blá blá...enfim, quando lembro disso eu me irrito, por que sei que foi claramente culpa minha e de ninguém mais, não foi nem mesmo culpa dos sequestradores, eles não matariam ninguém ali.

Me levantei e enxuguei meu rosto. Estava mesmo brava com o Uchiha mais novo, não queria vê-lo de novo ou iria me lembrar perfeitamente do meu amigo antigo. E óbvio que não queria isso. Seria chato de mais ver o Uchiha e petrificar do nada, e ainda mais começar a chorar sem nem perceber, patético. Sim acho patético uma garota que chora na frente dos outros, mas eu era uma, não deveria pensar desse jeito, mas não tente me entender, não vai conseguir, nem psicólogos conseguem (N/A: nem eu consigo na verdade -.-). Fui em direção a sacada novamente, pensando que o Uchiha não estaria mais la...me enganei, o irritante estava em sua sacada, olhando o céu, deitado. E estava resmungando algo. Olhei sua cara, me irritei, lembrava perfeitamente meu amigo...voltei para a cama, e fechei os olhos, tinha de dormir logo. Apaguei.

De manha acordei cedo e lembrei da noite passada, sacudi a cabeça e pensei “igual o Fun diz, carry on, carry on!” e então fui me arrumar para ir a escola. Nada como um dia perfeitamente nublado, meus preferido (olhos brilhando). Desci as escada e passei por meus pais que estavam na cozinha tomando café. Meu pai disse depois de um gole de café:

– Aonde vai com essa pressa? Não vai tomar café?!

– Não, vou pegar uma maçã e vou pra escola mais cedo, vou andando. Então até mais! Bom dia.

– Vai com cuidado filha! – ouvi minha mãe dizer enquanto eu saia de casa quase que correndo, não queria dar de cara com as pestes inconvenientes logo cedo, ainda mais com quem tinha me visto chorar.

Quando sai de casa olhei para um lado, nada, o outro lado....um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete...isso, sete pestes pareciam estar brincando de ciranda em frente a casa ao lado. Estes eram: LLMC, Uchiha 1, Uchiha 2, Cabistel (Rapunzel* = Neji), Loira 1, Nara e a Pandinha. Eles estavam todos em forma de um circulo, o Sasuke estava no meio deles, pareciam estar ralhando ele por algo. Resolvi deixar minha curiosidade de lado e tentar passar despercebida...

– AH! Sakura! Vem cá! O Sasuke quer falar com você! – maldita pandinha!

– É que eu estou com pressa, então outra hora falo com o Uchiha, até mais!

– Aonde você vai tão cedo? A escola ainda nem abriu. – Cabistel!!!! E agora...que desculpa eu invento?! Ah! Já sei.

– vou visitar uns amigos. Depois agente se fala na escola. Vou ter que ficar com vocês por uma semana né?! Então até mais tarde.

– Você não tem amigos, então vem logo aqui. – Vi o Uchiha mais novo se pronunciar, ele não parecia querer falar comigo, mas estava sendo forçado, pelos demons ao seu redor.

– Não, não tenho. Mas eu não disse que iria visitar amigos vivos, vou no cemitério. Em outra cidade. Por isso estou saindo cedo. – Realmente daria pare eu ir visitar meus amigos no cemitério da outra cidade, mas eu teria de ir disfarçada, e pegar um taxi no caminho.

– Hm...perfeito, o Sasuke te leva, vocês podem ir no meu carro, vai ser mais rápido e vocês vão poder conversar. – ITACHI SEU MALDITO!!!! Que merda de ideia foi essa???!!!!

– O que?! – Sasuke pareceu surpreso e sem saída assim como eu.

– Olha eu até aceito a carona, mas por que o Sasuke tem que me levar mesmo? Não pode ser o LLMC?!

– Não me chama assim Sakura! E tem que ser o Sasuke por que ele quer falar com você. – explicou o loiro.

– Não ele não quer, vocês o estão pressionando. Não quero saber de desculpas, então não quero ir com ele. Ou outra pessoa de vocês me leva, ou eu vou só e a pé.

– Eu quero sim falar com você, eu te levo e ponto final, você aceitou passar a semana conosco, eu faço parte desse grupo, então você não pode recusar se eu disser que realmente quero falar com você. – ele fez esse discurso sério, mas foi por vingança, pelo que eu disse antes, ele queria me ver perder os argumentos. Apenas isso.

– Ok, então, vocês venceram essa batalha, mas eu ainda vou ganhar essa guerra. – disse olhando um por um e por fim o Uchiha mais novo.

– Muito bem dito Sasuke, vai pegar o carro que agente vai ficar de olho para que a sua rosada, quer dizer, acompanhante, não saia correndo. – “Sua rosada” ??!!! Maldito Uchiha 2!!!

– Hm! Não faria isso nem que estivesse desesperada. –“ eu estou desesperada” – Alias, minha vez de perguntar, por que vocês estão aqui fora tão cedo, e apenas os sete?! - perguntei enquanto Sasuke ia pegar o carro. Me aproximei dos seis restantes.

– Nós apenas nos aprontamos primeiro para nos certificarmos que você não tentaria fugir, e sabíamos que o Sasuke tentaria fugir de ir conosco para a escola, então pegamos ele de surpresa quando ele pulou dali. – o Nara apontou para a sacada do quarto de Sasuke, logo ao lado da minha, quando terminou de falar.

– Ele pulou dali??!! – perguntei surpresa?!

– Nossa! Você consegue ficar surpresa como uma pessoa normal! – a loira reparou. É loira mesmo...

– Verdade, não achei que isso fosse possível. – espera, Itachi não é loiro, eles todos na verdade pareciam surpresos pela cara que eu fiz, mas não pereciam surpresos quando falaram que o Uchiha pulou da sacada, acham que eu sou algum tipo de robô por acaso??!!

– Hey, eu estou ouvindo! Não sou um robô ou monstro que não tem emoções sabiam! Só não fico surpresa com nada que acontece na escola. Alias como é que o Uchiha pulou da sacada?! – eu não pulo nem corda, ainda mais sacada. -.-

– Ah, normal, ele e o Itachi são ótimos em tudo, inclusive nos esportes. Shikamaru é bom em tudo menos esportes, ele dorme nas aulas de E.F., acho que você já viu. Eu também sou boa em esportes, mas não igual aos Uchihas, Neji é bom em tudo também, mas não se esforça tanto para se igualar aos Uchiha, Naruto não presta pra nada além de brincar. Tenten tenta competir com eles, mas não chega nem aos pés. Isso vale para o resto do grupo, ninguém compete com eles em nada, pois não conseguimos vencer.

– Não exagera Ino, não somos assim tão bons, além do mais se o Shikamaru não fosse tão preguiçoso ele ganhava da gente em todas as matéria teóricas. E o Gaara também é bom em tudo.

– Mas ele também é preguiçoso, não tenta ganhar de vocês faz tempo. – LLMC se pronunciou.

– Chiclete! Vamos! – ouvi Sasuke me chamar, ele estava dirigindo um carro lindo preto, mais precisamente um Porsche preto. Me apaixonei, pelo carro claro. Só faltava um gato não tão irritante ali dentro.

– Chiclete é a sua mãe! – gritei enquanto corria para o carro lindo.

– Na verdade nossa mãe tem os cabelos negros iguais aos nossos! – ouvi Itachi gritar atrás de mim e todos rirem. Sasuke não riu.

– Não fale da minha mãe. – o ouvi falar quando cheguei mais perto, apenas eu ouvi, e vi seu rosto assustador quando ele disse isso. Acho que os outros também viram a cara que ele fez, pois Itachi ainda disse:

– Sasuke! Cuide da nossa rosadinha! – ele falou isso quase que sorrindo, mas então sua face ficou igual a que Sasuke fez, assustadora. – E cuidado com meu bebê. – todos riram, até eu ri de leve, mas queria gargalhar.

– diga o que tem que dizer em Teme! – Naruto disse quando já estávamos saindo.

No meio do caminho Sasuke perguntou a cidade que eu queria ir. Eu disse que era Suna, e depois disso, tudo ficou silencio.

Alias eu estava com a roupa perfeita para visitar Suna, ainda mais o cemitério. Graças ao céu nublado eu coloquei uma regata branca bem folgada, uma jeans preta, All Star preto, e moletom preto de capuz com orelhinhas de gato. Então só precisava amarrar meu cabelo e colocar o capuz.

Quando já entramos em Suna percebi que o carro começou as ser muito observado, também, lindo do jeito que era...

Amarrei meus cabelos para trás e coloquei o capuz. Sasuke viu e disse:

– O que foi? Está com frio Saku- não deixei que ele dissesse meu nome, se não o carro de Itachi iria sofrer muito, e nós dois seriamos os próximos.

– Não diga meu nome em hipótese alguma nessa cidade. Não nessa cidade, fale o que quiser. Alias não ouse tirar meu capuz se quiser sair daqui com vida e com este carro lindo intacto.

– Ok, agora tira a mão da minha boca. – ele disse com a voz abafada pela minha mão. Tirei minha mão rapidamente e virei a cara, eu com certeza estava corada. – aonde fica o cemitério?!

– No final da cidade, pode ir por qualquer caminho, vai chegar lá de qualquer jeito, e bem rápido.

O silêncio se instalou novamente. Mas quando vi que havia uma floricultura logo a frente eu disse para que Sasuke parasse. Desci e comprei umas flores bem rápido, sem deixar que vissem eu cabelo ou a cor dos meus olhos. A senhora florista foi gentil como sempre:

– Aqui esta moça. Mas, por que tantas flores? Além do mais você e seu namorado não me parecem ser daqui, veio visitar alguém?! Ah, desculpe minha intromissão. Volte sempre.

– Tudo bem, vim sim visitar alguém. Mas aquele não é meu namorado, é apenas um colega. Eu sorri para ela, o que a deixou confusa, não pelo que eu disse, mas por que ela viu meus olhos, estava tentando se lembrar de mim provavelmente.

– Moça, qual seu nome?!

– Amu. Prazer em conhecê-la, Sayonara.

– Ok, obrigada!

Sai da loja e passei direto pelo Porsche. Virei na esquina e vi o que queria. Eu realmente ainda conhecia aquela cidade. Senti alguém me puxar e logo abaixei a cabeça achando que seria alguém que me reconhecera. Mas era Sasuke.

– Hey! Não saia assim do nada! Ah, o cemitério. Entendi. Eu vou com você.

– Não precisa, vou sozinha.

– Eu disse que vou é por que vou sua teimosa!

– Tanto faz. – e então fui em direção aos túmulos, que eu ainda sabia aonde ficavam.

Quando achei os túmulos, eles estavam do mesmo jeito de antes, alinhados um ao lado do outro, e estavam cheios de flores. Mas por sorte não tinha ninguém ali. Esqueci-me de dizer, era aniversario de morte deles, de todos eles. Por isso já tinha flores ali.

– Parece que alguém já veio aqui mais cedo.- Sasuke disse ao ver as flores

– Os pais deles provavelmente. Olha a data de morte. – ele então se tocou, e ficou calado.

Eu passei no tumulo de cada um, começando pelo do Tamaki (N/A: desculpem os nomes, peguei emprestado de outros animes), depois o da Nadeshiko, depois o da Misaki, Lucy, Sasori, Rin, Ogami, Ace, Ikuto e por fim o do meu amigo, eu queria logo lembrar seu nome “Asahina Natsume” estava escrito em sua lápide, e então eu lembrei, Natsu-kun, era como eu o chamava, pois era o oposto da sua personalidade fria e quieta (Natsu = verão). Eu coloquei o buquê de flores laranjas ali, pois era a cor que ele mais odiava, eu adoraria vê-lo irritado mais uma vez, era tão fofo, e tão raro vê-lo daquele jeito.

– Sakura? Tudo bem?! – ouvi Sasuke me chamar, eu estava agachada em frente ao túmulo de Natsume enquanto lágrimas escorriam por meu rosto coberto pelos meus cabelos já soltos e envolvidos pelo capuz negro. Sem que Sasuke percebesse eu enxuguei as lágrimas e disse um baixo “Até mais” para o túmulo de Natsume. Me levantei e...cai. É eu cai. Quando me levantei pisei no limo do cemitério e cai imediatamente, eu ainda tentei me segurar em Sasuke por reflexo, mas não deu tempo. Cai de costas no chão, deu vontade de gritar um belo palavrão, mas me contive já que estava no cemitério. Alias eu nem teria tempo para isso. Alguém além do Sasuke estava perto de mim, estava visitando os túmulos dos meus amigos. E como eu cai, o capuz saiu e meus cabelos se espalharam.

– Sakura você ta bem?! – Sasuke disse rápido me estendendo a mão.

– Sa-ku-ra?! Haruno Sakura?! – olhei para a pessoa ao meu lado, era Nagihiko, irmão de Nadeshiko, ele me adorava antes, mas depois do que houve ele me odiava mais do que qualquer um ali.

– Sasuke eu mandei não falar meu NOME!!! – disse me levantando rápido e ficando na frente do Sasuke, olhando para Nagihiko que, por sorte, parecia estar em choque ao ver minha cara. – Corre e tira o carro lindo do Itachi daqui, rápido, me espera fora da cidade, vai logo!

– O que? Por que? O que tem ele ter te visto?

– Tem que ele vai tentar me matar e quem estiver comigo, então tira logo o carro daqui! Dá um jeito de salvar aquele carro sem nenhum arranhão!

– Você tá mais preocupada com o carro do que consigo mesma???

– Claro! O carro é lindo e perfeito, sem contar que eu não gostei da cara que o Itachi fez naquela hora, e esta ficando tarde, vamos precisar dele para ir pra escola.

– Sakura, Haruno Sakura!!!! Como ousa voltar nessa cidade e ainda vir visitar eles??!!!

– Já conheço esse discurso Nagihiko! Fala algo novo querido! Alias por que teu cabelo ta tão longo?! Como você ficou tão lindo em tão pouco tempo garoto?! – eu desviei do assunto por que tava louca pra perguntar isso, ele tava mesmo lindo de mais!

– Haha, muito engraçado Haruno assassina, mas não vai escapar dessa vez!!! – seu rosto demonstrava ódio profundo.

– Sasuke querido, por que você ainda está aqui?!

– por que você não me parece que vai ficar bem perto desse cara. Esqueceu que tenho que tomar conta de você, além do mais ainda nem te disse o que queria dizer.

– Eu sei me cuidar Uchiha, muito bem até. Vaza logo daqui. Nagihiko, me conta, como estão sua habilidades de luta atualmente?! – eu disse com um sorriso falso no rosto.

– Muito melhores que antes, acredite. Eu até aprendi a usar Katana (Katana=espada japonesa).

– Que bom pra você. Alias se eu ficar aqui não vai ser justo, afinal não estou armada, então até a próxima Nagihiko!

Peguei no pulso de Sasuke e sai correndo, percebi que Nagihiko estava nos seguindo. Soltei Sasuke, eu sabia que ele poderia muito bem me acompanhar e até mesmo me passar.

– Sasuke queridinho, corre na frente e liga o carro, por você ser teimoso nós corremos o risco de sermos mortos pelo Itachi. – ele me ouviu dessa vez e foi na frente com facilidade. Nagihiko estava bem perto de mim então apressei o passo e mudei o caminho, em vez de ir direto ao Porsche eu dobrei em um beco, “atalho de gato de rua” como diria o Natsu-kun. Fui rápida e então dobrei de novo, dei na rua que levava ao Porsche e o enxerguei de longe. Nagihiko estava longe de mim dessa vez, mas estava com uma katana de madeira na mão. Corri para o Porsche que já estava ligado e com a porta do passageiro aberta. Pulei dentro do carro e quando as pessoas viram que Nagihiko estava me seguindo e dizendo meu nome, o porsche ganhou vários seguidores furiosos.

– Sasuke, mais rápido se quiser viver né?!

– Tá, já sei. O que você fez pra essas pessoas em?!

– Ué? Não foi você quem disse que eu matei meus amiguinhos?! Acertou em cheio, matei meus amiguinhos que eu estava visitando agora a pouco, não acha que eu fiz isso e essa cidade ficou quieta não é? Eles me odeiam do fundo do coração. Aquele que me viu no cemitério, Nagihiko, irmão da Nadeshiko, você viu esse nome em um túmulo não?! – ele afirmou com a cabeça.

Alguém apareceu ao lado do carro, um rosto apareceu direto a minha cara, era algum parente do Natsume, estava de moto, se não me engano era um irmão dele, Louis, era de família ser lindo sabe. Ele estava armado, com uma faca, e seu rosto me assustou pois estava repleto de ódio como o de Nagihiko.

– Sakura-chan! Você veio nos ver?! Aqui, um presente para você. – ele mirou meu rosto com a faca. Eu virei o rosto esperando a dor, ouvi Sasuke gritar meu nome e então senti o carro se morrer rapidamente, seguido por uma dor ardente em meu rosto. Quando abri os olhos reparei que não estava morta e não tinha mais Louis, não tinha mais nada, nós estávamos na estrada, indo para a escola. Me movi rápido e olhei pela janela o carro todo. Estava intacto. Olhei para trás e vi uma multidão enfurecida deixada para trás, me lembrei daqueles filmes em que eles estão reunidos para matar a bruxa, eu, e armados com todo tipo de coisa. Voltei a me sentar e suspirei.

– Sakura? Tudo bem?

– Você já me perguntou muito isso hoje, está ficando chato, sim estou bem. Eu acho. – Olhei para o Sasuke fazendo careta pra mostrar que eu estava bem. Ele não pareceu ficar satisfeito quando viu meu rosto.

– Você não tá bem. Droga. Pega.